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Desigualdades Sociais

Ester Lima,Gabriel Dos Santos, Hillary Ellen, Laura Carvalho

O que é a desigualdade social?

Representa a diferença no padrão de vida e nas condições de acesso a direitos, bens e serviços
entre integrantes de uma sociedade.

elas podem se manifestar de diferentes formas, no âmbito econômico, escolar, profissional, de


gênero, entre outros. Por isso, é comum também a utilização do termo no plural: desigualdades
sociais.

O fenômeno da desigualdade social é marcado principalmente pela desigualdade econômica


gerada pela concentração de renda. A concentração de renda gera um desequilíbrio no modo de
vida dos grupos que compõem a sociedade.

Assim, em uma mesma sociedade, alguns grupos possuem total acesso a seus direitos e a uma
vida digna, enquanto outros grupos são excluídos. Uma grande parcela da população tende
gradativamente à miséria, à ausência de condições materiais que garantam a sua própria
existência.
Essa distinção gradativa pode ser observada a partir da estratificação social, ou da divisão da
sociedade em classes. Cada classe social possui o seu próprio modo de vida. Isso se reflete em
um padrão de consumo próprio e, principalmente, na diferença de acesso a direitos
fundamentais, como: alimentação, saúde, segurança, moradia e educação.

Causas e consequências da desigualdade social


Para os filósofos do liberalismo, como John Locke e Adam Smith, a desigualdade social faz
parte da natureza humana e da forma como os indivíduos se organizam na sociedade. Para
pensadores marxistas, influenciados por Karl Marx e Friedrich Engels, a desigualdade social é
resultado de um processo histórico baseado na exploração de um grupo social.

Apesar das diferenças em suas origens, há consenso nas definições de alguns dos fatores que
contribuem para a desigualdade social:

• Má distribuição de renda

• Má administração dos recursos públicos

• Falta de investimentos em políticas sociais

• Corrupção

• Desemprego

A desigualdade social tem como efeitos uma série de outras desigualdades, como a
desigualdade de gênero, desigualdade racial, desigualdade regional, entre outras

Como consequência da desigualdade social, surgem vários problemas sociais que afetam a
sociedade:

• Favelas (favelização)

•Gentrificação (pessoas pobre são levadas a morar em zonas periféricas das cidades)

•Insegurança alimentar (aumento dos índices de fome e miséria)

•Mortalidade infantil

•Diminuição da expectativa de vida média

•Manutenção/aumento do desemprego

•Aumento da evasão escolar


•Diminuição da escolaridade média da população

•Aumento da criminalidade

•Aumento das diferenças entre as classes sociais

•Atraso no desenvolvimento da economia no país

•Dificuldade de acesso aos serviços básicos, como saúde, transporte público e saneamento
básico

•Diminuição do acesso a atividades culturais e de lazer.

Dados sobre a desigualdade social no Brasil:

Do lado esquerdo, há parte da favela de Paraisópolis; do lado direito, há um dos condomínios


de luxo da região do Morumbi, em São Paulo.

A imagem acima é um ícone da desigualdade social no Brasil. Aqui, assim como em vários
outros países em desenvolvimento no mundo, há um abismo imenso entre as extremas classes
sociais.

No lado esquerdo da imagem, vemos Paraisópolis, um bairro favelizado de São Paulo.


Paraisópolis tem um total de 50% de moradias irregulares, de cada dez habitantes do local,
apenas 2,3 ocupam empregos formais. O local ocupa a 79ª posição no ranking paulista de
bairros com espaços culturais e possui uma taxa de gravidez na adolescência de 11,45 por cem
mil habitantes. A expectativa média de vida no distrito de Vila Andrade, região em que se
localiza o bairro, é de 65,56 anos.
A região de Morumbi mantém dados parecidos com de outros bairros nobres da capital paulista:
alta taxa de empregabilidade formal e alta renda familiar; expectativa de vida que passa dos 80
anos de idade; a taxa de gravidez precoce está abaixo de 2 para cada cem mil habitantes; e, fora
das zonas residenciais, existem diversos espaços culturais, ou as pessoas que lá moram
deslocam-se até as regiões centrais para acessarem cinemas, teatros e museus, por exemplo.

Essa configuração socioeconômica e espacial é um fator significativo nas cidades brasileiras.


Em todas as cidades, há mais e menos, e a sociedade é desigual. De acordo com levantamento
do IPEA, o Brasil apresenta uma taxa de desigualdade de renda total de 51,5%, à frente de
países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido. No meu país, mais de 27% da renda
está nas mãos de apenas 1% da população.

Segundo o economista francês Thomas Piketty, em pesquisa que levantou dados


socioeconômicos de vários países, o Brasil tem mais renda concentrada nas mãos de poucas
pessoas que os grandes países árabes, onde o 1% de bilionários mais ricos representa apenas
26% da renda local.. Em 2015, o coeficiente de Gini brasileiro foi marcado em 0,515, deixando
o nosso país no 10º lugar do ranking dos mais desiguais do mundo,, sendo que o 1º lugar é
ocupado pela África do Sul.

Consequências da desigualdade social no


Brasil
A desigualdade social é causadora do surgimento e crescimento de diversos problemas, sendo
os principais:

• Aumento dos níveis de desemprego

• Crescimento da fome

•Aumento da pobreza extrema

• Evasão escolar

•Dificuldade de acesso a serviços de saúde, educação e moradia

•Aumento da mortalidade infantil

• Baixo crescimento econômico

• Elevação das taxas de criminalidade

•Aumento do número de pessoas privadas de liberdade (população carcerária)


Desigualdade Social no Mundo
A desigualdade social existe em todos os continentes. Há lugares em que os problemas são mais
evidentes, por exemplo, nos países africanos, os quais estão entre os mais desiguais do mundo.

Por sua parte, nos países escandinavos, quase não há diferença entre as classes sociais devido
ao estabelecimento do Estado de Bem-Estar Social após a Segunda Guerra Mundial.

Sem condições de ter acesso saúde e educação, dificilmente uma pessoa terá as melhores
oportunidades no mercado de trabalho. Também a dificuldade de acesso aos bens culturais e
históricos pela maior parte da população inibe suas oportunidades.

Curiosidades
• Segundo a ONU, o Brasil é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e
econômica do mundo.
• O "Coeficiente de Gini é uma medida utilizada para mensurar o nível de desigualdade
dos países segundo renda, pobreza e educação.
• Na União Europeia, o país que apresenta maior desigualdade social é Portugal.
• Os países com menor desigualdade social são: Noruega, Japão e Suécia.
• Os países que apresentam maiores desigualdades sociais são do continente africano:
Namíbia, Lesoto e Serra Leoa.

Como acabar com a desigualdade social?


A perspectiva revolucionária marxista compõe uma visão radical que intentaria acabar de vez
com a desigualdade. Hoje existem outras visões menos revolucionárias e menos radicais que
procuram reduzir as desigualdades sociais para melhorar as condições de vida das pessoas,
porém, sem implodir o capitalismo.

Uma dessas vertentes é a social-democracia, a qual se desvia do socialismo científico por,


justamente, manter um sistema político democrata republicano e certo nível de liberdade
econômica. Essa corrente também se esquiva do liberalismo, pois intervém, até certo ponto, no
funcionamento econômico e propõe políticas de garantia do bem-estar social.

As medidas de elevação do bem-estar social incluem:

• acesso à saúde e educação de qualidade para todos;


• emprego e assistência momentânea para aqueles que estão fora do mercado de trabalho;
• garantia da previdência social e dos direitos trabalhistas.

Os países nórdicos são referência em social-democracia contemporânea, pois desenvolvem um


tipo de capitalismo voltado para o bem-estar da população. Nesses países, o capitalismo
continua funcionando e a propriedade privada continua existindo. No entanto, há uma renda
média muito parecida entre todas as profissões, e poucas são mais ou menos remuneradas que a
faixa média. A formação técnica, por ser tão importante quanto, é tão estimulada quanto a
educação superior. Esses países são os que carregam consigo os maiores IDHs do mundo.

A educação também é prioridade no modelo social-democrata nórdico, pois ela é um signo de


redução da pobreza e da desigualdade social. Na Finlândia, país referência em educação para o
mundo, todas as escolas primárias e secundárias são estatais e gratuitas, sendo vetada, desde a
década de 1990, a abertura e manutenção de estabelecimentos de ensino básico particulares.

Nessas instituições, as crianças e adolescentes têm acesso a uma educação de tempo integral,
mas com um currículo diversificado e abrangente que leva em consideração a importância de
abordagens que considerem não somente o ensino das várias ciências e das áreas do
conhecimento, mas também aspectos da vida prática e cotidiana.
Sites:
https://www.significados.com.br/desigualdade-social/amp/

https://brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/desigualdade-social.htm

https://www.todamateria.com.br/desigualdade-social/amp/

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