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O MINISTÉRIO DIACONAL E AS NOVAS

CRDE Leste 2 (MG)


FRONTEIRAS DE MISSÃO EM TEMPOS DE Comissão Regional dos
PÓS-MODERNIDADE: EM FAMÍLIA NO Diáconos e Esposas do
Regional Leste II da CNBB
SERVIÇO ÀS MESAS
UM NOVO TEMPO, COM NOVAS
EXIGÊNCIAS
PEDE NOVAS RESPOSTAS
“Eu não sei quem ou o que sou”
Peter Sellers

“Que os valores supremos se desvalorizem (...) Não existe nenhuma verdade;


não há nenhuma propriedade absoluta das coisas, nenhuma “coisa em si”.
(...) Algo que convence não é por isso verdadeiro; é, simplesmente,
convincente (...). Nosso pessimismo: o mundo não vale tanto quanto
acreditávamos. O pessimismo moderno é uma expressão da inutilidade do
mundo moderno”
PRÉ-MODERNIDADE Trata-se da confiança de que o governo de todas as coisas pertence a
uma Razão Superior que deve conduzir tudo ao Sumo Bem. É, pois, a
Providencialismo Divino razão divina que une todas as coisas e pessoas para um fim justo e
aprazível.
A concepção que subjaz o providencialismo é a fé no movimento
 Santo Agostinho
progressivo da história conduzida pela mão divina. As noções de
 A cidade de Deus
tempo e espaço estão, portanto, atravessadas pela transcendência.
Estamos no mundo, na cidade dos homens, mas nos dirigimos à
Espera (Promessa) cidade de Deus. O real é sagrado por excelência, pois, é um
Uma vida melhor a partir da fé “universo no interior do qual o sagrado já se manifestou”.
Crítica O mundo é fruto do trabalho divino. Semelhantemente, o trabalho
humano deve ser zeloso, pois lhe cabe cuidar da obra deixada por
Renascimento (séc. XIV-XVI), com a discussão do paradigma heliocêntrico/geocêntrico e do processo contra
Deus para o bem de todos.
frei Giordano Bruno e Galileu Galilei que se produzirá um lento, porém, constante, caminho de afastamento
da doutrina da providência e de valorização do conhecimento científico em detrimento do religioso.
O pensamento religioso não eliminou as guerras, não afastou as epidemias, nem deu ao homem uma vida
mais tranquila.
Diante do insucesso da pré-modernidade, com sua confiança na providência divina, surge um novo modo de
ser no mundo: o moderno, marcado pela razão e pelo esforço humano de superação dos problemas.
A razão toma o lugar da intervenção divina como agente de progresso. O sujeito do pensamento moderno se
desloca de Deus para o homem.
O pensamento racional e o método cartesiano prepararam o caminho
MODERNIDADE para a revolução industrial e a revolução francesa, marcos do
"Écraser l'infamie” (Voltaire) pensamento moderno que se distanciava do pré-moderno. O mundo
perde seus contornos sacros e o tempo é concebido no processo de
mercantilização:
“Enforcai o rei nas tripas do último padre” “time is money”. O trabalho perdeu sua conotação
sagrada de cuidado e cultivo: a escravidão moderna.
O espaço - Homogeneizou-se a partir da ideia de que o mundo é
Espera (Promessa) passível de transformação e exploração pela intervenção humana. O
A crença na razão, no progresso, no espaço é retalhado (o espaço da casa é agora distinto daquele do
desenvolvimento científico prometia trabalho, que é distinto do espaço público, que é também distinto do
um mundo melhor e, por assim dizer, espaço sagrado – constituído de igrejas, mosteiros e conventos)
mais humano. O pensamento crítico e O tempo - Tornou-se parte importante da aplicação da mão de obra
empírico vai tomando o lugar da produtiva. recortado em pedaços segundo utilitarismo (oito horas
intervenção divina como agente de para trabalhar, oito horas para descansar, oito horas para se divertir
Razão + progresso científico-técnico = desenvolvimento humano
Crítica
progresso e realização. ou coisa parecida).
O conhecimento que deveria afastar a humanidade do obscurantismo criou no início do século XX, armas químicas
e uma pesada indústria bélica (Ex. Batalha de Marne - 5 e 12 de setembro de 1914). O horror da guerra não foi
fruto da religião, mas da ciência e do avanço tecnológico, da busca por mercado consumidor e do desejo de
conquistar territórios e áreas de influência. O pensamento racional e calculado não redimiu o homem, mas, o
desumanizou: genocídios foram praticados de modo racional como, por exemplo, em Auschwitz, que produziu 1,5
milhão de mortos em apenas três anos de funcionamento. A bomba atômica como desfecho da Segunda Guerra
Mundial e a corrida armamentista da Guerra Fria encenam o desfecho desta questão: a ciência e a tecnologia,
PÓS-MODERNIDADE Trata-se da frustração com o discurso iluminista e com suas ideias
universais. Desconfiança nas noções universais como verdade,
(Modernidade líquida) ética, família, sacralidade, razão, progresso, ser, Deus, Estado.
O desencanto com a modernidade.
Não tendo um horizonte para contemplar, desconfiando de toda
transcendência, restou-lhes olhar para si e para o agora. A cultura
pós-moderna é, então, individualista e hedonista, materialista e
consumista.
Espera (Promessa)
A vida deve ser vivida no agora, pois, não há nada fora do momento presente. Não há o que se ver fora do
“aquário” da existência. Nada de conceitos universais e eternos. Nada de identidades fixas, marcadas pelo certo
ou pelo errado, pelo bem e pelo mal. Em seu lugar, o mundo da alegria e do prazer imediato e intenso. O novo
sentido está no sentir, no consumir, no aparecer/parecer ser e no estar em todos os lugares e em lugar nenhum.
“Consumo, logo existo”.
Crítica
• O homem na concepção pós-moderna é natural, imanente e, portanto, dessacralizado. Imerso no constante
presente, deve dedicar-se a si mesmo, aos seus interesses e aos seus momentos de prazer. Cada vez mais
encastelado nos condomínios fechados e espaços de entretenimento (cultura individualista e hedonista).
• O trabalho não é mais sinônimo de progresso, nem fonte de prazer, mas, condição necessária para sustentar
seu espaço de realização pessoal. O trabalho não lhe gera prazer, mas, recursos. Estes são aplicados em
tempos de diversão e prazer (cultura materialista e consumista).
• O sagrado foi, aos poucos, segregado ao campo dos contos, das irrealidades e dos consolos psicológicos.
Permite uma religiosidade individualista, materialista e hedonista (Religiosidade de mercado)
O NOVO DIACONADO E SUA MISSÃO HOJE

É evidente que este homem, que em cada ser se reconhece a si mesmo no que tem de mais íntimo e mais verdadeiro,
considera também as dores infinitas de tudo aquilo que vive como sendo suas próprias dores, e assim, faz sua a
miséria do mundo inteiro. Daí em diante, nenhum sofrimento lhe é estranho.
Arthur Schopenhauer, 1818

A decisão do restabelecimento do diaconado permanente era e é a da maior e mais direta presença de ministros da
Igreja nos vários ambientes de família, de trabalho, de escola, etc., para além da presença nas estruturas pastorais
constituídas.
João Paulo II, 1993

O diácono é como que sacramento da caridade.


CNBB. Diaconato no Brasil, 1987
Constitui um enriquecimento admirável
para a missão da Igreja, justamente por Ativa uma ação pastoral Rompe com a antiga
ser capaz de estar presente em ambientes marcada pela relação “sagrado x
que dificilmente um presbítero estaria, transversalidade. Ele é profano”, marcada
como os condomínios, empresas, clérigo, mas, via de pela fronteira.
universidades, escolas, hospitais, regra, também esposo e ▪ “Ministério dual e
tribunais, fábricas etc. Assim, o pai de família. Ele é dicotômico”. Essa
Evangelho se faz presente nos locais ministro do Evangelho, visão, muito comum
É sinal
onde de esperança
o diácono viveee trabalha. mas, está inserido nos nos primeiros
de diálogo em tempos ambientes profissionais. momentos de seu
O NOVO DIACONADO restabelecimento,
de isolamento e de
nada mais é que nossa
individualismo, restabelecido no Concílio Vaticano II histórica percepção de
estimulando a conceber o religioso
corresponsabilidade de como realidade
todos para uma cultura É, justamente, por transitar pelos espaços nãoseparada religiosose, queaté o
daÉ reconciliação
a expressão e dado diácono permanente se torna sinal do sagrado mesmo, no mundo antagônica ao
secular,
ministério
solidariedade. ordenado mundo.
pois, portador de significação religiosa ad intra mundo.
colocado o mais
▪ É, em si mesmo, sinal eficaz de sacralização do mundo concebido, na
próximo possível da modernidade, como realidade a-religiosa e profana.
realidade secular.
SOBRE O NÚMERO DE DIÁCONOS
POR QUE O CONCÍLIO VATICANO II
RESTABELECEU O MINISTÉRIO DIACONAL
“COMO GRAU PRÓPRIO E PERMANENTE DA
HIERARQUIA” (LG 29) ?
 Razões histórico-teológicas D. José M. Reuss, bispo de Mogúncia (Alemanha):
“Constitui um grau sacramental, juntamente com o
Restabelecer o tríplice ministério ordenado como visto na presbiterato e o episcopado. Desde o início, a ordem do
Igreja dos primeiros séculos. Dessa forma, pôs-se fim a um diaconato não foi um grau de acesso ao presbiterato,
período de aproximadamente mil anos onde o diaconado foi como também o presbiterato não é, apenas, um grau de
passagem ao episcopado. Como alguém pode ser
vivido, no Ocidente, como transitoriedade e etapa escolar dos chamado ao presbiterato e não ao episcopado, do mesmo
candidatos ao presbiterado. modo, é evidente que alguém, embora não tendo
vocação ao presbiterato, possa, contudo, ser chamado ao
 Razões pastorais diaconato”
ACTA ET DOCUMENTA CONCILIO OECUMENICO
A Igreja no pós Segunda Guerra Mundial vivia uma situação D. Leo VATICANO
José Suenens, Bruxelas (Bélgica):
II APPARANDO. “um
Vaticano: Typis
difícil, com excesso de trabalho pastoral e número semelhante auxílioVaticanis,
Polliglotis ao ministério
1961. sacerdotal
S I, Vol II, é,
P I,antes de
p. 729.
insuficiente de padres. tudo, necessário, quer nas regiões onde há carência de
sacerdotes, por causa do enorme crescimento
Hipólito de Roma: “somente o bispo impõe-lhe as mãos porque demográfico, quer em terras de missão, por causa do
o diácono não está sendo ordenado para o sacerdócio, mas crescente número de catecúmenos”
apenas para se pôr a serviço do bispo”. ACTA ET DOCUMENTA CONCILIO OECUMENICO
Tradição Apostólica. Início do século III, 2.6. VATICANO II APPARANDO. Vaticano: Typis
Polliglotis Vaticanis, 1961. S I, Vol II, P I, p. 144.
ONDE ESTÃO OS DIÁCONOS ?
O QUE FAZEM ?
O diaconado permanente constitui um
enriquecimento importante para a missão da
Igreja
Somente o bispo impõe-lhe as mãos porque o diácono não está sendo Para uma Nova Evangelização que, pelo serviço da Palavra e a
Congregação para a Educação Católica. NORMAS FUNDAMENTAIS
ordenado para o sacerdócio, mas apenas para se pôr à serviço do bispo, PARA
Doutrina A FORMAÇÃO
Social DOS DIÁCONOS
da Igreja, responda PERMANENTES,
às necessidades 3
de promoção
(1998)
para executar o que este lhe ordenar. (Tradição Apostólica. Início do século humana e vá gerando uma cultura de solidariedade, o diácono
III, 2.6.) permanente, por sua condição de ministro ordenado e inserido nas
complexas situações humanas, tem um amplo campo de serviço em
Uma exigência particularmente sentida na decisão
do restabelecimento do diaconado permanente era e
DIACO nosso Continente.
é a da maior e mais direta presença de ministros NIA Diáconos casados (...) sejam fiéis a sua dupla sacramentalidade: a
da Igreja nos vários ambientes de família, de
trabalho, de escola, etc., para além da presença nas COMO do matrimônio e a da ordem (...) que suas esposas e filhos vivam e
participem
A inserção com eles na dos
profissional diaconia. (Santo
Diáconos Domingo - IV
Permanentes nasConferência
estruturas
estruturas pastorais constituídas” ) João Paulo
II, Catequese na Audiência geral, 6 de outubro de 1993, n. MISSÃ do Episcopado Latino-Americano, 76-77 (1992).)
temporais faz com que tenham presença entre os que estão mais
6: Insegnamenti, XVI, 2, 1993) O afastados da Igreja e em grupos não-eclesiais ( DIACONATO NO
BRASIL: TEOLOGIA E ORIENTAÇÕES PASTORAIS (Estudos da CNBB 57,
1987), 4.1.)
O diácono permanente, por sua condição de ministro ordenado e O diácono anima esse novo empenho evangelizador buscando
inserido nas complexas situações humanas, tem um amplo campo de transformar as comunidades paroquiais em comunidades de serviço
serviço em nosso Continente. Através da vivência da dupla (comunidades diacônicas) e de vivência do Evangelho, a fim de que
sacramentalidade, a do Matrimônio e a da Ordem, ele realiza seu toda a Igreja seja evangelizadora em todos os ambientes. A
serviço, detectando e promovendo líderes, promovendo a co- renovação do diaconato permanente se insere, pois, na renovação
responsabilidadede todos para uma cultura da reconciliação e da da diaconia de toda a Igreja. (DIACONATO NO BRASIL:
solidariedade. (DIRETRIZES PARA O DIACONADO PERMANENTE DA IGREJA TEOLOGIA E ORIENTAÇÕES PASTORAIS (Estudos da CNBB 57,
DIACONIAS

103. Nos últimos anos, algumas dioceses foram criando diaconias, experiências pastorais
novas que propiciam aos diáconos assumirem espaços novos na evangelização. As
diaconias retomam uma prática da Igreja primitiva adaptada aos novos tempos. Bento XVI
nos lembra como, nos primeiros séculos do cristianismo, foram importantes essas estruturas
jurídicas primitivas para o testemunho da caridade.
105. Hoje, quando os bispos mostram a urgente necessidade de criar pequenas comunidades
(Dap, n. 178), de renovar o modelo das paróquias (Dap, n. 172), de evangelizar nos novos
areópagos, fronteiras geográficas e culturais (Dap, nn. 205, 208, 491), surgem, na Igreja do
Brasil, diversos tipos de diaconias como resposta aos novos desafios da missão da Igreja.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja no Brasil:
formação, vida e ministério. Documentos da CNBB, n o 96, 2011.
CONIA AMBIENTAL (CÉLULAS DIACONAIS):
FAMÍLIA NO SERVIÇO ÀS MESAS
Aqui se levam em conta os novos espaços ou ambientes da  O diácono é a expressão do ministério ordenado
colocado o mais próximo possível da realidade
sociedade moderna aonde dificilmente chega a presença de um secular. A Comissão Teológica Internacional
ministro ordenado: edifícios, condomínios, fábricas, bancos, traz a questão do diaconado como “ministério
colégios e universidades. A diaconia ambiental pode ser confiada do limiar” e “Igreja de fronteira”, justamente
ao diácono que já frequenta esses ambientes com a finalidade de por se fazer presente naqueles espaços em que o
padre dificilmente está presente.
formar pequenas comunidades.  Sua ação atravessa os espaços eclesiais
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja constituídos e sua diaconia torna-se ação de
no Brasil: formação, vida e ministério. Documentos da CNBB, n o 96, 2011, 108.
encontro com os distantes, aproximando-os da
comunidade de fé.
 As diaconias ambientais (células diaconais) são pequenos grupos  Os diáconos devem ser apóstolos das novas
fraternos que se reúnem nos lares, nos espaços profissionais, escolas, fronteiras da missão. Importa perceber que a
universidades ou em outros lugares pré-determinados, onde o Diácono é o dimensão do serviço está conectada à dimensão
que serve coordenando (facilitando) a oração, a partilha da Palavra e/ou missionária da Igreja, na qual o serviço da
determinada ação caritativa. É um lugar querigmático e diacônico, por Palavra, da Liturgia e da Caridade atravessam o
excelência. espaço paroquial e se prolongam na vida
 Trata-se de uma iniciativa valorosa no campo missionário. Neste cenário, quotidiana, familiar e profissional.
o diácono emerge como aquele servo a quem o Senhor continua
 COMISSÃO NACIONAL DOS DIÁCONOS. XII Encontro
atualizando seu mandado: “Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da
DIACONIA TERRITORIAL
Delimita-se um território para atendimento e instalação da diaconia.
Em geral, estas diaconias abrangem limites territoriais de paróquias,
de centros urbanos e periferias, de decanato, de zona, de setor ou de
região pastoral. A diaconia poderá ter personalidade jurídica própria,
sede e padroeiro. Essas diaconias têm a missão de organizar o
conjunto da prática pastoral e social da Igreja em determinada região.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja no Brasil:
formação, vida e ministério. Documentos da CNBB, no 96, 2011, 106.
ESTUDO DE CASO

DIACONIAS TERRITORIAIS NA
ARQUIDIOCESE
▪ A diaconia não se resume a uma pastoral, não se restringe a um organismo, não se limita a um processo de organização. Trata-se
DE PORTO ALEGRE
de uma dimensão da Arquidiocese, constituída estavelmente e confiada a um diácono. Em consequência, as diaconias integram a
estrutura de organização eclesial católica como estrutura visível da dimensão misericordiosa da Igreja, com a missão de coordenar
os organismos e serviços de promoção humana, numa forma inovadora de ordenar o serviço da caridade.
▪ À diaconia é conferido um status semelhante ao da paróquia, uma vez que possuem sede própria, padroeiro e personalidade
jurídica. A diaconia concede uma visibilidade positivada do ministério diaconal, reforçando sua característica de ministério
apostólico a serviço do epíscopo e na comunidade.
▪ A Diaconia é o lugar do serviço-mediação. Ali o diácono desenvolve o diálogo com as entidades religiosas e sociais, estimula o
empenho social e cuida pela promoção integral da comunidade cristã por meio das obras de caridade. Paróquia e Diaconia
constituem duas vias da missão da Igreja no plano religioso e no plano social.
▪ Na arquidiocese de Porto Alegre as ações pastorais de caridade das paróquias estão submetidas às diaconias.
▪ Cada diaconia tem em sua liderança um diácono, que coordena uma equipe e procura traçar ações de Promoção Humana. A
Arquidiocese de Porto Alegre tem 16 diaconias, que são as seguintes: Diaconia Bom Samaritano, Diaconia Dom Vicente Scherer,
Diaconia João Paulo II, Diaconia Madre Teresa de Calcutá, Diaconia Nossa Senhora dos Anjos, Diaconia Nossa Senhora do
Rosário, Diaconia Santa Isabel, Diaconia Santo Antônio, Diaconia Santo Efrém, Diaconia Santo Estevão, Diaconia São Francisco
de Assis, Diaconia São José, Diaconia São Lourenço, Diaconia da Esperança e Diaconia Santa Teresinha.
GUIZZARDI, Diác. Ivo; BOZZETTO, Diác. Elton. DIACONIAS: uma resposta aos novos desafios da Igreja.
AZÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DAS
ACONIAS AMBIENTAIS E TERRITORIAIS
(I) Elas redimensionam a relação direta e de exemplo do Cristo Servo.
proximidade entre o epíscopo e o diácono, como (V) Concedem maior visibilidade à vocação do
se pode ver nos cinco primeiros séculos. diácono, como chamado específico e singular,
(II) Conferem um lugar específico para a missão dissolvendo aquela sensação equivocada de
dos diáconos, reativando a experiência suplência do presbítero que, lamentavelmente,
administrativa e pastoral da Igreja primitiva. ainda perdura em muitas Arquidioceses/Dioceses.
(III) Permitem uma nova percepção da (VI) Configuram um outro espaço de exercício
hierarquia, entendida de modo triangular, onde para tríplice diaconia.
diáconos e presbíteros emergem como os “braços (VII) Por fim, estabelecem um maior diálogo da
do epíscopo”. Igreja nos espaços não eclesiásticos, aumentando
(IV) Ativam a missão do diácono para fora dos sua presença no mundo como sinal de amor e de
espaços paroquiais de forma a corresponder salvação.
melhor à espiritualidade serviço-mediação, a
ORMAÇÃO CONTINUADA - INDICAÇÕES
Diác. Luciano Rocha Pinto

Ministério Diaconal: história e teologia. São Paulo: Paulus, 2020.

Os Sete helenistas e os dispersos de Jerusalém: O serviço às mesas como diaconia de encontro e


construção identitária da missão na igreja apostólica. Atualidade Teológica (Rio de Janeiro)

Ordenado para o serviço: uma história do pastorado a partir da relação epíscopo-diácono nos
primeiros séculos cristãos. Revista História (Rio de Janeiro), v. 1, p. 9-35, 2018.

O poder pastoral como diaconia caritatis: um olhar histórico-teológico do diaconado em sua


tessitura no tempo. Atualidade Teológica (Rio de Janeiro), v. 21, n. 55, p. 129-153, 2017.

In persona Christi servi: sobre a diaconia de Cristo e o ministério diaconal. Revista de Cultura
Teológica (São Paulo), v. 1, p. 144-171, 2017.

A formação do diacônio carioca: origens e desenvolvimento do ministério diaconal na


Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Revista História (Rio de Janeiro), v. 1, p. 111-
143, 2017.

Mensa Verbi Dei: o ministério diaconal da Palavra de Deus. Coletânea (Rio de Janeiro), v. 16, p.
81-103, 2017.

Diaconado latino: uma reflexão sobre seu desaparecimento a partir das relações de poder
pastoral. Atualidade Teológica, v. 20, n 52, p. 106-128, 2016.

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