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Desigualdade social é um mal que afeta todo o mundo, em especial os países que
ainda encontram-se em vias de desenvolvimento. A desigualdade pode ser medida por
faixas de renda, em que são consideradas as médias dos mais ricos em comparação
às dos mais pobres. Também podem ser utilizados, como dados para o cálculo de
desigualdade, fatores como o IDH, a escolarização, o acesso à cultura e o acesso a
serviços básicos — como saúde, segurança, saneamento etc.
A renda, por ela mesma, não garante que os dados de desigualdade sejam plenamente
verificados, pois a qualidade de vida pode, em alguns casos, independer dela. Porém,
em geral, qualidade de vida e renda caminham juntas. Foi pensando nisso que o
estatístico italiano Corrado Gini criou, em 1912, o índice ou coeficiente de Gini, uma
fórmula que permite a classificação da desigualdade social. O índice varia de 0 a 1,
sendo 0 a condição perfeita, onde não há desigualdade social, e 1 o maior índice
possível de desigualdade. O índice de Gini é medido com base na renda.
Causas:
Inúmeras são as causas que aumentam a distância entre ricos e pobres. As mais
comuns estão:
• Má distribuição de renda
• Má administração dos recursos
• Lógica de acumulação do mercado capitalista (consumo, mais-valia)
• Falta de investimento nas áreas sociais, culturais, saúde e educação
• Falta de oportunidades de trabalho
• Corrupção
Consequências:
Tipos de desigualdade:
Curiosidades:
Os Miseráveis (1862)
No livro, a desigualdade social devido à falta de assistência aparece de forma explícita
no início da narrativa. Acompanhamos a vida do presidiário Jean Valjean, que é preso
por, literalmente, roubar um pedaço de pão para alimentar os seus sobrinhos.
Sua pena vai sendo prorrogada por diversas tentativas de fuga. Mas, em uma delas,
ele consegue fugir. Depois de um episódio transformador que acontece entre ele e o
Bispo Myriel, sua vida ganha outro tom. Assim, ele resolve que sua missão será ajudar
o próximo.
“Existem apenas duas classes sociais, a dos que não comem e a dos que não
dormem com medo da revolução dos que não comem.”
“O que é muito difícil é você vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em
dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos.”
Ariano Suassuna, escritor, poeta e professor brasileiro.
“Metade do mundo tem de suar e gemer, para que a outra possa sonhar.”
A pobreza:
Pesquisa do NIS nos estados do Maranhão, Paraíba e Piauí mostrou que tanto a
incidência quanto a intensidade da pobreza são maiores em domicílios com presença
de crianças. Nos três estados, há 186.241 crianças com idade de 0 a 11 anos em
situação de pobreza multidimensional - que, além da educação, considera o acesso à
saúde, trabalho e padrão de vida - sendo 126.760 no Maranhão, 31.708 no Piauí e
27.773 na Paraíba. Nestes estados os vulneráveis são: 353.875 no Maranhão, 105.797
na Paraíba e 149.982 no Piauí. No total, pobres e vulneráveis totalizam 764.187
crianças de 0 a 11 anos. (Acesso ao relatório na íntegra encontra-se no Site do NIS:
nis.org.br).
A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e,
no caso de crianças e adolescentes, trazem consequências irreparáveis. A situação
compromete irreversivelmente seu desenvolvimento, condenando-os ao estado
perpétuo de vulnerabilidade. Crianças criadas em um ambiente de privação e violência
não conseguem crescer, estudar e trabalhar, o que dificulta que se tornem adultos
independentes, perpetuando o ciclo de pobreza.
Enquanto rendimento médio mensal dos mais ricos em 2017 foi de R$ 6.629, para os
mais pobres foi de R$ 376. Grupo dos 10% mais ricos concentram 43,1% da renda do
país.