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& OFICINAS EDUCATIVAS COM

ADOLESCENTES SOBRE DSTS/AIDS


E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS:
Um Relato de Experiência
Luana Carine Maron1
Karine Adreola2
Nathália Marion Fantinel3
Paola Silveira Macedo4
Rosane Fátima Koch5
Maria da Graça Soler Rodrigues6

RESUMO
Este trabalho relata a experiência de oficinas sobre DSTs/AIDS e métodos contraceptivos, realizadas com adoles-
centes tendo como objetivo conhecer o posicionamento dos mesmos frente aos temas abordados. Utilizaram-se as
técnicas de trabalho em grupo embasado no método Freireano, do “Círculo de Cultura”, com adolescentes na faixa
etária de 14 a 18 anos inseridos no Programa Nacional de Inclusão de Jovens – PROJOVEM de uma cidade do norte
do estado do Rio Grande do Sul. Foi identificado que os adolescentes possuíam mais conhecimento a cerca do tema
AIDS e pouco sobre as outras DSTs. O método contraceptivo mais comentado foi o preservativo masculino. Nessa
dinâmica, os acadêmicos de enfermagem, por meio da experiência, foram se produzindo educadores/educandos e os
adolescentes, na interação permitida pelo Círculo da Cultura, também foram se produzindo educandos/educadores e
assim foi se criando sentidos necessários e complementares aos processos de aprendizagem que naquele contexto
foram se operando.
Palavras-chave: Adolescente; Anticoncepção; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Sexualidade; Enfermagem.

1
Autora/Relatora, acadêmica do 7º semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM Centro de
Educação Superior Norte do RS/CESNORS. EMAIL: luana.maron12@hotmail.com
2
Acadêmica do 7º semestre do Curso de Enfermagem UFSM/CESNORS. EMAIL: liberte-1789@hotmail.com
3
Acadêmica do 7º semestre do Curso de Enfermagem UFSM/CESNORS. EMAIL: nathy_np@hotmail.com
4
Acadêmica do 7º semestre do Curso de Enfermagem UFSM/CESNORS. EMAIL: polynhasilveira@hotmail.com
5
Acadêmica do 7º semestre do Curso de Enfermagem UFSM/CESNORS. EMAIL: rosanefatimak@hotmail.com
6
Orientadora. Doutoranda em Enfermagem, DINTER Novas Fronteiras UNIFESP/EEAN/UFSM. Docente do Curso de Enfermagem
da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/CESNORS.

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REVISTA CONTEXTO & SAÚDE IJUÍ EDITORA UNIJUÍ v. 10 n. 20 JAN./JUN. 2011 p. 1155-1160
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INTRODUÇÃO formação compartilhada é um elemento que passa


pela vida das pessoas através de uma espécie de
filtro de seus próprios saberes gerando um conheci-
A adolescência é uma fase de transição entre a
mento diferente...”. Por isso, é importante que pos-
infância e a idade adulta. É também uma fase de
samos repensar novas estratégias de comunicação
intensas transformações e essas podem interferir
e orientação, a fim de modificar nossos objetivos e
no processo do desenvolvimento dos indivíduos. Isso
abordagem de educação em saúde, considerando
faz com que ele sinta a necessidade de vivenciar
as opiniões e decisões do público alvo.
emoções e situações que podem os tornar mais vul-
neráveis em relação a sua saúde, inclusive no as- Nessa perspectiva percebe-se que a educação
pecto da sexualidade. (MAHEIRIE et al., 2005; em saúde seria a forma mais adequada para o diá-
SOUZA et al., 2007) logo com os jovens, na tentativa de mudar concep-
ções dos mesmos sobre assuntos referentes à sua
No Brasil, estima-se que a cada ano, quatro mi- sexualidade, pois segundo Souza et al. (2007) a edu-
lhões de jovens tornam-se sexualmente ativos e cer- cação em saúde é um processo de ensino-aprendi-
ca de 12 milhões sejam acometidos por Doenças zagem que visa à promoção da saúde e que o edu-
Sexualmente Transmissíveis (DSTs) ao ano, das cador deve ser preparado para propor estratégias,
quais, um terço em indivíduos com menos de 25 anos. oferecendo caminhos que possibilitem transforma-
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). A maioria dos ções nas pessoas/comunidades. Deste modo, des-
adolescentes inicia sua vida sexual cada vez mais taca-se que a orientação ao jovem sobre a própria
cedo, por esse motivo é importante a educação em sexualidade por meio de ações educativas em saú-
saúde, cabendo aos profissionais da saúde orientar de deve ser inserida na sua realidade e exercida de
pais e filhos a respeito desse assunto. Ainda desta- forma dialógica e aberta. Nesse sentido, a enfer-
ca-se a importância dessas ações para minimizar o magem tem potencial para contribuir na educação
receio e o constrangimento dos jovens na aborda- em saúde desse público, utilizando práticas que per-
gem de temas relacionados à sexualidade, conver- mitam a reflexão, troca de saberes e diálogo entre
sando sobre mitos e estigmas. os jovens, buscando promover o auto-cuidado.
A não adesão aos métodos contraceptivos, a Com esse entendimento, foram desenvolvidas
curiosidade pelas drogas, bem como a necessidade atividades de grupo junto ao Programa Nacional de
de estar inserido em um grupo, pode deixar os ado- Inclusão de Jovens – PROJOVEM, que é a porta
lescentes mais expostos as DSTs (SOUZA et al., de entrada do cidadão à rede de proteção social
2007). Em função das características dessa fase, básica. Este trabalha na perspectiva da prevenção
alguns desejam aventura e ignoram a possibilidade e minimização e/ou superação das desigualdades
de se contaminarem acreditando que realizam o ato sociais; vinculado ao Centro de Referência de As-
sexual com pessoas isentas de qualquer doença, fi- sistência Social – CRAS, uma unidade básica de
cando assim susceptíveis a contaminação. atendimento e promoção de ações do Sistema Úni-
Em relação às DSTs e Aids nos questionamos co de Assistência Social – SUAS.
se proporcionar apenas informações aos jovens é O Projovem Adolescente é um serviço socioedu-
suficiente para evitar essas situações. Percebe-se cativo, voltado para jovens de 15 a 17 anos de famíli-
que mesmo recebendo informações, tanto por pro- as beneficiárias do Programa Bolsa Família. O pro-
fissionais da saúde ou por campanhas educativas, grama também e oferecido aos jovens vinculados ou
as pessoas continuam se colocando em situações egressos de programas e serviços da proteção social
vulneráveis, onde a orientação prestada muitas ve- especial, como o programa de Combate à Violência
zes não interfere na liberdade de decisão sobre sua e à Exploração Sexual e o Programa de Erradicação
saúde. Pode-se dizer que o conhecimento é absor- do Trabalho Infantil – PETI, ou ainda jovens sob
vido conforme a realidade e as experiências de cada medidas de proteção socioeducativas previstas no
indivíduo. Segundo Mayer et al. (2006), “cada in- Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

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Sendo assim, este trabalho tem como objetivo Com isso, cada coletivo dividiu-se em dois pe-
relatar a experiência de acadêmicas do Curso de quenos grupos com 4 participantes em média. Para
Enfermagem da UFSM/CESNORS no desenvolvi- cada grupo, foi entregue um pedaço de papel pardo
mento de práticas de educação em saúde por meio e canetões para que os adolescentes pudessem ex-
de oficinas sobre DSTs/Aids e Métodos Contracep- por seus conhecimentos, opiniões e dúvidas refe-
tivos com grupos de adolescentes do Programa Pro- rentes aos temas: DSTs/Aids e métodos contracep-
jovem de uma cidade do norte do estado do Rio tivos. Esses pequenos grupos foram acompanhados
Grande do Sul, bem como, conhecer o posiciona- por três acadêmicas, com o intuito de estimular a
mento destes jovens frente aos temas abordados. confecção dos cartazes, durando aproximadamente
15 minutos. No momento de divisão dos grupos,
deixamos que os adolescentes se agrupassem, por
afinidade, o que, a nosso ver, é uma forma deles
METODOLOGIA exporem com maior facilidade suas opiniões.
Posteriormente, foi realizada uma discussão so-
Este trabalho desenvolveu-se no decorrer das aulas bre o conteúdo dos cartazes produzidos, buscando
teórico-práticas da disciplina Enfermagem no Cuida- valorizar os saberes dos adolescentes e abrir espaço
do à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente para que as acadêmicas de enfermagem realizassem
que compõe o 6º semestre do Curso de Enfermagem suas contribuições acerca dos assuntos, consideran-
da UFSM/CESNORS. O local das atividades foi uma do as respostas dos adolescentes e esclarecendo as
Unidade Básica de Atendimento e Promoção de dúvidas. Além disso, para uma melhor contextualiza-
Ações do SUAS (Sistema Único de Assistência So- ção utilizou-se álbuns seriados sobre DSTs e Méto-
cial), através do Programa Projovem/CRAS, em um dos Contraceptivos, o que facilitou a explicação e o
município do norte do estado do Rio Grande do Sul no aprendizado a partir da visualização das imagens. Logo
período de 06/10/2010 à 20/10/2010. após foi passado um vídeo educativo que abordou o
As oficinas desenvolveram-se baseadas na me- tema Aids e realizada a exposição e a possibilidade
todologia de Paulo Freire que tem como proposta o de manipulação dos contraceptivos pelos adolescen-
“Círculo de Cultura”, que “é a troca de saberes en- tes. Realizou-se a demonstração da colocação cor-
tre o educador e o educando em disposição de roda, reta da camisinha feminina e masculina. As ativida-
com um coordenador, estimulador do grupo, facili- des tiveram duração de aproximadamente uma hora.
tando a contextualização da realidade dos jovens, Ao término das oficinas foi realizada uma avali-
com liberdade e crítica frente aos assuntos aborda- ação com os adolescentes para se obter um retorno
dos” (FREIRE, 1980, p. 50). sobre a contribuição da atividade, necessidade de
Participaram das atividades jovens de 14 a 18 aprimoramento da mesma, além de conhecer suas
anos inseridos no Programa, totalizando 33 adoles- atitudes referentes à sexualidade. As questões abor-
centes, correspondendo a 19 meninos e 14 meni- daram idade, sexo, se já tinham vida sexual ativa, se
nas. Foram realizados quatro encontros e em cada usavam algum método contraceptivo e com que fre-
um deles estava presente uma média de 8 adoles- quência, quais os métodos anticoncepcionais que
centes. conheciam antes do desenvolvimento da atividade e
se a mesma contribuiu para sua vida.
Primeiramente, recepcionamos os adolescentes
em uma sala do PROJOVEM localizada no CRAS.
Iniciamos nosso trabalho em grupo com uma breve
apresentação dos acadêmicos de enfermagem, da RESULTADOS E DISCUSSÃO
professora supervisora e dos jovens do programa.
Logo, apresentamos nosso objetivo que consistia em No desenvolvimento das atividades pode-se per-
investigar o conhecimento dos adolescentes a cer- ceber que os adolescentes, em um primeiro momen-
ca dos temas propostos. to, mostraram-se com certo grau de ansiedade frente

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à tarefa, e foram necessários estímulos verbais das concepcional. Porém, alguns demonstraram incer-
acadêmicas para que os mesmos desenvolvessem teza quanto ao uso correto. Uma afirmação que
a atividade. Talvez isso tenha ocorrido pelo fato de comprova este fato foi o relato de um adolescente
tratar-se de assuntos relacionados à sexualidade, que afirmou erroneamente que o uso de duas cami-
tema que pode causar um certo constrangimento sinhas, feminina e masculina, dá mais proteção.
nesta faixa etária. Além disso, esse comportamen- Frente a isso, as acadêmicas esclareceram que o
to, talvez, dentre outros fatores de ordem psicosso- uso concomitante destes não é indicado, ocasionan-
cial, tenha associação com o fato de que a educa- do riscos de rompimento. Outros métodos citados
ção formal em nosso meio ainda é do tipo bancária, na pela maioria dos grupos foram: Dispositivo In-
em que um ensina (o educador) e o outro (educan- trauterino (DIU), a pílula do dia seguinte e o dia-
do) aprende. fragma.
Percebeu-se por meio da elaboração dos carta- Esse dado sinaliza para a necessidade de conti-
zes pelos adolescentes, que tinham algum conheci- nuidade dessas oficinas abordando, por exemplo, a
mento acerca de HIV/AIDS, mas também muitas iniciação sexual do adolescente, pois estudo, reali-
dúvidas. Observamos que todos os grupos mencio- zado em município vizinho, aponta que o conheci-
naram que a principal forma de contágio é por meio mento desses métodos não é suficiente para prote-
de relações sexuais desprotegidas, sangue e serin- ger os jovens de situações que podem emergir da
gas contaminadas. Isso pode ter ocorrido em fun- prática sexual nesta fase da vida, uma vez que, em
ção da influência das campanhas educativas do geral, não têm condições psíquicas e suporte social
Ministério da Saúde veiculadas nos meios de comu- para lidar com uma gravidez indesejada, um sofri-
nicação de prevenção contra as drogas e a AIDS, mento em virtude de um abandono por parte do com-
dada sua pertinência à esfera pública, a sexualidade panheiro/a e um isolamento social e familiar (CAR-
também interessa ao estado, principalmente por se MO, VAN DER SAND, 2007)
constituir, inúmeras vezes, em um problema de saú- Partindo dos saberes dos adolescentes, foram
de pública, realizam-se então medidas de orienta- explanados as causas, sinais e sintomas, tratamen-
ção sexual. (CARVALHO et al., 2005) to, transmissão, diagnóstico e prevenção das DSTs/
Dentre as DSTs, as únicas citadas por alguns AIDS. Após, foi abordado o tema métodos contra-
grupos foram à sífilis e a gonorréia, demonstrando a ceptivos, elencando os principais métodos existen-
necessidade de conhecimento com relação ao tema, tes, onde foi explicado o modo de uso, suas ações e
por outro lado, talvez indicando que essas são as conservação, frisando que os únicos que previnem
enfermidades do meio desses adolescentes e, por tanto a gravidez quanto as DSTs/AIDS são o pre-
isso, problematizadas no contexto da oficina. Então servativo feminino e masculino. A explanação foi
este deve ser um assunto que poderia ser mais bem realizada sempre respeitando e valorizando os co-
abordado pelos serviços de saúde, pois de acordo nhecimentos dos adolescentes.
com o estudo de Jeolás e Ferrari (2003) os progra- Observou-se que todos estavam atentos à expo-
mas de saúde poderiam melhorar sua forma de atu- sição dos temas e dos álbuns seriados, alguns ado-
ação para minimizar a vulnerabilidade sociocultural lescentes ao visualizarem as imagens do álbum se-
de jovens, utilizando-se de oficinas de prevenção, riado das DSTs demonstraram admiração e uma má
tentando assim melhorar a interação entre os pro- impressão, relatando que não imaginavam que as
fissionais do serviço e os adolescentes, além de re- DSTs pudessem causar tais deformações nos ór-
presentarem um espaço de reflexão sobre assuntos gãos atingidos.
relacionados à sexualidade, temas dificilmente dis-
Ainda, proporcionamos aos adolescentes o ma-
cutidos com a família ou na escola.
nuseio dos métodos contraceptivos, bem como a
Em relação aos métodos contraceptivos perce- demonstração do uso correto da camisinha femini-
beu-se que os adolescentes têm mais conhecimento na e masculina; onde se oportunizou a participação
acerca do preservativo masculino e da pílula anti- dos jovens na colocação dos preservativos.

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Após a análise das avaliações realizadas ao tér- tal entendimento do tema. Como ponto negativo
mino de cada oficina, dos 33 adolescentes, 20 res- percebido, foi à reação de timidez demonstrada pe-
ponderam que já tinham vida sexual ativa. Destes, los temas, prejudicando nosso modelo de atividades,
todos afirmaram usar algum método contraceptivo, onde o foco de nossas ações seria a participação
a maioria em todas as relações e alguns às vezes. dos jovens de forma dialógica e aberta.
Em relação ao conhecimento dos jovens sobre os
métodos contraceptivos antes da realização da ati- Assim, nessa dinâmica, os acadêmicos de en-
vidade, os dois mais citados foram o preservativo e fermagem, por meio da experiência, foram se pro-
a pílula anticoncepcional. duzindo educadores/educandos e os adolescentes,
na interação permitida pelo Círculo da Cultura, tam-
Quando questionados acerca do trabalho reali-
bém foram se produzindo educandos/educadores.
zado, se contribuiu para a vida de cada um, todos
Significa que, nesse movimento, acadêmicos e ado-
afirmaram que sim. Citaram que a atividade cola-
lescentes produziram sentidos necessários e com-
borou para: conhecimento das DSTs/Aids e méto-
plementares aos processos de aprendizagem que
dos contraceptivos, sanar dúvidas, prevenir as DSTs
naquele contexto foram se operando. Então, por
e a gravidez, tranqüilizar quanto ao uso correto de
preservativo e a importância de sua utilização em meio da experiência, foi-se tecendo um aprender a
todas as relações sexuais. ser enfermeiro e a fazer educação em saúde e,
também, um aprender a ser e fazer-se adolescen-
Durante a realização da atividade não houve di- te reflexivo e crítico sobre si próprio e sobre seu
ficuldades relevantes. Os adolescentes mostraram-
mundo.
se receptivos e atenciosos, participando das ações
propostas, apesar de inicialmente estarem pouco
comunicativos, o que possivelmente tenha ocorrido
em razão do método problematizador de Freire, que REFERÊNCIAS
remete à reflexão, ao cultivo da autonomia, da res-
ponsabilidade por meio da interação com colegas
CARMO, R; VAN DER SAND, I.C.P. O discurso
de grupo e com as acadêmicas.
dos adolescentes sobre vida sexual na adolescên-
As dinâmicas utilizadas para o desenvolvimento cia. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2007;9(2):417-31.
das oficinas foram satisfatórias no tangente a edu- Disponível em <http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/
cação em saúde, uma vez que os adolescentes afir- v9n2a10.htm>. Acesso em: 21 jul. 2011.
maram que a oficina contribuiu para um melhor co- CARVALHO, A. M.; RODRIGUES, C. S.; ME-
nhecimento do assunto proposto. Com isso, o traba- DRADO, K. S. Oficinas em sexualidade humana
lho desenvolvido respondeu as nossas expectativas com adolescentes. Estudos de Psicologia 2005, 10(3),
além de conhecer o posicionamento dos jovens frente 377-384
aos temas abordados.
FREIRE, P. Conscientização. 3 ed. Rio de Janeiro:
Morais, 1980. p. 50.
JEOLÁS, L S.; FERRARI, R. A. P. Oficinas de
CONSIDERAÇÕES FINAIS prevenção em um serviço de saúde para adoles-
centes: espaço de reflexão e de conhecimento com-
As atividades exigiram pensamento crítico, tra- partilhado. Ciência & Saúde Coletiva, 8(2): 611-620
balho em equipe, esforço e dedicação, sendo um MAHEIRIE, K, URNAU, L.C, VAVASSORI, M.B,
desafio para a execução das ações planejadas, es- ORLANDI, R, BAIERLE, R.E, Oficinas sobre se-
pecialmente para superar a experiência de ser um xualidade com adolescentes: Um relato de experi-
educador em saúde. Foi possível desenvolver ativi- ência, Psicologia em estudo, Maringá, v.10, n.3,
dades que não fossem cansativas aos adolescentes p.537-542, set./ dez. 2005, Florianópolis, Santa Ca-
e que fornecessem subsídios necessários para o to- tarina.

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MEYER, D. E. E.; MELLO, D. F. de; VALADÃO, MINISTÉRIO da Saúde. Departamento de DSTs,


M. M.; AYRES, J. R. de C. M. “Você aprende. A AIDS e Hepatites Virais. Disponível em <http://
gente ensina?” Interrogando relações entre educa- www.aids.gov.br>. Acesso em: 25 out. 2010.
ção e saúde desde a perspectiva da vulnerabilidade. SOUZA, M. M, BRUNINI, S, ALMEIDA, N.A.M,
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(6):1335-1342, MUNARI, D.B, Programa educativo sobre sexua-
jun, 2006; pág. 1335-1342 lidade e DST: relato de experiência com grupo de
adolescentes, Rev Bras Enf, Brasília 2007 jan-fev;
60(16):102-5.

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