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Educação de jovens e adultos

Apresentação
A educação de jovens e adultos (EJA) é uma modalidade de ensino destinada às pessoas que não
tiveram acesso à educação ou não concluíram seus estudos na idade apropriada. Seu principal
objetivo é erradicar o analfabetismo entre jovens e adultos, além de favorecer, por meio dos
estudos, a inclusão social, política e econômica dessas pessoas. Essa modalidade de ensino tem
amparo legal e busca articular-se com a educação profissional.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer um pouco da história da educação de jovens e
adultos, como ela está organizada e algumas de suas principais políticas.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Discutir o histórico da educação de jovens e adultos no Brasil.


• Definir a organização e os objetivos da educação de jovens e adultos.
• Indicar dados relativos à educação de jovens e adultos e políticas contemporâneas.
Infográfico
A educação de jovens e adultos no Brasil passou por várias reconfigurações nas últimas décadas até
chegar ao conceito que existe hoje, principalmente visto que, hoje em dia, jovens e adultos
necessitam do Ensino Básico concluído para conseguir inserção no mercado de trabalho.

Acompanhe no Infográfico alguns aspectos particulares da modalidade da educação básica para


jovens e adultos.
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Conteúdo do livro
A preocupação com a educação de jovens e adultos no Brasil não é recente, pois remonta ao início
do século XX, quando seu foco era a erradicação de um grande contingente de adultos analfabetos
que compunham a sociedade brasileira e representavam assim entraves para o desenvolvimento
econômico do país, uma vez que, até mesmo para ocupar os postos de trabalho mais rudimentares,
não apresentavam a qualificação necessária. Com o passar das décadas, essa visão sobre a
educação de jovens e adultos vai se reconfigurando, acompanhando as próprias mudanças sociais, e
seu conceito se amplia em busca de outros objetivos, que hoje vão muito além da simples
reparação da escolarização ou preparação para o trabalho, envolvendo inclusão, preparo
profissional e aprendizagem ao longo da vida.

No capítulo Educação de jovens e adultos, da obra Organização e legislação da educação, base


teórica para esta Unidade de Aprendizagem, você vai se apropriar do histórico da educação de
jovens e adultos no Brasil, sua organização, seus objetivos, os dados e as políticas contemporâneas
relativas a essa modalidade educacional.

Boa leitura.
ORGANIZAÇÃO E
LEGISLAÇÃO DA
EDUCAÇÃO

Pablo Rodrigo Bes


Educação de jovens
e adultos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Discutir o histórico da educação de jovens e adultos no Brasil.


 Definir a organização e os objetivos da educação de jovens e adultos.
 Indicar dados relativos à educação de jovens e adultos e políticas
contemporâneas.

Introdução
A preocupação com a educação de jovens e adultos no Brasil não é
recente, remontando ao início do século XX, quando o seu foco era
a erradicação de um grande contingente de adultos analfabetos que
compunham a sociedade brasileira e apresentavam, assim, entraves para
o desenvolvimento econômico do País, uma vez que, até mesmo para
ocupar os postos de trabalho mais rudimentares, não apresentavam a
qualificação necessária.
Com o passar das décadas, essa visão sobre a educação de jovens
e adultos foi se reconfigurando, acompanhando as próprias mudanças
sociais, assim, seu conceito se ampliou em busca de outros objetivos que
hoje vão muito além da simples reparação da escolarização ou prepara-
ção para o trabalho, envolvendo inclusão social, preparo profissional e
aprendizagem ao longo da vida.
Neste capítulo, você vai ler sobre o histórico da educação de jovens
e adultos (EJA) no Brasil, a sua organização, os seus objetivos, os dados
e as políticas contemporâneas relativas a essa modalidade educacional.
2 Educação de jovens e adultos

Histórico da educação de jovens e adultos


no Brasil
Ao começarmos nosso percurso histórico sobre a EJA no Brasil, vamos nos
reportar à Constituição Federal de 1988, que propunha a obrigatoriedade e
gratuidade do ensino primário a todos (BRASIL, 1988). Esse foi o primeiro
impulso para as primeiras ações de escolarização da grande massa de adultos
analfabetos existentes na época, ao menos com o ensino primário, ou seja,
alfabetização.
Essa ideia se firmou a partir do início da década de 1940 como uma política
nacional para a EJA. Destacamos que “[...] na década de 1940, quando come-
çaram as primeiras iniciativas governamentais para lidar com o analfabetismo
entre adultos, entendia-se que o seu fim seria fundamental para o crescimento
econômico do país. O analfabetismo era visto como um mal social e o anal-
fabeto como um sujeito incapaz” (BRASIL, 2006a, p. 26).
Na década de 1940, mais da metade da população com 15 anos ou mais
era analfabeta e, como o País estava passando por um processo tardio de
industrialização e urbanização na época, era importante a alfabetização
de jovens e adultos trabalhadores, uma vez que a educação era vista como
o caminho em direção ao desenvolvimento do País. Com o objetivo de
erradicar o analfabetismo entre os jovens e adultos, foram propostas as
primeiras ações e programas do governo federal (DI PIERRO; JOIA;
RIBEIRO, 2001):

 Fundo Nacional do Ensino Primário (1942);


 Serviço de Educação de Adultos (1947);
 Campanha de Educação Rural (1952);
 Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958);
 Programa Nacional de Alfabetização de Adultos (1964).

Essas ações, além de buscar a erradicação do analfabetismo entre os adultos,


a partir da escolarização, também visavam atingir e melhorar a participação
das crianças na escola, a partir do exemplo e da iniciativa de seus pais. Além
disso, na década de 1950, somente tinham direito a votar os alfabetizados, o
que também contribuiu para que os adultos tivessem interesse em se alfabe-
tizar. Segundo Ceratti (2007, documento on-line), na década de 1950, “[...] a
alfabetização de adultos teve o propósito de transformar o analfabeto em um
eleitor em potencial”.
Educação de jovens e adultos 3

Na década de 1960, o Brasil vivenciou inúmeras discussões em torno da educação


de adultos, destacando-se como principal expoente em nível nacional o educador
Paulo Freire. Nessa década, foram organizados espaços de discussão da temática, com
o engajamento de vários grupos populares nessas problematizações pertinentes à
educação de adultos pobres e analfabetos.
No começo da década de 1960, a alfabetização se juntou aos movimentos estudantis
e sindicais, e a questão do analfabetismo passou a ser vista como consequência direta
da pobreza e de uma política de manutenção de desigualdades (BRASIL, 2006a, p. 26).
Nessa época, a educação de adultos passou, então, a ser uma bandeira política em
busca de igualdade de acesso à educação para todos.

Ao se referirem a esse período do início da década de 1960, Di Pierro, Joia


e Ribeiro (2001, documento on-line) comentam que:

Embaladas pela efervescência política e cultural do período, essas experiên-


cias evoluíam no sentido da organização de grupos populares articulados a
sindicatos e outros movimentos sociais. Professavam a necessidade de realizar
uma educação de adultos crítica, voltada à transformação social e não apenas
à adaptação da população a processos de modernização conduzidos por forças
exógenas. O paradigma pedagógico que então se gestava preconizava com
centralidade o diálogo como princípio educativo e a assunção, por parte dos
educandos adultos, de seu papel de sujeitos de aprendizagem, de produção
de cultura e de transformação do mundo.

As ideias compunham a essência do pensamento de Paulo Freire sobre a


busca de uma pedagogia que dialogasse com os educandos, procurando, por
meio da educação, conectar-se com sua cultura, seu jeito de ser, viver e pensar
o mundo e, por fim, emancipá-los. Entendia-se que, a partir dessa mudança,
poderia ser modificada também a nação brasileira. Com base nas ideias de
Paulo Freire, o Ministério da Educação criou, em 1964, o Programa Nacional
de Alfabetização de Adultos.
Porém, com a assunção dos governos militares em 1964, Paulo Freire foi
exilado. Durante o seu período de exílio, o educador continuou a desenvolver
suas estratégias voltadas para a alfabetização de adultos, entre elas, o uso das
palavras geradoras. Bes (2017, p. 43) explica como funcionava a técnica das
palavras geradoras:
4 Educação de jovens e adultos

[...] partindo do conhecimento da experiência do educando em sua vida social


cotidiana, selecionavam-se palavras que cercassem esse campo de vida bem
particular e, a partir daí, além de buscar uma alfabetização em si, eram pro-
blematizadas de forma crítica a própria vida dos alunos, visando modificar/
acrescentar outras possíveis ideias às visões de mundo deles.

As ideias educacionais freireanas continuaram vivas na época a partir


de iniciativas de educação não formal, ocupando associações comunitárias,
igrejas e outros espaços, sendo que, até os dias atuais, apresentam seguidores
no universo acadêmico.
A segunda Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional — Lei
Federal nº. 5.692, de 11 de agosto de 1971 — ampliou a obrigatoriedade do
ensino da educação básica de quatro para oito anos e trouxe também avanços
para a EJA, pois instituiu a educação supletiva possível para esse primeiro
grau de escolarização (BRASIL, 1971). Ou seja, aqueles que não puderam
concluir o ensino obrigatório na idade apropriada poderiam concluir a partir
de “[...] cursos supletivos, centros de estudo e ensino a distância, entre outras”
(DI PIERRO; JOIA; RIBEIRO, 2001, documento on-line).
Os estudos supletivos que inicialmente eram voltados aos adultos em busca
da conclusão de seu processo de alfabetização e dos anos de ensino obriga-
tórios, porém, começaram a receber inúmeros jovens que, em virtude de sua
inserção e exigências do mercado de trabalho, buscavam uma aceleração em
seus estudos. Sobre esse aspecto da inserção de jovens no ensino supletivo,
Di Pierro, Joia e Ribeiro (2001, documento on-line) destacam que:

A entrada precoce no mercado de trabalho e o aumento das exigências de


instrução e domínio de habilidades no mundo do trabalho constituem os
fatores principais a direcionar os adolescentes e jovens para os cursos de
suplência, que aí chegam com mais expectativas que os adultos mais velhos
de prolongar a escolaridade pelo menos até o ensino médio para inserir-se ou
ganhar mobilidade no mercado de trabalho.

Essa questão iniciada na década de 1970 perpetua-se até os dias atuais,


uma vez que a EJA absorve uma quantidade significativa de jovens que visam
conciliar seus trabalhos com a sua escolarização, que, aliás, é cada vez mais
exigida pelo mercado de trabalho.
A visão que ainda hoje recai sobre a EJA foi discutida a partir de 1990, prin-
cipalmente após a realização da Conferência Mundial de Jomtien, proposta por:

 Organização das Nações Unidas (ONU);


Educação de jovens e adultos 5

 Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura


(Unesco);
 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD);
 Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef);
 Banco Mundial.

Essa conferência resultou na Declaração Mundial sobre a Educação para


Todos, que propôs o aumento global dos níveis de educação básica.

Sobre a EJA, irão recair discursos e ações que possuem caráter prospectivo, que projetam
para o futuro e reforçam a necessidade de estudar e buscar uma alfabetização funcional,
que torne o sujeito capaz de exercer plenamente a sua cidadania, participando das
questões sociais e atuando em prol de seus direitos e deveres em relação ao seu
país. Um dos importantes cuidados que o professor deve ter ao trabalhar na EJA é
não infantilizar suas atividades, devendo valer-se mais dos princípios da andragogia
(educação de adultos) do que da pedagogia.

Objetivos e organização da educação de jovens


e adultos
A LDB de 1996 foi alterada em 2018, por meio da Lei nº. 13.632, de 6 de março
de 2018, definindo em seu art. 37 que:

Art. 37 A EJA será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade
de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá
instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida (BRASIL,
2018a, documento on-line).

Esse conceito é importante para a EJA, pois permite o entendimento de


que essa modalidade educacional da educação básica vai além de simples
reparação ou compensação daqueles que não tiveram oportunidade de estudar
na época mais apropriada, mas também deve proporcionar que esses jovens e
adultos possam continuar seus estudos ao longo da vida. Para isso, cabe aos
sistemas de ensino assegurarem “[...] gratuitamente aos jovens e aos adultos,
6 Educação de jovens e adultos

que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacio-


nais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames” (BRASIL, 1996,
documento on-line).
Além disso, a LDB de 1996 também impõe que a EJA deverá articular-se
com a educação profissional desses jovens e adultos. O art. 38 define formas
de organização para a EJA:

Art. 38 Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que


compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosse-
guimento de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I — no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze
anos;
II — no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios
informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames (BRASIL, 1996,
documento on-line).

A partir do art. 38, fica estabelecido que as instituições de ensino devem


ofertar turmas no ensino regular relativas ao ensino fundamental para jovens
maiores de 15 anos e no ensino médio para aqueles maiores de 18 anos de
idade. Também faz menção ao uso dos exames supletivos, que atualmente
ocorrem a partir do Exame Nacional para Certificação de Competências de
Jovens e Adultos (BRASIL, [2018b])

O Encceja é uma avaliação aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que visa avaliar as “[...] competências, habilidades
e saberes adquiridos no processo escolar ou nos processos formativos que se de-
senvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, entre outros”
(BRASIL, 2018b, documento on-line). Podem fazer essa avaliação os jovens com 15
anos completos para o ensino fundamental e 18 anos para o ensino médio, sendo
extensivo a todos os jovens e adultos residentes no Brasil e no exterior, bem como a
pessoas privadas de liberdade.
Educação de jovens e adultos 7

Para que possamos conhecer melhor os objetivos da EJA, precisamos


analisar o Parecer do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação
Básica (CNE/CEB) nº. 11/2000, que versa sobre as Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs) para a EJA. Esse parecer esclarece que a EJA deve ser vista
a partir das seguintes funções (BRASIL, 2000):

 reparadora;
 equalizadora;
 qualificadora.

A partir da análise dessas funções, podemos entender os objetivos que a


EJA possui. A função reparadora diz respeito à busca pela escolarização
não realizada na época mais apropriada pelos adolescentes, jovens ou adultos,
entendida como essencial na atualidade para que se cumpram os papéis sociais
exigidos na contemporaneidade.
Nesse sentido, “[...] a Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa uma
dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso a e nem domínio
da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, e tenham sido
a força de trabalho empregada na constituição de riquezas e na elevação de
obras públicas” (BRASIL, 2000, documento on-line).
Isso não significa que esse público seja inculto ou destinado a funções
desqualificadas no mercado de trabalho, pois muitos podem ter adquirido
outras experiências educativas informais próprias da cultura da qual participam,
como é o caso, por exemplo, da “[...] literatura de cordel, o teatro popular, o
cancioneiro regional, os repentistas, as festas populares, as festas religiosas
e os registros de memória das culturas afro-brasileira e indígena” (BRASIL,
2000, documento on-line).

A V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V Confintea), realizada


em 1997, em Hamburgo, na Alemanha, ratifica que “[...] educação de adultos inclui a
educação formal, a educação não formal e o espectro da aprendizagem informal e
incidental disponível numa sociedade multicultural, onde os estudos baseados na
teoria e na prática devem ser reconhecidos” (BRASIL, 2007, documento on-line).
8 Educação de jovens e adultos

A função reparadora busca reparar o direito à educação escolar a todos, que,


por inúmeros fatores histórico-sociais, favoreceu alguns grupos elitizados durante
o percurso moderno de expansão da dimensão escolar.
Pensar dessa forma é endossar as palavras da V Confintea sobre a educação de
adultos, da qual o Brasil fez parte e que afirma que “[...] a alfabetização, concebida
como o conhecimento básico, necessário a todos, num mundo em transformação,
é um direito humano fundamental. Em toda a sociedade, a alfabetização é uma
habilidade primordial em si mesma e um dos pilares para o desenvolvimento de
outras habilidades” (BRASIL, 2007, documento on-line). Para que consigamos
viver em uma sociedade em que a base da organização se dá pela escrita, precisamos
ser capazes de codificar e decodificar esses códigos escritos com eficiência. Essa
habilidade também é essencial para que prossigamos aprendendo ao longo da vida.
A função equalizadora da EJA visa possibilitar a reentrada de jovens e adultos
que tiveram a interrupção de seus estudos forçada por algum motivo, “[...] seja pela
repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou
outras condições adversas, deve ser saudada como uma reparação corretiva [...]”
(BRASIL, 2000, documento on-line).
Nesse cenário, podemos considerar donas de casa, migrantes, aposentados,
encarcerados e outros sujeitos que, por motivos contingenciais, não tenham tido
condições de prosseguir com seus estudos, situação que deve ser corrigida pela
EJA. O Parecer CNE/CEB nº. 15/98 refere-se a esse perfil de alunos como:

[...] adultos ou jovens adultos, via de regra mais pobres e com vida escolar mais
acidentada. Estudantes que aspiram a trabalhar, trabalhadores que precisam
estudar, a clientela do ensino médio tende a tornar-se mais heterogênea, tanto
etária quanto socioeconomicamente, pela incorporação crescente de jovens adultos
originários de grupos sociais, até o presente, sub-representados nessa etapa da
escolaridade (BRASIL, 1998, documento on-line).

A função equalizadora traz a visão de que a EJA não deve ser somente vista como um
processo de alfabetização, mas sim deve promover o acesso à leitura de livros e das
múltiplas linguagens que envolvem nossa vida cotidiana, sempre considerando se tratar
de alunos com experiências e histórias de vida maiores e que devem ser consideradas.
Trabalhar em busca da equidade implica considerar que a falta de escolarização coloca
esses estudantes em condição desigual em relação às oportunidades disponíveis na vida
social. A função qualificadora relaciona-se diretamente com o princípio da educação
ao longo da vida, sendo vista como a função permanente e o próprio sentido da EJA.
Educação de jovens e adultos 9

A função equalizadora parte da ideia de incompletude do ser humano em


relação aos conhecimentos, sendo que sempre temos novos saberes a adquirir.
Entra também em sintonia com o proposto no Relatório da Unesco, Educação:
um tesouro a descobrir (UNESCO, 2010, documento on-line), que cita:

Uma educação permanente, realmente dirigida às necessidades das sociedades


modernas não pode continuar a definir-se em relação a um período particular
da vida — educação de adultos, por oposição à dos jovens, por exemplo — ou
a uma finalidade demasiado circunscrita — a formação profissional, distinta
da formação geral. Doravante, temos de aprender durante toda a vida e uns
saberes penetram e enriquecem os outros.

Essa visão atual de que devemos estudar de forma permanente ao longo de


nossas vidas — que vai ao encontro das necessidades humanas de se manter
em busca de qualificação e de aprimoramento de conhecimentos — permite
que na EJA também se encontrem alunos em busca desse aperfeiçoamento,
dessa realização pessoal em sua fase adulta.
Essa função vai muito além da simples reparação ou equalização, pois
permite a todos que possam exercer a busca de sua formação profissional ou
pessoal para aliar-se com as exigências tanto do mercado de trabalho quanto
da própria vida em sociedade. A função reforça a ideia de que “[...] em todas
as idades e em todas as épocas da vida, é possível se formar, se desenvolver e
constituir conhecimentos, habilidades, competências e valores que transcendam
os espaços formais da escolaridade [...] (BRASIL, 2000, documento on-line).
A EJA propõe que a educação dos jovens e adultos deva, assim, transcen-
der os espaços da escola, pois existem aprendizagens e desenvolvimento de
competências em todos os âmbitos de experiência de nossas vidas que devem
ser considerados. Para conseguir contemplar essas funções da EJA, cabe
aos Estados e municípios organizarem a sua oferta, que pode ser realizada a
partir da realização de cursos e exames, o que normalmente segue a seguinte
distribuição:

 ensino fundamental: primeiro segmento;


 ensino fundamental: segundo segmento;
 ensino médio;
 Encceja.

A proposta curricular da EJA para o primeiro segmento contempla os anos


iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º anos). Ribeiro (2001, p. 14) salienta
que “[...] a educação de jovens e adultos que correspondente a esse nível de
10 Educação de jovens e adultos

ensino caracteriza-se não só pela diversidade do público que atende e dos


contextos em que se realiza, como pela variedade dos modelos de organização
dos programas, mais ou menos formais, mais ou menos extensivos”.
Ainda no ensino fundamental, as instituições de ensino poderão oferecer
turmas de EJA para o segundo segmento contemplando os anos finais do ensino
fundamental (6º ao 9º anos). Cabe lembrar que a organização curricular para
a EJA deve ser “[...] discutida, buscando inverter a lógica que parte de uma
grade disciplinar inflexível, para propor como ponto de partida a definição
de capacidades que se pretende que o aluno construa ao longo do curso”
(BRASIL, 2002, documento on-line).
Como podemos perceber, na organização do primeiro e do segundo seg-
mentos da EJA, devem ser buscadas a constituição de uma identidade própria
para que essa modalidade da educação básica se alie com as características
desses estudantes, adolescentes, jovens e adultos.
As escolas de educação básica também poderão ofertar turmas de ensino
médio na modalidade EJA para alunos que possuam mais de 18 anos de idade
no ato da matrícula. Convém lembrar que, a partir de 15 anos de idade, os
jovens podem realizar as provas do Encceja, uma avaliação aplicada pelo Inep
e exclusivamente voltada para a conclusão do Ensino fundamental.
Já a partir dos 18 anos de idade, os alunos podem realizar essa mesma
avaliação para conclusão do ensino médio. Nessa avaliação, caso o estudante
não atinja o desempenho necessário em todas as áreas do conhecimento, poderá
obter o atestado parcial de conclusão e continuar cursando as disciplinas fal-
tantes nas turmas de EJA nas escolas municipais e estaduais. Também poderão
ser ofertados cursos de ensino técnico a esses jovens e adultos, visando sua
formação profissional no ensino médio.

Durante o governo militar, as taxas de analfabetismo entre jovens e adultos no Brasil


continuaram a subir. Foi quando — pressionado por organismos internacionais, como
a ONU e a Unesco — o Ministério da Educação organizou o Movimento Brasileiro
de Alfabetização (Mobral), em 1967, que se estendeu por todo o território nacional,
funcionando até sua extinção em 1985.
Educação de jovens e adultos 11

Dados relativos à educação de jovens e adultos


e políticas contemporâneas
A EJA no Brasil ainda precisa ser alvo de maiores investimentos e necessita
de construção, implementação e acompanhamento de políticas educacionais
que atinjam a todos os jovens e adultos, a fim de reverter o quadro atual. O
Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014–2024 traz, em sua meta nº. 9,
“[...] elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais
para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até
o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir
em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional” (BRASIL,
2015, documento on-line).
A primeira parte dessa meta — a elevação da taxa de alfabetização — já
atingiu o patamar de 93% segundo os dados do Relatório do 2º Ciclo de Mo-
nitoramento das Metas do PNE 2014–2024, porém apresenta desigualdades
entre as diferentes regiões brasileiras, conforme o Quadro 1.

Quadro 1. Taxa de alfabetização da população com mais de 15 anos de idade para o Brasil
e regiões geográficas

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Brasil 91,4 % 91,7 % 92,1 % 92,3 % 92,8 % 93 %

Norte 90,4% 90,6% 91,1% 90,9% 91,5% 92,0%

Nordeste 82,9% 83,4% 83,9% 84,3% 85,2% 85,5%

Sudeste 95,2% 95,5% 95,7% 95,9% 96,2% 96,5%

Sul 95,2% 95,6% 96,0% 96,1% 96,4% 96,5%

Centro-Oeste 93,1% 93,6% 93,9% 94,1% 94,3% 94,8%

Fonte: Adaptado de Brasil (2018c).


12 Educação de jovens e adultos

O analfabetismo funcional compreende “[...] a pessoa com 15 anos ou mais


de idade que possui menos de quatro anos de escolaridade ou que declara
não saber ler e escrever” (BRASIL, 2018c, documento on-line). A atual taxa
de analfabetismo funcional brasileira para pessoas com mais de 15 anos é
16,6% e deve ser reduzida até o patamar de 9,2% até 2024, se atingidas as
metas do PNE 2014–2024. Atualmente a taxa se encontra em 15,30%, o que
significa milhares de brasileiros jovens e adultos com menos de quatro anos
de escolarização, que autodeclaram não saber ler nem escrever (Figura 1).

30% 28,5% 27,8%


27,2% 26,7%
25,9%

30%
21,9% 21,7%
20,4% 20,1% 20,2%
30%
18,3% 18,1% 17,6% 17,1%
16,4% 16,6%
16,5% 15,9%
14,1% 14,7%
30% 13,8%
13,7% 13,4% 12,8%
13,2% 13,2% 11,5%
12,7% 12,4%
30%
2012 2013 2014 2015 2016
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Figura 1. Taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos ou mais de idade.


Fonte: Adaptada de Brasil (2018c).

Analisando os percentuais referentes ao analfabetismo funcional, percebe-


mos que, mesmo que eles tenham decrescido no período analisado (2012–2016),
há grande disparidade entre as regiões, destacando as regiões Norte e Nor-
deste, que ultrapassam a marca dos 20%. Para reverter esse quadro relativo à
população jovem e adulta e sua escolarização, o Ministério da Educação, na
atualidade, possui ações e programas educacionais, como:

 Brasil Alfabetizado;
 Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem);
 Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Edu-
cação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).
Educação de jovens e adultos 13

O Programa Brasil Alfabetizado foi instituído pelo Ministério da Educação em 2003,


com o objetivo de alfabetizar jovens, adultos e idosos. Segundo o portal do Brasil
Alfabetizado (2018, documento on-line), o programa é “[...] desenvolvido em todo o
território nacional, com o atendimento prioritário a 1.928 municípios que apresentam
taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total, 90% localizam-se na região
Nordeste”. Esses atendimentos feitos pelo programa vêm ao encontro dos dados que
analisados anteriormente sobre o analfabetismo funcional e as regiões com maior índice.

O Programa Brasil Alfabetizado funciona a partir da adesão de voluntários,


que se tornam alfabetizadores e que, para isso, recebem uma bolsa como con-
trapartida pelas tarefas desenvolvidas junto às suas turmas de alunos jovens e
adultos. As bolsas destinam-se aos professores alfabetizadores, aos tradutores
intérpretes de Libras e aos coordenadores de turmas.
Os agentes responsáveis pelo Programa Brasil Alfabetizado são:

 Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e


Inclusão (Secadi), que é o órgão do Ministério da Educação responsável
por formular ações educacionais para a EJA;
 Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável
pelo financiamento e pagamento de bolsas e incentivos;
 Distrito Federal, os Estados e municípios, que são os entes executores
do programa;
 Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos
(Cnaeja), que é o órgão que possui caráter consultivo.

Segundo a Resolução do Conselho Deliberativo do FNDE nº. 32, de 1º de


julho de 2011, os cursos do Programa Brasil Alfabetizado “[...] poderão ter
duração e carga horária variável, dentro dos seguintes parâmetros: I — seis
meses de duração com, no mínimo, duzentas e quarenta horas-aula; II — sete
meses de duração com, no mínimo, duzentas e oitenta horas-aula; ou III — oito
meses de duração com, no mínimo, trezentas e vinte horas-aula” (BRASIL,
2011, documento on-line).
O número de alfabetizandos deverá obedecer aos seguintes critérios:

 no mínimo 7 e no máximo 25 alunos por turma em áreas rurais;


14 Educação de jovens e adultos

 no mínimo 12 e no máximo 25 alfabetizandos por turma em áreas


urbanas.

Os valores das bolsas para os alfabetizadores e para os tradutores intérpretes


de Libras em 2018 foram de R$ 400,00 para uma turma ativa e R$ 600,00
para duas turmas ativas.

O ProJovem é um programa do Ministério da Educação voltado para jovens de 15 a 29


anos de idade, que se encontrem em situação de vulnerabilidade social (que estejam
fora da escola e dos cursos de formação e qualificação profissional), tendo como
objetivo “Reintegrar esses jovens ao processo educacional, promover sua qualificação
profissional e assegurar o acesso a ações de cidadania, esporte, cultura e lazer” (BRASIL,
2018, documento on-line). O ProJovem possui quatro modalidades:
 ProJovem Adolescente;
 ProJovem Urbano;
 ProJovem Campo;
 ProJovem Trabalhador.
Em 2018, o ProJovem ofereceu 54 mil vagas, das quais 43 mil são destinadas à
modalidade Urbano e 11 mil à modalidade Campo.

As formações profissionais oferecidas pelo ProJovem são as mais diversas,


como, por exemplo:

 administração;
 agroextrativismo;
 alimentação;
 arte e cultura;
 construção e reparos;
 educação;
 esporte e lazer;
 metalomecânica.

A bolsa do ProJovem para 2018 é de R$ 100,00 por aluno, e os cursos


costumam ter 2.000 horas ao longo de 18 meses.
Educação de jovens e adultos 15

O Proeja objetiva oportunizar que a educação profissional se estenda


aos jovens e adultos ao realizarem seus estudos na educação básica na
modalidade da EJA. De acordo com o Decreto nº. 5.480, de 13 de julho de
2006, esse programa contempla “[...] os seguintes cursos e programas de
educação profissional: I — formação inicial e continuada de trabalhadores;
e II — educação profissional técnica de nível médio” (BRASIL, 2006b,
documento on-line).
O mesmo decreto ainda firma que esses cursos poderão vincular-se ao
ensino fundamental ou médio, no caso da formação continuada de traba-
lhadores, de forma integrada ou concomitante (ensino técnico). O Proeja
pode ser utilizado pelas escolas estaduais e municipais e ainda “[...] pelas
entidades privadas nacionais de serviço social, aprendizagem e formação
profissional vinculadas ao sistema sindical (‘Sistema S’)” (BRASIL, 2006b,
documento on-line). A carga horária dos cursos do Proeja é distribuída
conforme Quadro 2.

Quadro 2. Carga horária dos cursos do Proeja

Carga horária
Tipo de curso Carga horária mínima
total mínima

Formação inicial 1.200 horas de formação geral


e continuada de 200 horas de formação 1.400 horas
trabalhadores profissional

1.200 horas de formação geral


Educação profissional
1.200 horas específicas 2.400 horas
técnica de nível médio
da formação técnica

Fonte: Adaptado de Brasil (2006b).

São inúmeras as ações do Ministério da Educação voltadas para a EJA


com os objetivos de promover a continuidade dos estudos na educação básica,
especialmente na alfabetização, e buscar formação profissional. Cabe lembrar
que o aluno da EJA deve ser visto como um estudante diferenciado que possui
características próprias da vida adulta, as quais o professor deverá considerar
ao preparar suas aulas e conduzir suas atividades pedagógica .
16 Educação de jovens e adultos

Para mais informações sobre a EJA, assista no link a seguir ao Programa Conexão, do
Canal Futura, que entrevista Paulo Carrano, coordenador do Observatório Jovem da
Universidade Federal Fluminense (UFF); Sérgio Goti, gerente executivo de educação
do Serviço Social da Indústria (Sesi); e Sandra Portugal, coordenadora de projetos da
Fundação Roberto Marinho:

https://goo.gl/Tj5yjs

BES, P. Andragogia e educação profissional. Porto Alegre: SAGAH, 2017.


BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consti-
tuicao/constituicao.htm>. Acesso em: 5 nov. 2018.
BRASIL. Decreto nº. 5.840, de 13 de julho de 2006. Institui, no âmbito federal, o Pro-
grama Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 jul. 2006b. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5840.htm>. Acesso em: 5 nov. 2018.
BRASIL. Educação de jovens e adultos: uma memória contemporânea 1996 – 2004. Brasília:
MEC, UNESCO, 2007. (Coleção Educação para Todos). Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=657-vol1ejaelt-
-pdf&category_slug=documentos-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Relatório
do 2° ciclo de monitoramento das metas do plano nacional de educação: 2018c. Brasília,
DF: Inep, 2018. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485745/
RELAT%C3%93RIO+DO+SEGUNDO+CICLO+DE+MONITORAMENTO+DAS+METAS+DO+P
NE+2018/9a039877-34a5-4e6a-bcfd-ce93936d7e60?version=1.17>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Lei nº. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa diretrizes e bases para o ensino
de 1 e 2 graus e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 ago.
1971. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-
-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível
em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-
-362578-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 5 dez. 2018.
Educação de jovens e adultos 17

BRASIL. Lei nº. 13.632, de 6 de março de 2018. Altera a Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro
de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre educação
e aprendizagem ao longo da vida. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 mar. 2018a.
Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13632-6-marco-2018-
-786231-publicacaooriginal-154957-pl.html>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Brasil alfabetizado. Brasília, DF, [2018d]. disponível em:
http://portal.mec.gov.br/brasil-alfabetizado/apresentacao. Acesso em: 6 dez. 2018.
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junho de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 jun. 2000. Disponível em: <http://
confinteabrasilmais6.mec.gov.br/images/documentos/parecer_CNE_CEB_11_2000.
pdf>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer nº. 15, de 1°
junho de 1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 1998. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb015_98.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretoria de Estudos Educacionais. Plano nacio-
nal de educação (PNE 2014-2024): linha de base. Brasília, DF, 2015. Disponível em:
<http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485745/Plano+Nacional+de+Educa
%C3%A7%C3%A3o+PNE+2014-2024++Linha+de+Base/c2dd0faa-7227-40ee-a520-
12c6fc77700f?version=1.1>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Encceja. Brasília, DF, [2018b]. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/encceja>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Resolução nº. 32, de 1º de julho de 2011. Estabelece orientações, critérios e procedimen-
tos relativos à transferência automática a estados, municípios e ao Distrito Federal dos
recursos financeiros do Programa Brasil Alfabetizado no exercício de 2011, bem como ao
pagamento de bolsas aos voluntários que atuam no Programa. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 2 jul. 2011. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=8465-resolucacao-32-010711-brasilalfabetizado-
-pdf&category_slug=julho-2011-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Proposta Curricular para a educação de jovens e adul-
tos: segundo segmento do ensino fundamental (5ª a 8ª série). Brasília: Secretaria de
Educação Fundamental, 2002. 148 p. v. 1. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
secad/arquivos/pdf/eja_livro_01.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Secretaria de Governo. ProJovem. Brasília, DF, [2018e]. Disponível em: http://www.
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BRASIL. Ministério da Educação. Trabalhando com a educação de jovens e adultos: alunas
e alunos da EJA. Caderno 1. Brasília: SECADI, 2006a.
CERATTI, M. R. N. Políticas públicas para a educação de jovens e adultos. Gestão esco-
lar, 2007. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/
producoes_pde/md_marcia_rodrigues_neves_ceratti.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2018.
18 Educação de jovens e adultos

DI PIERRO, M. C.; JOIA, O.; RIBEIRO, V. M. Visões da educação de jovens e adultos no


Brasil. Cadernos Cedes, v. 21, nº. 55, p. 58-77, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.
br/scielo.php?pid=S0101-32622001000300005&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso
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RIBEIRO, V. M. M. (Org.). Educação para jovens e adultos: ensino fundamental: proposta
curricular — 1º segmento. São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 2001. p. 239.
UNESCO. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI. Brasília: Setor de Educação da Re-
presentação da UNESCO no Brasil, 2010. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/
images/0010/001095/109590por.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2018.
Conteúdo:
Dica do professor
A educação de jovens e adultos (EJA) precisa ser vista como uma modalidade educacional que tem
características próprias e exige atendimento diferenciado por parte dos professores. Ao lidar com
público jovem e adulto, devem ser utilizados os princípios da Andragogia.

Assista ao vídeo da Dica do Professor e conheça mais sobre esses princípios e suas características.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Na prática
As práticas pedagógicas na educação profissional de jovens e adultos diferenciam-se das práticas
pedagógicas em outros níveis e modalidades de ensino. Nesse sentido, a formação e a orientação
dos professores devem ser claras e específicas.

Acompanhe a seguir a experiência da professora Kátia junto à educação profissional de jovens e


adultos e como a coordenação pedagógica pode atuar nessa modalidade de ensino.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
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código para acessar.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Salto para o futuro | Novas diretrizes curriculares para o


ensino médio
O vídeo fala sobre os desafios da educação de jovens coloca em debate as novas DCNEM e os
desafios para a elaboração e implementação coletiva de uma proposta curricular que integre
trabalho, ciência e cultura.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Estudantes com deficiência intelectual na educação de jovens e


adultos: interfaces do processo de escolarização
Este material traz um estudo que tem como objetivo geral compreender o processo de
escolarização de jovens com deficiência intelectual que frequentam a EJA.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Educação ambiental na EJA: um recorte do currículo capixaba


Neste artigo, os autores analisam como o tema transversal da educação ambiental se faz presente
nos currículos da rede estadual do Espírito Santo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

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