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Centro de ensino Frei Gil 

Estreito, 15 de junho de 2021


Nome: João Costa Nunes                          Nº18
Professor (a): Telma Almeida
Componente Curricular: Produção Textual
Ano/Turma: 1º ano “A”

 Textos instrucionais; pág:141


1. Os dois textos lidos instruem seus leitores a agir de determinado modo.

a. Entre as formas verbais abaixo, retiradas dos textos, quais são utilizadas para instruir
os leitores?

Vieram

Estivemos

Existem

Toque

Corte

Use

Fique

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b. O que há em comum entre as formas verbais utilizadas para instruir os leitores?

Todas estão conjugadas no presente do imperativo.


c. Cite construções verbais de um ou outro texto que, embora diferentes das que
constituem a resposta do item a, têm em comum com elas a característica apontada
no item b.
“Você pode”; “cabe a você”; “você pode”.
2. Um tutorial pode ser produzido com base em uma enumeração de passos a
serem seguidos.
a. Apenas um dos dois tutoriais lidos tem esse caráter. Qual é ele?
O texto 2.
b. Levante hipóteses: Por que no outro texto não há essa preocupação com a sequência
das ações?
O texto 1 tem caráter sugestivo, enquanto o texto 2 instrui o leitor diretamente,
enumerando passos.
3. Releia estes trechos:
I. “Coloque a sua câmera por cima da cabeça”
II. “Uma boa ajuda na hora de tirar uma selfie é posicionar a câmera do seu
smartphone por cima da sua cabeça.”
III. “[você] pode sempre aproveitar esse momento para mostrar outra parte da sua casa”
IV. “experimente também posicionar a câmera um pouco acima da cabeça”
a. Os termos em destaque nos trechos indicam que há uma instrução ou sugestão sendo
dada em cada um deles. Embora todos se refiram a uma mesma ação — posicionar a
câmera acima da cabeça —, a maneira como os trechos estão construídos permite
perceber uma diferença no tom da instrução. Ordene os trechos conforme a
sequência de ênfase na instrução dada, começando do que instrui mais diretamente
até chegar ao que fica mais no plano da sugestão. Justifique suas escolhas.
I, IV, III, II. O termo ‘coloque’ dá uma instrução mais direta, chegando a ser
considerada uma ordem.  O termo ‘experimente’ tem caráter brando em relação ao
termo I. Os termos II e III deixam explícito o poder de escolha do leitor, sendo o termo
III mais ‘imponente’ por utilizar a segunda pessoa do singular.
b. Em sua vida cotidiana, quando você dá ou recebe ordens ou sugestões, quais são as
formas geralmente mais utilizadas?
“Não faça”; “Me deixa quieto”; “Por favor, não faça [...]”. Formas informais.
4. A variedade linguística utilizada nos dois textos está de acordo com a norma-padrão.
Há, entretanto, algumas diferenças entre a linguagem de um e a de outro.
a. Qual deles é menos formal? Justifique sua resposta com elementos dos textos.
O texto 2 é menos formal devido ao emprego da segunda pessoa, trazendo uma
pessoalidade ao texto, e também pelo emprego denotativo das palavras, como em
“Todos nós temos [...]”; “Experimento ‘cortar’ a imagem”. 
b.  Levante hipóteses: Por que um texto é mais formal do que o outro?
Uma das causas se deve ao lugar em que foi publicado cada texto, um em blog e outro
em um manual de instruções de um produto, e sua função, o primeiro traz uma
subjetividade, enquanto o texto 2 é mais direto.
5. Compare os dois textos, discuta com os colegas e o professor com base em suas
respostas anteriores e conclua: Em textos instrucionais, em quais situações é
permitido ser mais sugestivo e em quais é imprescindível ser mais direto na
instrução?

Em textos com enumeração de instruções, cuja função principal é dar passos para
conseguir ou fazer algo, prefere-se uma linguagem mais direta e formal. Todavia, em
textos com um caráter sugestivo, onde há ocorrência de formas verbais pessoais, e cuja
função é dar dicas, utiliza-se uma linguagem informal e menos direta.

 A carta pessoal; pág: 159


1. A carta lida tem como interlocutores dois conhecidos artistas brasileiros.
a. A quem ela foi endereçada? Qual era a atividade artística a que se dedicava o
destinatário? Justifique sua resposta com elementos presentes na própria carta.
É endereçada a Portinari,  ele é um pintor, conforme constam no trecho: “Dos quadros
que você me mostrou”
b. Quem escreveu a carta? Há no texto indicações quanto à atividade artística que ele
desenvolvia?
Graciliano. Não, mas percebe-se que ele é um artista ao expressar sua preocupação por
causas sociais: “desgraças e misérias humanas”.
c. Levante hipóteses: Quem é Maria?
É alguém próximo de Portinari, sua esposa, por exemplo.
2. Há na carta indicadores que permitem concluir que os interlocutores eram pessoas
próximas. Identifique trechos em que esses indicadores aparecem:
a. nas saudações;
“Meu grande Portinari”; “Muitos abraços para você e Maria”.
b. na menção a fatos;
“Saí de sua casa”; “dos quadros que você me mostrou”.
c. em expressões informais.
“Dizem que somos”; “a nossa velha amiga”; “burros”.
3. Embora a carta lida tenha sido trocada entre amigos, há nela termos e construções
que, nos dias de hoje, parecem formais.
a. Identifique, entre os trechos abaixo, aqueles que atualmente parecem formais.
 “A sua carta chegou muito atrasada”
 “receio que esta resposta já não o ache”
 “Dizem que somos pessimistas e exibimos deformações”
 “não lhe parece?”
  “eu ficaria bem desgostoso”
  “não nascemos para tal sensaboria”
b. Quando a carta foi escrita? 
Em  18 de fevereiro de 1946, no Rio de Janeiro.
c. Conclua: O autor da carta utilizou, de fato, uma linguagem formal? Por que?
Não, há erros sintáticos presentes no texto devido a não vigência do atual acordo
ortográfico.
4. O autor da carta faz referência a certa obra do interlocutor.
a. Em que trecho isso ocorre? Como a obra é descrita?
“Dos quadros que você me mostrou quando almocei no Cosme Velho pela última vez”.
A obra é descrita como “aquela mãe com criança morta”.
b. Qual sentimento e qual reflexão a obra do interlocutor provocou no autor?
Revolta e um “sentimento horrível”. Ele se inquieta ao pensar na razão que provocou a
morte da criança, e revela que tal acontecimento sempre existirá.
5. As telas a seguir foram pintadas por Portinari. Identifique qual delas é a obra a
que o autor da carta faz referência.
a. Troque ideias com os colegas e o professor: O que as telas mostram? Que
sentimentos elas despertam em você?
Relatam dor, fome e morte. Desperta-me sentimento ruins, tristeza, angústia.
b. Com base na observação das telas, associe cada uma ao seu título:
 Retirantes 
IV
 Enterro na rede
I
 Criança morta
III
 Mulheres chorando
II
6. O autor da carta é Graciliano Ramos, um dos maiores escritores brasileiros. Na
carta, ao se referir à sua arte, Graciliano a aproxima da arte de Portinari.
Identifique qual dos dois trechos a seguir, extraídos de obras do autor, revela,
quanto ao assunto, proximidade com a arte de Portinari.
a. Não.
b. Sim.
7. A propósito da carta lida, considere as afirmações a seguir e, depois de discutir
com os colegas e o professor, indique as que são verdadeiras.
a. A carta mostra claramente o sentimento egoísta de seu autor, que só se
preocupava com seu trabalho e ficava feliz com a pobreza e a miséria, como
comprovam os trechos “se elas [as deformações e miséria] desaparecessem,
poderíamos continuar a trabalhar?” e “Felizmente a dor existirá sempre”
b. A carta mostra a inquietação de seu autor, que se preocupava com a
miséria humana, embora tivesse a concepção de que a arte emerge em
momentos críticos e que, “numa vida tranquila e feliz”, não haveria espaço
para uma arte socialmente engajada.
c. O texto da carta traz indícios de que os interlocutores se conheciam pouco e não
tinham muito contato pessoal, o que se confirma pelo uso de um tratamento
muito distante, revelado em “Caríssimo”, além do emprego de termos como
“receio” e “desgostoso” ou da expressão “não lhe parece?”, todos extremamente
formais.

d. O texto da carta traz indícios de que os interlocutores nutriam uma grande


amizade e tinham contato pessoal, o que se confirma pela menção ao fato de
o autor almoçar na casa do destinatário e pelo uso de expressões como
“nossa velha amiga”, “meu grande Portinari”, “Muitos abraços”, entre
outras.

 Hora de escrever; pág:162


1. Pense em uma situação de sua vida em que uma carta pessoal caberia bem.
Essa situação pode estar relacionada, entre outras possibilidades, a felicitar ou
desejar boa sorte, pedir desculpas, desculpar, contar novidades ou pedir
notícias. Para quem e para que você escreveria uma carta? Escreva uma carta
para essa pessoa, com a finalidade que lhe ocorreu. Ou, então, escolha uma
destas propostas:  
 uma carta para o filho que você um dia vai ter
 uma carta para você mesmo(a), para ser lida daqui a cinco anos
 uma carta para alguém próximo: um familiar, um amigo, um conhecido da
família
 uma carta para uma pessoa querida que esteja distante

Porto Alegre – 12 – Março - 1993


Prezada prima

         Sei que não nos correspondemos há um bom tempo. Venho trabalhando cada vez
mais, nem tempo para visitar a nossa tia Amália tenho. Sinto-me esgotado, peço todos
os dias a Deus que me dê forças. Espero que eu vença esta luta. Até na universidade
vejo que não estou indo bem. Deve ser impressão minha, mas acho que estão me
perseguindo. Ontem, fui conversar com a reitora a respeito disso, ela falou que era
pouco provável que eles estivessem me perseguindo, os ‘doutores’.

         Larguemos um pouco meus problemas, como vai você? E a tia Corrinha como
está? O primo, seu irmão, falou que ela foi para o hospital reclamando de dor nas costas.
Uma senhora como a tia, que nunca largou uma enxada, é muito, muito difícil que não
chegue aos seus 75 anos com uma ‘dorzinha’ nas costas. Eu também soube que o tio
Martinho conseguiu o tão suado aposento dele, o véi merecia mesmo.

         Meus problemas podem parecer medíocres em um primeiro momento, um


riquinho que mora em cidade grande reclamando de seus ‘probleminhas’, mas, prima,
isto me corrói muito mesmo, é difícil conviver num lugar onde até o teu patrão te olha
torto. Não sei por que quis sair daí, minha amada e querida cidade, acho que depois que
terminar minha graduação vou voltar para meu amado Estreito.

         Prima, me despeço de você, dê um abraço bem apertado em minha amada tia, no
meu tio e no primo. Reze por mim, por favor. Nunca pense que esquecerei ti. Um
grande abraço do seu primo.

João.

Porto Alegre – 12 – Março - 1993

Prezada prima

Sei que não nos correspondemos há um bom tempo. Venho trabalhando cada vez
mais, nem tempo para visitar a nossa tia Amália tenho. Sinto-me esgotado, peço todos
os dias a Deus que me dê forças. Espero que eu vença esta luta. Até na universidade
vejo que não estou indo bem. Deve ser impressão minha, mas acho que estão me
perseguindo. Ontem, fui conversar com a reitora a respeito disso, ela falou que era
pouco provável que eles estivessem me perseguindo, os ‘doutores’.

Larguemos um pouco meus problemas, como vai você? E a tia Corrinha como
está? O primo, seu irmão, falou que ela foi para o hospital reclamando de dor nas costas.
Uma senhora como a tia, que nunca largou uma enxada, é muito, muito difícil que não
chegue aos seus 75 anos com uma ‘dorzinha’ nas costas. Eu também soube que o tio
Martinho conseguiu o tão suado aposento dele, o véi merecia mesmo.
Meus problemas podem parecer medíocres em um primeiro momento, um
riquinho que mora em cidade grande reclamando de seus ‘probleminhas’, mas, prima,
isto me corrói muito mesmo, é difícil conviver num lugar onde até o teu patrão te olha
torto. Não sei por que quis sair daí, minha amada e querida cidade, acho que depois que
terminar minha graduação vou voltar para meu amado Estreito.

Prima, me despeço de você, dê um abraço bem apertado em minha amada tia, no


meu tio e no primo. Reze por mim, por favor. Nunca pense que esquecerei ti. Um
grande abraço do seu primo.

João.

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