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Aulas 51 e 52 AULA PRÁTICA - SIMULADO DIRIGIDO

TEMA 1 ENEM: Com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo sobre o tema “Capacitismo no Brasil: desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência”.
Use a em modalidade escrita formal da língua portuguesa e apresente proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.

Texto 1: O Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, considerando a população com idade igual ou
superior a dois anos, segundo estimativas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com
base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022.
Esse número representa 8,9% de toda a população brasileira a partir de dois anos de idade.
(...)
Menor acesso à educação, trabalho e renda
Os dados de educação, trabalho e rendimento das pessoas com deficiência mostram que essa população ainda
está muito menos inserida nas escolas e no mercado de trabalho do que o restante da população.
Enquanto 93,9% das crianças sem deficiências de 6 a 14 anos frequentam o ensino fundamental, essa taxa é de
89,3% entre as crianças com deficiência na mesma faixa etária. O número fica menor entre pessoas mais
velha: 71,3% das pessoas com deficiência entre 11 e 14 anos frequentam o ensino fundamental, contra 86,1%
das pessoas sem deficiência.
Já no ensino médio, a taxa de frequência é de 54,4% entre as pessoas com deficiência de 15 a 17 anos, contra
70,3% das pessoas sem deficiência. No ensino superior, na faixa entre 18 e 24 anos de idade, a frequência é de,
respectivamente, 14,3% e 25,5%.
No mercado de trabalho, o acesso é ainda menor, segundo o IBGE. O nível de ocupação é de 26,6% entre as
pessoas com deficiência, contra 60,7% entre a população brasileira total.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/07/07/brasil-tem-186-milhoes-de-pessoas-com-deficiencia-cerca-de-89percent-da-populacao-segundo-
ibge.ghtml

Texto 2: A mídia e o entretenimento podem fazer muito para discutir e dar visibilidade às questões das pessoas
com deficiência, além de humanizar esses indivíduos a partir das histórias que são contadas. Contudo,
infelizmente, assim como a sociedade em geral, elas falham na representação de pessoas com deficiência.
(...) somente 1,7% dos personagens nas séries de televisão possuem algum tipo de deficiência. E segundo um
levantamento da Ruderman Family Foundation, 95% das pessoas sem deficiência interpretam esses
personagens. Isso nos faz pensar que, não bastasse não verem suas histórias na TV, esses indivíduos também
não conseguem trabalho.
Capacitismo nas produções brasileiras
(...) nas novelas brasileiras, é seguro afirmar que nem de longe estamos vendo-as nas nossas produções
nacionais. E quando finalmente fazem parte das tramas, também há problemas. Suas histórias são reduzidas à
deficiência que o personagem possui, ou para elevar a narrativa do personagem que não a possui. Igualmente
ruim: muitas vezes a deficiência vem como “castigo” para tornar a pessoa que era ruim em um ser humano
melhor. Basta lembrar, por exemplo, da personagem Luciana, de Alinne Moraes, em “Viver a Vida”. Antes do
acidente que a deixou tetraplégica, ela era egoísta e mimada, mas que foi redimida por conta da deficiência.
Fonte: https://prosalivre.com/e-capacitismo-quando-nao-vemos-pessoas-com-deficiencia-em-novelas-filmes-e-seriados/

Texto 3: As diversas formas de capacitismo


A estudante Luísa Pitanga é (...) portadora de uma doença genética rara que lhe causa limitação de
movimentos. Ela costuma definir o capacitismo de três formas. “A primeira é a partir da ideia do incapaz. Você
subestima a capacidade intelectual e física da pessoa porque ela tem uma deficiência”, explica. Isto acontece
em repetidas situações, como nas atividades diárias. “Você está na rua, encontra uma pessoa com deficiência
executando uma tarefa normal e oferece ajuda”.
(...)
A segunda forma do capacitismo se apresentar ao tratar a deficiência como uma doença e, consequentemente,
a pessoa com deficiência como alguém que procura cura.
A terceira é tratar a pessoa com deficiência como um exemplo de superação. A estudante lembra que é muito
comum circularem na internet vídeos de pessoas com deficiência fazendo alguma atividade e uma mensagem
motivadora no título, algo como: “se ele consegue, você também consegue”. “Naturalizam o sofrimento para se
motivarem. Ninguém deveria precisar da minha dor para se motivar. Eu não tenho esse papel na sociedade”,
afirma.
Segundo Luísa, a discussão sobre capacitismo ainda não tem muito espaço, mesmo com a ajuda da tecnologia
para disseminar novos pensamentos e debates contra qualquer tipo de discriminação. “O capacitismo coloca
na cabeça das pessoas que a gente não tem capacidade de opinar, de se impor, de falar. E por isso a luta é
muito silenciada. Porque as pessoas crescem com esta ideia e por isso não dão voz pra gente”, comenta. “Agora
a luta está começando a ganhar visibilidade principalmente por causa das redes sociais”.
Fonte: http://fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/o-que-e-o-capacitismo-e-como-ele-se-apresenta-na-sociedade/
Texto 4: (...) a Lei Brasileira de Inclusão trouxe uma nova definição de deficiência, enxergando-a como um
produto da interação dos impedimentos da pessoa com deficiência com o meio na qual ela está inserida,
conforme o seu artigo 2º:
“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Sendo assim, os direitos previstos no Estatuto são: saúde, trabalho, moradia, educação, acessibilidade,
discriminação, igualdade, participação, entre outros.
https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/o-que-diz-o-estatuto-da-pessoa-com-deficiencia/?

TEMA 2 FUVEST: Com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo sobre o tema “Tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho escravo: uma
conexão alarmante no Brasil”. Use a em modalidade escrita formal da língua portuguesa e apresente proposta
de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1 O crime que afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas, movimenta aproximadamente 32 bilhões de dólares
por ano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A atividade criminosa é persistente por ser
lucrativa e por estar diretamente ligada à desigualdade social, econômica, racial e de gênero. Essas
desigualdades, também chamadas de estruturais por serem sistemáticas e duradouras, contribuem para que
grupos vulneráveis da população, como as mulheres e crianças pobres, os migrantes, os refugiados e os
socialmente excluídos, aceitem propostas enganadoras e abusivas.
No Brasil, entre 2012 a 2019, foram registradas 5.125 denúncias de tráfico humano no Disque Direitos
Humanos (Disque 100) e 776 denúncias na Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), ambos canais de
atendimento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Entre os anos de 2010 e 2022 foram
contabilizadas 1.901 notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde
(SINAN). Além disso, 60.251 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão entre 1995
e 2022, segundo dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas.
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2023/07/trafico-de-pessoas-exploracao-sexual-e-trabalho-escravo-uma-conexao-
alarmante-no-brasil

Texto 2 Violência de gênero


As mulheres e as meninas são a maioria das vítimas do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual no
Brasil. Nos últimos dez anos, 96% das vítimas desse crime em ações penais com decisão em segunda instância
na Justiça Federal eram mulheres. As informações são de relatório sobre o funcionamento do sistema de
justiça brasileiro na repressão do tráfico internacional de pessoas, feito pela Organização Internacional para as
Migrações (OIM) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2021. O relatório reúne 144 ações penais com
decisão em segunda instância da Justiça Federal.
O Brasil é indicado como o país de origem de 92% das 714 vítimas citadas nos processos. Quase todas as vítimas
brasileiras (98%) foram levadas para o exterior ou, pelo menos, houve a tentativa de enviá-las, para a prática
de prostituição, em sua maioria na Europa. A Espanha é o país que mais recebeu as vítimas traficadas do Brasil
(56,94%), seguida por Portugal, Itália, Suíça e Suriname. Estados Unidos, Israel e Guiana também foram
destinos escolhidos para o tráfico.
Os meios mais utilizados para cometer o crime foram fraude (50,69%), abuso de situação de vulnerabilidade
(22,91%), coação e grave ameaça (4,16%).
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2023/07/trafico-de-pessoas-exploracao-sexual-e-trabalho-escravo-uma-conexao-
alarmante-no-brasil

Texto 3 Trabalho escravo


Além da exploração sexual, o trabalho escravo é outra finalidade comum ao tráfico de pessoas. A escravidão
moderna atinge 50 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Nacional do Trabalho (OIT). A
procuradora do Ministério Público do Trabalho Andrea Gondim explica que o principal desafio para o combate
do tráfico de pessoas, principalmente da exploração de trabalhadores escravizados, está relacionado à
superação da pobreza e desigualdade social.
— As pessoas aceitam uma oferta de emprego sempre buscando mudar ou melhorar de vida e buscar melhores
condições de trabalho. Então, se a gente vive num contexto de desigualdade social e de pobreza, as pessoas vão
querer aceitar essas propostas e migrar para locais em que supostamente teriam melhores condições de vida e
de trabalho — afirma.
Os locais de naturalidade e os de residência dos trabalhadores resgatados são geralmente marcados por baixo
índice de desenvolvimento humano e costumam se caracterizar pela falta de oportunidades de emprego, pela
pobreza, baixa escolaridade, desigualdade e violência. Já os locais de atração em que foram resgatados os
trabalhadores possuem dinamismo produtivo e econômico. Nesses locais há a demanda por trabalhadores
com pouca ou nenhuma qualificação profissional ou educação formal para exercer atividades de baixa
remuneração.
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2023/07/trafico-de-pessoas-exploracao-sexual-e-trabalho-escravo-uma-conexao-
alarmante-no-brasil
TEMA 3 VUNESP : A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “COTAS RACIAIS NAS UNIVERSIDADES:
INCLUSÃO OU RETROCESSO?

TEMA 4 ENEM : Com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo sobre o tema “COTAS RACIAIS E DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO ÀS UNIVERSIDADES NO
BRASIL” Use a em modalidade escrita formal da língua portuguesa e apresente proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1 Como funciona a Lei de Cotas


A Lei de Cotas foi desenhada com base na experiência de universidades que já tinham algum tipo de ação
afirmativa. A Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, foi pioneira ao implementar em 2004 a reserva de
vagas para estudantes negros.
Até 2012, das 96 universidades estaduais e federais então existentes, 70 tinham algum pro-grama de inclusão
no processo seletivo. Coube à lei, além de ampliar o alcance das cotas, criar um padrão de funcionamento para
elas.
O texto estabeleceu o seguinte: 50% das vagas dos institutos e universidades federais devem ser reservadas
para estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas.
Este grupo inclui fatias de determinados perfis:
metade deve ter renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo;
pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência devem ser contemplados com um número de vagas
equivalente às parcelas que ocupam na população do Estado
Texto 2
“Não basta colocar os alunos no ensino superior: precisamos dar condições para que eles concluam o curso.
Com o Sisu, a circulação de estudantes entre as regiões aumentou, mas o custo de vida está elevado. É preciso
garantir auxílios financeiros para os alunos”, defende Venturini.
Debora, por exemplo, mora em São Bernardo, no ABC Paulista, e leva mais de 3 horas para chegar à USP de
transporte público. "Já pensei em desistir do curso. No começo, me senti muito desamparada, porque a
discrepância da minha formação de base em relação à dos meus colegas é gritante. Mas não posso ficar me
comparando, porque mereço estar lá tanto quanto os outros."
Para as pessoas com deficiência, também contempladas pela cota, as políticas de permanência envolvem
outros recursos, como explica Luiza Corrêa, do Instituto Rodrigo Mendes. “A lei é a rampa que deixa os alunos
entrarem na universidade. Mas, para eles continuarem lá, precisam de acessibilidade, tecnologia assistiva e
comunicação adaptada [como em Libras
Texto 3 A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 9 de agosto de 2023, o projeto de lei 5.384/20 que reformula
a Lei de Cotas nas universidades e institutos federais. Texto agora segue para o Senado Federal.
A Lei de Costas foi originalmente aprovada em 2012 e determinava a revisão do sistema 10 anos após a sua
promulgação para corrigir distorções e aprimorar a democratização do acesso ao ensino superior no Brasil.
A revisão deveria ter sido concluía em agosto de 2022.
O novo texto da lei, da deputada Maria do Rosário (PT-RS), prevê um mecanismo diferente para o
preenchimento das vagas destinadas aos cotistas.
Em vez de os cotistas concorrerem somente às vagas estipuladas para seu subgrupo (pretos, pardos,
indígenas, etc.), eles concorrerão às vagas gerais. Se não alcançarem a nota para ingresso, então sua nota
será usada para concorrer às vagas reservadas a seu subgrupo dentro da cota global de 50%.
Dessa forma, os cotistas poderão ocupar vagas na ampla concorrência e abrirão espaço para que outras
pessoas do seu grupo social concorram às cotas.
Estudantes que tentaram as cotas por terem cursado integralmente o ensino médio em escola público
deverão comprovar renda per capita de um salário mínimo. Atualmente, a lei exige 1,5 salário mínimo.
Outra novidade é a previsão de cotas para pós-graduação e para quilombolas. O lei determina ainda o uso de
outras pesquisas além do Censo para determinar a quantidade de vagas destinada para cada população e a
manutenção do ciclo de revisão de 10 anos.
Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE) definiu a aprovação do projeto de lei como “uma vitória
para os estudantes”.
“Hoje, os estudantes negros e pardos representam mais de 50% das matrículas nas instituições federais, após
dez anos da Lei de Cotas. Foi necessário, portanto, uma década para que a representatividade do nosso país
estivesse refletida também no ensino superior”, diz a entidade.
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/camara-aprova-revisao-da-lei-de-cotas-nas-universidades-federais-
entenda-as-mudancas/
Texto 4: Outro ponto importante para reexaminar, no contexto da revisão da lei de cotas, são as condições
oferecidas aos cotistas para que eles mantenham os estudos. "Nós queremos que todo cotista seja bolsista e,
para isso, defendemos a prioridade nas bolsas de permanência e nas bolsas de assistência estudantil também
para os cotistas", acrescenta. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/07/5107868-lei-de-cotas-
deve-passar-por-revisao-ate-fim-do-ano-entenda.html
Texto 5 Argumentos favoráveis e argumentos contrários às cotas raciais
O debate sobre as cotas raciais intensificou-se no Brasil após a sanção da lei de cotas. De um lado, movimentos
sociais, ONGs, intelectuais e juristas defendem a necessidade das cotas sociais e raciais para solucionar os
problemas de desigualdade no país. O que esses setores da sociedade defendem é que a exclusão social e o
racismo nos levam a uma necessidade de implantar medidas que promovam a igualdade, reconhecendo que
primeiro é preciso se ter um sistema de equidade, ou seja, diante das dificuldades enfrentadas por camadas
excluídas, é preciso criar ações afirmativas que efetivamente incluam essas pessoas na sociedade, após anos
de exclusão resultada da escravização e do racismo estrutural.

Veja os argumentos pró e contra as políticas de ações afirmativas:


O critério racial adotado não existe biologicamente, visto que todos os seres humanos têm genótipos
iguais, independentes da cor da pele. Como contra-argumento, defensores das cotas afirmam que o
fenótipo das pessoas negras coloca-as na condição de exclusão por conta do etnocentrismo histórico. As
cotas raciais criam uma distinção que subjuga a capacidade das pessoas negras.
Como contra-argumento, os defensores das cotas afirmam que, em um primeiro momento, é necessário
esse tratamento desigual para que se inicie um processo de inclusão das populações vulneráveis, que, por
questões sociais, não têm acesso a muitos espaços e serviços públicos.
As cotas ferem o princípio da meritocracia, colocando alguém com uma pontuação menor em vantagem
em relação a alguém com uma pontuação maior.
Como contra-argumento favorável às cotas, dizem que é impossível estabelecer um sistema meritocrático
justo em um lugar onde não há igualdade de oportunidades.
Não se deveria pensar em cota, mas em melhorar o sistema de educação básica público, dando a todos as
mesmas chances de ingressar na universidade. Como contra-argumento, os favoráveis às cotas dizem que
as ações afirmativas são uma primeira resolução do problema, que deve estar acompanhada de
investimentos na educação básica pública, para que, futuramente, com uma educação básica de qualidade
e pessoas negras inseridas no ensino superior, as cotas não sejam mais necessárias.

Texto 6
O racismo existe, é uma construção cultural baseada em infundados princípios de uma suposta inferioridade
da população negra. A partir disso, alguns países adotaram políticas de proteção aos negros, como uma
legislação antidiscriminatória, além de ações afirmativas para realizar a necessária integração do negro. (…)
essa política como discriminatória e pautada em critérios não objetivos, já que há a impossibilidade de definir
quem é o negro na miscigenada sociedade brasileira, diferentemente dos Estados Unidos, onde ocorreu o
surgimento dessa política, lugar em que se adotava o critério objetivo de possuir um ancestral negro para ser
classificado como negro.[…] A partir disso e considerando que o verdadeiro fator de segregação no Brasil é a
pobreza, já que são os alunos de escolas públicas os prejudicados pelo desnível na educação pública e
particular, sugere-se a adoção de cotas sociais como uma alternativa mais abrangente.Nenhuma dessas
alternativas, no entanto, solucionaria as desigualdades no acesso ao ensino superior da população brasileira. É
necessário melhorar a qualidade de ensino no Brasil, abrangendo e beneficiando a todos os alunos. (Adaptado)
Disponível em: http://por-leitores.jusbrasil.com.br/noticias/100040832/o-racismo-das-cotas-raciais Acesso em:
24 jun. 2015

TEMA 5 UNICAMP : PROPOSTA 2021 - texto de entrada do diário (AULA 49 E 50)

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