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O Conselho Federal de Medicina (CFM) orienta que médicos respeitem a autonomia do

paciente, analisando e comparando a condição física e social dos mesmos. Partindo


deste pressuposto, vê-se que uma problemática atual, a escolha da via de nascimento
gestante, é relevante, uma vez que a preferência de qualquer via de nascimento tem que
ser relacionada à condição socioeconômica e às condições fisio-anatômicas do
indivíduo.
Em primeiro lugar, observa-se a necessidade de uma correta anamnese à grávida. Em
virtude de que os dois tipos de parto, normal e cesárea, possuem características distintas
quanto ao grau de invasibilidade, o primeiro menos invasivo e o segundo mais invasivo,
demandando, este, mais tempo de repouso no pós-parto, deve-se, assim, correlacionar a
situação socioeconômica do indivíduo à prescrição da via de nascimento, pois, um pós-
parto prolongado a tornaria inválida por período maior. Dessa forma, demanda-se
atitudes médicas humanizadas que respeitem integralmente à condição da gestante.
Ademais, nota-se a importância da atenção às condições fisio-anatômicas da grávida
para a indicação do tipo de parto. Segundo Hipócrates, a atividade médica deve estar
centralizada no bem-estar do paciente. Sob esse víeis, percebe-se que o médico deve
estar atento aos fatores de risco atrelados ao parto, evitando, desse modo, quaisquer
intervenções cirúrgicas desnecessárias, que podem gerar prejuízos à parturiente. Diante
do exposto, concebe-se a observância das condições físicas da grávida promovem um
tratamento mais humanizado e previne-se possíveis problemas no parto.
Portanto, depreende-se a necessidade de medidas do Governo Federal. Incube ao
Ministério da Saúde a promoção de campanhas socioeducativas que promovam o
entendimento dos diferentes tipos de parto, relacionado fatores de riscos e benefícios
atrelados – por meio de ações em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais de
maternidade -, a fim de que se possa proporcionar autonomia à gestante no processo de
escolha da via de parto com o conhecimento adquirido. Assim, poder-se-á proporcionar
um tratamento humanizado a essas pessoas por meio da elucidação do processo do
parto.

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