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Desigualdade social

Desigualdade social é a diferença econômica que existe entre determinados grupos


de pessoas dentro de uma mesma sociedade. Isto se torna um problema para uma
região ou país quando as distância entre as rendas são muito grandes dando origem a
fortes disparidades

Desigualdade social é um mal que afeta todo o mundo, em especial os países que
ainda encontram-se em vias de desenvolvimento. A desigualdade pode ser medida por
faixas de renda, em que são consideradas as médias dos mais ricos em comparação
às dos mais pobres. Também podem ser utilizados, como dados para o cálculo de
desigualdade, fatores como o IDH, a escolarização, o acesso à cultura e o acesso a
serviços básicos — como saúde, segurança, saneamento etc.
A renda, por ela mesma, não garante que os dados de desigualdade sejam plenamente
verificados, pois a qualidade de vida pode, em alguns casos, independer dela. Porém,
em geral, qualidade de vida e renda caminham juntas. Foi pensando nisso que o
estatístico italiano Corrado Gini criou, em 1912, o índice ou coeficiente de Gini, uma
fórmula que permite a classificação da desigualdade social. O índice varia de 0 a 1,
sendo 0 a condição perfeita, onde não há desigualdade social, e 1 o maior índice
possível de desigualdade. O índice de Gini é medido com base na renda.

Causas:
Inúmeras são as causas que aumentam a distância entre ricos e pobres. As mais
comuns estão:

• Má distribuição de renda
• Má administração dos recursos
• Lógica de acumulação do mercado capitalista (consumo, mais-valia)
• Falta de investimento nas áreas sociais, culturais, saúde e educação
• Falta de oportunidades de trabalho
• Corrupção

Consequências:

Se um país não consegue atender as necessidades básicas de grande parte de seus


cidadãos, tampouco irá prosperar de forma equitativa.
Umas das consequências mais graves são a pobreza, a miséria e a favelização.
Ademais, a desigualdade social traz:

• Fome, desnutrição e mortalidade infantil,


• Aumento das taxas de desemprego
• Grandes diferenças entre as classes sociais
• Marginalização de parte da sociedade
• Atraso no progresso da economia do país
• Aumento dos índices de violência e criminalidade

Tipos de desigualdade:

Além da desigualdade social, há outras maneiras de avaliar uma sociedade pela


maneira que trata seus integrantes do ponto de vista econômico, regional, racial e de
gênero.

• Desigualdade econômica: desigualdade entre a distribuição de renda.


• Desigualdade racial: desigualdade de oportunidades para as diferentes raças:
negro, branco, amarelo, pardo.
• Desigualdade regional: disparidades entre regiões, cidades e estados.
• Desigualdade de gênero: diferenças entre homens e mulheres, homossexuais,
trans e demais gêneros.

Curiosidades:

• Segundo a ONU, o Brasil é o oitavo país com o maior índice de desigualdade


social e econômica do mundo.
• O "Coeficiente de Gini" é uma medida utilizada para mensurar o nível de
desigualdade dos países segundo renda, pobreza e educação.
• Na União Europeia, o país que apresenta maior desigualdade social é Portugal.
• Os países com menor desigualdade social são: Noruega, Japão e Suécia.
• Os países que apresentam maiores desigualdades sociais são do continente
africano: Namíbia, Lesoto e Serra Leoa.

Os Miseráveis (1862)
No livro, a desigualdade social devido à falta de assistência aparece de forma explícita
no início da narrativa. Acompanhamos a vida do presidiário Jean Valjean, que é preso
por, literalmente, roubar um pedaço de pão para alimentar os seus sobrinhos.

Sua pena vai sendo prorrogada por diversas tentativas de fuga. Mas, em uma delas,
ele consegue fugir. Depois de um episódio transformador que acontece entre ele e o
Bispo Myriel, sua vida ganha outro tom. Assim, ele resolve que sua missão será ajudar
o próximo.

“O progresso roda constantemente sobre duas engrenagens. Faz andar uma


coisa esmagando sempre alguém.”

Victor Hugo, romancista, poeta e ativista pelos direitos humanos francês.

“Existem apenas duas classes sociais, a dos que não comem e a dos que não
dormem com medo da revolução dos que não comem.”

Milton Santos, geógrafo, escritor, cientista, jornalista, advogado e professor


universitário brasileiro.

“O que é muito difícil é você vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em
dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.”
Ariano Suassuna, escritor, poeta e professor brasileiro.

“Triste mundo este que cobre os vestidos e despe os nus.”

Pedro Calderón de la Barca, dramaturgo e poeta espanhol.

“Metade do mundo tem de suar e gemer, para que a outra possa sonhar.”

Henry Wadsworth Longfellow, poeta estadunidense.

“Onde há grande propriedade, há grande desigualdade. Para um muito rico, há


no mínimo quinhentos pobres, e a riqueza de poucos presume da indigência de
muitos.”

Adam Smith, filósofo e economista britânico.

A pobreza:

As características e a distribuição da população em situação de pobreza e extrema


pobreza chamam a atenção. Os pretos e pardos corres-pondem a 72,7% dos que estão
em situação de pobreza ou extrema pobreza - são 38,1 milhões de pessoas. Dentre
aqueles em condição de extrema pobreza, as mulheres pretas ou pardas compõem o
maior contingente: 27,2 milhões de pessoas. Vale destacar que o rendimento domiciliar
per capita médio de pretos ou pardos é metade do recebido pelos brancos.

“Um quarto da população brasileira, 52,7 milhões de pessoas, vive em situação de


pobreza ou extrema pobreza.”

A distribuição geográfica da pobreza e extrema pobreza também é bastante desigual


no Brasil. Quarenta e quatro por cento dos brasileiros abaixo da linha de pobreza em
2018 vivia na região Nordeste. O Maranhão é o estado campeão dessa tragédia, sendo
que 53% dos seus cidadãos estão na linha de pobreza. Todos os estados das regiões
Norte e Nordeste apresentaram indicadores de pobreza acima da média nacional.

Pesquisa do NIS nos estados do Maranhão, Paraíba e Piauí mostrou que tanto a
incidência quanto a intensidade da pobreza são maiores em domicílios com presença
de crianças. Nos três estados, há 186.241 crianças com idade de 0 a 11 anos em
situação de pobreza multidimensional - que, além da educação, considera o acesso à
saúde, trabalho e padrão de vida - sendo 126.760 no Maranhão, 31.708 no Piauí e
27.773 na Paraíba. Nestes estados os vulneráveis são: 353.875 no Maranhão, 105.797
na Paraíba e 149.982 no Piauí. No total, pobres e vulneráveis totalizam 764.187
crianças de 0 a 11 anos. (Acesso ao relatório na íntegra encontra-se no Site do NIS:
nis.org.br).

“A extrema pobreza aumentou de 5,8% da população em 2012 para 6,5% em 2018 -


um recorde em sete anos”.

A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e,
no caso de crianças e adolescentes, trazem consequências irreparáveis. A situação
compromete irreversivelmente seu desenvolvimento, condenando-os ao estado
perpétuo de vulnerabilidade. Crianças criadas em um ambiente de privação e violência
não conseguem crescer, estudar e trabalhar, o que dificulta que se tornem adultos
independentes, perpetuando o ciclo de pobreza.

Acreditamos na nossa capacidade de mudar esse cenário e construir um país em que


todos tenham uma vida digna e que as crianças, adolescentes e jovens possam sonhar
de forma igualitária.

Enquanto rendimento médio mensal dos mais ricos em 2017 foi de R$ 6.629, para os
mais pobres foi de R$ 376. Grupo dos 10% mais ricos concentram 43,1% da renda do
país.

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia


e Estatística (IBGE) evidencia o quanto permanece desigual a distribuição de renda no
Brasil. Na média nacional, os mais ricos chegam a receber 17,6 vezes mais que os
mais pobres. Na divisão por capitais, essa diferença chega a 34,3 vezes (marca
registrada por Salvador).
Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal (incluindo, além da renda proveniente do
trabalho, os rendimentos de aposentadoria, pensão, aluguel, programas sociais etc) per
capita domiciliar em 2017 foi de R$ 6.629 para a parcela que representa os 10% dos
brasileiros mais ricos. Já entre a parcela dos 40% mais pobres, o rendimento médio foi
de apenas R$ 376.
A Região Nordeste é a que apresenta a maior desigualdade nesta comparação. Nos
estados nordestinos, os 10% mais ricos ganhavam cerca de 20,6 vezes mais que os
40% mais pobres no ano passado.
Em seguida, vem a Região Norte, com uma diferença de 18,4 vezes, o Centro-Oeste,
com uma diferença de 16,3 vezes, o Sudeste, com 11,4 vezes. A menor desigualdade
foi observada na Região Sul, onde os mais ricos ganhavam cerca de 11,4 vezes mais
que os mais pobres.

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