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O que é a desigualdade social:

Desigualdade social representa a diferença no padrão de vida e nas condições de acesso a direitos, bens e
serviços entre integrantes de uma sociedade.

A desigualdade social pode se manifestar de diferentes formas, no âmbito econômico, escolar, profissional, de
gênero, entre outros. Por isso, é comum também a utilização do termo no plural: desigualdades sociais.

O fenômeno da desigualdade social é marcado principalmente pela desigualdade econômica gerada pela
concentração de renda. A concentração de renda gera um desequilíbrio no modo de vida dos grupos que
compõem a sociedade.

Assim, em uma mesma sociedade, alguns grupos possuem total acesso a seus direitos e a uma vida digna,
enquanto outros grupos são excluídos. Uma grande parcela da população tende gradativamente à miséria, à
ausência de condições materiais que garantam a sua própria existência.

Essa distinção gradativa pode ser observada a partir da estratificação social, ou da divisão da sociedade em
classes. Cada classe social possui o seu próprio modo de vida. Isso se reflete em um padrão de consumo próprio e,
principalmente, na diferença de acesso a direitos fundamentais, como: alimentação, saúde, segurança, moradia e
educação.

Apesar da divergência sobre sua origem, é consensual a definição de alguns fatores que são causas da desigualdade
social:

• má distribuição de renda

• má administração dos recursos públicos

• falta de investimentos em políticas sociais

• corrupção

• desemprego

A desigualdade social tem como efeitos uma série de outras desigualdades, como a desigualdade de
gênero, desigualdade racial, desigualdade regional, entre outras.

Como consequência da desigualdade social, surgem vários problemas sociais que afetam a sociedade:

• Favelas (favelização)

• Gentrificação (pessoas pobre são levadas a morar em zonas periféricas das cidades)

• Insegurança alimentar (aumento dos índices de fome e miséria)

• Mortalidade infantil

• Diminuição da expectativa de vida média

• Manutenção/aumento do desemprego

• Aumento da evasão escolar

• Diminuição da escolaridade média da população


• Aumento da criminalidade

• Aumento das diferenças entre as classes sociais

• Atraso no desenvolvimento da economia no país

• Dificuldade de acesso aos serviços básicos, como saúde, transporte público e saneamento básico

• Diminuição do acesso a atividades culturais e de lazer

Desigualdade social no Brasil


No Brasil, a desigualdade social é marcante e afeta direta ou indiretamente a maioria dos brasileiros, o que se
confirma pelos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). De 2016 a 2017 o índice de
pobreza extrema no país cresceu pouco mais de 11%.

Com a pandemia, houve um aumento considerado nesses números e cerca de 13% da população passou a viver
abaixo da linha da pobreza.

O Brasil encontra-se em oitavo lugar no ranking de países mais desiguais do mundo, documento organizado
pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Causas da desigualdade social no Brasil


O Brasil possui um passado escravagista, patrimonialista e patriarcal, a junção desses fatores consolida uma
estrutura de exclusão da população negra, pobre e das mulheres da economia.

Ao longo dos anos, houve avanços na garantia de direitos para essas populações, mas não conseguiu sanar o
problema da desigualdade.

Além da má distribuição de renda e da concentração de riqueza, também são causas para a desigualdade social no
Brasil:

• falta de acesso à educação

• os baixos salários

• a política fiscal injusta (carga tributária regressiva, cobra um percentual maior da população pobre)

• dificuldade de acesso aos serviços básicos (saúde, transporte, habitação, saneamento básico e de segurança
alimentar, por exemplo).

Consequências da desigualdade social no Brasil


A desigualdade social é causadora do surgimento e crescimento de diversos problemas, sendo os principais:

• Aumento dos níveis de desemprego

• Crescimento dos níveis de insegurança alimentar e da fome

• Aumento da pobreza extrema

• Evasão escolar

• Dificuldade de acesso a serviços de saúde, educação e moradia

• Aumento da mortalidade infantil

• Baixo crescimento econômico

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