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PRODUÇÃO DE TEXTOS - PRÓ-TEMÁTICO

Prof. Marco Antonio Mendonça

TEXTO 1) Analfabetismo resiste no Brasil e no mundo do século 21 (Agência Brasil - 08/09/2019)


Este domingo (8/09/2019) marca a passagem do Dia Internacional da Alfabetização, data instituída pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), no século passado (em 1966), para incentivar o pleno letramento da
população internacional. Apesar da melhoria do acesso às escolas, nos últimos 53 anos em diversos países, ainda existem em
todo planeta 750 milhões de jovens e adultos que não sabem ler nem escrever. (Aqui vale a pena fazer uma ‘continha’: isso dá
quanto em porcentagem? Em resumo, um em cada quantos?)
Se todas essas pessoas morassem em um único país, a população só seria inferior a da China e da Índia, que têm cada uma
mais de 1 bilhão de habitantes. A nação hipotética do analfabetismo tem mais do que o dobro de toda a população dos Estados
Unidos. Nesse contingente, duas de cada três pessoas que não sabem ler são mulheres.
Ainda segundo a Unesco, o problema do analfabetismo perdurará por muito tempo. No ano passado, 260 milhões de crianças
e adolescentes não estavam matriculados nas escolas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, havia - no Brasil - 11,3 milhões de pessoas
analfabetas com 15 anos ou mais de idade. Se todos residirem na mesma cidade, este lugar só seria menos populoso que São
Paulo – a capital paulista tem população estimada de 12,2 milhões.
A taxa do chamado “analfabetismo absoluto” no Brasil é de 6,8%. Como ocorre com os dados internacionais, o analfabetismo
não atinge a todos da mesma forma. “Na análise por cor ou raça, em 2018, 3,9% das pessoas de 15 anos ou mais - de cor branca
- eram analfabetas, percentual que se eleva para 9,1% entre pessoas de cor preta ou parda. No grupo etário 60 anos ou mais, a
taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcança 10,3% e, entre as pessoas pretas ou pardas, amplia-se para 27,5%”,
descreve nota do IBGE.
Netos e avós
Segundo os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, o volume de analfabetos é bastante alto e não diminui por falta de
investimentos na Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Para um gestor público, prefeito, governador, interessa muito mais
investir em educação básica, não na Educação de Jovens e Adultos, porque é uma parcela muito pequena”, critica Maria do
Rosário Longo Mortatti, professora titular da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e também presidente emérita da
Associação Brasileira de Alfabetização. Segundo ela, o investimento no EJA é “secundarizado”.
Por trás desse comportamento, há antigo raciocínio entre gestores públicos de que a “dinâmica demográfica”, com a
renovação das gerações, extinguiria o analfabetismo absoluto no passar dos anos, conforme lembra Maria Clara Di Pierro,
professora de Educação da Universidade de São Paulo (USP), especializada em políticas públicas de jovens e adultos. “Esse
raciocínio não é novo. O ex-ministro [da educação] já falecido Paulo Renato usava muito esse argumento, dizendo ‘vamos
concentrar os nossos esforços nas novas gerações. A sucessão geracional se encarregará de eliminar o analfabetismo’. Alguns
pesquisadores e jornalistas compartilham essa visão, mas ela é duplamente equivocada”, aponta.
“De um lado, porque a gente continua produzindo analfabetismo, não se trata apenas de um resíduo do passado e os idosos
estão vivendo mais. De outro lado, nós temos o analfabetismo funcional mediado pelo sistema educativo. Então, essa esperança
‘vamos deixar os velhinhos morrerem para acabar com o problema’ é uma ilusão, e não faz frente ao que temos de enfrentar”,
complementa Di Pierro.
A mesma visão tem a professora Francisca Izabel Pereira Maciel, diretora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da
Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela ressalta que o poder público “não pode descuidar
do analfabetismo absoluto” e que “é direito das pessoas aprender a ler e escrever”.
Ainda que o analfabetismo absoluto atinja predominantemente os mais idosos, a professora Francisca Izabel salienta que em
muitas famílias são os avós que cuidam dos netos enquanto os pais trabalham. A falta de escolaridade entre os mais velhos
dificulta o acompanhamento escolar e pode desestimular o interesse pelos estudos entre os mais novos.
Analfabetismo funcional
As estatísticas do IBGE consideram as pessoas com 15 anos ou mais que foram declaradas como analfabetas em pesquisa
periódica de amostra domiciliar. Os números, no entanto, podem ser ainda mais graves se for medida a “capacidade de
compreender e utilizar a informação escrita e refletir sobre ela” - como faz o estudo Indicador de Alfabetismo Funcional,
elaborado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa.
Testes cognitivos aplicados no ano passado em 2.002 pessoas residentes em áreas urbanas e rurais de todo o país verificou
que 29% das pessoas podem ser consideradas analfabetas funcionais e que não superam o nível rudimentar de proficiência.
Apenas 12% da população é considera “proficiente”.
Roberto Catelli Jr., coordenador Adjunto da Ação Educativa, explica que o analfabeto funcional é considerado a pessoa “capaz
de identificar palavras, números, assinar o nome e ler frase. Mas não consegue realizar tarefa se precisar ler um pouco mais que
isso - um parágrafo de um texto da vida cotidiana”, como recorte de jornal, um cartaz ou até mesmo uma receita de bolo.
A proporção de analfabetos funcionais no Brasil totaliza 38 milhões de pessoas (aqui cabe outra ‘continha’, já que o país
contabiliza cerca de 182 milhões de pessoas maiores de 15 anos, segundo o IBGE 2020). O volume dessa população é maior que
quase todos os estados brasileiros, só perde para o total de residentes no Estado de São Paulo (41,2 milhões).
Política de alfabetização
Os problemas de alfabetização também são assinalados pelo Ministério da Educação (MEC) que está iniciando a implantação
da Política Nacional de Alfabetização (PNA). O caderno de apresentação da PNA consolida uma série de indicadores
educacionais, entre eles os resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), feita em 2016, que contabiliza que
“54,73% de mais de 2 milhões de alunos concluintes do 3º ano do ensino fundamental apresentaram desempenho
insuficiente no exame de proficiência em leitura”. Na mesma pesquisa, um terço dos alunos apresentavam níveis
“insuficientes” em escrita.
Outros dados compilados pelo MEC são os resultados do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes, mais conhecido
pela sigla Pisa, que em inglês significa Programme for International Student Assessment. Conforme a avaliação, o Brasil ficou
em 59º lugar em leitura num ranking de 70 países. “Os resultados obtidos pelo Brasil nas avaliações internacionais e os próprios
indicadores nacionais revelam um grave problema no ensino e na aprendizagem de leitura, de escrita e de matemática. É uma
realidade que precisa ser mudada. Por isso a Política Nacional de Alfabetização pretende oferecer às redes e aos alunos
brasileiros, por meio de programas e ações, a valiosa contribuição das ciências cognitivas, especialmente da ciência cognitiva da
leitura. Uma política de alfabetização eficaz terá reflexos positivos não apenas na educação básica, mas em todo o sistema
educacional do país”, aponta o ministro Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub em nota de apresentação da PNA.
Desigualdade social
Conforme os especialistas ouvidos pela Agência Brasil, o analfabetismo resiliente no Brasil, absoluto ou funcional, reflete a
exclusão do passado, faz sombra ao presente e mina possibilidades do futuro. “A discussão sobre analfabetismo se inicia no
século 19 com o Brasil independente querendo se tornar nação como uma questão inicialmente sobre quem tinha direito. Era
uma questão de voto. Quem podia votar”, ressalta Maria do Rosário Longo Mortatti, professora da Unesp.
“Existe uma desigualdade social que se espelha na própria desigualdade educacional. As oportunidades não são iguais para
todos. Existe uma desvalorização da educação para pessoas de baixa renda”, lamenta Roberto Catelli Jr., da Ação Educativa, ao
pensar sobre as dificuldades atuais do país acabar com o analfabetismo.
“Chegar à idade adulta na condição de analfabeto numa sociedade letrada predominantemente urbana, grafocêntrica
[centrada na escrita] é uma situação que ocorre por processo de exclusão social que são múltiplos, que não são estritamente
educacionais”, opina a professora Maria Clara Di Pierro, da USP, prevendo a perpetuação do quadro social. “Não é um problema
estritamente educativo. É um sintoma cultural de um processo mais amplo de exclusão. Reverter isso para os grupos mais
vulneráveis requer mais políticas intersetoriais”, aconselha.
FONTE: https://correiodoestado.com.br/cidades/analfabetismo-resiste-no-brasil-e-no-mundo-do-seculo-21/360269/

TEXTO 2) O que restará aos humanos? (Hubert Alquéres* – Site Metrópoles - 01/03/2023)
No mundo em que vivemos o trabalho desempenha importante função social, dando um sentido à vida das pessoas. Não ter
emprego é quase como não ter vida. Desde a primeira revolução industrial vivemos na “sociedade do trabalho”. Essa realidade
vem sendo alterada profundamente com o advento da Inteligência Artificial. O fenômeno já tinha sido observado por Yuval
Harari em 2016, quando escreveu o livro “Homo Deus: uma breve história do amanhã”, e fez a previsão de que até 2050 surgiria
uma nova classe social: a dos inempregáveis.
Ou seja, pessoas “irrelevantes”, cujas profissões tendem a desaparecer em decorrência da substituição do homem pela
automação em tarefas repetitivas. Elas não encontrariam
espaço nas novas profissões que surgirão a partir do
desenvolvimento tecnológico. Assim, a humanidade estaria
diante de um duplo desafio: de um lado, assegurar o sustento
dessa nova classe social; de outro, encontrar um meio de
ocupar o tempo dos “inempregáveis”, dando sentido a suas
vidas. Do contrário, ou elas vão enlouquecer ou cairão nas
teias de mazelas sociais como o alcoolismo, dependência das
drogas, depressão crônica, entre outras.
O risco de vivermos em uma “sociedade do não-trabalho” aumentou extraordinariamente desde a época da previsão de
Harari. A Inteligência Artificial, na sua fase preditiva, era capaz de trabalhar com grandes volumes de dados, gerando previsões
mais assertivas. A supremacia humana em suas decisões, que já vinha sendo substituída por decisões automatizadas, mudou de
patamar. Agora a IA, na fase generativa, invade o espaço até então privativo do homem: o criativo.
A fase atual desse processo é o ChatGPT, capaz de produzir conteúdo original, habilidade que só o homem era capaz. Sim,
hoje as máquinas são capazes de compor uma música ou escrever um livro. Elas impactam profundamente na saúde, na
educação, no jornalismo e numa infinidade de atividades intelectuais. Em um futuro não muito distante, o exército de
inempregáveis pode ser engrossado também por profissionais dessas áreas, sobretudo se eles não se reiventarem para novas
profissões.
A IA generativa está no seu limiar, mas veio para promover uma revolução na relação homem-máquina. Autora dos livros “A
inteligência artificial vai suplantar a inteligência humana?” e “Desmistificando a Inteligência artificial”, a professora da PUC Dora
Kaufman situa a inteligência artificial no patamar de “revelações científicas que em algum sentido questionam a supremacia
humana”, assim como questionaram “as descobertas de Giordano Bruno no século dezesseis e as de Charles Darwin no século
dezenove”.
Desenvolvido pela empresa OpenAI, o ChatGPT parece ficção científica, mas não é. E, se ele vem assustando muita gente, é
porque, como disse Kaufman, “ameaça nossos atributos identitários, espécie de reserva de mercado”. É dela a pergunta
pertinente em relação ao futuro da humanidade: “o que restará para os humanos?”
O advento de tecnologias disruptivas sempre provoca receios e incertezas quanto aos benefícios de seu uso. Não está sendo
diferente com a IA. Daí ser absolutamente natural a polêmica sobre as vantagens e desvantagens do ChatGPT. Na educação, o
debate é intenso, dado o impacto – para o bem ou para o mal – no processo de aprendizagem, portanto na formação
profissional, intelectual e ética de nossos jovens.
Não é uma questão banal e preocupa educadores de todo o mundo. Nos Estados Unidos, o departamento de educação da
cidade de Nova York proibiu o uso do ChatGPT em sua rede escolar. Não foi um caso isolado. Na França, o Instituto de Estudos
Políticos de Paris também o baniu, ao tempo em que revistas acadêmicas como Nature e Science recusam artigos de coautoria
com o GPT, por uma razão inconteste: o autor de um artigo acadêmico responde legalmente pelo seu conteúdo e metodologia.
Até certo ponto, entende-se a postura cautelosa. Mas há que se tomar cuidado para não cair em uma posição conservadora,
refratária a avanços científicos e tecnológicos. A educação não pode se dar ao luxo de não integrar ao processo de
aprendizagem as novas tecnologias. Até porque a IA generativa é hoje o campo de maior investimento da inteligência artificial e
deve dar um salto de qualidade nos próximos anos.
A incorporação de tais avanços no processo de aprendizagem aumenta as responsabilidades de educadores e gestores, no
sentido de ensinar seus alunos a não aceitar acriticamente conteúdos criados pela ChatGPT. De saber pesquisar, discernir o
certo do errado e de usar as novas ferramentas em favor de sua formação para profissões que ainda não existem, mas que
existirão quando completar seus ciclos de estudos. E sobretudo a pautar-se por valores éticos na sua relação com a máquina.
Essa é uma questão global. A regulação do uso da IA preditiva e generativa passa a ser uma necessidade e um desafio para
todos os governos do planeta. Não é sensato transferir essa missão para as empresas tecnológicas, que já deram sobejas
demonstrações da sua incapacidade de se autorregular.
A Inteligência Artificial vem reconfigurando toda a sociedade. A educação não ficará imune a esse processo. Muito menos o
mercado de trabalho. Como em todas as revoluções industriais, profissões vão desaparecer e novas surgirão. O alerta de Harari
quanto ao surgimento, até o ano de 2050, de uma classe de “desocupados”, sem meio de sobrevivência e sem uma função social
deve ser levado em consideração.
Paralelamente, recomenda-se não ter uma visão catastrofista em relação ao uso da inteligência artificial. No século passado o
economista John Maynard Keynes preconizou que o desenvolvimento tecnológico traria desemprego em massa. No entanto, a
História provou que todas as revoluções industriais geraram mais empregos do que destruíram, por uma razão:
desenvolvimento tecnológico resulta em forte expansão da economia e do consumo, fazendo surgir novas atividades para a
garantia da sobrevivência das pessoas.
A premonição de Keynes não se confirmou. Não está escrito nas estrelas que a premonição de Harari se confirmará.
*Hubert Alquéres é vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro e membro da Academia Paulista de Educação. Foi Secretário da Educação no Estado de São
Paulo, presidente do Conselho Estadual de Educação e professor da Escola Politécnica da USP, do Instituto Mauá de Tecnologia e do Colégio Bandeirantes.
FONTE: https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/o-que-restara-aos-humanos-por-por-hubert-alqueres

TEXTO 3) Veja 7 carreiras que podem sumir e ser substituídas pelo ChatGPT (Rodrigo Souza – Site Concursos no Brasil
em 10/02/2023)
Os constantes e intermináveis avanços tecnológicos estão fazendo algumas profissões literalmente caírem na obsolescência.
Por exemplo, o ChatGPT é uma moderna tecnologia baseada em Inteligência Artificial (IA) que vem ganhando cada vez mais
espaço devido a sua extrema funcionalidade em diversas áreas do conhecimento. Por isso, essa matéria selecionou sete
carreiras que podem ser substituídas pelo ChatGPT em um futuro próximo.
Se você está de olho nas novidades do mercado de trabalho e sempre sonhou em exercer algumas das funções abaixo, é
melhor rever essa questão, já que a tecnologia pode fazê-las sumir por completo. Continue a leitura até o final e saiba mais a
respeito.
1) Jornalista - Pelo andar da carruagem, tudo indica que essa profissão poderá ser substituída em breve pela tecnologia do
ChatGPT. A Inteligência Artificial já consegue ler, compreender e estruturar dados, além de escrever textos perfeitamente, sobre
praticamente qualquer assunto. De acordo com especialistas, a IA vai conseguir apurar informações e escrever de uma forma
mais eficiente do que o ser humano. A interpretação e análise de dados, com base em informações e linguagem, são habilidades
que estão sendo aperfeiçoadas pela tecnologia.
2) Assistente Jurídico - Outra das carreiras que podem ser substituídas pelo ChatGPT. A área do Direito também trabalha com
um imenso volume de informações que precisam ser sintetizadas e resumidas, para que sejam entendidas com mais facilidade.
A questão é que essa função pode ser automatizada por meio da IA. Quando os dados estão bem estruturados e direcionados
para a linguagem humana, eles ficam receptivos à tecnologia da Inteligência Artificial. Mas vale ressaltar que não será
totalmente possível automatizar 100% dessas atividades, já que elas dependem do julgamento do ser humano, que tem
opiniões diferentes.
3) Analista de Mercado - Mais uma das carreiras que podem ser substituídas pelo ChatGPT. Esse profissional é o responsável por
fazer a coleta de dados e identificar as principais tendências ou cenários com base neles, para criar campanhas de marketing que
tenham mais efetividade, para alavancar os negócios de uma empresa. Nesse caso, a IA é eficiente para fazer análise das
informações, além de previsões distintas e possivelmente certeiras. Por isso, esse cargo também pode ser impactado
diretamente pelo uso desse tipo de tecnologia, que está cada vez mais difundido em nossa sociedade.
4) “Trader” - Você tem paixão pelo mercado financeiro e sempre sonhou em trabalhar negociando ações em uma Bolsa de
Valores? De acordo com os especialistas, a área de investimentos lida massivamente com planilhas no Excel que são
comandadas por robôs inteligentes. O problema é que a Inteligência Artificial pode realizar esse trabalho com a máxima
perfeição. Dessa forma, se você pretende se tornar um Trader (negociador), é melhor rever essa decisão, pois a IA pode
substituir essa profissão em pouco tempo.
5) Atendente de Call Center - É bastante provável de você já ter ligado para a central de atendimento de alguma empresa e ter
falado com a URA (Unidade de Resposta Audível), certo? Aquela voz que orienta ou soluciona o problema do cliente nada mais é
do que um robô. E essa tendência está sendo usada em todo o mundo. Por isso, a função de Atendente de Call Center pode
deixar de existir daqui alguns anos, no mercado. Estima-se que os robôs (que são baseados em IA) serão os principais
responsáveis pelo atendimento aos clientes de mais de 25% das empresas até o ano de 2027.
6) Professor - Esses profissionais também podem colocar as “barbas de molho”, já que existe a possibilidade de serem
substituídos no futuro. Modernos softwares já podem auxiliar os estudantes a fazerem a lição de casa e até solucionam dúvidas
dos mesmos. Em alguns casos, o ChatGPT também já consegue ensinar os alunos como se fosse um Professor dentro de sala de
aula. É claro que a substituição efetiva ainda pode demorar um pouco, já que essa tecnologia ainda apresenta falhas. Mas ela já
está sendo aperfeiçoada.
7) Programador - Por fim, a última das carreiras que podem ser substituídas pelo ChatGPT. Se você adora a área da
Programação e é craque em criar linhas de código para os mais variados tipos de aplicações digitais, a tecnologia baseada em
Inteligência Artificial pode fazer a profissão de Programador se tornar obsoleta, sabia disso? Profissionais que trabalham na área
de desenvolvimento de softwares, sites, aplicativos, sistemas operacionais e programas para computadores, podem sucumbir
nas próximas décadas, em todo o mundo. Isso porque a IA já consegue processar dados e números com a máxima precisão.
O ChatGTP, por exemplo, tem a capacidade de criar códigos de programação com maior rapidez do que os humanos. E isso se
traduz em um futuro com menos profissionais e mais máquinas trabalhando com dados e fazendo a gestão deles. Quem viver,
verá. FONTE: https://concursosnobrasil.com/veja-7-carreiras-que-podem-sumir-e-ser-substituidas-pelo-chatgpt/

Na sua opinião, quais outras profissões podem “desaparecer”, em virtude de sua substituição por robôs, ou IAs? Por quê?
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Inteligência artificial: o alerta de mil especialistas sobre 'risco para a humanidade' (BBC NEWS - 30/03/2023)
Um grupo de especialistas em inteligência artificial e executivos da indústria de tecnologia pediu uma pausa de seis meses no
treinamento de poderosos sistemas de inteligência artificial, argumentando que eles representam uma potencial ameaça à
humanidade. Em carta aberta, eles alegam que os laboratórios que trabalham com essa tecnologia estão em "uma corrida fora
de controle para desenvolver e implementar mentes digitais cada vez mais poderosas que ninguém, nem mesmo seus criadores,
pode entender, prever ou controlar com segurança".
A declaração foi assinada por mais de mil pessoas, incluindo o empresário Elon Musk, o cofundador da Apple, Steve Wozniak,
e o CEO da Stability AI, Emad Mostaque, além de pesquisadores da DeepMind. Na carta, eles pedem que as empresas que
desenvolvem esse tipo de programa "pausem imediatamente, por pelo menos
seis meses, o treinamento de sistemas de inteligência artificial mais poderosos Caleb (Domhnall Gleeson), um jovem programador de
que o GPT-4". computadores, ganha um concurso na empresa onde
O GPT-4 é a versão mais avançada do ChatGPT, um dos sistemas de trabalha para passar uma semana na casa de Nathan
Bateman (Oscar Isaac), o brilhante e recluso presidente da
inteligência artificial mais poderosos do mundo, desenvolvido pela empresa
companhia. Após sua chegada, Caleb percebe que foi o
OpenAI. Tanto o GPT-4 quanto o ChatGPT são um tipo de inteligência artificial escolhido para participar de um teste com a última criação
generativa, ou seja, usam algoritmos e texto preditivo para criar novos de Nathan: Ava (Alicia Vikander), uma robô com
conteúdos com base em instruções. "Esta pausa deve ser pública e verificável, inteligência artificial. Mas essa criatura se apresenta
e incluir todos os principais atores. Se essa pausa não puder ser implementada sofisticada e sedutora de uma forma que ninguém poderia
rapidamente, os governos devem intervir e instituir uma suspensão", prever, complicando a situação ao ponto que Caleb não
sabe mais em quem confiar.
acrescenta o texto.
Emitido pelo Instituto sem fins lucrativos Future of Life, que conta com Elon
Musk entre seus consultores externos, o comunicado adverte que esses
sistemas podem representar "riscos profundos para a sociedade e a
humanidade". O instituto argumenta que poderosos sistemas de inteligência
artificial podem gerar desinformação e substituir empregos por automação.
'300 milhões de empregos' podem desaparecer. Um relatório recente do banco
de investimentos Goldman Sachs diz que a inteligência artificial poderia
substituir o equivalente a 300 milhões de empregos em tempo integral. Esta
tecnologia pode substituir um quarto das tarefas laborais nos EUA e na Europa,
acrescenta, mas também pode gerar novos postos de trabalho que não
existiam até agora e acarretar em um aumento da produtividade. Especialistas
ouvidos pela BBC dizem que por ora é muito difícil prever o efeito que essa tecnologia terá no mercado de trabalho.
Devemos criar mentes não humanas?
A carta assinada pelos especialistas faz a seguinte pergunta: "Devemos criar mentes não humanas que possam eventualmente
nos superar, ser mais inteligentes, nos tornar obsoletos e nos substituir?"
Em um post recente citado na carta, a OpenAI, empresa por trás do GPT-4 (um dos sistemas de linguagem usados pelo
ChatGPT), também alertou sobre os potenciais riscos da tecnologia. "A superinteligência desalinhada pode causar sérios danos
ao mundo; um regime autocrático com superinteligência decisiva também pode fazer isso", escreveu a empresa em um blog.
A OpenAI não comentou publicamente a carta.
Elon Musk foi cofundador da OpenAI, embora tenha renunciado ao conselho de administração da organização há alguns anos
e postado mensagens críticas no Twitter sobre a direção da empresa. Os recursos de direção autônoma desenvolvidos por sua
montadora Tesla, como a maioria dos outros sistemas similares, usam tecnologia de inteligência artificial.
Recentemente, várias propostas de regulamentação de tecnologia foram apresentadas nos EUA, no Reino Unido e na União
Europeia. No entanto, o Reino Unido descartou a criação de um órgão regulador dedicado à inteligência artificial.
FONTE: https://www.correiobraziliense.com.br/tecnologia/2023/03/5083955-inteligencia-artificial-o-alerta-de-mil-especialistas-sobre-risco-para-a-
humanidade.html

IA: aspectos positivos e negativos


As inteligências artificiais (IA) surgiram a partir da necessidade de criar sistemas que possam imitar a inteligência humana. Atualmente, as IA
são aplicadas em diversas áreas, como na medicina, na indústria e no comércio. Um dos exemplos mais comuns de IA é o chatbot, como o
ChatGPT, que pode conversar com pessoas e responder perguntas de forma semelhante a um humano. No entanto, o uso das IA ainda é
objeto de debates, uma vez que traz tanto benefícios quanto desafios para a sociedade. Neste artigo, serão abordados os aspectos positivos e
negativos das IA, incluindo seu uso escolar, como elaboração de redações de provas.
Entre os aspectos positivos das IA, está a capacidade de processar e analisar grandes quantidades de dados em um curto espaço de tempo.
Com isso, as IA podem ser utilizadas para tomar decisões mais precisas e eficientes em diferentes áreas, como no diagnóstico médico e no
gerenciamento de recursos. Além disso, as IA podem ser programadas para realizar tarefas repetitivas e monótonas, liberando os humanos
para se concentrarem em atividades que exijam habilidades cognitivas mais complexas.
No entanto, o uso das IA também apresenta desafios e preocupações. Uma das questões mais discutidas é a possibilidade de que as IA
substituam o trabalho humano em diversas áreas, o que pode levar ao desemprego em larga escala. Além disso, há preocupações em relação à
segurança e privacidade dos dados, uma vez que as IA podem coletar e processar informações sensíveis sobre indivíduos e organizações.
No contexto escolar, as IA podem ser usadas como ferramentas de apoio no aprendizado, permitindo que os alunos tenham acesso a uma
quantidade maior de informações e recursos educacionais. Além disso, as IA podem ser usadas para avaliar a produção textual dos alunos,
como na elaboração de redações de provas, oferecendo uma avaliação mais precisa e objetiva.
No entanto, há preocupações em relação à dependência dos alunos em relação às IA, uma vez que isso pode afetar a habilidade deles em
pensar criticamente e resolver problemas de forma independente. Além disso, há questões éticas envolvidas no uso das IA na avaliação de
produção textual, como o risco de plágio ou a possibilidade de que as IA reproduzam preconceitos e discriminações presentes na sociedade.
Em conclusão, as IA são ferramentas poderosas que podem trazer benefícios significativos em diferentes áreas, incluindo o contexto
escolar. No entanto, é importante considerar tanto os aspectos positivos quanto os desafios e preocupações associados ao uso das IA, de
forma a garantir que essas tecnologias sejam utilizadas de forma ética e responsável. (FONTE: https://chat.openai.com/chat)

PROPOSTA 2 – RESUMO
A partir da leitura do texto 2, escreva um RESUMO em UM PARÁGRAFO (entre 07 e 10 linhas) sobre o texto acima. Seu RESUMO deverá
seguir os seguintes tópicos: 1) Citar, título, autor, fonte e data; 2) Apontar a ideia central do texto e 3) Expor, segundo os autores, as
consequências dessa situação.
PROPOSTA 3 – RESPOSTA INTERPRETATIVA
A partir do texto 2, escreva uma RESPOSTA INTERPRETATIVA (entre 10 e 15 linhas) sobre a pergunta: “Qual é a importância do trabalho na
sociedade atual e como a Inteligência Artificial pode afetar a relação entre trabalho e vida das pessoas?”
PROPOSTA 4 – RESPOSTA INTERPRETATIVA
A partir do texto 2, escreva uma RESPOSTA INTERPRETATIVA (entre 10 e 15 linhas) sobre a pergunta: “Qual é o impacto da IA generativa,
representada pelo ChatGPT, na educação e na formação ética e intelectual dos jovens, e como os educadores devem lidar com essa tecnologia
em suas salas de aula?”
PROPOSTA 5 – RESPOSTA ARGUMENTATIVA
A partir do texto 2, escreva uma RESPOSTA ARGUMENTATIVA (entre 10 e 15 linhas) sobre a pergunta: “Qual é, segundo a sua opinião, o
papel da educação na adaptação à era da Inteligência Artificial, considerando suas vantagens e desvantagens?”
PROPOSTA 6 - DISSERTAÇÃO MODELO ENEM
A partir dos textos acima e de seus conhecimentos de mundo, escreva um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO que tenha entre 20 a 30
linhas com proposta de intervenção sobre o tema: “Como as novas tecnologias (entre as quais a IA) podem ser integradas no processo de
aprendizagem sem prejudicar a formação profissional, intelectual e ética dos jovens?”
PROPOSTA 7 – ARTIGO DE OPINIÃO
Após a leitura dos três textos acima, dos seus conhecimentos e das discussões em sala, elabore um ARTIGO DE OPINIÃO (entre 20 e 30
linhas - com título) a ser publicado em um veículo de imprensa, estabelecendo uma relação entre o futuro do trabalhador brasileiro no
mercado de trabalho do século XXI e os indicadores educacionais de nosso país.
PROPOSTA 8 – ARTIGO DE OPINIÃO
Após a leitura dos três textos acima, dos seus conhecimentos e das discussões em sala, elabore um ARTIGO DE OPINIÃO (entre 20 e 30
linhas - com título) a ser publicado em um veículo de imprensa sobre a pergunta:
"Devemos criar mentes não humanas que possam eventualmente nos superar, ser mais inteligentes, nos tornar obsoletos e nos substituir?"

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