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Finalidades, duração e organização do

ensino médio

Apresentação
Alvo de muitas discussões e estudos na última década, o ensino médio tem enfrentado diversos
problemas relacionados à evasão e ao baixo desempenho escolar apresentado pelos estudantes.
Para que os estudantes brasileiros possam ter um melhor desempenho e concluam o ensino médio,
o Ministério da Educação tem investido em programas e ações voltados para essa etapa da
escolarização.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá analisar os dados relativos ao ensino médio nas
avaliações nacionais (Ideb e Enem). Também irá conhecerá o Pacto Nacional pelo Fortalecimento
do Ensino Médio e estudará a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio, assim como a
Reforma do Ensino Médio, proposta pela Medida Provisória n° 746/2016.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Especificar dados relativos ao ensino médio nas avaliações nacionais (Ideb e Enem).

• Definir no que consiste o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.


• Relacionar a Base Nacional Comum Curricular com a Reforma do Ensino Médio (Medida
Provisória no 746/2016).
Infográfico
A Medida Provisória no 746, de 22 de setembro de 2016, convertida na Lei no 13.415, de 16 de
fevereiro de 2017, propôs a Reforma do Ensino Médio, que altera a forma como o ensino médio é
pensado, estruturado e organizado curricularmente.

Confira, no Infográfico a seguir, as principais mudanças da reforma no ensino médio.


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Conteúdo do livro
São inúmeros os fatores que devem ser analisados a respeito do ensino médio, começando pela
própria fase da vida destes alunos, a maioria na adolescência, período em que precisam tomar
decisões sérias, como escolher em qual área irão atuar profissionalmente, trabalhar ou estudar,
prosseguir nos estudos no ensino superior, dentre outras.

No capítulo Finalidades, duração e organização do ensino médio, da obra Organização e legislação da


educação, você irá identificar os dados relativos ao ensino médio referentes às avaliações nacionais
(Ideb e Enem). Também irá conhecer o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e
realizará estudos sobre a Base Nacional Comum Curricular para o ensino médio e a Reforma do
Ensino Médio, proposta pela Medida Provisória n° 746/2016.
ORGANIZAÇÃO
E LEGISLAÇÃO
DA EDUCAÇÃO

Pablo Rodrigo Bes


Finalidades, duração
e organização do
ensino médio
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Especificar dados relativos ao ensino médio nas avaliações nacionais


(Ideb e Enem).
 Definir no que consiste o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do
Ensino Médio.
 Relacionar a Base Nacional Comum Curricular com a Reforma do
Ensino Médio.

Introdução
O ensino médio tem sido alvo de muitas discussões e estudos na última
década, sobretudo relacionados com a evasão e com o baixo desem-
penho escolar apresentado pelos estudantes nessa etapa que finaliza a
educação básica no Brasil.
São inúmeros os fatores que devem ser analisados a respeito do ensino
médio, começando pela própria fase da vida desses alunos (adolescência),
período no qual é necessário tomar decisões sérias, como uma área de
atuação profissional a ser seguida, trabalhar ou estudar, prosseguir nos
estudos no ensino superior, entre outras. Para que os estudantes brasi-
leiros possam ter um desempenho melhor e concluam o ensino médio,
o Ministério da Educação tem investido em programas e ações voltadas
para essa etapa da escolarização.
Neste capítulo, você vai ler sobre os dados relativos ao ensino médio
nas avaliações nacionais, o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino
Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio
e a Reforma do Ensino Médio, proposta pela Medida Provisória nº. 746,
de 22 de setembro de 2016.
2 Finalidades, duração e organização do ensino médio

Ensino médio no Brasil


Dentro do sistema educacional brasileiro, o ensino médio ocupa hoje a
posição fi nal; ou seja, é nele que os jovens concluem o seu processo de
educação básica, devendo, assim, estar preparados para prosseguir os
estudos em um novo nível educacional — o ensino superior — ou ingressar
no mercado de trabalho.
Somente a partir da Emenda Constitucional nº. 59, de 11 de novembro
de 2009, a educação obrigatória passou a ser dos 4 aos 17 anos de idade,
definindo o ensino médio como um direito de todos os jovens de 15 a
17 anos de idade. Analisando a história do ensino médio no Brasil e a
(re)produção de desigualdades nessa etapa educacional, percebemos que
este “[...] foi apresentado ora no formato de educação profissional destinado
aos filhos de trabalhadores que não prosseguiriam os estudos e precisariam
qualificar-se para o mercado de trabalho, ora como preparatório para o
Ensino Superior e, nesse formato, era excludente e minoritário” (ERRAM,
2017, p. 18).
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional de 1996,
no art. 35, estabelece “O ensino médio, [como] etapa final da educação
básica, com duração mínima de três anos [...]” (BRASIL, 1996, documento
on-line), apontando as seguintes finalidades:

Art. 35 [...]
I — a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II — a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade
a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III — o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pen-
samento crítico;
IV — a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos pro-
cessos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina. (BRASIL, 1996).

Como podemos perceber, as finalidades do ensino médio atestam a sua


importância, uma vez que deve consolidar as aprendizagens anteriores,
aprofundar os estudos pertinentes à sua etapa e oportunizar a continuação
dos estudos. Além disso, deve fornecer condições básicas de preparação
Finalidades, duração e organização do ensino médio 3

para o trabalho e para o exercício da cidadania, formando esse aluno para


ser ético, autônomo e crítico.
Ocorre, porém, que os índices de desempenho dos estudantes em relação
às aprendizagens adquiridas no ensino médio não são muito animadores.
Para que possamos compreender como o ensino médio se encontra na
atualidade, vamos analisar os dados do Índice de Desenvolvimento da Edu-
cação Básica (Ideb), que, desde 2007, tem sido o indicador que reúne “[...]
os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade
da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações”
(BRASIL, 2018a, documento on-line). Assim, não adianta somente medir
se o desempenho dos estudantes está satisfatório, mas também se o acesso
e a permanência na escola na idade apropriada estão ocorrendo.

O Ideb é produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) e en-
volve os dados do Censo Escolar preenchidos pelos estabelecimentos de ensino e de
avaliações de larga escala aplicadas aos alunos da educação básica, que compõem o
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Segundo o Resumo Técnico do Ideb (BRASIL, 2017a, documento on-


-line), os resultados do Ideb até o ano de 2015 eram produzidos para as
escolas de ensino médio públicas por meio de amostras, sendo que, em
2017, pela primeira vez, foi estendido a todas as escolas públicas do sistema
de ensino brasileiro e às escolas privadas por adesão.
Dessa forma, os dados coletados apresentam maior precisão. É im-
portante esclarecer que existe no Plano Nacional de Educação (PNE)
2014–2024, em sua meta nº. 7, a relação entre qualidade da educação/Ideb,
propondo metas a serem atingidas para os anos iniciais do ensino funda-
mental (6,0), anos finais do ensino fundamental (5,5) e ensino médio (5,2).
Fernandes ([2018], documento online) comenta que, ao projetar esses índices
próximos a 6,0, estamos igualando “[...] o nível de qualidade educacional, em
termos de proficiência e rendimento (taxa de aprovação), da média dos países
desenvolvidos (média dos países membros da OCDE) observada atualmente”.
4 Finalidades, duração e organização do ensino médio

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi criada no


dia 30 de setembro de 1961 para substituir a Organização Europeia para a Cooperação
Econômica (OECE). A sede da OCDE está localizada na cidade de Paris, na França.
Essa organização procura promover políticas públicas voltadas para o aumento dos
Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), bem como auxilia no desenvolvimento
e na expansão econômica das nações integrantes, proporcionando ações que pos-
sibilitem a estabilidade financeira e fortaleçam a economia global. O Brasil pretende
fazer parte da OCDE.

Com relação à meta do PNE 2014–2024 relativa ao Ideb do ensino médio,


o Brasil atingiu 3,7 somente, segundo dados do Sistema de Monitoramento do
Ministério da Educação (Simec), presentes no Relatório de Monitoramento das
Metas do PNE: 2º Ciclo (BRASIL, 2018a). Segundo o Resumo Técnico do Ideb
de 2017, os resultados desse indicador evoluíram por estado e ano de aplicação
para a rede total de ensino (pública e privada), de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1. Resultados do Ideb do ensino médio por ano de aplicação e regiões geográficas

Ideb total
Unidade
Meta
da Ideb Ideb Ideb Ideb Ideb Ideb Ideb
Ideb
Federação 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
2017
Brasil 3,4 3,5 3,6 3,7 3,7 3,7 3,8 4,7
Norte 2,9 2,9 3,3 3,2 3,1 3,3 3,3 4,2
Nordeste 3,0 3,1 3,3 3,3 3,3 3,4 3,5 4,4
Sudeste 3,6 3,7 3,8 3,9 3,9 3,9 4,0 4,9
Sul 3,7 3,9 4,1 4,0 3,9 3,8 3,9 5,1
Centro-
3,3 3,4 3,5 3,6 3,6 3,7 4,0 4,7
Oeste

Fonte: Adaptado de Brasil (2017a).

Analisando o Quadro 1, podemos perceber que nenhuma das regiões bra-


sileiras se aproximou do alcance das metas propostas pelo Ideb para 2017, e
Finalidades, duração e organização do ensino médio 5

a sua variação no decorrer da aplicação das provas bianuais do Saeb é muito


pequena, o que significa que as aprendizagens dos alunos estão mantendo-se
no padrão, sem a qualidade suficiente para que atinja as metas projetadas.
Embora em 2017 as metas tenham apresentado elevação em quase todas as
regiões — com exceção da região Norte —, esse aumento é muito pequeno,
implicando no aumento da média nacional em somente 0,1 ponto percentual.
O Resumo Técnico do Ideb (BRASIL, 2017a, documento on-line) aponta
que “[...] nove estados alcançaram valores de Ideb iguais ou superiores a 4,0,
são eles:

 Espírito Santo;
 Goiás;
 São Paulo;
 Distrito Federal;
 Pernambuco;
 Santa Catarina;
 Ceará;
 Paraná;
 Rondônia.

Além das grandes disparidades na qualidade do ensino das regiões geográ-


ficas brasileiras, a situação se agrava ainda mais se compararmos a formação
ofertada nas redes públicas e privadas.
As escolas da rede pública que ofertam o ensino médio são, em sua grande
maioria, estaduais (97%), devido à prioridade de atendimento proposta na LDB
de 1996. Comparando os dados do Ideb do ensino médio dessas escolas com os
dados da rede privada, podemos perceber a variação mostrada no Quadro 2.

Quadro 2. Comparação entre o Ideb Brasil das redes públicas e privadas

Meta
Ideb Ideb Ideb Ideb Ideb Ideb Ideb
Rede Ideb
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
2017
Pública
3,0 3,2 3,4 3,4 3,4 3,5 3,5 4,4
(estadual)
Privada 5,6 5,6 5,6 5,7 5,4 5,3 5,8 6,7

Fonte: Adaptado de Brasil (2017a).


6 Finalidades, duração e organização do ensino médio

Os dados do Quadro 2 demonstram que a rede privada, que representa


cerca de 12% das matrículas no ensino médio nacionalmente, apresenta
historicamente um Ideb superior ao das escolas da rede pública estadual,
aproximando-se do indicador utilizado pelos países membros da OCDE, que
é 6,0. Podemos entender que as aprendizagens no ensino médio das escolas
privadas são superiores e fornecem melhores condições de desenvolvimento
de competências e habilidades aos seus estudantes.
Outra fonte de dados importante a ser utilizada para traçarmos um panorama
do ensino médio no Brasil é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
aplicado anualmente para avaliar o desempenho dos estudantes dessa etapa da
educação básica e que pode, inclusive, ser utilizado para o acesso ao ensino
superior. Ribeiro e Mendes (2016, documento on-line) comentam que:

O Exame Nacional do Ensino Médio foi criado sob o governo de Fernando


Henrique Cardoso, no ano de 1998, com intuito de avaliar os alunos no final
do ensino médio. A avaliação era uma espécie de ferramenta que auxiliava o
Ministério da Educação a elaborar novas técnicas de ensino e/ou modificar os
conteúdos estudados, tudo isso de acordo com as dificuldades apresentadas
pelos alunos. Mais tarde, a avaliação passou a ter um caráter mais amplo. Os
vestibulares saíram de cena, para que, aos poucos, o ENEM pudesse tornar-se
o principal meio de ingressar nas mais diversas universidades, até mesmo fora
do país, como a Universidade de Coimbra (UC), em Portugal.

Segundo o Inep (BRASIL, 2018b), o Enem é composto por uma redação


e quatro provas objetivas, contendo 45 questões cada; também envolve um
questionário socioeconômico a ser preenchido pelo participante. O conteúdo
das provas do Enem é definido a partir de matrizes de referência em quatro
áreas do conhecimento (BRASIL, 2018b):

 linguagens, códigos e suas tecnologias, que abrange o conteúdo de


língua portuguesa, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol),
artes, educação física, e tecnologias da informação e comunicação;
 matemática e suas tecnologias;
 ciências da natureza e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de
química, física e biologia;
 ciências humanas e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de
geografia, história, filosofia e sociologia.
Finalidades, duração e organização do ensino médio 7

Segundo o portal do Ministério da Educação (BRASIL, 2012a), as provas


do Enem utilizam a metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), que
fornece uma nota de menor e uma nota de maior proficiência, de acordo com
o desempenho dos estudantes, em que a nota 500 representa a média obtida
pelos estudantes: “[...] quanto mais distante de 500 for a nota do estudante, para
cima, maior o desempenho obtido em relação à média dos participantes. Mesmo
raciocínio vale para desempenho menor que 500, que aponta desempenho
pior em relação ao obtido pela média” (BRASIL, 2012a, documento on-line).
Dessa forma, podemos avaliar o desempenho dos estudantes que re-
alizaram o Enem, percebendo o percentual daqueles que se mantiveram
acima da média e abaixo dela, estabelecendo uma relação com o processo
de ensino que receberam durante a educação básica e especialmente no
ensino médio, o qual antecedeu a realização das provas desse exame na-
cional. As médias da proficiência alcançada pelos alunos concluintes do
ensino médio, de ambas as redes públicas e privadas, nos anos de 2016 e
2017, constam no Quadro 3.

Quadro 3. Médias do Enem 2016 e 2017 por áreas de conhecimento

Proficiência Proficiência Proficiência


Área de média geral mínima máxima
conhecimento
2016 2017 2016 2017 2016 2017

Linguagens
520,25 510,2 287,5 299,6 802,6 788,8
e códigos

Ciências
533,5 519,3 317,4 307,7 859,1 868,3
humanas

Matemática 489,5 518,5 309,7 310,4 991,5 993,9

Ciências da
477,1 510,6 316,5 298 871,3 885,6
natureza

Redação 541,9 558

Fonte: Adaptado de Brasil (2018a).


8 Finalidades, duração e organização do ensino médio

Analisando as médias do Enem com os pontos de corte utilizados para o


ingresso no ensino superior, percebemos que existem fragilidades na formação
da maioria dos alunos. Segundo informações do portal Guia da Carreira
(ENEM..., [2018]) — tanto no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que distribui
vagas para universidades públicas, quanto no Programa Universidade para
Todos (Prouni), que distribui bolsas integrais ou parciais para estudantes em
universidades particulares, ou ainda no Fundo de Financiamento ao Estudante
do Ensino Superior (Fies), que visa financiar com juros baixos e a longo prazo
os estudantes em universidades privadas —, os pontos de corte para cursos
como medicina, engenharias, nutrição e odontologia costumam se localizar
bem acima de 600 pontos no Sisu, com uma leve tendência de diminuição
das médias para o acesso por meio do Prouni. Logo, não ir bem no Enem
repercute diretamente na possibilidade de escolha do curso a ser realizado
no ensino superior.

Quando falamos sobre o ensino médio, devemos considerar os sujeitos que se encon-
tram em sala de aula, que se tratam de jovens, vivendo seu período de adolescência,
logo, possuem particularidades que devem ser consideradas, pois agem e pensam de
acordo com sua constituição cultural. A Reforma do Ensino Médio pretende considerar
esses aspectos, bem como aproximar mais esse jovem estudante das demandas
sociais que se alteraram e que, na atualidade, exigem muito mais de suas habilidades
e competências.

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do


Ensino Médio
O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio foi instituído pelo
Ministério da Educação a partir da Portaria nº. 1.140, de 22 de novembro de
2013 (BRASIL, 2013), propondo ações de apoio técnico e financeiro voltadas
para a formação continuada de professores e coordenadores pedagógicos que
atuam nessa etapa da educação básica. Essas capacitações são realizadas a
partir das instituições de ensino superior públicas que participam do pacto.
Segundo a Portaria nº. 1.140/2013, do Ministério da Educação, em seu art.
3º, as ações do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio têm os
seguintes objetivos:
Finalidades, duração e organização do ensino médio 9

Art. 3º [...]
I — contribuir para o aperfeiçoamento da formação dos professores e coor-
denadores pedagógicos do ensino médio;
II — promover a valorização pela formação dos professores e coordenadores
pedagógicos do ensino médio; e
III — rediscutir e atualizar as práticas docentes em conformidade com as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio — DCNEM (BRASIL,
2013, documento on-line).

Dessa forma, para atender a esses objetivos propostos no pacto do ensino


médio, são necessárias ações articuladas e coordenadas que envolvam a todos
os entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e municípios) para
elevar o padrão de qualidade do ensino médio brasileiro. Na atualidade, são
duas as principais ações executadas pela rede de ensino público nacional que
envolvem o pacto:

 redesenho curricular;
 formação continuada.

O redesenho curricular propõe que as escolas de ensino médio, por meio


do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), possam buscar a construção
de um currículo que contemple a formação humana integral. Segundo o Mi-
nistério da Educação, “[...] o programa tem foco na elaboração, por parte da
escola, de projeto de redesenho curricular (PRC) que apresente na perspectiva
da integração curricular, articulando as dimensões do trabalho, da ciência, da
cultura e da tecnologia, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Médio” (BRASIL, 2018b, documento on-line).

O ProEMI foi instituído em 2009 com o objetivo de tornar os currículos do ensino médio
mais dinâmicos e estimulantes aos estudantes e, ao mesmo tempo, contemplar as
demandas sociais contemporâneas, uma vez que, segundo as Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs) para o Ensino Médio (2012b, documento on-line), “[...] nos dias atuais,
a inquietação das ‘juventudes’ que buscam a escola e o trabalho resulta mais evidente
do que no passado [...] Vários movimentos sinalizam no sentido de que a escola precisa
ser repensada para responder aos desafios colocados pelos jovens”. O redesenho
curricular busca essa aproximação das realidades e desafios cotidianos enfrentados
pelos jovens com os saberes ensinados na escola.
10 Finalidades, duração e organização do ensino médio

De igual importância, segundo as DCNs para o ensino médio, para que se


estabeleçam os currículos do ensino médio, é necessário considerar o jovem
“[...] como sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses
e necessidades singulares” (BRASIL, 2012b, documento on-line). Os jovens
que frequentam o ensino médio podem ser considerados uma categoria social
específica que apresenta pontos em comum, como a sua “[...] ansiedade em
relação ao futuro, sua necessidade de se fazer ouvir e sua valorização da
sociabilidade” (BRASIL, 2012b, documento on-line).
O ensino médio possui uma organização específica, detalhada nas DCNs
do ensino médio (BRASIL, 2012b), que propõe, no ensino regular, a duração
mínima de 3 anos, com carga horária de 2.400 horas, distribuídas em 800 horas
anuais, que contemplem, ao menos, 200 dias letivos. Existem ainda outras
implicações relativas à abrangência do ensino médio, como:

 oferta noturna;
 modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA);
 preparo para profissões técnicas de acordo com a educação profissional
e tecnológica;
 oferta nas demais modalidades: educação especial, educação do campo,
educação escolar indígena, educação escolar quilombola, educação
de pessoas em regime de acolhimento ou internação e em regime de
privação de liberdade e educação a distância.

A segunda ação que envolve o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do En-


sino Médio é a formação continuada dos professores, que possui os seguintes
objetivos (BRASIL, 2018b):

 promover melhoria da qualidade do ensino médio;


 ampliar os espaços de formação de todos os profissionais envolvidos
nessa etapa da educação básica;
 desencadear um movimento de reflexão sobre as práticas curriculares
que se desenvolvem nas escolas;
 fomentar o desenvolvimento de práticas educativas efetivas com foco
na formação humana integral, conforme apontado nas DCNs para o
ensino médio.

Para que possa atender aos objetivos propostos a partir das capacitações
realizadas com os profissionais que trabalham com o ensino médio, o Pacto
Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio apresenta como eixo central
Finalidades, duração e organização do ensino médio 11

de seu processo de formação o tema Sujeitos do ensino médio e formação


humana integral, que serve de base para todos os cursos realizados. A formação
é realizada em duas etapas, sendo que a primeira fase envolve os seguintes
tópicos, organizados em cadernos de estudos:

 ensino médio e formação humana integral;


 jovem como sujeito do ensino médio;
 currículo do ensino médio;
 áreas de conhecimento e integração curricular;
 organização e gestão do trabalho pedagógico;
 avaliação no ensino médio.

Os professores que desejarem aderir aos cursos de formação continuada


ofertados pelo Pacto Nacional de Fortalecimento do Ensino Médio deverão
ser cadastrados pelos diretores das escolas onde atuam por meio do Sistema
Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) do Ministério
da Educação. Na segunda etapa da formação continuada dos docentes, são
realizados os seguintes cursos:

 organização do trabalho pedagógico no ensino médio;


 ciências humanas;
 ciências da natureza;
 linguagens;
 matemática.

Os cursos que compõem a segunda etapa apresentam informações sobre


como o professor pode organizar suas atividades pedagógicas junto aos alu-
nos para obter melhor aproveitamento e contribuir para as aprendizagens.
Também é proposto como objetivo da segunda etapa da formação continuada
fomentar as discussões acerca da necessidade e da importância da construção
da BNCC do ensino médio. Essa etapa traz maiores embasamentos sobre as
áreas de conhecimento pertinentes ao ensino médio. Ao analisar os cadernos
que compõem a segunda etapa dessa formação, percebemos que:

[...] retomou a discussão do trabalho pedagógico e fez o debate das áreas do


conhecimento, da interdisciplinaridade e da contextualização, sendo realizada
por todos os participantes da formação indiferente da área que o profissional
atuasse, pois o objetivo era a necessidade da articulação entre as diferentes
áreas dentro do espaço escolar e a discussão das possibilidades da mesma
(ERRAM, 2017, p. 171).
12 Finalidades, duração e organização do ensino médio

O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio — ao colocar


os professores que atuam nessa etapa da educação básica em uma formação
continuada que contemple todas as áreas de conhecimento, independentemente
daquela que o professor obteve sua formação inicial — procura desenvolver
as práticas interdisciplinares possíveis e necessárias para mudança e melhoria
do trabalho desenvolvido em sala de aula.

As escolas de ensino médio poderão, ainda, segundo a reforma proposta para essa
etapa educacional, valer-se do uso dos itinerários formativos integrados. As escolas
deverão ofertar os componentes curriculares obrigatórios propostos pela BNCC e
ofertar também itinerários formativos nas diferentes áreas do conhecimento, que serão
cursados de acordo com a disponibilidade e o interesse dos alunos.

Reforma do Ensino Médio e Base Nacional


Comum Curricular
Em 2016, foi decretada a Medida Provisória nº. 746, de 22 de setembro de
2016 (BRASIL, 2016), que propunha alterações na LDB de 1996, no que
se refere à educação básica e, mais especificamente, ao ensino médio. Essa
medida provisória foi convertida na Lei nº. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017
(BRASIL, 2017b), e suas mudanças ficaram conhecidas como a Reforma do
Ensino Médio.
A Reforma do Ensino Médio produziu algumas alterações significativas
na organização dessa etapa educacional, como a inserção no art. 24 da LDB
de 1996 de um parágrafo novo, que determina que:

Art. 24 [...]
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser
ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas
horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco
anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março
de 2017 (BRASIL, 1996, documento on-line).
Finalidades, duração e organização do ensino médio 13

Como o caput do art. 24 define a carga horária mínima em 800 horas


anuais, é proposto um aumento de 200 horas na carga horária anual, o que
representa uma possibilidade maior de desenvolver aprendizagens junto aos
alunos. Outra mudança significativa é a criação do art. 35-A na LDB de 1996,
que propõe que:

Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos


de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional
de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento:
I — linguagens e suas tecnologias;
II — matemática e suas tecnologias;
III — ciências da natureza e suas tecnologias;
IV — ciências humanas e sociais aplicadas (BRASIL, 1996, documento
on-line).

Além disso, mesmo a parte diversificada do currículo, a ser realizada


pela escola para atender às suas questões regionais, deve estar em sintonia
com as determinações da BNCC. A Reforma do Ensino Médio define que
a BNCC deverá incluir, obrigatoriamente, estudos e práticas de educação
física, arte, sociologia e filosofia no currículo do ensino médio. Outra
alteração proposta pela Reforma do Ensino Médio é o surgimento de
itinerários formativos a serem ofertados pelas escolas “[...] organizados
por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a rele-
vância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino”
(BRASIL, 2017b). Assim, será acrescentada, nas áreas de conhecimento
a serem estudadas, a possibilidade de formação técnica e profissional aos
estudantes caso queiram.
A BNCC do ensino médio, homologada ao final do ano de 2017, organiza
essa etapa nas quatro áreas de conhecimento propostas na Reforma do Ensino
Médio (BRASIL, 2017b):

 linguagens e suas tecnologias (arte, educação física, língua inglesa e


língua portuguesa);
 matemática e suas tecnologias (matemática);
 ciências da natureza e suas tecnologias (biologia, física e química);
 ciências humanas e sociais aplicadas (história, geografia, sociologia
e filosofia).
14 Finalidades, duração e organização do ensino médio

Como a Reforma do Ensino Médio impôs que o ensino de língua portuguesa e ma-
temática fosse realizado ao longo dos três anos do ensino médio, correspondendo
a 60% da carga horária dessa etapa da educação, as suas habilidades a serem desen-
volvidas junto aos alunos são mais detalhadas do que as demais, demarcando sua
maior ênfase curricular e sendo os únicos componentes curriculares obrigatórios a
todos os itinerários formativos.
Os demais componentes curriculares, que constituem a parte flexível (40%) dos
itinerários formativos a serem escolhidos pelos alunos, encontram-se descritos de forma
globalizada, promovendo que seu ensino ocorra de forma articulada e multidisciplinar,
uma vez que “[...] tal organização, portanto, deve contribuir para a integração dos
conhecimentos, entendida como condição para a atribuição de sentidos aos conceitos
e conteúdos estudados nas escolas” (BRASIL, 2017b, documento on-line). A BNCC define
as competências específicas de cada área do conhecimento, apontando as habilidades
que deverão ser desenvolvidas pelos alunos ao longo de seus itinerários formativos.

Ao propor um formato mais flexível para a organização dos currículos


escolares do ensino médio e itinerários formativos e áreas de conhecimento
mais amplas, sem a discriminação de seus componentes curriculares, a BNCC
do ensino médio entende que “[...] cabe aos sistemas e às escolas adotar a orga-
nização curricular que melhor responda aos seus contextos e suas condições:
áreas, interáreas, componentes, projetos, centros de interesse etc.” (BRASIL,
2017b, documento on-line).
Esse entendimento proposto vai ao encontro do que está afirmado nas DCNs
para a educação básica, de 2013, quando comenta que é necessário “[...] romper
com a centralidade das disciplinas nos currículos e substituí-las por aspectos
mais globalizadores e que abranjam a complexidade das relações existentes
entre os ramos da ciência no mundo real” (BRASIL, 2013, documento on-line).
Resta saber se esse rompimento com as disciplinas que compunham os
currículos tradicionais irá surtir melhores efeitos nas aprendizagens dos alunos.
A BNCC ainda propõe para o ensino médio que as escolas possam valer-se da
utilização de propostas pedagógicas de trabalho mais colaborativas entre as
áreas de conhecimento constituídas a partir do interesse dos alunos, sugerindo
algumas ideias, como:

 laboratórios;
 oficinas;
Finalidades, duração e organização do ensino médio 15

 clubes;
 observatórios;
 incubadoras;
 núcleos de estudos;
 núcleos de criação artística.

Os laboratórios devem propor atividades que envolvam observação, ex-


periências e produções relacionadas a um determinado campo de estudo que
os alunos estejam participando, como:

 línguas;
 jornalismo;
 comunicação e mídias;
 humanidades.

As oficinas se caracterizam por serem espaços de construção coletiva em


que os alunos podem articular seus conhecimentos, técnicas e tecnologias,
exercitando teorias estudadas na prática junto aos colegas e professores.
Os clubes podem ser utilizados para agrupar estudantes que compartilhem
gostos ou opiniões comuns e que, a partir deles, sejam produzidas aprendi-
zagens significativas. Os observatórios envolvem a formação de um grupo
de alunos que se interesse em observar determinada problemática definida
previamente, monitorando, acompanhando e mapeando seus resultados. As
incubadoras se voltam para a inovação e produção de ideias relacionadas
a algum serviço, produto ou tecnologia a ser desenvolvida pelo grupo de
estudantes.
Os núcleos de estudos envolvem alunos em torno de um tema de interesse
mútuo, que, por meio de pesquisas e estudos, podem organizar eventos na
escola para divulgação e discussão de seus resultados. Os núcleos de criação
artística, por sua vez, envolvem os processos artísticos e criativos, partindo
do interesse dos jovens alunos que envolvam as manifestações culturais mais
diversas presentes na sua realidade.
Como podemos perceber, da mesma maneira como os estudantes podem
escolher os itinerários formativos que mais os agradem e que se encaixem em
suas características, pretensões e planos futuros, também, havendo uma boa
coordenação dos processos pedagógicos da escola de ensino médio, poderão
ser propostas atividades que atraiam o interesse dos estudantes, fator que
contribui significativamente para a aprendizagem.
16 Finalidades, duração e organização do ensino médio

Para entender mais detalhadamente a BNCC para o ensino médio e os itinerários


formativos propostos com a Reforma do Ensino Médio, assista à reportagem da TV
Cultura sobre o tema, por meio do link:

https://goo.gl/eJGpJn

BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394compilado.htm. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Lei nº. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17
fev. 2017b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/
Lei/L13415.htm#art1. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Medida Provisória nº. 746, de 22 de setembro de 2016. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 23 set. 2016. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/med-
pro/2016/medidaprovisoria-746-22-setembro-2016-783654-publicacaooriginal-151123-
-pe.html. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação
Básica. Resolução nº. 2, de 30 de janeiro de 2012b. Define diretrizes curriculares nacionais
para o ensino médio. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 jan. 2012. Disponível em: http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9917-
rceb002-12-1&Itemid=30192. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretoria de Estatísticas Educacionais. Resumo técnico:
resultados do índice de desenvolvimento da educação básica. Brasília, DF: INEP, 2017a.
Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/portal_ideb/planilhas_
para_download/2017/ResumoTecnico_Ideb_2005-2017.pdf. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Enem: metodologia usada para correção define notas
máxima e mínima. Brasília, DF, 17 jan. 2012a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
ultimas-noticias/212-educacao-superior-1690610854/17389-metodologia-usada-para-
-correcao-define-notas-maxima-e-minima. Acesso: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria nº. 1.140, de 22 de
novembro de 2013. Institui o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e
define suas diretrizes gerais, forma, condições e critérios para a concessão de bolsas de
Finalidades, duração e organização do ensino médio 17

estudo e pesquisa no âmbito do ensino médio público, nas redes estaduais e distrital de
educação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 nov. 2013. Disponível em: http://www.
lex.com.br/legis_25110626_PORTARIA_N_1140_DE_22_DE_NOVEMBRO_DE_2013.
aspx. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. O pacto. Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino
médio. Brasília, DF, [2018b]. Disponível em: http://pactoensinomedio.mec.gov.br/index.
php?option=com_content&view=article&id=1:pacto-pelo-fortalecimento-do-ensino-
-medio&catid=8&Itemid=101. Acesso em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Resultados dos participantes de 2017. Brasília, DF: INPEP,
jan. 2018a. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/do-
wnloads/2017/apresentacao_resultados_enem2017.pdf. Acesso em: 5 dez. 2018.
ENEM 2018: saiba quais as notas de corte para cada curso. Guia da Carreira, [2018].
Disponível em: https://www.guiadacarreira.com.br/educacao/enem/notas-de-corte-
-enem-2018/. Acesso em: 5 dez. 2018.
ERRAM, C. A. Pacto nacional pelo fortalecimento do ensino médio: intencionalidades,
concepções e desenvolvimento no Paraná. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Programa de Mestrado em Educação, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017.
FERNANDES, R. Índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB): metas intermedi-
árias para a sua trajetória no Brasil, Estados, Municípios e Escolas. Instituto Nacional
de Pesquisas Educacionais, Brasília, DF, [2018]. Disponível em: http://download.inep.
gov.br/educacao_basica/portal_ideb/o_que_sao_as_metas/Artigo_projecoes.pdf.
Acesso em: 5 dez. 2018.
RIBEIRO, A. G.; MENDES, A. A. A dificuldade de resolução das questões de matemática
do exame nacional do ensino médio: ineficiência matemática ou interpretativa? In:
Seminário Científico da FACIG, 2., 2017, Manhaçu. Anais [...] Minas Gerais: FACIG, 2017.
Disponível em: http://pensaracademico.facig.edu.br/index.php/semiariocientifico/
article/viewFile/127/106. Acesso em: 5 dez. 2018.

Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Educação. Enem: perguntas frequentes. Brasília, DF, 20 out. 2015.
Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/perguntas-frequentes. Acesso
em: 5 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Ideb. Brasília, DF, 20 out. 2015. Disponível em: http://
portal.inep.gov.br/ideb. Acesso em: 5 dez. 2018.
Conteúdo:
Dica do professor
O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio atua na formação continuada dos
professores e coordenadores pedagógicos das escolas de ensino médio, proporcionando vários
ensinamentos e discussões a partir de seus cadernos de estudos.

Confira, na Dica do professor, uma análise do primeiro caderno na segunda etapa da formação
continuada do Pacto, intitulado: Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio segundo o
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.

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Na prática
A reforma do ensino médio, aliada às novidades curriculares que chegam até às escolas pela Base
Nacional Comum Curricular, altera a maneira como o ensino médio é pensado e organizado no
interior das escolas, propondo um formato inédito, inovador e que desafia as metodologias
tradicionais que focam nas disciplinas fragmentadas e individualizadas. Portanto, trabalhar nesse
novo formato é desafiador para os professores que atuam no ensino médio.

Confira, Na Prática, dúvidas e dilemas comuns de professores sobre a reforma do ensino médio.

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!


Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Pacto Nacional pelo fortalecimento do ensino médio:


intencionalidades, concepções e desenvolvimento no Paraná
Nesta dissertação, a autora analisa os impactos do Pacto no Estado do Paraná, propondo
questionamentos interessantes sobre o alcance de suas finalidades.

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Por que a urgência da reforma do ensino médio? Medida


Provisória no 746/2016
Neste artigo, os autores tecem comentários a respeito da reforma do ensino médio associando-a
com interesses muito mais voltados à administração de questões sociais do que propriamente
pedagógicas.

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Novo Ensino Médio


Este vídeo sintetiza as principais mudanças realizadas com a reforma do ensino médio, focalizando
na busca do desenvolvimento de competências nos jovens que frequentam o ensino médio e sua
adequação para o mercado de trabalho.
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