O artigo buscou analisar a gravidez na adolescência
entre meninas de 12 a 19 anos. O texto contempla as principais causas e consequências dessa situação, além de discutir as dificuldades enfrentadas por essas jovens mães. INTRODUÇÃO
A pesquisa a ser abordada neste artigo será do tipo
bibliográfica. Isso significa que ela será baseada em fontes secundárias, como livros e artigos científicos. A gravidez na adolescência é um fenômeno social que tem despertado atenção e preocupação em todo o mundo. O aumento dos índices de gravidez nessa faixa etária tem sido objeto de estudo e debate, e é evidente a necessidade de compreender os fatores que levam a esse fenômeno e as consequências dele decorrentes. Para a realização deste estudo, foram utilizados instrumentos metodológicos como pesquisa bibliográfica, análise de casos e construção de formulários.
Esses instrumentos permitiram uma abordagem mais
completa do tema, considerando diferentes perspectivas e teorias que contribuem para a compreensão da gravidez na adolescência. DESENVOLVIMENTO
No aspecto físico, a gravidez na adolescência
apresenta riscos e complicações que são maiores do que em mulheres adultas. Isso ocorre devido ao corpo das adolescentes ainda estar em desenvolvimento, o que pode gerar dificuldades para o crescimento adequado do feto e aumentar as chances de complicações durante o parto. Além dos riscos físicos, a gravidez na adolescência também impacta emocionalmente essas jovens. Muitas vezes, elas ainda não têm a maturidade emocional e as habilidades necessárias para lidar com as responsabilidades, exigências e mudanças que a gestação e a maternidade trazem consigo.
Isso pode levar a problemas de saúde mental, como a depressão, a
ansiedade e o estresse, afetando não apenas a saúde das adolescentes, mas também o desenvolvimento do bebê. A gravidez precoce traz consigo uma série de consequências tanto para a vida da adolescente quanto para a sociedade como um todo.
A jovem muitas vezes vê suas perspectivas de futuro
limitadas, uma vez que a responsabilidade de cuidar de um filho demanda tempo e recursos financeiros consideráveis. Por sua vez, a sociedade também sofre impactos negativos com a gravidez na adolescência. Muitas vezes, a falta de apoio familiar e o estigma social dificultam a inserção da mãe adolescente no mercado de trabalho, aumentando assim as chances de que ela e seu filho vivam em condições precárias. É fundamental que a sociedade atue de forma integrada para prevenir a gravidez na adolescência. Nesse sentido, é primordial investir em programas de educação sexual nas escolas, que promovam a conscientização sobre os riscos e as consequências da gravidez precoce, bem como o acesso à métodos contraceptivos de forma gratuita e acessível.
Além disso, é necessário fortalecer os vínculos familiares,
proporcionando apoio emocional e financeiro para as jovens mães, como forma de auxiliá-las na jornada da maternidade. MÉTODOS E ANÁLISE DE DADOS
Na sequência, serão apresentados gráficos, resultantes da
realização de um formulário aplicado através do WhatsApp direcionado ao público de forma geral, o mesmo foi elaborado através de discussões sobre as dúvidas existentes na sociedade relacionadas à gravidez na adolescência, a elaboração e discussão das perguntas foram feitas de modo conjunto com o grupo, e após foi realizado a construção do formulário. Os resultados dos gráficos indicam que a maioria das pessoas reconhece que a gravidez na adolescência afeta negativamente tanto a vida profissional quanto a vida escolar das meninas.
Isso sugere que há uma compreensão generalizada de
que a maternidade precoce pode resultar em dificuldades para as jovens mães em suas carreiras e educação. Além disso, os gráficos mostram que a maioria das pessoas acredita que o principal motivo da gravidez na adolescência é o início precoce da vida sexual.
Essa percepção destaca a importância de abordar
questões relacionadas à sexualidade e contracepção nas escolas, visando fornecer informações e educação para os jovens, a fim de prevenir gravidez indesejada. Os resultados também indicam que a maioria das pessoas considera crucial que o assunto da gravidez na adolescência seja abordado nas escolas.
Isso sugere que há uma conscientização sobre a
necessidade de educar os jovens sobre a importância do planejamento familiar, os riscos associados à gravidez precoce e a disponibilidade de recursos e apoio. CITAÇÕES
1.“A proposta de prevenção de gravidez na
adolescência pode ser realizada de diversas maneiras. Uma delas é retardar o início da experiência sexual...” (PAUCAR 2003, p.19)
2.“Espera-se que exista serviços e campanhas que
orientem os jovens sobre seus problemas...” (MOREIRA 2008, p.32) CONCLUSÃO
Ainda há um longo caminho a percorrer para reduzir
as taxas de gravidez entre adolescentes e garantir que essas jovens recebam o apoio adequado durante esse período crucial de suas vidas. Portanto, políticas e programas voltados para a prevenção da gravidez precoce devem ser implementados e fortalecidos em todos os níveis, incluindo educação sexual abrangente, acesso a métodos contraceptivos e ampliação do suporte social e emocional. A criação de oportunidades educacionais, programas de capacitação e políticas de combate à pobreza podem desempenhar um papel crucial na redução das taxas de gravidez entre adolescentes, permitindo que essas jovens tomem decisões informadas sobre sua saúde reprodutiva e futuro. Por fim, é crucial que os profissionais de saúde estejam capacitados para cuidar das necessidades específicas das adolescentes grávidas, atendendo-as com empatia, respeito e confidencialidade. Estabelecer políticas de saúde que garantam o acesso equitativo a serviços de saúde sexual e reprodutiva de qualidade para adolescentes é fundamental para garantir que essas jovens tenham uma gestação saudável e possam tomar decisões informadas sobre sua maternidade. Assim, a prevenção, o apoio social e a oferta de cuidados adequados devem ser priorizados para minimizar os impactos negativos da gravidez na adolescência e promover o bem-estar dessas jovens e de seus filhos. REFERÊNCIAS Alves, R. A., Varella, L. R. H., & Lino, M. C. M. (2008). Percepção de adolescentes e seus pais sobre a gravidez na adolescência. Revista de enfermagem UFPE on line, 2(3), 275-283. Barreto, I. D., Castro, R. C., & Pinto, I. C. (2016). Gravidez na adolescência: O que pensam as jovens. Revista de Enfermagem Referência, 4, 89-98. Dantas, A. F., & Sousa, F. F. (2016). Gravidez na adolescência e sua incidência em um município do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Revista Psicologia Ciência e Profissão, 36(3), 700-713. Ramalho, E. P., & Monteiro, O. (2019). As consequências da gravidez na adolescência: uma revisão de literatura. Revista Inquietude, 8, 94-107. Souza, C. B. M., & Ferreira, M. L. (2019). Gravidez na adolescência: estudo de caso na rede pública de saúde. Revista Acadêmica, 18, 78-94. TABORDA, JÁ et al. Consequências da gravidez na adolescência para as meninas considerando-se as diferenças socioeconômicas entre elas. Cadernos saúde coletiva , v. 1, pág. 16–24, 2014. Vieira, T. O., & Brito, I. S. (2018). Gravidez na adolescência e suas consequências socioeconômicas. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 18, 621-630.
Educação e Saúde na Escola: abordagens pedagógicas da educação sexual nas escolas do ensino fundamental da rede pública da cidade do Recife, Pernambuco