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A formação dos profissionais da

educação

Apresentação
Durante as últimas décadas, principalmente após o surgimento da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, de 1996, a educação brasileira vivenciou inúmeras discussões em torno da
formação dos profissionais da educação, que atuam conduzindo os processos educacionais. Saber
como deverá ser composto o currículo dos cursos de licenciatura, envolvendo atividades práticas,
estágios supervisionados, inserção no universo da pesquisa e conhecimentos teóricos necessários
fazem parte dessa discussão.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá o percurso histórico dos cursos de licenciatura no
Brasil, a partir de uma comparação entre a formação dos profissionais de educação nas instituições
públicas e privadas brasileiras. Ainda, você vai refletir sobre os principais problemas e desafios
referentes à formação de professores no Brasil atualmente.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Representar o histórico dos cursos de licenciatura no Brasil.

• Comparar a formação de profissionais da educação em instituições públicas e privadas.


• Identificar os principais desafios na formação de professores no Brasil.
Infográfico
O percurso histórico da formação dos profissionais da educação no país deve ser conhecido para
que se possa perceber como se estrutura, procurando atender às demandas por escolarização de
cada época.

Ao analisarmos a linha do tempo a seguir, fica evidente a busca pela formação em nível superior.

Observe, neste Infográfico, os principais eventos históricos referentes à formação dos profissionais
de educação no Brasil.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
A formação de professores no Brasil acompanha tendências históricas que se associam ao processo
de industrialização, urbanização e desenvolvimento econômico. Isso fez com que, por muito tempo,
se exigisse como formação do professor somente o Magistério, o que continua até os dias de hoje,
como titulação mínima. Com a expansão do ensino superior, surgem os cursos de licenciatura, que
irão se encarregar de formar os docentes e os demais profissionais de educação necessários.

No capítulo A formação dos profissionais da educação, da obra Organização e legislação da


educação, você vai conhecer os principais eventos históricos que estruturaram e ainda estruturam a
formação dos profissionais da educação no Brasil, percebendo as diferenças entre a formação
pública e a privada.

Boa leitura.
ORANIZAÇÃO E
LEGISLAÇÃO
DA EDUCAÇÃO

Pablo Rodrigo Bes


Formação dos profissionais
de educação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Representar o histórico dos cursos de licenciatura no Brasil.


 Comparar a formação de profissionais da educação em instituições
públicas e privadas.
 Identificar os principais desafios à formação de professores no Brasil.

Introdução
Durante as últimas décadas, principalmente após a Lei de Diretrizes e Bases
(LDB) da Educação Nacional, de 1996, a educação brasileira vivenciou
inúmeras discussões em torno da formação necessária aos profissionais
da educação, que atuam conduzindo os processos educacionais. Fazem
parte dessas discussões atuais a composição do currículo dos cursos de
licenciaturas, as atividades práticas, os estágios supervisionados, a inserção
no universo da pesquisa e os conhecimentos teóricos necessários.
Neste capítulo, você vai ler sobre o percurso histórico dos cursos
de licenciatura no Brasil e comparar a formação dos profissionais de
educação nas instituições públicas e privadas brasileiras. Além disso, vai
identificar os principais problemas e desafios referentes à formação de
professores no Brasil atualmente.

Cursos de licenciatura no Brasil


Ao começarmos a estudar a história referente à formação de professores no Brasil,
devemos remontar às Escolas Normais, que surgiram no final do século XIX para
o ensino das chamadas primeiras letras no ensino primário. As normalistas
realizavam a sua formação para professoras em nível secundário, o que seria
equivalente hoje ao ensino médio. Essa formação de professores para atuar na
2 Formação dos profissionais de educação

educação infantil e nos anos iniciais da escolarização, em nível médio, ocorreu


até 1996, quando a LDB deu novas diretrizes. A formação dos professores para
atuar nos anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio começou a
ser realizada em cursos regulares e específicos somente no início do século XX.
Gatti (2010, documento on-line) comenta que, anteriormente, “[...] esse trabalho
era exercido por profissionais liberais ou autodidatas, mas há que considerar que o
número de escolas secundárias era bem pequeno, bem como o número de alunos”.
O Brasil, na década de 1930 até 1960, encontrava-se em processo lento
de industrialização e urbanização, possuindo grandes problemas estruturais
e uma massa de cidadãos analfabetos, o que contribuiu para que a educação
focasse nos anos iniciais, visando erradicar esses índices de analfabetismo em
crianças e adultos. As poucas universidades que existiam no Brasil nessa época
formavam bacharéis em medicina, direito, teologia, engenharia, agronomia,
entre outros, todos com caráter profissional. Não existiam os cursos superiores
em humanidades, ciências ou letras.
Em 1931, na primeira era do governo Vargas, foi criado o Decreto nº. 19.851,
de 11 de abril de 1931 — Estatuto das Universidades Brasileiras, conhecido
como a Reforma Francisco Campos. O decreto estabeleceu a importância
da criação do sistema universitário oficial e dos institutos de educação, que
seriam responsáveis por formar os professores para atuar no ensino secundário
da época (anos finais do fundamental e ensino médio na atualidade). Com
a criação do Instituto de Educação de São Paulo e da própria Universidade
de São Paulo, em 1934, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras passou a
assumir essa incumbência de formação dos professores.
A expansão lenta e gradativa das universidades e das faculdades de filoso-
fia, ciências e letras, encarregadas da formação dos professores, ocorreu até
1961, sendo realizada com maior expansão a partir das instituições privadas
do que das públicas. A formação superior do professor nessa época era rea-
lizada a partir do formato conhecido como 3 + 1, que compreendia três anos
das disciplinas inerentes ao bacharelado e um ano de disciplinas da área de
educação, como psicologia da educação, didática, administração escolar e
prática de ensino. Aqui surgiu o conceito de licenciatura, que, embora ainda
se mantivesse atrelada ao bacharelado, procurava a construção de um conceito
distinto. Sobre esse aspecto, Gatti (2010, documento on-line) comenta que
“[...] esse modelo veio se aplicar também ao curso de Pedagogia, regulamen-
tado em 1939, destinado a formar bacharéis especialistas em educação e,
complementarmente, professores para as Escolas Normais em nível médio”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961 passou a desobrigar as
universidades da existência da faculdade de filosofia, ciências e letras, forne-
Formação dos profissionais de educação 3

cendo condições para o surgimento das faculdades de educação. Cacete (2014,


documento on-line) comenta que “[...] no início dos anos 60, a Universidade de
Brasília substituiu a faculdade de filosofia pelos institutos centrais de ensino
básico, criando a Faculdade de Educação, que passou a assumir a formação
pedagógica dos professores”.
A acentuada expansão do ensino secundário que começou a ocorrer —
aliada ao discurso do desenvolvimento econômico do Brasil em 1960, asso-
ciado à não obrigatoriedade das faculdades de filosofia nas universidades
— evidenciava a necessidade urgente de um maior número de professores
com formação superior para atuar nas escolas.

A reforma universitária de 1968 propôs um ensino público e gratuito no qual se asso-


ciasse o ensino e a pesquisa, reforçando a necessidade de que a:

[...] formação do profissional de educação assumisse um caráter científico e


acadêmico, além da necessidade de preparação de quadros especializados
em administração, planejamento e professores para a escola secundária,
que apresentava um processo crescente de ampliação (CACETE, 2014,
documento on-line).

Porém, as intenções da reforma universitária de 1968 não obtiveram muito sucesso,


principalmente quanto a serem desenvolvidas preferencialmente em universidades federais.
Esse cenário possibilitou o surgimento e a expansão de instituições de ensino superior (IES)
privadas que se enquadravam como instituições isoladas e que tratavam de receber os
alunos de classes médias e menos favorecidas para sua formação nos cursos de licenciaturas
ofertados. Salientamos que o ensino superior nas universidades federais era elitizado na
época, somente se estendendo àqueles que ocupavam as classes mais altas da sociedade.

As licenciaturas curtas foram instituídas somente a partir da LDB de 1971,


buscando uma integração de todo o sistema educacional da época, desde o 1º
grau até o ensino superior. A LDB de 1971 fez a junção do ensino primário
e do 1º ciclo do ensino secundário (ginásio), passando a ser chamado de 1º
grau, com oito séries. Já o 2º ciclo de ensino médio (colegial) foi chamado de
2º grau, sendo realizado em três ou quatro anos e com caráter profissional
obrigatório. De acordo com Cacete (2014, documento on-line):
4 Formação dos profissionais de educação

A formação de professores, para essa nova estrutura do ensino, seria feita da


seguinte forma: para o ensino nas quatro primeiras séries do 1º grau, em escola
de 2º grau; para o ensino nas quatro últimas séries do 1º grau, em curso superior
de curta duração; e para o ensino no 2º grau, em curso superior de longa duração.

A Constituição Federal de 1988, embora ainda traga como política de


focalização os aspectos referentes ao ensino obrigatório, ou seja, a educação
básica dos 4 aos 17 anos de idade, direito público subjetivo de todos, também
traz avanços ao ensino superior, uma vez que, de acordo com Saviani (2010, p.
10), “[...] consagrou a autonomia universitária, estabeleceu a indissociabilidade
entre ensino pesquisa e extensão, garantiu a gratuidade nos estabelecimen-
tos oficiais, assegurou o ingresso por concurso público e o regime jurídico
único”. Porém, com a grande pressão exercida para a ampliação das vagas
nas universidades públicas, principalmente após a LDB de 1996, são criadas
as denominações diferenciando universidades e centros universitários, favo-
recendo uma separação entre instituições voltadas mais à pesquisa e aquelas
voltadas mais ao ensino propriamente dito.

A LDB de 1996 trouxe, originalmente, no art. 62:

Art. 61 A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á


em nível superior, em curso de licenciatura plena, em universidades e
institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima
para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco pri-
meiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade normal (BRASIL, 1996, documento on-line).

Aqui houve uma divisão entre os cursos de licenciatura em pedagogia e o curso


normal superior, que passou a ser ofertado para atender às demandas da educação
básica, o que, porém, não se efetivou, sendo retirada do artigo a expressão em itálico
na versão atual da LDB. Foi estabelecido na época o prazo de 10 anos para a adaptação
dos profissionais da educação, o que efetivamente não se cumpriu, sendo que ainda na
atualidade temos muitos professores que não são formados em licenciaturas, porém
atuam na educação infantil e nos anos iniciais nas escolas brasileiras.

Outro ponto interessante acrescido pela LDB de 1996, encontra-se em seu


art. 64, que comenta que:
Formação dos profissionais de educação 5

Art. 64 A formação de profissionais de educação para administração, pla-


nejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação
básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-
-graduação [...] (BRASIL, 1996, documento on-line).

Na atualidade, essa habilitação para atuar como gestor escolar tem sido
realizada em nível de pós-graduação.
A Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) nº. 1, de 15 de maio
de 2006, estabeleceu as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos
de graduação em pedagogia — licenciatura (BRASIL, 2006). Nessas diretrizes,
está reforçada a importância dos estudos teórico-práticos, da investigação e da
reflexão crítica na formação dos licenciados em pedagogia, estabelecendo 3.200
horas de efetivo trabalho acadêmico, divididas em:

 2.800 horas de atividades formativas;


 300 horas de estágio supervisionado;
 100 horas de atividades teórico-práticas de interesse dos alunos, como
iniciação científica, extensão ou monitoria.

Em 2015, o CNE, por meio da Resolução nº. 2, de 1º de julho de 2015, estabe-


leceu as DCNs para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura,
cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licencia-
tura) e para a formação continuada. Essa diretriz procura corrigir os rumos da
formação do licenciado, enfatizando a formação continuada e estimulando a
articulação entre a instituição de educação superior e o sistema de educação
básica durante essa formação docente. O art. 7º da diretriz de 2015 explicita que:

Art. 7º O (a) egresso(a) da formação inicial e continuada deverá possuir um


repertório de informações e habilidades composto pela pluralidade de conhe-
cimentos teóricos e práticos, resultado do projeto pedagógico e do percurso
formativo vivenciado cuja consolidação virá do seu exercício profissional,
fundamentado em princípios de interdisciplinaridade, contextualização,
democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva
e estética (BRASIL, 2015, documento on-line).

A novidade da diretriz de 2015 é estabelecer novas possibilidades de for-


mação inicial para exercer o magistério, além da graduação de licenciatura,
em caráter urgente e provisório, como os cursos de formação pedagógica
para graduados não licenciados e cursos de segunda licenciatura. A diretriz
mantém a carga horária para as graduações em licenciatura em 3.200 horas,
divididas agora em:
6 Formação dos profissionais de educação

 2.200 horas dedicadas a atividades formativas;


 400 horas de prática como componente curricular;
 400 horas de estágio supervisionado;
 200 horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento por inte-
resse do aluno.

Já a formação pedagógica e a segunda licenciatura atenderão à carga


horária constante no Quadro 1.

Quadro 1. Composição dos cursos de segunda licenciatura e formação pedagógica para


graduados

Formação pedagógica para


graduados não licenciados Segunda licenciatura

1.000 horas — formação pedagógica 800 horas — para cursos da


em curso da mesma área de origem mesma área de origem

1.400 horas — formação pedagógica 1.200 horas — para cursos de áreas


em curso de área diferente diferentes do curso de origem

300 horas de estágio supervisionado 300 horas de estágio supervisionado

Fonte: Adaptado de Brasil (2015).

Como podemos perceber, a história da formação dos profissionais da educação


possui etapas controversas, acompanhando os períodos de desenvolvimento
econômico e atendendo aos preceitos políticos de cada época histórica. Os
grandes questionamentos durante as épocas analisadas dizem respeito a uma
formação docente mais teórica e distanciada da realidade da escola ou mais
prática e equilibrada entre formação teórica e possibilidades de atuação prática.
O aumento na carga horária dos estágios supervisionados e a colocação de
horas de atividades teórico-práticas nos currículos de licenciaturas buscam
uma solução para esse impasse. Porém, ao observarmos a formação pedagógica
para graduados não licenciados, parecer haver um relaxamento dos padrões
de qualidade e, de certa forma, um retrocesso ao velho esquema 3 + 1, tão
criticado por justamente não conferir o caráter profissional ao professor.
Formação dos profissionais de educação 7

Quando falamos em formação de professores, costumamos nos referir à formação


inicial, que ocorre quando o docente faz sua graduação, ou seja, sua licenciatura no
ensino superior. Já a formação continuada deve ocorrer a partir do momento que o
professor exercer o magistério nas escolas. Alguns autores, porém, comentam que
nossa identidade docente já começa a ser produzida antes disso, nas nossas primeiras
experiências pessoais quando iniciamos a escolarização, por meio da interação e
percepção de nossos primeiros professores.

Formação dos profissionais da educação em


instituições públicas e privadas
A LDB de 1996 trouxe avanços para a temática da formação de professores ao
definir que, para todas as etapas da educação básica (educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio), deve haver graduação no ensino superior, embora a
formação no antigo Curso Normal (ensino médio) ainda seja aceita como titulação
mínima para exercer o magistério na educação infantil e nos anos iniciais do
ensino fundamental. Isso se deve à percepção de não ser possível atingir essa
universalização na formação de todos os docentes em curto espaço de tempo.
O Plano Nacional de Educação (PNE) 2014–2024 traz, na sua meta nº.
15, a busca por uma política nacional de formação de professores que possa
assegurar o proposto na LDB de 1996: que todos os professores que atuem na
educação básica possam ter sua formação em nível superior. Porém, os dados
dessa meta ainda se encontram muito distantes de serem alcançados (Quadro 2).

Quadro 2. Formação dos professores da educação básica em nível superior

Percentual de professores com


Etapa formação no ensino superior

Educação infantil 46,6%

Anos iniciais 59%

Anos finais 50,9%

Ensino médio 60,4%

Fonte: Adaptado de Brasil (2016a).


8 Formação dos profissionais de educação

Ao mesmo tempo, a LDB de 1996 trouxe a possibilidade de uma nova


modalidade educacional — a educação a distância — para fazer parte desse
processo de formação de professores no ensino superior. Com o Decreto
Presidencial nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, houve a equiparação dos
cursos superiores a distância e dos presenciais, disponibilizando regras que
possibilitavam às IES ofertar cursos de graduação nessa modalidade. Isso gerou
uma expansão dos cursos de graduação a distância, incluindo as licenciaturas
de modo geral, sendo a pedagogia o curso mais procurado (BRASIL, 2005).

Embora o Ministério da Educação tenha criado iniciativas para que a formação docente
em IES públicas aumentasse, como a criação da Universidade Aberta do Brasil e do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), essa medida favoreceu
muito a expansão das IES privadas, que, em alguns casos, possuem um interesse muito
mais comercial do que propriamente pedagógico ao formar os licenciados.

A esse respeito, Diniz-Pereira (2015, p. 3) comenta que “[...] em um curto


intervalo de tempo, observa-se que instituições privadas, muitas delas sem
tradição alguma na oferta de cursos de licenciatura, passaram a responder
quantitativamente pela formação de professores da educação básica no país”.
Essa expansão quantitativa que ocorreu na formação de professores a partir
das universidades privadas fez o currículo dos cursos de licenciaturas se em-
pobrecer e se distanciar de áreas e metodologias adotadas nas universidades
públicas.
Isso ocorreu principalmente nos cursos presenciais, que apresentavam
maiores articulações com a prática docente por meio de atividades de exten-
são e pesquisa e que procuravam envolver, de forma mais eficaz, os saberes
docentes necessários para o exercício da profissão. Conforme Tardif (2014, p.
32), esses saberes deveriam envolver “[...] os saberes disciplinares, curriculares,
profissionais (incluindo o das ciências da educação e da pedagogia) e expe-
rienciais”. Ao analisar os dados estatísticos do Censo da Educação Superior
de 2017, percebemos como as 1.589.441 matrículas referentes às licenciaturas
se encontram distribuídas (Quadro 3).
Formação dos profissionais de educação 9

Quadro 3. Matrículas nas licenciaturas do ensino superior entre as IESs

IES pública Nº. de matrículas em licenciaturas %

Federal 350.441 22

Estadual 234.153 14,73

Municipal 17.245 1,14

IES privadas 987.601 62,13

Fonte: Adaptado de Brasil (2018).

Além de representar 62,13% das matrículas no ensino superior nas institui-


ções privadas, quando analisamos os dados da educação a distância, constata-
mos que 90,57% das matrículas nessa modalidade educacional são realizados
nas IES privadas, que, de fato, são as grandes responsáveis pela expansão
do acesso ao ensino superior no Brasil. Barreto (2015, p. 683) reforça nossa
análise ao afirmar que “[...] as características predominantes da expansão dos
cursos de pedagogia são: pela iniciativa privada e pela educação a distância”.
Existem, porém, outros complicadores em relação a essa expansão comer-
cial realizada pelas IES privadas, uma vez que, mesmo dentro delas, existe a
evasão de acadêmicos dos cursos de licenciatura, conforme cita Diniz-Pereira
(2015, p. 278):

[...] a dificuldade dos alunos manterem o seu sustento durante a graduação,


a baixa expectativa de renda em relação à futura profissão e o declínio do
status social da docência fizeram que os cursos de licenciatura, tanto em
instituições públicas como privadas, convivessem com altíssimas taxas de
evasão e, consequentemente, permanecessem em constante crise.

Essa crise que afeta os cursos de licenciaturas no Brasil costuma estar


associada à falta de reconhecimento e status da categoria profissional do pro-
fessor, que, na atualidade, parece ter perdido seu significado para a sociedade.
Da mesma forma, os baixos salários recebidos pelos professores, sobretudo
nas escolas públicas estaduais e municipais da educação básica, fazem as
perspectivas em relação à renda futura dos acadêmicos ser desanimadora.
10 Formação dos profissionais de educação

Procurando aproximar mais a formação teórica do acadêmico de licenciatura e a


realidade cotidiana das escolas, o Ministério da Educação possui um programa que
se alinha com a política nacional de valorização do magistério, que é o Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Esse programa é organizado
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ocorre
em parceria com as IES públicas ou privadas sem fins lucrativos, que executam seus
projetos e cedem vagas aos acadêmicos dos primeiros semestres das licenciaturas
para atuar nas escolas públicas da educação básica da localidade onde se inserem.
As bolsas para o ano de 2018 estão no valor de R$ 400,00 por aluno.

Principais desafios da formação de professores


no Brasil
A formação de professores no Brasil passa a ser discutida de forma muito
tardia, sobretudo, quando falamos do profissional de educação formado em
nível superior, sendo que ainda hoje possuímos uma boa parcela dos docentes
da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental com forma-
ção em nível médio. Essa formação docente apresenta alguns desafios bem
significativos e que costumam pautar as discussões acadêmicas em torno das
políticas públicas educacionais, em busca de estratégias e caminhos a seguir
para a sua superação e, consequentemente, a melhoria da qualidade de ensino
e a eficiência no alcance dos objetivos propostos pelo sistema educacional
brasileiro.
Para efeitos didáticos, iremos dividir esses desafios em cinco áreas dife-
rentes, conforme:

 formação inicial;
 formação continuada;
 modelo de escola;
 salário;
 deficiência de vagas nas universidades públicas.

A formação inicial compreende o período em que o professor realiza sua


graduação em licenciatura, a qual irá fazê-lo adquirir conhecimentos teóricos
e práticos que o habilitem para o exercício da docência ou do magistério. A
grande crítica nessa etapa importante da formação do profissional da educação
Formação dos profissionais de educação 11

se dá justamente na escassez de atividades de cunho prático durante a formação,


que, em sua grande totalidade, é teórica e, muitas vezes, deslocada do ambiente
de sala de aula, o que faz os professores chegarem despreparados às escolas.
Os estágios supervisionados ainda representam uma parte pequena do
currículo da formação docente e deveriam ser ampliados para que os profes-
sores pudessem adquirir, a partir das regências desses estágios, a experiência
mínima necessária para atuar com maior proficiência. A Resolução do CNE nº
2/2015 inova ao acrescentar no currículo das licenciaturas as atividades teórico-
-práticas que visam também auxiliar nessa busca pelo ensino prático e pela
aplicação adequada das teorias em situações reais de ensino e aprendizagem.
Outro ponto interessante em relação à formação inicial se refere à proxi-
midade ou ao distanciamento do profissional com a pesquisa, uma vez que o
local dessa formação é decisivo. Por exemplo, em universidades, sejam públicas
ou privadas, pela própria natureza da instituição, a pesquisa é fomentada e
incentivada. Em centros universitários ou mesmo faculdades, isso não acon-
tece, ficando o acadêmico distante das atividades de iniciação científica que
poderiam torná-lo pesquisador da área.

A formação continuada é adquirida no decorrer da prática profissional. É de grande


importância para o professor, uma vez que as formações pedagógicas da escola e da
rede de ensino podem lhe proporcionar conhecimentos diferentes da sua formação
inicial. O que ocorre, porém, é que a formação continuada em algumas escolas bra-
sileiras ainda é incipiente. Os dados do Sistema de Monitoramento do Ministério da
Educação (2018) — ao analisar a meta nº. 16 do PNE 2014–2024, que procura construir
indicadores sobre a formação continuada, buscando sua universalização a todos os
docentes — apontam que somente 35,1% desses profissionais da educação básica
tiveram acesso a formações continuadas.

Na rede pública de ensino, essa formação normalmente está planejada


no calendário escolar, porém, algumas vezes, de forma pouco articulada
com as questões cotidianas de sala de aula. Por outro lado, na rede privada,
a formação continuada fica a cargo do interesse dos professores, que devem
buscar formação de pós-graduação para atender a essa finalidade ou, até
mesmo, manter sua empregabilidade.
Muitas escolas, na atualidade, apresentam uma estrutura física precária e
não possuem suporte tecnológico necessário para que os alunos se interessem
12 Formação dos profissionais de educação

e participem dos processos pedagógicos. Quando possuem boa estrutura, ainda


encontramos docentes que resistem à utilização desses recursos de tecnologias
da informação e comunicação a seu favor. Dessa forma, dentro dos processos
de formação continuada, tais práticas devem ser reforçadas e problematizadas
com os colegas docentes de ambas as gerações. Quando os alunos da gradua-
ção nas licenciaturas se aproximam das escolas para realização dos estágios
supervisionados, logo costumam se espantar com essas realidades tão distantes
em relação ao cotidiano, o que precisaria ser equiparado.
A questão que envolve o salário do professor é muito séria e vai contra
as políticas de valorização dos professores, que se encontram na legislação
educacional. Percebemos um salário muito abaixo da média de outras categorias
profissionais com a mesma equivalência de estudos. Ao analisarmos a meta
nº. 17 do PNE 2014–2024, que se refere a essa equiparação, percebemos que,
segundo os dados do Ministério da Educação (2018), 74,8% dos professores
da educação básica da rede pública atendem a essa condição.
Essa situação se agrava mais ainda quando se trata dos professores que
atuam na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Estes
recebem salários menores do que o piso nacional do magistério.
Instituído pela Lei nº. 11.738, de 16 de julho de 2008, ainda não há dados
estatísticos consolidados para análise do cumprimento do piso nacional do
magistério em todo o território nacional. Para agravar ainda mais a situa-
ção, segundo o Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE
2014–2016, relativo à meta nº. 18 do PNE, que propõe a criação de planos de
carreira para os docentes, “[...] no caso dos estados, apenas 11 declararam ter
PCR e cumprir a Lei do Piso” (BRASIL, 2016b, p. 405). Da mesma forma,
“Os dados da Munic e da Estadic 2014 permitem afirmar que pelo menos 20
estados e 3.538 municípios teriam que elaborar o plano (de carreira dos pro-
fessores) ou adequá-lo às normas vigentes, visto que foram elaborados antes
das diretrizes de carreira ou nem foram elaborados” (BRASIL, 2016b, p. 405).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possui duas pesquisas muito


importantes para a coleta de dados que possam traçar um perfil dos municípios e
estados brasileiros, são elas: a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) e a
Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic).
Formação dos profissionais de educação 13

Outra questão problemática e desafiadora da formação dos profissionais da


educação diz respeito à deficiência de vagas para a formação nas universidades
públicas. São as instituições privadas as grandes responsáveis pelo aumento
das matrículas no ensino superior. Dentro desse acréscimo de matrículas,
grande parte ocorre em cursos ofertados na modalidade a distância. Embora
estejam regularizados e possam ofertar um ensino de qualidade se aliados
a boas matrizes curriculares, esses cursos podem distanciar mais ainda os
acadêmicos das atividades práticas e de pesquisa.
Como podemos perceber, muitos são os desafios para a formação dos
profissionais da educação brasileira, passando pela reestruturação do conceito
da formação, da valorização e da identidade docente, sendo que:

[...] não podemos nos esquecer do princípio da indissociabilidade entre a


formação e as condições adequadas para a realização do trabalho do-
cente: salários dignos, autonomia profissional, dedicação exclusiva a uma
única escola, pelo menos um terço da jornada de trabalho para planejamento,
reflexão e sistematização da prática, estudos individuais e coletivos, salas de
aula com um número reduzido de alunos (DINIZ-PEREIRA, 2011, p. 48).

Acompanhando o raciocínio de Diniz-Pereira (2011), ressaltamos a im-


portância da formação dos professores aliada aos aspectos das condições
materiais de suas práticas cotidianas na instituição escolar, pois envolvem
um conjunto de situações que afetam o docente e, consequentemente, podem
afetar seu desempenho em sala de aula.

Para conhecer um pouco mais sobre as necessidades brasileiras no campo da formação


de professores, assista à entrevista com a professora Bernadete Gatti, da Fundação
Carlos Chagas, no seguinte link:

https://goo.gl/ArWQ16
14 Formação dos profissionais de educação

1. Sobre o percurso histórico que os egressos dos cursos


das licenciaturas no Brasil, de licenciatura tenham
assinale a alternativa correta. sua formação assegurada
a) A formação de professores envolvendo os aspectos
por meio das licenciaturas teórico e prático necessários.
no nível superior remonta b) As DCNs de 2015 para a
ao início das primeiras formação inicial em nível
universidades brasileiras. superior e para a formação
b) A formação dos professores continuada visam estabelecer
no ensino superior começa a um currículo mínimo comum a
partir do entendimento de que todos os cursos de licenciatura
os bacharéis poderiam cursar do Brasil para homogeneizar
mais um ano de disciplinas a formação dos professores.
da área da educação e, então, c) As DCNs de 2015 para a
seriam licenciados a ensinar. formação inicial em nível
c) A formação dos professores em superior e para a formação
nível superior é fato recente, continuada visam dissociar
uma vez que os primeiros se os aspectos teóricos, de
formaram após a LDB de 1996, responsabilidade das
que institui sua obrigatoriedade. universidades, dos aspectos
d) A formação dos professores práticos vistos na escola.
em nível superior na d) As DCNs de 2015 para a
atualidade ainda mantém o formação inicial em nível
esquema conhecido como 3 superior e para a formação
+ 1, em que três anos são de continuada visam disciplinar
disciplinas teóricas e um ano os processos de formação
de estágio supervisionado. continuada das escolas da
e) A formação dos professores no educação básica do sistema
ensino superior ainda precisa educacional brasileiro.
ser normatizada, uma vez que, e) As DCNs de 2015 para a
na legislação, essa formação formação inicial em nível
se dá no nível médio, por superior e para a formação
meio das Escolas Normais. continuada visam estabelecer
2. Sobre as DCNs de 2015 para a diretrizes para os cursos
formação inicial em nível superior de formação em segunda
e para a formação continuada, licenciatura e formação
assinale a alternativa correta. pedagógica para graduados
a) As DCNs de 2015 para a em outras áreas, em caráter
formação inicial em nível permanente e prioritário.
superior e para a formação 3. Sobre a formação dos
continuada visam proporcionar profissionais da educação
Formação dos profissionais de educação 15

em IES públicas e privadas, p.48). Com base na citação do


assinale a alternativa correta. autor, assinale a alternativa correta.
a) A formação dos profissionais da a) A formação docente envolve
educação no ensino superior o que é desenvolvido dentro
ocorre nas universidades dos espaços acadêmicos, já as
públicas, que disponibilizam que condições de trabalho são lutas
os futuros docentes possam se políticas de uma categoria e
inserir no universo da pesquisa. não se associam à primeira.
b) Entre as IES públicas e as b) Dentro dos desafios da formação
privadas, não existem diferenças dos profissionais da educação,
na formação dos profissionais não se encontram os aspectos
de educação, pois ambas inerentes ao funcionamento
seguem as mesmas legislações. e à estrutura das escolas.
c) As IES privadas realizam uma c) Para pensarmos sobre a
aproximação maior dos seus profissionalização docente, é
acadêmicos com a prática necessário considerarmos tanto
cotidiana das escolas. a formação teórico-prática
d) Não existe hoje a necessidade acadêmica quanto as condições
de expansão de vagas nas materiais para exercer a
universidades públicas para profissão no interior das escolas.
acadêmicos das licenciaturas, d) As atividades de planejamento,
pois o interesse pelos cursos reflexão e sistematização
diminui cada vez mais. das práticas docentes são
e) A expansão das vagas no aprendidas nos aspectos
ensino superior para as teóricos em sala de aula
licenciaturas ocorre nas IES durante a graduação.
privadas e, dentro destas, e) A formação dos profissionais
grande parte na modalidade da educação deve ser
da educação a distância. teórica e evidenciar os
4. “Não podemos nos esquecer do aspectos vocacionais, que
princípio da indissociabilidade farão as questões salariais
entre a formação e as condições não serem importantes em
adequadas para a realização do sua prática profissional.
trabalho docente: salários dignos, 5. Sobre os desafios da formação de
autonomia profissional, dedicação professores no Brasil na atualidade,
exclusiva a uma única escola, assinale a alternativa correta.
pelo menos um terço da jornada a) O desprestígio e a falta de
de trabalho para planejamento, valorização dos profissionais
reflexão e sistematização da prática, da educação, associados a um
estudos individuais e coletivos, salas baixo salário, são alguns dos
de aula com um número reduzido desafios encontrados hoje.
de alunos” (DINIZ-PEREIRA, 2011, b) A formação inicial e a formação
continuada na atualidade estão
16 Formação dos profissionais de educação

ocorrendo de forma integrada d) As vagas para a formação dos


e complementar, não sendo professores nas universidades
mais problemáticas como públicas estão asseguradas,
já foram anteriormente. pois atendem plenamente à
c) O modelo de escola na demanda das licenciaturas.
atualidade não representa e) A existência de plano de
um desafio, pois está carreira e o cumprimento do
diretamente relacionado com piso nacional do magistério
a realidade cotidiana e sem em todos os municípios
problemas geracionais. brasileiros são um avanço na
valorização dos professores.

BARRETTO, E. S. S. Políticas de formação docente para a educação básica no Brasil:


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BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEP nº. 2, de 1 de julho de
2015. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-
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Formação dos profissionais de educação 17

BRASIL. Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez.
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TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2014.
Conteúdo:
Dica do professor
A formação de professores no ensino superior tem sido alvo das políticas educacionais recentes,
uma vez que se chegou à conclusão de que, somente dessa forma, os índices de aprendizagem dos
alunos na educação básica irão melhorar. Sendo assim, o Ministério da Educação lançou, em 2018,
uma nova política nacional de formação de professores.

Nesta Dica do Professor, você verá mais sobre essa política.

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Na prática
A formação dos professores deve ser construída a partir da articulação entre as instituições de
ensino superior e as escolas onde os futuros docentes irão exercer a docência. Dessa forma, é
fundamental que, no decorrer das matrizes curriculares das licenciaturas, haja atividades que
permitam essa aproximação.

Veja, Na Prática, um exemplo de como as matrizes curriculares devem estar alinhadas à formação
dos professores no ensino superior.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Desafios do trabalho e formação de docentes

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Formação Superior para a Docência na Educação Básica

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6 principais desafios do professor na atualidade e como superá-


los

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