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ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA LUÍZA

FORMIGHIERI

SABRINA TELES DE SOUZA, EMANUELI


BELTRAME, SCHEILA MACHADO E EDUARDO
MELO

TAXAS DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ENTRE MENINAS


DE 12 A 19 ANOS

PAIM FILHO, RIO GRANDE DO SUL

2023
RESUMO

O artigo buscou analisar a gravidez na adolescência


entre meninas de 12 a 19 anos. O texto contempla as
principais causas e consequências dessa situação,
além de discutir as dificuldades enfrentadas por essas
jovens mães.
INTRODUÇÃO

A pesquisa a ser abordada neste artigo será do tipo


bibliográfica. Isso significa que ela será baseada em
fontes secundárias, como livros e artigos científicos.
A gravidez na adolescência é um fenômeno social que
tem despertado atenção e preocupação em todo o
mundo. O aumento dos índices de gravidez nessa
faixa etária tem sido objeto de estudo e debate, e é
evidente a necessidade de compreender os fatores
que levam a esse fenômeno e as consequências dele
decorrentes.
Para a realização deste estudo, foram utilizados
instrumentos metodológicos como pesquisa bibliográfica,
análise de casos e construção de formulários.

Esses instrumentos permitiram uma abordagem mais


completa do tema, considerando diferentes perspectivas e
teorias que contribuem para a compreensão da gravidez na
adolescência.
DESENVOLVIMENTO

No aspecto físico, a gravidez na adolescência


apresenta riscos e complicações que são maiores do
que em mulheres adultas. Isso ocorre devido ao corpo
das adolescentes ainda estar em desenvolvimento, o
que pode gerar dificuldades para o crescimento
adequado do feto e aumentar as chances de
complicações durante o parto.
Além dos riscos físicos, a gravidez na adolescência também impacta
emocionalmente essas jovens. Muitas vezes, elas ainda não têm a
maturidade emocional e as habilidades necessárias para lidar com
as responsabilidades, exigências e mudanças que a gestação e a
maternidade trazem consigo.

Isso pode levar a problemas de saúde mental, como a depressão, a


ansiedade e o estresse, afetando não apenas a saúde das
adolescentes, mas também o desenvolvimento do bebê.
A gravidez precoce traz consigo uma série de
consequências tanto para a vida da adolescente
quanto para a sociedade como um todo.

A jovem muitas vezes vê suas perspectivas de futuro


limitadas, uma vez que a responsabilidade de cuidar
de um filho demanda tempo e recursos financeiros
consideráveis.
Por sua vez, a sociedade também sofre impactos
negativos com a gravidez na adolescência. Muitas
vezes, a falta de apoio familiar e o estigma social
dificultam a inserção da mãe adolescente no mercado
de trabalho, aumentando assim as chances de que ela
e seu filho vivam em condições precárias.
É fundamental que a sociedade atue de forma integrada para
prevenir a gravidez na adolescência. Nesse sentido, é primordial
investir em programas de educação sexual nas escolas, que
promovam a conscientização sobre os riscos e as consequências da
gravidez precoce, bem como o acesso à métodos contraceptivos de
forma gratuita e acessível.

Além disso, é necessário fortalecer os vínculos familiares,


proporcionando apoio emocional e financeiro para as jovens mães,
como forma de auxiliá-las na jornada da maternidade.
MÉTODOS E ANÁLISE DE DADOS

Na sequência, serão apresentados gráficos, resultantes da


realização de um formulário aplicado através do
WhatsApp direcionado ao público de forma geral, o mesmo
foi elaborado através de discussões sobre as dúvidas
existentes na sociedade relacionadas à gravidez na
adolescência, a elaboração e discussão das perguntas
foram feitas de modo conjunto com o grupo, e após foi
realizado a construção do formulário.
Os resultados dos gráficos indicam que a maioria das
pessoas reconhece que a gravidez na adolescência
afeta negativamente tanto a vida profissional quanto
a vida escolar das meninas.

Isso sugere que há uma compreensão generalizada de


que a maternidade precoce pode resultar em
dificuldades para as jovens mães em suas carreiras e
educação.
Além disso, os gráficos mostram que a maioria das
pessoas acredita que o principal motivo da gravidez
na adolescência é o início precoce da vida sexual.

Essa percepção destaca a importância de abordar


questões relacionadas à sexualidade e contracepção
nas escolas, visando fornecer informações e educação
para os jovens, a fim de prevenir gravidez indesejada.
Os resultados também indicam que a maioria das
pessoas considera crucial que o assunto da gravidez
na adolescência seja abordado nas escolas.

Isso sugere que há uma conscientização sobre a


necessidade de educar os jovens sobre a importância
do planejamento familiar, os riscos associados à
gravidez precoce e a disponibilidade de recursos e
apoio.
CITAÇÕES

1.“A proposta de prevenção de gravidez na


adolescência pode ser realizada de diversas maneiras.
Uma delas é retardar o início da experiência sexual...”
(PAUCAR 2003, p.19)

2.“Espera-se que exista serviços e campanhas que


orientem os jovens sobre seus problemas...”
(MOREIRA 2008, p.32)
CONCLUSÃO

Ainda há um longo caminho a percorrer para reduzir


as taxas de gravidez entre adolescentes e garantir que
essas jovens recebam o apoio adequado durante esse
período crucial de suas vidas.
Portanto, políticas e programas voltados para a
prevenção da gravidez precoce devem ser
implementados e fortalecidos em todos os níveis,
incluindo educação sexual abrangente, acesso a
métodos contraceptivos e ampliação do suporte social
e emocional.
A criação de oportunidades educacionais, programas
de capacitação e políticas de combate à pobreza
podem desempenhar um papel crucial na redução das
taxas de gravidez entre adolescentes, permitindo que
essas jovens tomem decisões informadas sobre sua
saúde reprodutiva e futuro.
Por fim, é crucial que os profissionais de saúde
estejam capacitados para cuidar das necessidades
específicas das adolescentes grávidas, atendendo-as
com empatia, respeito e confidencialidade.
Estabelecer políticas de saúde que garantam o acesso
equitativo a serviços de saúde sexual e reprodutiva de
qualidade para adolescentes é fundamental para
garantir que essas jovens tenham uma gestação
saudável e possam tomar decisões informadas sobre
sua maternidade.
Assim, a prevenção, o apoio social e a oferta de
cuidados adequados devem ser priorizados para
minimizar os impactos negativos da gravidez na
adolescência e promover o bem-estar dessas jovens e
de seus filhos.
REFERÊNCIAS
Alves, R. A., Varella, L. R. H., & Lino, M. C. M. (2008). Percepção de adolescentes e seus pais sobre
a gravidez na adolescência. Revista de enfermagem UFPE on line, 2(3), 275-283.
Barreto, I. D., Castro, R. C., & Pinto, I. C. (2016). Gravidez na adolescência: O que pensam as
jovens. Revista de Enfermagem Referência, 4, 89-98.
Dantas, A. F., & Sousa, F. F. (2016). Gravidez na adolescência e sua incidência em um município do
Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Revista Psicologia Ciência e Profissão, 36(3), 700-713.
Ramalho, E. P., & Monteiro, O. (2019). As consequências da gravidez na adolescência: uma revisão
de literatura. Revista Inquietude, 8, 94-107.
Souza, C. B. M., & Ferreira, M. L. (2019). Gravidez na adolescência: estudo de caso na rede pública
de saúde. Revista Acadêmica, 18, 78-94.
TABORDA, JÁ et al. Consequências da gravidez na adolescência para as meninas considerando-se
as diferenças socioeconômicas entre elas. Cadernos saúde coletiva , v. 1, pág. 16–24, 2014.
Vieira, T. O., & Brito, I. S. (2018). Gravidez na adolescência e suas consequências socioeconômicas.
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 18, 621-630.

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