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FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

Escola Estadual Luiza Formighieri

Professora- Adriani Mokfa Panho


Turma-_________Série-______

TEMA DA AULA (CONTEÚDO)- Conceito: Lógica

EXPLICITAÇÃO DO TEMA

No dia a dia, temos o costume de dizer que só por que as coisas fazem sentido
elas são lógicas. Não posso dizer que a frase “o sol é quente e também não é” tem
lógica, certo? Mas será que a lógica pode ser resumida apenas ao fazer sentido? Nem
todos sabem, mas a lógica é uma área do conhecimento que se preocupa em avaliar a
construção de argumentos. Não só isso, ela é uma das mais importantes ferramentas
que agregam clareza ao pensamento e ao raciocínio humano. A filosofia, que sempre
buscou defender suas teorias com argumentações desde a antiguidade, utiliza da lógica
assim como utilizamos das nossas pernas para andar, como uma forma de sustentação.
Aristóteles (367 a.C. - 347 a.C) foi o primeiro filósofo a fazer estudos sobre
essa área do conhecimento. Desenvolveu a lógica simbólica, ou lógica formal, que se
preocupa exclusivamente com a estrutura de um argumento, esse argumento é feito na
forma de dedução. Ex.: quando digo que “o sol é quente”, na lógica simbólica
escrevemos “S é Q”. Também desenvolveu a lógica informal, que não avalia apenas a
estrutura do argumento, mas o conteúdo, tentando identificar possíveis falhas no
pensamento, que podemos chamar de falácias.

Maus argumentos, que aparentam ser bons, são chamados de falácias. O termo
falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Mas não quer dizer que
os argumentos falaciosos são sempre projetados para enganar; na maior parte das
vezes, eles resultam de um engano involuntário, uma falha não proposital de
raciocínio que ilude, inclusive, o próprio autor do argumento (DORO, 2016, p. 8).
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No enigma da história que o Rei estava contando para Alice, devemos


adivinhar quem é o espião apenas com as informações que são dadas, ou seja, de forma
dedutiva. E Alice, na história tentava raciocinar logicamente para chegar à resposta certa.
Lewis Carroll, autor de Alice no País das Maravilhas, não colocou problemas lógicos
em sua história por acaso, além de escritor e fotógrafo, era matemático. Ele acreditava que a
lógica tinha muito para oferecer ao pensamento:

[...] [a lógica] lhe dará clareza de pensamento, a habilidade de ver seu caminho
através de um quebra-cabeça, o hábito de arranjar suas ideias numa forma acessível
e ordenada, e, mais valioso que tudo, o poder de detectar falácias e despedaçar os
argumentos ilógicos e inconsistentes que você encontrará tão facilmente nos livros,
jornais, na linguagem quotidiana e mesmo nos sermões e que tão facilmente
enganam aqueles que nunca tiveram o trabalho de instruir-se nesta fascinante arte.
(CARROLL, apud NAHRA; WEBER, 2009, p.5).

Vale reforçar que as “falácias” que Carroll menciona, são encontradas tão facilmente
por aí quanto erros de português. Não apenas na filosofia ou na matemática que acontecem
falhas de pensamento, mas no cotidiano em geral. E o raciocínio lógico, quando bem treinado,
é como a lente de um óculos que ajuda a enxergar melhor o mundo, e a se expressar com mais
qualidade quando se consegue ver e evitar os erros.
Na educação, quem propôs investigar se a lógica é realmente um instrumento que
potencializa o pensamento, principalmente dos estudantes, foi o professor Mattew Lipman.
Após notar que a disciplina de lógica era uma das mais temidas na faculdade, Lipman achou
que se os estudantes tivessem contato com a lógica ainda nas séries iniciais, poderiam
conseguir um desempenho melhor quando estivessem na faculdade. E assim fundou o
programa de filosofia com crianças e criou as Novelas Filosóficas, que são histórias infantis
baseadas no pensamento de algum filósofo, como Aristóteles e a lógica, por exemplo. No
programa, Lipman avaliava e comparava o desempenho de crianças antes e depois de
entrarem em contato com a lógica, concluindo assim, que de fato era surpreendente os
resultados da evolução dos estudantes no desempenho de diversas atividades além da lógica.
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Perguntas:

1) O que é a Lógica e para que ela serve? Porque devemos pensar logicamente?
Acrescentar na problematização.

2) Ter lógica é o mesmo que ter sentido? A lógica é importante? E se ela não existisse?
Cite exemplos de algo que tem lógica?
3) Escrevam um parágrafo sobre: “O que significa dizer que algo é lógico?”.
4) Quem é o espião A,B, ou C.
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