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RESUMO DA AULA 3: DILEMAS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

DATA: 21 de fevereiro de 2023

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

TUTORA CIDA

MONITORA: DANIELA

DESIGUALDADES SOCIAIS: Pobreza e fome.

A desigualdade social é um problema histórico e estrutural, herança do nosso período colonial


e que funciona como um ciclo que se alimenta com o passar dos anos, sustentado pela má
distribuição de renda. A desigualdade social é a diferença entre as classes sociais, em que
determinados indivíduos se encontram em condições estruturalmente mais vantajosas do que
outros. Isso acontece pela má distribuição de renda, na comparação entre os mais ricos os e
mais pobres, além da falta de acesso a educação, saúde, cultura e oportunidades de trabalho.
Como é a desigualdade social no Brasil? O Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo,
segundo o último relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento), ficando atrás apenas de nações do continente africano, como África do Sul,
Namíbia, Zâmbia, República Centro-Africana, Lesoto e Moçambique. O levantamento tem
como base o coeficiente Gini, que mede desigualdade e distribuição de renda.

Quais são os tipos de desigualdade social? Desigualdade econômica; desigualdade regional;


desigualdade racial e desigualdade de gênero. Qual é a origem da desigualdade social? O
primeiro intelectual a falar sobre a desigualdade entre as classes foi o alemão Karl Marx. Para
ele, a desigualdade social era um fenômeno causado pela divisão de classes. Por haver as
classes dominantes, estas se utilizavam da miséria gerada pela desigualdade social, graças ao
lucro e acúmulo de propriedades, para dominar as classes dominadas, numa espécie de ciclo.
Quais são as maiores desigualdades sociais no Brasil? Crescimento do desemprego, da
violência e dos índices de pobreza, gerados pela falta de oportunidades e acesso à educação,
saúde e cultura.

Corrupção

O que é a corrupção:

Corrupção é o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter


vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos. Etimologicamente,
o termo "corrupção" surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos
pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo. A ação de corromper pode ser entendida
também como o resultado de subornar, dando dinheiro ou presentes para alguém em troca de
benefícios especiais de interesse próprio. A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo,
considerada grave crime em alguns países. Normalmente, a prática da corrupção está
relacionada com a baixa instrução política da sociedade, que muitas vezes compactua com os
sistemas corruptos. A corrupção na política pode estar presente em todos os poderes do
governo, como o Legislativo, Judiciário e Executivo. No entanto, a corrupção não existe apenas
na política, mas também nas relações sociais humanas, como o trabalho, por exemplo.

Características da corrupção

Para que se configure a corrupção, são precisos no mínimo dois atores: o corruptor e o
corrompido, além do sujeito conivente e o sujeito irresponsável, em alguns casos.

Corruptor: aquele que propõe uma ação ilegal para benefício próprio, de amigos ou familiares,
sabendo que está infringindo a lei;

Corrompido: aquele que aceita a execução da ação ilegal em troca de dinheiro, presentes ou
outros serviços que lhe beneficiem. Este indivíduo também sabe que está infringindo a lei;

Conivente: é o indivíduo que sabe do ato de corrupção, mas não faz nada para evitá-lo,
favorecendo o corruptor e o corrompido sem ganhar nada em troca. O sujeito conivente
também pode ser atuado e acusado no crime de corrupção, segundo prevê o artigo 180 da
Convenção Federal do Brasil;

Irresponsável: é alguém que está normalmente subordinado ao corrompido ou corruptor e


executa ações ilegais por ordens de seus superiores, sem ao menos saber que esses atos são
ilegais. O sujeito irresponsável age mais por amizade do que por profissionalismo; A corrupção
ainda pode significar o desvirtuamento e a devassidão de hábitos e costumes, tornando-os
imorais ou antiéticos, por exemplo.

Tipos de corrupção

Corrupção ativa: quando um indivíduo oferece dinheiro a um funcionário público em troca de


benefícios próprios ou de terceiros;

Corrupção passiva: quando um agente público pede dinheiro para alguém, em troca de
facilitações para o cidadão.

Corrupção no Brasil

No Brasil, está tramitando um projeto de lei que passa a considerar a corrupção um crime
hediondo, conforme previsto no decreto federal que regulamenta a Lei nº 12.846/13, que
pune os acusados entre 4 a 13 anos de reclusão, sem direito a pagamento de fiança para
serem libertados, indultos ou anistia. No entanto, mesmo com leis aparentemente bastante
severas para combater a corrupção, o Brasil continua a ser um dos países com grandes
escândalos envolvendo desvios de dinheiro público, subornos e demais ações de
corrompimento.

Programas de combate à pobreza no Brasil

A cada 14 de dezembro, comemora-se o Dia Nacional de Combate à Pobreza no Brasil. A data,


criada por lei em 2005 durante o governo Lula, lembra da necessidade de adotar medidas para
auxiliar as pessoas sob condições precárias e contribuir para o desenvolvimento do País. A
pobreza extrema no Brasil teve redução de 2,8% em 2014, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).De
acordo com os dados, o índice equivale a quase a terça parte do percentual de pessoas que
enfrentavam essa condição em 2004 – ano em que foi iniciado o Programa Bolsa Família. No
Brasil, pessoas com renda mensal de até R$ 77 são consideradas extremamente pobres.Já a
taxa de pobreza também foi reduzida nos últimos dez anos. Em 2014, atingiu 7,3% da
população, o que significa uma queda de quase 70% em relação a 2004. Embora os números
sejam positivos, ainda há muito para conquistar. Para isso, é necessário um esforço conjunto
entre os cidadão e o governo.

Como contribuir para a redução da pobreza no Brasil

Se engana quem pensa que o combate à pobreza é preocupação apenas do governo. O fato é
que a sociedade também é responsável por reunir esforços para a criação de melhores
condições para a população. Para isso, a adoção de pequenas ações no cotidiano é primordial.
Em 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs os 8 Objetivos do Milênio – e o
primeiro deles consiste em erradicar a fome e a miséria. Para ajudar na redução da pobreza no
Brasil, adotar medidas em relação ao consumo de alimentos é uma alternativa. Divulgar
informações para as pessoas sobre boa alimentação e aproveitar os alimentos ao máximo são
situações simples do dia a dia. Em casa, conserve as comidas corretamente, evite o desperdício
e eduque os seus filhos a fazer o mesmo. A criação de hortas caseiras também é uma ótima
opção. Além disso, inclua no cotidiano ações que valorizam o desenvolvimento local, como
lançar mão do comércio solidário, por exemplo, e contribua para a profissionalização da
população. Divulgar vagas de emprego e cursos em murais de escolas e espaços públicos é
uma forma de ajudar outras pessoas a arrecadarem renda. Quando o assunto é pobreza no
Brasil, também é essencial fomentar o voluntariado. Que tal atuar como voluntário na sua
comunidade? Você pode participar de projetos já existentes de instituições ou atuar de forma
independente. Afinal, diversas ações estão ao alcance dos voluntários: doações de roupas,
alimentos, produtos de higiene e uma quantia em dinheiro para abrigos locais são algumas
alternativas. A vantagem é que você pode adequar essa ajuda conforme suas condições
financeiras.

Ações do governo para erradicar a pobreza

O âmbito político também tem influência no combate à pobreza no Brasil. A adoção de


medidas públicas contribui para a redução da parcela da população que vive em uma situação
precária. Exemplos disso são os programas de assistência oferecidos aos brasileiros. O Bolsa
Família, que virou lei em 2004, é um dos mais representativos. Há também o Brasil Sem
Miséria e o Brasil Carinhoso, que ajudaram na redução da desigualdade. A fim de superar a
pobreza, outros programas brasileiros contribuíram para melhorar o cenário do País: é o caso
do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar
(Pnae).

Racismo: conceito, tipos, causas (no Brasil e no mundo)

Racismo é a discriminação social baseada na falsa ideia de que a espécie humana é dividida em
raças e que uma é superior às outras. Trata-se de uma atitude depreciativa e discriminatória,
não baseada em critérios científicos, já que do ponto de vista biológico é incorreto falar em
raças humanas. O racismo no Brasil é crime previsto na Lei n. 7.716/1989. É inafiançável e não
prescreve, ou seja, quem cometeu o ato racista pode ser condenado mesmo anos depois do
crime.O dia 21 de março foi estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o
Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A data foi escolhida em
memória aos mais de 60 mortos no massacre ocorrido na África do Sul nesse mesmo dia no
ano de 1960. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi criada para proteger os direitos
fundamentais dos seres humanos. Ela condena todo o tipo de discriminação por cor, gênero,
nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.

Conceito de racismo

Racismo é o nome dado a um fenômeno de discriminação sistemática. Por isso, não deve ser
confundido com preconceito ou discriminação racial. Apesar de estarem relacionados. Pode-se
dizer que não existiria discriminação e racismo, se não existissem preconceitos, entretanto
esses são termos distintos. Enquanto o preconceito é um julgamento sobre alguém baseado
em informações falsas e estereotipadas, a discriminação é ação. A discriminação está
relacionada com o tratamento diferenciado e excludente dado a este alguém. Já o racismo é o
mecanismo constante e persistente de discriminação. Os preconceitos, estereótipos e
discriminações fazem parte da dinâmica do racismo. Para existir racismo, é necessário que
uma sociedade tenha preconceitos altamente disseminados e constantemente produzidos
sobre determinado grupo, e somado a esse imaginário é preciso que exista ação
discriminatória sistemática. Grupos que, historicamente, foram vítimas de racismo são de
pessoas negras (africanas ou descentes), judias, ciganas, árabes, indígenas, latino-americanas e
asiáticas. A dinâmica do racismo dá um conjunto de traços físicos e psicológicos a um grupo e
faz acreditar que esses traços são transmitidos de geração em geração, e influenciam
diretamente no comportamento dessas pessoas. A história do racismo é antiga, inclusive
anterior a criação da chamada teoria das raças na Europa, no século XVIII. Porém, a teoria das
raças foi um marco na história desse tipo de discriminação, porque a partir dela o racismo
deixou de ter aspectos culturais e de influência religiosa para ser validado pelo que era
considerado parte da ciência na época.

Conceitos pseudocientíficos, como a teoria das raças, foram usados como justificativa para a
execução de crimes contra a humanidade, como o holocausto na Alemanha nazista e a
escravização de seres humanos durante séculos. O racismo está geralmente relacionado com
projetos políticos, mesmo que não oficiais ou institucionalizados, e com objetivos reais. Por
exemplo, durante o período escravocrata no Brasil (e em outras partes do mundo), o discurso
racista era utilizado como justificativa para exploração do trabalho humano. Como pessoas
negras eram consideradas inferiores, poderiam ser escravizadas.

Tipos de racismo

Exposição que mostra várias caras em metal com semblante triste e desesperado no Museu
Judaico de Belém
Exposição no Museu Judaico de Berlim que representa o desespero dos judeus assassinados
durante o holocausto.

O racismo pode ser manifestado de várias formas e por isso, existem várias classificações,
conforme o tipo.

Racismo estrutural

O racismo estrutural é aquele está presente estruturação de uma sociedade. Ou seja, é o


racismo camuflado geralmente presente em sociedades que construíram a sua história e
cultura sobre conceitos racistas. É o caso da sociedade brasileira. O racismo estrutural é o
resultado de um processo histórico de desigualdade e desvantagens para o grupo
marginalizado. No Brasil, a colonização e a escravidão criaram uma série de acontecimentos
que afastaram a população negra e indígena da cidadania e do poder. Esses acontecimentos
resultaram em um racismo que está tão enraizado na sociedade, que acaba por ser difícil de
identificar. Entretanto, há vários exemplos de racismo estrutural no Brasil, como a disparidade
entre o número de vítimas de homicídios, quando comparada a população branca e negra. Ou
ainda a falta de representação negra e indígena em espaços de poder, como o comando de
empresas, cargos políticos e formação universitária. O racismo estrutural torna-se evidente
quando se observa as desigualdades raciais de uma sociedade.

Racismo institucional

É quando o racismo é institucionalizado e faz parte das medidas do estado, de uma empresa
ou outros tipos de organização. Os casos de racismo institucional mais conhecidos foram
implementados pelo regime nazista na Alemanha, que resultou no assassinato de milhões de
judeus pelo estado (holocausto), e a segregação racial nos Estados Unidos e na África do Sul
(apartheid).

Racismo individual

É a discriminação direcionada a uma pessoa especificamente, em uma determinada situação,


devido a sua cor ou etnia. São agressões como insultos racistas, utilização de estereótipos,
exclusão em ambientes escolares ou de trabalho.

Racismo cultural

É o tipo de racismo relacionado a ideia de uma cultura é superior a outra. Esse tipo de
discriminação acontece quando o grupo hegemônico tem fortes preconceitos disseminados
sobre os aspectos culturais do grupo vitimizado, não só sobre a sua cor ou etnia, mas também
sobre a sua religião, tradições, costumes, língua, entre outros.

Racismo ecológico ou ambiental

Esse tipo de racismo acontece quando um grupo marginalizado tem o acesso ou a manutenção
de um ambiente saudável negado ou negligenciado, devido a sua cor ou etnia.
Por exemplo: locais onde a população é predominantemente indígena ou negra, como
comunidades indígenas e quilombolas, e por isso sofrem com a poluição do ambiente por
terceiros ou com a descredibilização do seu direito a terra. Nas cidades, a população periférica,
de maioria negra, que não recebe a mesma atenção do estado, quando comparada com as
áreas centrais, nas áreas da saúde, segurança e saneamento básico.

Racismo recreativo

É o racismo presente no entretenimento, geralmente associado ao humor. Trata-se de


expressões de racismo que tendem a ser desvalorizadas pela sociedade porque são feitas ou
ditas em momentos de descontração e divertimento. O racismo recreativo afirma ideias
estereotipadas e utiliza o grupo marginalizado como objeto de riso e desmoralização diante do
grupo hegemônico. Está associado à shows de humor, programas de tv e filmes racistas ou
uma contação de piadas entre colegas.

Causas do racismo

O racismo é um fenômeno social antigo. Desde a Antiguidade há relatos de grupos que foram
inferiorizados ou excluídos devido a sua ascendência étnica. O racismo durante esse período e
a Idade Média estava principalmente relacionados com questões culturais ou religiosas. No
século XV, com as Grandes Navegações e a colonização de territórios americanos, africanos e
asiáticos pelos europeus, o racismo se intensificou, sendo parte do projeto de dominação e
escravização dessas populações. Para justificar o assassinato e escravização de milhões de
pessoas, preconceitos e estereótipos foram criados e disseminados, transformando as
populações fora da Europa em selvagens. Esses povos, especialmente os indígenas e africanos,
foram comparados a animais, que precisavam ser domesticados. Por isso, poderiam ser
sujeitados à tortura, trabalho forçado, violência física, psicológica e sexual, e morte. A partir do
século XVIII, conceituações pseudocientíficas que dividiam a humanidades em raças e as
classificava em uma suposta hierarquia acentuaram o problema. As causas do racismo na
atualidade ainda estão fortemente relacionadas com ideias de inferioridade de alguns povos e
noções de superioridade e pureza racial branca na Europa.

Racismo no Brasil

Quadro em tons de cinza, laranja e branco, que retrata uma família branca sendo servida por
um grupo de pessoas negras, no período escravista do Brasil.

Quadro de Baptiste Debret que mostra uma família brasileira escravocrata, em 1839.

Por muito tempo foi propagado o mito de que no Brasil não existia racismo, devido à
população miscigenada e por não ter existido racismo institucional por parte do estado.
Diferente dos Estados Unidos ou da África do Sul, as instituições do estado brasileiro nunca
implementaram medidas oficiais que propusessem a segregação ou diminuição de direitos de
um grupo de pessoas. Por esse motivo, a ideia de democracia racial prevaleceu durante muitos
anos dentro do país. Entretanto, o racismo no Brasil está relacionado com as características
históricas e culturais próprias. O racismo no país é principalmente estrutural, por causa da
escravidão e dos mecanismos criados durante e depois desse período para manter privilégios e
reforçar a desigualdade. E também "silencioso", como o racismo não foi institucionalizado,
pensou-se que as regras sociais racistas não existiram, porém elas estavam presentes.

Deficit habitacional e questão urbana

Moradia como direito fundamental

O direito à habitação é um direito fundamental, consignado no corpo da Constituição Federal.


Porém, em sociedades desiguais como a nossa, nem todas as pessoas têm acesso às mesmas
condições e oportunidades. Cada sociedade ou país difere nos aspectos culturais, econômicos
e sociais, assim como cada governo tem as suas ações e prioridades para desenvolver o seu
sistema habitacional de interesse e proteção social Hoje, o déficit habitacional é o que compõe
uma das mais graves mazelas da sociedade brasileira e um dos desafios mais importantes do
desenvolvimento urbano no Brasil é justamente oferecer moradias de baixo custo para
famílias de baixa e média renda.

O que apontam os dados brasileiros

O Brasil não tem dados atualizados sobre seu déficit habitacional, pois o Censo Demográfico de
2020 não foi realizado em função da pandemia. Sendo assim, o texto traz as informações mais
recentes disponíveis. De acordo com uma pesquisa da Fundação João Pinheiro, de 2019, o
déficit habitacional em todo o Brasil foi de 5,8 milhões de moradias, das quais 79%
concentraram-se em famílias de baixa renda. O estudo indica também que 87,7% do déficit
habitacional quantitativo (moradias em falta, seja por habitação precária, coabitação familiar,
pessoas demais por metro quadrado, ou custo alto de aluguel) está localizado nas áreas
urbanas. Além disso, ele demonstra que o déficit habitacional absoluto no Brasil passou de
5,657 milhões em 2016 para 5,877 milhões em 2019. Essas moradias representam 8% dos
domicílios do país.

Déficit vai além da falta de moradia

Normalmente, quando imaginamos um déficit habitacional, pensamos em famílias sem casa.


No entanto, o significado do termo não é bem esse. Ele abrange também moradias em
situações precárias como casas improvisadas, cômodos e também os valores excessivos de
aluguéis. Os números do déficit habitacional do estudo da Fundação João Pinheiro
correspondem a soma de cinco subcomponentes, listados abaixo com a quantidade de
domicílios equivalente:

Domicílios rústicos: 696.489

São aqueles que têm formas de construção não-convencionais como paredes que não são de
alvenaria, teto de palha, chão de terra batida, entre outras.
Domicílio improvisado: 785.736

Espaço precariamente adaptado pela família para servir de moradia. Nestes domicílios,
geralmente não é possível distinguir cômodos ou individualizar os espaços. Normalmente não
contam com acesso a serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, saneamento
ou coleta de lixo, configurando uma situação de extrema vulnerabilidade. Nesses locais,
pessoas ou famílias podem fixar moradia, adaptando o espaço às suas necessidades. Podem
estar em áreas privadas como prédios ou casas abandonados, construções, acampamentos em
áreas rurais ou em áreas públicas, como é o caso de barraca e tendas.

Unidades domésticas conviventes: 1.216.407

Quando há mais de uma família em um domicílio, essas famílias são chamadas de “famílias
conviventes” pela Pnad.

Domicílios identificados como cômodo: 96.968

Pessoas que vivem em um cômodo, dividindo a residência com outras pessoas, como o caso
das repúblicas e cortiços.

Domicílios identificados com ônus excessivo de aluguel urbano: 3.035.739

Para determinada parcela pobre da sociedade, o aluguel não é uma opção, diferentemente do
que ocorre com alguns setores da classe média. A maior preocupação dessas famílias de mais
baixa renda é não ter condição de continuar a pagar o aluguel e sofrer com a queda na
qualidade da habitação. Segundo o coordenador da pesquisa, Frederico Poley Martins Ferreira,
um dos destaques do levantamento foi o impacto do alto custo dos aluguéis urbanos. Essa
categoria do déficit passou de 2,814 milhões em 2016 para 3,035 milhões em 2019,
respondendo por 52% do total do indicador. Entram nessa conta as moradias cujo custo de
aluguel corresponde por mais de 30% da renda familiar.

Mulheres são as mais impactadas pelo déficit habitacional

Sobre a crescente participação feminina na responsabilidade dos domicílios característicos do


déficit habitacional, a diretora de estatística e informações da Fundação João Pinheiro,
Eleonora Cruz Santos, explicou que as mulheres são protagonistas neste contexto. Ou seja, a
maioria dos domicílios, nesse recorte da pesquisa, tem como pessoa de referência uma
mulher, o que, por si só, já indica a necessidade de desenvolvimento de políticas habitacionais
específicas para esse tipo de público. A diretora ainda completa que, no componente ônus
excessivo com aluguel urbano, a quantidade de mulheres saltou de 1,588 milhão (56%) em
2016 para 1,887 milhão (62%) em 2019. No componente “coabitação”, houve também um
aumento da participação das mulheres. O percentual foi de 50% (2016) para 56% (2019). Já a
quantidade de residências que apresentam algum tipo de inadequação chega a mais de 24,8
milhões. Essa foi a primeira vez que esse dado foi consolidado na pesquisa da Fundação João
Pinheiro. O indicador inclui características de infraestrutura urbana, como falta de
abastecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de coleta de lixo, além de outras
inadequações, como a falta de espaço de armazenamento, ausência de banheiro, cobertura e
pisos inadequados, entre outros. O total de domicílios inadequados no país corresponde a
24,894 milhões.

Propostas para resolução dos problemas

Com esses entendimentos, podemos ter uma melhor compreensão do déficit habitacional e
inadequação de moradias e assim nortear as políticas públicas habitacionais e de
infraestrutura que contemplem especialmente os grupos mais vulneráveis de baixa renda.
Algumas das propostas do Fórum Internacional de Habitação – Desafios e Oportunidades, que
conta com representantes do Brasil, Coreia, Chile, França, México e Urugua,i visam soluções
para essa questão. São elas:

Subsídio para moradia de aluguel

Muitas famílias não têm poder aquisitivo para comprar uma casa. Uma alternativa seria a
moradia para aluguel com subsídios diretos. Essa estratégia tem múltiplos benefícios como
maior flexibilidade para demanda e localização mais central dos imóveis.

Imóveis públicos vazios

Imóveis públicos desocupados constituem potencial oferta e oportunidade para desenvolver o


mercado de locação, que poderia ser realizado se os incentivos corretos fossem oferecidos aos
parceiros. São prédios que geralmente têm uma localização preferencial na cidade.

Aluguel com opção de compra

Proposta de combinação das vantagens do aluguel e da propriedade, canalizando parte do


pagamento do aluguel para uma possível compra da unidade. A proposta facilita a mobilidade
das famílias e evita os custos de transação associados à propriedade, oferecendo uma garantia
de compra.

Melhorias habitacionais

O mercado está limitado em relação ao tamanho do desafio do déficit qualitativo brasileiro.


Experiências internacionais e inovações brasileiras podem orientar as políticas públicas para
revalorizar este mercado na agenda nacional. Nesse contexto, o presidente da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, ressalta a importância do
FGTS para obtenção de uma moradia no Brasil. “Hoje, mais do que nunca, é dia de lembrar a
importância que tem o FGTS no País. Já que tentam mexer e até destruir a sua existência. Das
cerca de 70 milhões de unidades habitacionais existentes, o Fundo de Garantia já contribuiu
para a aquisição de cerca de 12 milhões desses imóveis. Sem o FGTS, nosso déficit habitacional
seria 150% maior”,

Pandemia e aumento da desigualdade

Em 2021, o desemprego e a pandemia fizeram a extrema pobreza e a desigualdade social


aumentarem no Brasil. Mais de 20 milhões de pessoas estão passando fome, ou seja, quase
10% da população brasileira está subalimentada. Este cenário indica que o país deve voltar a
figurar na geopolítica da miséria, entrando para o Mapa da Fome. Um estudo realizado pelo
economista Robson Gonçalves, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), indica que o
crescimento da população brasileira e a formação de novas famílias deve gerar uma demanda
para mais 30,7 milhões de novos domicílios até 2030. A situação aponta que é preciso iniciar e
dar prioridade urgente à questão habitacional, já precária. No Brasil, 34 milhões de moradias
não têm acesso a saneamento básico, o que representa 49,2% de todas as casas brasileiras.
Outras 9,6 milhões de casas, que representa cerca de 48 milhões de pessoas, não têm acesso à
água potável. A função social das propriedades rurais e urbanas deve nortear a igualdade de
oportunidade de moradia para todas as classes sociais.

Desemprego

Desemprego é a não realização de qualquer atividade de trabalho remunerada. É causado por


crises sociais, políticas e econômicas, e gera o fechamento dos postos de trabalho.

Indivíduo que acaba de perder o emprego: desempregado.

Indivíduo que acaba de perder o emprego: desempregado.

O desemprego deve ser entendido como uma situação social de não emprego, na qual o
indivíduo não realiza trabalho remunerado. As principais causas do desemprego estão
relacionadas com os aspectos econômicos, sociais e políticos, como:

crise econômica;

redução de postos de trabalho;

falta de qualificação profissional.

Os principais tipos de desemprego são:

sazonal;

cíclico;

friccional;

estrutural.

O desemprego gera inúmeros problemas, geralmente de ordem social, econômica, e até


mesmo psicológica, pois afeta a qualidade de vida da pessoa, o modo de vida e o bem-estar.

Conceito de desemprego

O conceito de desemprego refere-se às pessoas que possuem idade para trabalhar e não estão
trabalhando. Esse conceito está relacionado a uma situação social de não emprego, na qual o
indivíduo não trabalha e não recebe nenhum retorno salarial. Socialmente, entende-se como
emprego a venda de mão de obra ou força de trabalho em troca de uma remuneração ou
salário, que pode ser diário, semanal ou mensal, havendo vínculo empregatício ou não, caso
não haja, desempenha-se o trabalho informal.

Trabalho e emprego são conceitos, muitas vezes, confundidos. De modo prático, trabalho
refere-se a qualquer atividade desenvolvida no meio em que o ser humano encontra-se.
Emprego, por sua vez, deve ser entendido como atividade que o indivíduo realiza e obtém
salário ou remuneração em troca, significa pensar que há a venda da força de trabalho.

O emprego é o desenvolvimento de uma atividade remunerada.

Principais causas do desemprego

As causas do desemprego são muitas, e acabam sendo complexas, pois envolvem algumas
estruturas, como a social, econômica e política. Nesse cenário, explicar tal fator não é uma
tarefa fácil.

O desemprego é gerado a partir do momento que um posto de trabalho é fechado. O principal


fator que gera o fechamento dos postos de trabalho é a crise econômica de um país, quando a
economia não vai bem e algumas empresas, grandes ou pequenas, deixam de funcionar e
demitem seus funcionários, gerando, assim, o desemprego. Essas crises podem ser setoriais,
afetando mais um setor que outro, por exemplo: crise na indústria afetaria o funcionamento e
existência de pequenas ou grandes indústrias, e não afetaria o comércio. Outro fator gerador
de desemprego é a redução de custos, acontece nas indústrias e grandes empresas, que
demitem funcionários a fim de reduzir sua folha de pagamento. A falta de qualificação
profissional também é um forte fator de desemprego. As empresas da atualidade precisam de
funcionários e colaboradores especializados, se o indivíduo não possui qualificação
profissional, ele não serve mais para a vaga e acaba perdendo seu emprego. A substituição de
mão de obra também é um fator relevante nessa análise, pois muitos postos de trabalho
substituem a mão de obra das pessoas pelas máquinas. Esse fator ocorreu com mais
intensidade na Primeira Revolução Industrial, quando a mão de obra humana foi substituída
por máquinas. Hoje, falamos que o desenvolvimento tecnológico vem a substituir as pessoas
no trabalho, gerando maquinários cada vez mais tecnológicos e sofisticados.

Tipos de desemprego

Os principais tipos de desemprego são: o sazonal, cíclico, friccional e estrutural.

Desemprego sazonal: acontece em determinada época do ano. Ele é causado por variações da
oferta de trabalho em algumas épocas do ano. Bastante comum na agricultura, em função da
época de plantio e colheita, e no comércio, em função das datas comemorativas.

Desemprego cíclico: acontece em função de alguma crise econômica ou política, pois, nesse
caso, há a diminuição de produção e recessão da economia, obrigando empresas a diminuírem
gastos com a mão de obra e demitirem seus funcionários.

Desemprego friccional: acontece quando os indivíduos saem de seus empregos naturalmente


em busca de uma chance melhor. Portanto, levam um tempo procurando um novo posto,
caracterizando assim o desemprego friccional.
Desemprego estrutural: acontece quando aqueles que, por motivo de qualificação, não podem
atuar mais naquela empresa e são demitidos por isso. Esse fenômeno é comum em indústrias
que mudam sua produção mais tradicional para uma produção automatizada.

Consequências do desemprego

As consequências do desemprego não são apenas sociais, elas também podem ser
psicológicas, por afetar diretamente o modo de vida da pessoa, e políticas. Alguns estudos
apontam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental
do trabalhador, como:

autoestima

insatisfação

frustração e mudança no humor

bem-estar

Os aspectos sociais que mais se destacam são relacionados com as condições econômicas das
pessoas ou grupo familiar, como a diminuição da renda, que pode levar o indivíduo a migrar de
uma classe social à outra, promovendo-se o aumento da pobreza e a consequente falta de
acesso a determinados bens ou serviços, em outras palavras, a exclusão social.

Nessas circunstâncias, há a redução da qualidade de vida da pessoa, família e grupo social


envolvido. Há também o aumento da desigualdade social, que passa a ser um problema
político, de ordem governamental.

Taxa de desemprego

A taxa de desemprego refere-se a uma medida do número de pessoas desempregadas em


determinado país ou região. Esse número é adquirido estatisticamente com o total de pessoas
que buscam emprego naquela nação. Todo país tem uma população economicamente ativa
(PEA), a que tem idade para trabalhar. Participam da força de trabalho as pessoas que têm
idade para trabalhar (16 anos ou mais) e que estão trabalhando ou procurando trabalho
(ocupadas e desocupadas). Atualmente, a PEA brasileira corresponde a cerca de 100 milhões
de habitantes em 2020. As taxas de desemprego são medidas com base nesse número, ou
seja, a referência sempre será esse índice.

Desemprego no Brasil

Para considerarmos o número de desemprego em determinado país, precisamos saber qual é


a sua população econômica ativa (PEA) — que é o número de trabalhadores que
desempenham função remunerada e buscam emprego naquele país. No Brasil, a PEA é de
cerca de 100 milhões de pessoas, segundo o IBGE (2020). As taxas de desemprego no Brasil, no
início do ano de 2020, apresentaram uma suave queda. Dados do IBGE apontaram para uma
queda no número de pessoas desocupadas de 0,4%. Em números reais, a população
desocupada, que era de 11,6 milhões de pessoas, apresentou queda de mais de 400 mil
pessoas que entraram para o mercado de trabalho. Dessa forma, o número de pessoas
desocupadas, no primeiro trimestre de 2020, era de 11,2 milhões. Em março de 2020, com o
início da nova pandemia do coronavírus, houve um aumento significativo no número de
pessoas desocupadas. Dados oficiais do governo apontaram para um aumento no número
delas, chegando a 13,8% da população econômica ativa em setembro de 2020, ou seja, mais
de 13,8 milhões de brasileiros sem postos de trabalho. A situação social do Brasil tornou-se um
dever do Estado, estando agora na mão dos governantes criar políticas de controle da pobreza
e aumento da renda no país, como é o caso da criação do auxílio emergencial, exemplo de
medida paliativa, para enfrentar a pandemia.

Movimentos indígenas

História do movimento indígena

A luta pela garantia dos direitos indígenas se confunde com a própria história americana,
trazendo à tona questões socioambientais e humanitárias que ainda precisam ser discutidas. O
marco do movimento indígena data de 1940, no México, momento em que foi realizado o
primeiro Congresso Indigenista Americano (Convenção de Patzcuaro), com o objetivo de criar e
discutir políticas que pudessem zelar pelos índios na América. Porém, no Brasil, começaria a se
manifestar de maneira mais organizada apenas na década de 70, tendo em vista a necessidade
de proteção de terras em relação a políticas expansionistas da ditadura militar. Logo após esse
período, em 1983, o primeiro deputado federal indígena é eleito no país, reforçando a ideia de
que, para evoluir em sua luta, os povos indígenas precisariam ser representados por quem a
conhecia e vivenciava de fato. Nos anos seguintes, os indígenas fizeram-se presentes no
Congresso Nacional e na política de forma geral, organizando protestos e criando grupos
autônomos de reivindicações. Algum tempo se passou até que, em 2002, fosse criada a APIB
(Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), como uma maneira de unir as necessidades dos
povos em geral em uma única voz. O que busca o movimento indígena?

Os indígenas possuem como objetivo central de sua movimentação política a conservação e


delimitação de áreas indígenas, ou seja, terra. Porém, esse conceito é muito mais amplo do
que o conceito literal. Dentro do conceito “terra”, estão inseridas reivindicações como
educação, saúde diferenciada, respeito e reconhecimento à cultura, projetos socioeconômicos
destinados aos diversos povos, áreas de preservação e fiscalização ao cumprimento de leis e
demarcações. A luta do movimento indígena no Brasil abrange muito mais do que apenas o
território físico. Uma de suas grandes exigências é a possibilidade de manter sua cultura, seu
modo de vida.

O que diz a lei sobre os indígenas

Em 1973, foi promulgada a lei 6.001, que ficou conhecida como “Estatuto do Índio”. Na época
de sua formulação, a cultura indígena era vista como “transitória” e o índio como
“relativamente incapaz”. Seguindo essa visão, os povos indígenas eram considerados tutela do
Estado até que sua integração com a sociedade brasileira fosse realizada. A responsabilidade
seria do Serviço de Proteção ao Índio, órgão que deu espaço para atual Fundação Nacional do
Índio – FUNAI. Após a constituinte de 1988 – processo no qual os índios fizeram-se presentes –
passa a ser assegurado o direito à sua própria cultura, direito processual e direito às terras
tradicionalmente ocupadas, impondo a União o dever de zelar pelo cumprimento dos seus
direitos: Art. 231, CF. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Em 2002, no
Novo Código Civil, o índio deixa de ser considerado relativamente incapaz e sua capacidade
deve ser regulada por legislação especial:

Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em
juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos
do processo.

Polêmicas

Grandes confrontos, normalmente armados, rodeiam a história dos indígenas no Brasil.


Normalmente, esses enfrentamentos – que costumam ser confrontos violentos – ocorrem
entre os povos nativos e empresários do agronegócio ou produtores rurais. São
evidentemente “lutas” por território, muitas vezes desencadeadas por uma carência de
políticas destinadas à efetiva demarcação e fiscalização das terras em questão. O movimento
indígena também já promoveu inúmeras ocupações a prédios públicos ou a sedes de
organizações ligadas ao governo, como a FUNAI. O movimento tornou-se muito ativo na
política brasileira, participando na elaboração de projetos de lei, criação de ONGs
representativas e se fazendo presente em dias de votações importantes no Congresso
Nacional.

Movimento Indígena em 2019

A 15º edição do acampamento Terra Livre, comentado no início desse texto, trouxe a pauta
“Sangue indígena. Nas veias, a luta pela terra e pelo território” e contou com cerca de 4 mil
pessoas na capital do país. O grupo defendia a transferência da Funai do atual Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Além disso, eles também desejam mudanças na demarcação de terras indígenas – que hoje
compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Por fim, foram questionadas
mudanças recentes feitas pelo governo federal, como a alteração para a posse de armas de
fogo no Brasil e a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(Consea).

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