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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

LICENCIATURA

Disciplina: Políticas da Educação Básica Tarefa: Portfólio Ciclo 2


Turma:
Nome: Vinícius RA:8020...
DGEFL1901GOVA4O
Parecer do Tutor:

1)
Com a Proclamação da República em 1889, o Brasil passa da Monarquia para o período
republicano, em 1991 é formada a primeira constituição desse período, porém, para a
educação, não houve grandes avanços, uma vez que se manteve basicamente os mesmos
princípios da educação monárquica, ao priorizar o ensino superior em detrimento da educação
básica.
Durante a primeira guerra mundial, surge o movimento da Escola Nova, liderado por
intelectuais militantes que defendiam a educação gratuita e obrigatória para todos, mas foi
apenas a partir de 1930, início da Era Vargas, que foi criado o Ministério da Educação para
cuidar dos assuntos referentes à educação no país, já em 1931 foi implementada a Reforma de
Francisco Campos, que organizou de forma efetiva o ensino superior e secundário no país.
Uma das principais ações nesse tempo foi o manifesto dos pioneiros da Educação Nova, ao
constituir uma porção de propostas feitas por educadores respeitados da época, para a
melhoria da educação no Brasil.
É importante acrescentar que em 1934 é publicada a nova Constituição Federal, que
determina de maneira inédita que a educação, agora, consta como uma obrigação da união,
que devia fixar o plano compreendido no ensino de todos os graus e ramos, além de coordenar
e fiscalizar a execução em todo o território nacional.
Ademais, a próxima constituição brasileira foi promulgada por Getúlio Vargas em 1937 e, no
sentido da educação, tinha como objetivo preparar os trabalhadores para atender à demanda
da economia brasileira, pois naquele período a industrialização vivia uma etapa de
desenvolvimento, logo, para quem não tivesse oportunidade de cursar ensino superior, havia
incentivo ao ensino técnico profissionalizante.
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Outrossim, uma contribuição importante da Constituição Federal da época foi a permissão,


que tem validade até os dias de hoje, de que o ensino fosse oferecido por entidades públicas e
particulares.
No ano de 1942 foram feitas as Leis Orgânicas do Ensino, que mudaram certas áreas da
educação no Brasil e tiveram como grande contribuição a criação do sistema SENAI, que
trabalha com foco no ensino técnico profissionalizante.
Ao chegar ao fim da Era Vargas, em 1946 é promulgada uma nova constituição, que
estabeleciam os seguintes itens no campo da educação:
O princípio de que Educação é um direito de todos; a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino
primário oficial, incluindo programas de assistência aos estudantes carentes; a liberdade de
oferta de ensino escolar à iniciativa privada; a manutenção do ensino religioso
compulsoriamente nas instituições de ensino.
Na década de 50 e 60, surgia uma forma de educação no país que era composta da seguinte
maneira: ensino primário com 5 anos de duração, ensino ginásio com 4 anos de duração e o
ensino colegial com 3 anos de duração.
Durante o período da ditadura militar, o caráter da educação era tecnocrático, uma vez que
tinha como objetivo a formação profissionalizante durante o segundo grau, bem como tinha
por objetivo a constante vigilância do ensino. Foi na Reforma Universitária de 1968 que o
Estado objetivava ter o controle ideológico das universidades. Já a LDB de 71 revogou a LDB
de 61, isso estruturou a educação brasileira de outra forma, que foi a seguinte: o 1º Grau
correspondia ao primário e ao ginásio, com a duração de oito anos; o 2º Grau tornava-se
profissionalizante compulsoriamente com duração de três ou quatro anos, a depender da
especialização escolhida; e o 3º Grau, que correspondia ao ensino superior.
Com a saída dos militares em 1985, os objetivos da educação passariam a tomar outros rumos,
foi também nesse sentido que a constituição de 1988 foi criada.

2)
A Constituição Federal de 1988 enuncia o direito à educação como um direito social no artigo
6. Os artigos 205 a 214 tratam especificamente do direito à educação, fica a cargo do Estado a
tratar do acesso e da qualidade, organizar o sistema educacional, vincular financiamento e
distribuir encargos e competências para os entes da federação.
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Um dos principais objetivos desses artigos é garantir a igualdade de condições e a


permanência dos alunos na escola, através do atendimento ao educando, em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.
Nos dias de hoje é notório que o sistema educacional brasileiro não é perfeito, porém, quando
se olha para trás, percebe-se que aconteceram evoluções significativas e diversos ganhos de
direitos constitucionais. Nesse sentido, é preciso valorizar a educação presente na sociedade
contemporânea, mas isso não significa se acomodar, pois vários pontos precisam ser
melhorados, principalmente na educação básica e na educação inclusiva para deficientes.

3)
A LDB 9394/96 é a legislação que regulamenta o sistema educacional brasileiro, tanto o
público quanto o privado, da educação básica até a educação superior. Ela estabelece os
princípios da educação e os deveres do Estado em relação a educação escolar pública, ela
define também as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios.
A lei estabelece que o ensino deve estar pautado nos princípios de liberdade, igualdade,
solidariedade e respeito as diversidades.
A educação escolar fica estabelecida em dois níveis, que é a educação básica e a educação
superior. Entre a educação básica está incluída e educação infantil, que será ofertada em
creches ou entidades equivalentes para crianças de até 3 anos de idade. Também haverá pré-
escolas para crianças de 4 a 5 anos. A partir dos 6 anos a criança inicia o ensino fundamental,
que terá duração de 9 anos, e depois passa para o ensino médio que terá duração de 3 anos.
Além dessas modalidades, a diretriz nessa LDB conta também com educação a distância,
educação especial, educação especial para indígenas, além de pautar recursos financeiros e a
formação de profissionais da área da educação.
A formação dos profissionais da educação é tratada na lei, em seu sexto capítulo, indicando
que tais profissionais devem ser formados em cursos e instituições reconhecidas. Ademais,
será obrigatório que essa formação seja feita em curso superior especificamente de
licenciatura.
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O que se observa nas leis de diretrizes de educação, é parecido com as leis de diretrizes da
saúde, no sentido de que proporcionam indiscutíveis avanços históricos em relação aos
direitos proporcionados aos cidadãos. Porém, devido a desorganização de recursos estatais
nos governos ao longo do tempo, elevou-se a dívida pública brasileira, prejudicando o
emprego de recursos do PIB na aplicação de educação de qualidade, como é feita em países
desenvolvidos. O que se vê é que o Estado aplica em educação unicamente o que é obrigatório
na lei, desse modo, não se percebeu, ao longo dos últimos 30 anos, um empenho do país em
colocar a educação como prioridade para o desenvolvimento da nação, em vez disso,
aumentou-se a dívida pública com outros gastos e comprometeu-se o orçamento anual com o
pagamento de juros. Portanto, a educação brasileira ficou prejudicada nesse contexto, apesar
de ter tido diversos avanços em relação as décadas anteriores a 1990.
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Referências Bibliográficas

PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson. Filosofia e História da Educação. 7. ed.


São Paulo: Moderna, 1988.
FERNANDES, Florestan. Educação e sociedade no Brasil. São Paulo: Dôminus,
1966.

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