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ERICKSON, Millard. Introdução à Teologia Sistemática.

São Paulo:
Vida, 1997.

Conceito

Pecado é qualquer falta de conformidade, ativa ou passiva, com a lei


moral de Deus. Isso pode ser uma questão de ato, de pensamento ou de
disposição. (ERICKSON, p.239)

Natureza do pecado.

Pecado é uma inclinação interior. Pecado não simplesmente atos errados,


mas também pecaminosidade. É uma disposição interior inerente que
nos inclina para atos errados. Aqui, os motivos são praticamente tão
importantes quanto as ações. Assim, Jesus usou, para condenar a ira e
a cobiça, a mesma veemência que usou contra o homicídio e o adultério
(Mt. 5.21,22,27,28). (MILLARD, 1997, p.238)

Pecado é rebelião e desobediência. A incapacidade de crer na


mensagem, particularmente quando ela é apresentada de forma
expressa e exclusiva, é desobediência ou rebelião contra Deus. Adão e
Eva rejeitaram a prerrogativa de Deus que seria a de lhes dizer o que
era certo e o que era errado. Eles se rebelaram contra a autoridade de
Deus e, assim, lhe desobedeceram. (MILLARD, 1997, p.238-239)

Pecado implica incapacidade espiritual. Ele altera nossa condição


interior. Ao pecar, tornamo-nos como que deformados ou distorcidos.
(MILLARD, 1997, p.239)

Pecado é o cumprimento incompleto dos padrões de Deus. Um elemento


comum que perpassa todas as caracterizações bíblicas é a ideia de que
o pecador falhou no cumprimento da lei de Deus. Há várias maneiras
pelas quais deixamos de atingir seus padrões de justiça. Podemos
simplesmente ficar aquém da norma estabelecida ou não fazer, de modo
nenhum, o que Deus ordena e espera. Às vezes, podemos fazer o que é
certo, mas pelo motivo errado, de modo a cumprir a letra da lei, mas
não seu espírito. Em Mateus 6, Jesus condena os bons atos praticados
com o desejo básico de obter a aprovação dos outros e não de agradar a
Deus (v.2,5,16) (MILLARD, 1997, p.239)

Pecado é desalojar Deus. Colocar outra coisa, qualquer coisa, no lugar


supremo que pertence a Deus é pecado. Preferir qualquer objeto finito
acima de Deus é errado, por mais altruísta que pareça tal escolha.
(MILLARD, 1997, p.239)

Para Millard (1997, p.240) “A idolatria em qualquer forma, não o


orgulho, é a essência do pecado”.

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