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Existe sim relação entre os analfabetismos e a desigualdade social.

Até
porque o analfabetismo político nada mais é do que uma inércia social, uma
cegueira insana sem alguma consciência política. Por muitas vezes
alimentada de um discurso como: “odeio política e não se discute”. Falar
desse contexto é mexer na ferida da desigualdade social, na falta de políticas
públicas para erradicar a falta de acesso a educação de qualidade, a pobreza
e a desigualdade social e também as barreiras culturais e lingüísticas. Dessa o
cidadão tem limitações em seu dia a dia, fará parte dos percentuais de
desemprego e baixa renda e uma larga desvantagem social e emocional. São
conseqüências de muitos lados e que por sua vez afeta vários lados da vida
de uma pessoa.
Mas apesar dessa triste realidade, existem soluções que desafiam a
termos um mundo alfabetizado são elas: Acesso de maneira universal a
educação básica, programas de alfabetização de jovens e adultos, bolsas de
estudos e subsídios para as famílias de baixa renda, criação de programas
para sanar a evasão escolar, parcerias entre governo e organizações não
governamentais para programas voltados contra analfabetismo e por fim
investir em propagandas para disseminar as ações voltadas para essa
temática. Por outro lado os políticos não se interessam em sua maioria em
solucionar o problema, dificultando a prática da democracia. Segundo
CARVALHO, 2002, p 11, a cidadania introduz o conhecimento dos direitos.
Nos países em que a cidadania se desenvolveu com mais rapidez,
inclusive na Inglaterra, por uma razão ou outra a educação popular foi
introduzida. Foi ela que permitiu às pessoas tomarem conhecimento
de seus direitos e se organizarem para lutar por eles. A ausência de
uma população educada tem sido sempre um dos principais
obstáculos à construção da cidadania civil e política (CARVALHO,
2002, p. 11)
Em linhas gerais a negligência do direito a educação de fato contribui
diretamente para todos os tipos de analfabetismo e a falta da cidadania e da
verdadeira democracia.

Referências Bibliográficas
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 2. ed.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
Concordo Aumeres!
Apesar da singela queda no percentual de analfabetismo no Brasil, ainda tem
muito a ser feito. Visto que a vastidão na educação que a pandemia trouxe é
imensurável. O direito a educação a várias crianças e adolescentes foi violado
e infelizmente foi perdido o controle no processo de alfabetização. Atualmente
se faz necessário a criação de vários projetos com intuito de capitar e
capacitar a população para os estudos. Até porque, o índice de pessoas
letradas é indiscutivelmente menor e com isso cresce os números de
analfabetos políticos que ora não sabem reivindicar seus direitos e exercer a
democracia. Portanto, falta a criação de políticas públicas e interesse dos
políticos em contribuir e priorizar esta problemática dificulta o processo.
Precisa-se neste país valorizar quem faz de fato a educação acontecer, mas
nem sempre isso acontece. Segundo BRASIL, 2003, P 12:
O Brasil é um país que, graças à difusão do método criado por Paulo
Freire, nas décadas de 1960 e 1970, ajudou a erradicar o
analfabetismo no mundo. Infelizmente, neste mesmo período, esse
educador era proibido de ajudar a combater o analfabetismo no seu
próprio País, exilado que foi pela ditadura militar que via em seu
método, um elemento de subversão da ordem estabelecida. De fato,
uma educação verdadeira é sempre libertadora e, portanto, é uma
ameaça aos ditadores, aos que temem a liberdade e a democracia.
Contudo, fora dela não há saída, se queremos, de fato, construir uma
nação civilizada e mais justa e igualitária (BRASIL, 2003, p. 12).
E assim tem sido a dificuldade de levar a educação a quem não sabe que
existe cidadania e não entende o que é democracia.

Referências Bibliográficas
BRASIL. INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. Mapa do Analfabetismo no Brasil. 2003. Disponível em:
http://www.inep.gov.br/estatisticas/analfabetismno. Acesso em: 26 Nov. 2023.

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