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PARENTALIDADE E PREVENÇÃO À

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E


ADOLESCENTES
Março/2024
QUEM SOMOS?
O Instituto Jô Clemente (IJC) é uma Organização da Sociedade Civil, sem fins
lucrativos. Há 62 anos, nosso papel é mobilizar , incluir, realizar, concretizar.

Nosso propósito visa promover a autonomia e inclusão das pessoas com


deficiência intelectual, doenças raras e Transtorno do Espectro Autista
(TEA). Apoiamos a inclusão social, incidimos na defesa de seus direitos,
produzindo e disseminando conhecimento.
DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS
Advocacy nacional e internacional
Autodefensoria
Centro de Apoio Técnico de Delegacias (São Paulo, Campinas, Ribeirão
Preto, Santos e Guarulhos)
Pesquisa e análise de dados
TRAZER UMA PERSPECTIVA
A PARTIR DO OLHAR DA
DEFICIÊNCIA
DEFICIÊNCIA
Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão)
2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que
tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.
PARENTALIDADE
Conceito será o mesmo para pais de crianças com deficiência
Guiados pela visão da UNICEF; que define parentalidade como as interações, emoções,
crenças, atitudes, práticas, conhecimentos e comportamentos dos pais associados à
prestação de cuidados integrais à criança.
Processo permanente de promoção e apoio ao pleno desenvolvimento e socialização da
criança. Em meio às muitas influências no desenvolvimento infantil, os pais são essenciais
para o desenvolvimento, proteção contra as violências, empoderamento, adaptação e
sucesso ao longo da vida das crianças.
As crianças que são educadas por meio de estratégias que envolvem atenção, cuidado,
apoio e encorajamento tornam-se mais cooperativas, reagem positivamente à não
utilização da punição e mostram maior flexibilidade e adaptabilidade.
PARENTALIDADE
SOBRECARGA DO
ESTÍMULO
CUIDADO

DIFICULDADE DE
PAPEL DO CUIDADOR
FALAR SOBRE
X PAPEL DOS PAIS
VIOLÊNCIA
DIFICULDADE DE FALAR
SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
COM DEFICIÊNCIA
DADOS
Crianças e adolescentes com deficiência
A população com deficiência no
encontram dificuldades para acesso e
Brasil foi estimada em 18,6 permanência nas escolas. Segundo
milhões de pessoas de 2 anos ou dados do Censo Escolar 2022, um terço
mais, o que corresponde a 8,9% (1/3) das escolas do país (33,9%) não
da população dessa faixa etária. possui nenhum recurso de
(Pnad Contínua, 2022.) acessibilidade, listado pelo Censo.
Dois em cada três brasileiros adultos
Cerca de 2,1% da população total
(67%) com deficiência não frequentaram
é uma criança com deficiência a escola ou têm o ensino fundamental
incompleto. (IBGE)
VIOLÊNCIA
Perfil das Denúncias de Vítimas de Violência contra
Pessoas com Deficiência (SINAN)
Em 2022, foram registradas 11.979 notificações de violência no SINAN cometidas
contra pessoas com deficiência, aproximadamente 33 notificações por dia,
representando um aumento de 24,4% em relação a 2018.

A maioria das vítimas era do sexo feminino


(62,8%), entre 10 e 19 anos (20,5%) e negra
(51,6%)
DADOS
Um estudo realizado por Sullivan e Knutson (2000) identificou que crianças com
deficiência têm 3.4 vezes mais chances de sofrerem negligência e serem física,
emocional ou sexualmente abusadas quando comparadas às crianças sem deficiência
Crianças com dificuldades de comunicação têm o risco cinco vezes maior para
negligência e abuso físico e três vezes maior para abuso sexual. (Sullivan e Knutson,
2000)
Estudo realizado pela Universidade Federal de São Carlos, com base nos dados
obtidos por meio do WIST (Teste de Situações “E se”), concluiu que mulheres com
deficiência intelectual apresentam um déficit em seu repertório de habilidades de
auto proteção.
DADOS
Pessoas e crianças com deficiência intelectual não possuem
uma vulnerabilidade inerente e relacionada à deficiência,
mas sim que se tornam vulneráveis a partir de uma cultura de
omissão, isolamento, e muitas vezes situações de
preconceito.
VIOLÊNCIA
educar para prevenir
(...) Pessoas com deficiência, muitas vezes, não são percebidas socialmente como pessoas
sexualizadas, como se não pudessem entender ou necessitar de educação sexual. Como
consequência, em relação à vida afetiva e sexual, mulheres com deficiência intelectual
sofrem maiores riscos de sofrerem violência sexual em função do desconhecimento em
como se defender de abusos pela falta de conhecimento sobre comportamento sexual
apropriado e educação sexual de base (BARROS, R. D. DE .; WILLIAMS, L. C. DE A.; BRINO,
R. DE F, 2002)
FORMAS DE
PREVENÇÃO À
VIOLÊNCIA
“crianças não ficam traumatizadas
porque se machucam, elas se
traumatizam porque ficam
sozinhas com o machucado.”
gabor maté
PREVENÇÃO
Cartilha EU ME PROTEJO - LINGUAGEM
SIMPLES.
Projetos de fortalecimento e estímulo de
autonomia - ‘Do nosso jeito’
Capacitação profissional de profissionais
da rede de serviço
PL 2861/2023
PREVENÇÃO

Prancha de comunicação / Tecnologia assistiva - Fonte: Eu Me Protejo


REFERÊNCIAS
BARROS, R. D. DE .; WILLIAMS, L. C. DE A.; BRINO, R. DE F.. Habilidades de auto proteção acerca do
abuso sexual em mulheres com deficiência mental. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 14,
n. 1, p. 93–110, jan. 2008.
MOREIRA, M. C. N.. Configurações do ativismo da parentalidade atípica na deficiência e
cronicidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, n. 10, p. 3939–3948, out. 2022.
MENDES, Marlon Jose Gavlik. Deficiência intelectual e sexualidade: a violência sexual em foco.
2022. 184f. Tese de Doutorado - Universidade Federal de São Carlos, Campus São Carlos, São
Carlos.
FERRARI, Isa Maria de Souza Fernandes. Risco de abuso sexual em pessoas com deficiência
intelectual e contexto familiar sobre sexualidade. 2016. Dissertação (Mestrado) - Universidade
Federal de São Carlos, 2016, São Carlos : UFSCar, 2016.
Carolina Plothow
carolina.plothow@ijc.org.br
11 98707-1760

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