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Pré- ENEM
Redação- Profª Lupehuara Pires Vieira
Proposta de Redação 6
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para o combate ao analfabetismo
funcional no Brasil” , apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista. Desenvolva o mínimo de 15 linhas e o máximo de 30
linhas.
Texto 1
ANALFABETISMO NO SÉCULO 21
(…)
“Alfabetizar” refere-se à capacidade de usar o código alfabético para ler e escrever. Essa
é uma habilidade que, na maioria dos países e línguas, se ensina e se aprende no primeiro
ano da escola formal. No Brasil, isso não é entendido nem reconhecido pelas autoridades
educacionais. O resultado é desastroso.
Num teste aplicado recentemente a alunos dos três primeiros anos de um município
com cerca de 150 mil habitantes e nota média na Prova Brasil, apenas 22%, 56% e 78%
dos alunos foram capazes de fazer um ditado e escrever frases simples ao final do primeiro,
do segundo e do terceiro anos, respectivamente. Não houve consistência alguma nos
resultados dentro das escolas ou entre escolas, o que mostra as consequências de deixar a
responsabilidade pelo assunto a critério de cada secretaria, escola ou professor.
(…)
Alfabetização funcional é um segundo conceito importante. Mas seu significado varia
em cada contexto. Um aluno pode ser considerado “analfabeto funcional” se não for capaz
de copiar rápida e corretamente um texto do quadro ao iniciar o segundo ano escolar. Um
cidadão comum é considerado analfabeto funcional se não entender o que lê na coluna de
pequenos anúncios de um jornal. Por este último critério, quase 70% dos brasileiros com
mais de 15 anos são analfabetos funcionais e os menores de 15 anos são analfabetos
escolarizados – um neologismo genuinamente nacional.
O terceiro conceito é fornecido pelo Pisa, que distingue oito níveis de compreensão de
leitura. Os quatro primeiros níveis do Pisa (1, 1A, 1B, 2) significam que o aluno não é capaz
de fazer sentido elementar a partir do que lê. No melhor caso, foi apenas alfabetizado. Em
média, 20% dos alunos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) encontram-se nesse nível ou abaixo dele. O índice do Brasil em 2015
era de 58%. Ou seja, esses brasileiros – e milhões de outros que concluem o ensino médio a
cada ano – serão analfabetos funcionais pelo resto de sua vida.
É pouco provável que uma sociedade que não consegue alfabetizar adequadamente os
alunos dentro da escola, ao longo de mais de dez anos de vida escolar, seja capaz de fazê-lo
em programas emergenciais ou arranjos com alto teor de demagogia. A outra ponta dos
dados do Pisa revela que apenas 8% dos brasileiros escolarizados se encontram no nível 4
ou acima, quer dizer, têm condições básicas para compreender o que leem e exercitar
algum grau de raciocínio crítico. (…)
Texto 2
Em 2015, 8% dos brasileiros com 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever no país,
segundo dados da Pnad divulgados nesta sexta-feira (25).
A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais caiu pelo quarto ano
consecutivo, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta sexta-feira
(25). O índice foi estimado em 8% da população (12,9 milhões de pessoas). Em 2014, ele
ficou em 8,3%; em 2013, a taxa era de 8,5% e, em 2012, era de 8,7%.
Em todas as regiões do país a taxa de analfabetismo caiu, com exceção da Região Norte,
onde ela avançou de 9% para 9,1%, depois de quatro quedas seguidas. De acordo com os
dados divulgados nesta sexta, a Região Nordeste continua registrando a taxa mais alta de
analfabetismo no país. O índice ficou em 16,2% nos estados nordestinos, ante 16,6% na
edição anterior da pesquisa.
Analfabetismo funcional
Escolaridade
Frequência escolar
Entre as crianças e adolescentes em idade escolar, a Pnad mostrou que, depois de três
anos de estagnação, voltou a crescer ligeiramente a taxa de escolarização da população de
15 a 17 anos. A taxa foi de 84,2% em 2012, 84,3% em 2013 e 84,3% em 2014. Em 2015,
ela foi para 85%.
Os dados da pesquisa do IBGE divulgados nesta sexta mostram que três quartos dos
estudantes com quatro anos ou mais de idade estão matriculados na rede pública de
ensino. O número é mais alto no ensino básico: do total da população matriculada
na escola, 85,3% dos alunos do ensino fundamental estudam em escolas públicas; o
mesmo vale para 88,1% dos estudantes do ensino médio.
Texto 3
Texto 4
Texto 5
Texto 6