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Ações Interdisciplinares em Saúde

Semestre: 2023.1
Profa. Sona Arun Jain

Equipe/curso: Alana Barreto Mota Borges (odontologia), Érica Albuquerque Lima de


Oliveira (odontologia), Fabiana Almeida Machado Donald (enfermagem),
Isabella Moura Pires (biomedicina), Letice Oliveira Teixeira Lobo (enfermagem), Maria
Carolina dos Santos (biomedicina), Maria Vitória Lima de Jesus (fisioterapia).

Proteção contra infecções sexualmente transmissíveis na adolescência.

1. Introdução:
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias
ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato
sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativos masculinos ou femininos, com uma
pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe
para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum,
as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou
pele. Os adolescentes e jovens adultos são o grupo que mais contribui para aumentar as
estatísticas de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), embora o número de novos
casos de ISTs avance entre adolescentes e jovens de todos os gêneros e orientações
sexuais, afetam desproporcionalmente aqueles que se identificam como homens que se
relacionam com pessoas do mesmo sexo (HSH), travestis e mulheres trans em todo o
mundo, que são consideradas populações-chave para as ações de saúde, devido as
relações inexperientes e pouco acesso a informações sobre prevenção a infecções
sexualmente transmissíveis. Assim, muita das vezes após a descoberta da doença acaba
buscando acesso às informações mas tendo retraimento da sociedade dificultando muitas
vezes a forma de tratar (INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, 2021)
.
A falta de informação e conhecimento sobre Infeções sexualmente transmissíveis
(IST) é um dos problemas no aumento de casos entre os jovens. É necessário orientar os
adolescentes sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST) em todos os espaços, seja
familiar, escolar e pelos profissionais da saúde (CANDIDO, 2019).
De acordo com o Boletim epidemiológico HIV/AIDS, publicado em 2022, no
período de 2007 a 2021 foram notificados 24.205 casos (5,5%) entre a faixa etária de 15
e 19 anos, representando 5,1% e 6,6% nos casos masculinos e feminino respectivamente.
Já para sífilis o Boletim epidemiológico de Sífilis, publicado no mesmo ano, no período
de 2011 a 2022 foram registrados 111982 casos (10%) entre a faixa etária de 13 e 19 anos,
representando 7,2 e 14,5 nos casos masculinos e feminino respectivamente. É importante
informar que comparados os anos de 2015 e 2021 houve um aumento de 2,2 vezes dos
casos nos adolescentes de 13 a 19 anos. Por somente a HIV e a sífilis serem de notificação
compulsória no Brasil os dados gerais de ISTs entre adolescentes são incertos.
A adolescência é marcada pela transição entre a infância e a idade adulta,
caracterizada por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por marcantes
transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. As modificações do
corpo nesse período ocorrem de forma muito rápida, profunda e marcante para o resto da
vida do indivíduo. Tais transformações desse desenvolvimento, influenciam todo
processo biopsicossocial da formação da identidade do adolescente (GENZ et al., 2017).
Observa-se que os adolescentes em geral sabem que o uso de preservativos evita
doenças e gravidez, mas justificam não as usar por esquecimento, custos e desprazer na
relação sexual. A pouca aceitação ao uso do preservativo pode ser combatido pelas
equipes de saúde, numa tentativa de diminuir os índices de ISTs na adolescência, e,
também, infecção pelo HIV. Uma medida para convencer os adolescentes ao uso efetivo
de preservativos poderia ser associar a segurança ao prazer que a relação sexual
proporciona, o não uso seria correr riscos em se contaminar com infecções que podem ser
evitadas. Outras medidas como orientações sobre o início da vida sexual, redução do
número de parceiros e abandono de práticas sexuais de risco são bastante eficazes para
conscientizar os adolescentes, e não menos importante a escuta qualitativa dos mesmos
para auxiliar no processo.
Sabemos que na adolescência vários conflitos fazem parte da cabeça do indivíduo,
principalmente na fase da puberdade. Nessa fase a família tem um papel importante para
orientar e ensinar. Por isso é importante manter um diálogo e uma boa relação. Algumas
famílias se sentem despreparadas na abordagem do tema sexual, então cabe, a atuação de
profissionais de saúde, em especial dos enfermeiros, junto ao adolescente, na família e
escola, contribuindo para sanar tais dificuldades. Para os pais, é difícil lidar com a
sexualidade de seus filhos quando eles próprios ainda são cercados de tabus e indefinições
(NERY et al , 2015).

2. Objetivos:
2.1 Objetivo geral
Sensibilizar, retratar e educar os adolescentes sobre os riscos e causas associadas às
infecções sexualmente transmissíveis com intuito de reduzir e prevenir a transmissão dos
agentes causadores das doenças.

2.2 Objetivos Específicos


• Avaliar o grau de conhecimento dos adolescentes sobre infecções sexualmente
transmissíveis.
• Orientar os jovens através de redes sociais, meios de prevenção, as complicações
que as ISTs podem trazer para a sua vida.
• Promover a educação permanente dos profissionais, proporcionando espaço de
troca de informações com os pais ou responsáveis, visando melhorar suas funções
educativas, nas áreas de comportamento sexual e reprodutivo.

3. Material e Métodos
As ações educativas a respeito das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
ocorrerão por meio da plataforma YouTube. No primeiro momento será elaborado um
questionário para avaliar o grau de conhecimento dos adolescentes acerca das ISTs, na
qual utilizará o google forms para a confecção e coleta dos dados. Baseada nas
informações coletadas, os vídeos serão criados. Eles terão duração de 10 a 15 minutos,
realizados nos meses de abril, maio e junho com um total de três vídeos produzidos.
Os temas propostos para as ações são: O que são ISTs; Sinais e sintomas;
Tratamentos; Complicações; Métodos de prevenção; Maneiras dos profissionais de saúde,
pais e responsáveis abordar o assunto.

4. Resultados Esperados
• Saber o nível de conhecimento dos adolescentes acerca das infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs);
• Informar os adolescentes sobre os riscos e causas das ISTs e a importância do uso
do preservativo;
• Contribuir com a redução da transmissão de ISTs em adolescentes;
• Utilizar as redes sociais como ferramenta para orientação dos adolescentes;
• Fornecer material confiável para espaços de educação permanente dos
profissionais, bem como, para os pais e responsáveis.

5. Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim


Epidemiológico de HIV/Aids. Número Especial, 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim


Epidemiológico de Sífilis. Número Especial, 2022.

GENZ, N. et al. Doenças Sexualmente Transmissíveis: Conhecimento e


Comportamento Sexual de Adolescentes. Texto & Contexto Enfermagem, v. 26, n.
2. 2017.

LEÃO, C. C.; ABREU, R. F. de. Assistência de Enfermagem Preventiva Para a sífilis


na Adolescência. Dissertação (Graduação em Enfermagem) – Centro Universitário de
Goiás, Uni-Anhanguera, Goiânia, 2019.

CANDIDO, David. Especialistas alertam sobre falta de educação sexual entre jovens e
adolescentes no combate à AIDS. O Periódico, 2019. Disponível em: <
periodico.sites.uepg.br/index.php/saude/1763-especialistas-alertam-sobre-falta-de-
educacao-sexual-entre-jovens-e-adolescente-no-combate-a-aids>. Acesso em: 15 de
março de 2022.

NERY, I.S et al. Abordagem da sexualidade no diálogo entre pais e adolescentes.


SciELO, 2015. Disponível em: <
www.scielo.br/j/ape/a/9mgxX6s5dDcKSgybqQmfB8p/?lang=pt# >. Acesso em: 18 de
março de 2022.

INFECÇÕES Sexualmente Transmissíveis (Ist). Instituto Lado a Lado pela vida, 2021.
Disponível em: <ladoaladopelavida.org.br/disease/infeccoes-sexualmente-
transmissiveis-ist/>. Acesso em: 8 de março de 2022.

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