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15 Características de um verdadeiro pastor (Falta

a 6 pra muitos)
“Qual o perfil do verdadeiro
pastor chamado por Deus?”
Quer descobrir quais são as características do verdadeiro pastor segundo o
coração de Deus?

Saiba que é da vontade de Deus dar ao seu povo pastores honestos, maduros, de
bom procedimento e de um caráter íntegro, que cuidem de Sua igreja!

E vos darei pastores conforme o meu coração, os quais irão vos alimentar com
conhecimento e entendimento.
(Jeremias 3:15 KJF)

Você está preparado para esta obra?

O primeiro “sintoma” de que Deus está te chamando para ser um verdadeiro


pastor de ovelhas, isto é, da igreja de Cristo, é o desejo que deve ter para ser
um!

O pastoreado deve ser algo sonhado e almejado


por você; isto deve ocupar sua mente dia a dia, e
tu deves se preparar para isso. Veja:
Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
(1 Timóteo 3:1 ACF)

Você sabe que a obra do Senhor precisa ser realizada e que Ele está chamando
obreiros para isso, então em ti deve haver o desejo de se dispor para esta obra
(Lc 10: 1-2; Jo 4: 34-35).

O pastoreado é um dom de Deus também (Ef 4:11), por isso você precisa antes
certificar-se de que Ele realmente te deu este dom e tem este chamado para ti.

A Bíblia afirma que o Senhor Jesus é o bom Pastor, e também o sumo Pastor (Jo
10:11; 1Pe 5:4); mas também afirma que Ele mesmo designou pastores e
obreiros para cuidarem de sua igreja. Isto é um privilégio! (Ef 4:11-14)
Você foi chamado por Ele para este ministério? Então não despreze o dom de
Deus que há em ti! (1Tm 4:14-16)

Eu quero te ajudar a preparar-se (ou corrigir-se na caminhada).

As características dos verdadeiros pastores que você aprenderá abaixo estão


escritas de forma resumida, pois sei que nem todos tem tempo para ler um
estudo grande de uma vez.

Mas eu posso te enviar cada uma delas com mais detalhes por e-mail; se quiser
aprender mais, clique na imagem abaixo para cadastrar-se.

#1 O verdadeiro pastor sabe que


foi chamado para servir e não para
ser servido!
Mas Jesus chamando-os, disse: Sabeis que os príncipes dos gentios exercem
domínio sobre eles, e os seus grandes exercem autoridade sobre eles.
Mas não será assim entre vós; mas quem dentre vós deseja ser grande, seja o
vosso servidor;
e, quem deseja ser o primeiro, seja o vosso servo;
assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para
dar a sua vida em resgate de muitos.
(Mateus 20: 25-28 KJF)
A primeira grande característica de um pastor de ovelhas segundo o coração de
Deus, é que ele tem a plena ciência de que não veio para ser servido, mas para
servir e dar/dedicar a sua vida à favor de seus irmãos.

O verdadeiro pastor segundo o coração de Deus é aquele que segue fielmente o


exemplo de Cristo, o Sumo pastor, e que cuida do rebanho que Deus lhe confiou
servindo-o (João 10: 11-15; Atos 20:28; Hebreus 13:7).

#2 O verdadeiro pastor deve ter


um comportamento irrepreensível!
“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível…”
As palavras pastor, bispo e presbítero/ancião no Novo Testamento, tem funções
muito similares, e são designadas para os obreiros que tem a função
de pastorear a igreja, cuidando e ensinando a Palavra de Deus (Leia At 20: 16-
17,28; 1Pe 2:25; 5:1,2; Hb 13:7).

Veja o significado de irrepreensível: Que não merece censura; que não merece ser


repreendido: conduta irrepreensível. Que não há falhas; perfeito. Fonte Dicio.

Ser um pastor de comportamento irrepreensível é realmente uma missão muito


difícil, visto que somos homens falhos, e além disso, por mais que nos
esforcemos, nunca conseguimos agradar a todos, nem mesmo nosso Senhor,
sendo perfeito, conseguiu, não por culpa dele mesmo, mas do coração das
pessoas.

Mas o fato é que o verdadeiro pastor sabe que é um espelho de Cristo para a


igreja de Deus, um ministro dele, e por isso gosta de viver de forma integra e
honesta, irrepreensível, com a ajuda do Espírito Santo, para que assim agrade a
Deus e sirva de exemplo ao Seu povo (1Co 4:1; 2Co 3:18; Tito 1:6-7; 1Pe 5:3).

Quem é sincero para com Deus, O ama e vive em seus caminhos, torna-se
irrepreensível com naturalidade (Sl 119:1-3).
#3 O verdadeiro pastor deve ser
marido de uma esposa!
“Convém, pois, que o bispo seja […] marido de uma mulher,”

Por que o verdadeiro pastor deve ser marido de uma mulher?

Porque só pelo fato de o homem ser casado e, consequentemente, ter um


trabalho e uma família para cuidar, já exige dele mais responsabilidades!

Além disso, quando se trabalha com aconselhamento pastoral para a família, se


alcança mais eficiência quando se tem uma família!

Mas este casamento não deve ser de qualquer maneira!

O apóstolo Paulo ainda destaca em 1 Timóteo 3: 4-5, que o verdadeiro pastor
deve cuidar/governar bem a sua própria família, pois se ele não tiver cuidado da
sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?
#4 O verdadeiro pastor deve
ser vigilante e sóbrio, de bom
comportamento!
Vigilância e sobriedade são dois importantíssimos atributos de um bom pastor.

Vigilante é qualidade de cuidadoso, atento, prudente; característica essencial


para evitar acidentes ou mal entendidos durante a caminhada.

Sobriedade é qualidade da pessoa equilibrada, moderada, que tem domínio


próprio; outra característica essencial dentre as qualidades que um pastor deve
ter para que seja um exemplo de vida às ovelhas de Cristo.

Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos
quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.
(Hebreus 13:7 ACF)
#5 O verdadeiro pastor de ovelhas
também é dado
à hospitalidade (1Tm 3:2).
Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo,
hospedaram anjos.
(Hebreus 13:2 ACF)

A hospitalidade é o bom tratamento de uns para com os outros, é sinônimo


de amor fraternal, amizade, companheirismo, preocupação também com as
necessidades dos outros.

Dentro deste assunto, nos versículos seguintes, estão descritas as qualidades


que um pastor deve ter: Rm 12:10; Fp 2: 3-4; Gl 6: 1,2.
#6 Uma característica obrigatória
do verdadeiro pastor é
a humildade!

Aquele que julga ser um pastor escolhido por Deus, deve ele também andar
como Cristo andou! (1Jo 2:6)

O Senhor Jesus Cristo é o maior modelo de vida que os verdadeiros pastores


devem objetivar, pois Ele é o Sumo pastor e dono da igreja! (Gl 2:20; 6:14; 1Co
11:1; 1Pe 5: 2-3).

Nosso Senhor foi o maior líder já existente na história (tanto que até hoje está
fazendo milhares de discípulos) porque foi também o mais humilde que já existiu!

Assim também devem ser os verdadeiros pastores. Reflita com toda atenção
em Filipenses 2: 5-8 e Mateus 11: 29.
#7 O verdadeiro pastor deve
ser apto para ensinar a Palavra de
Deus!

Essa característica do verdadeiro pastor, obviamente, é indispensável!

Infelizmente há muitas pessoas por aí dizendo-se pastores, mas sem


nenhuma capacidade para ensinar a Palavra, e ensinando muitas coisas erradas e
imaturas, pois não tem compromisso nenhum com o estudo e muito menos com

a prática da Palavra de Deus! (Mt 15:8; Lc 6: 46-49) 

De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de


alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de
Deus.
Estão precisando de leite, e não de alimento sólido!
(Hebreus 5:12 NVI)
Existe um processo para alguém ser apto, capacitado para ensinar a Palavra: tem
que estudar a mesma!

Além do mais, não é recomendado que o pastor seja um


principiante, uma pessoa que não tem experiência com Deus e
muito menos falta de conhecimento e estudo das Escrituras
Sagradas! (1Tm 3:6)

Portanto, se você deseja ser um pastor, cole o versículo abaixo na tábua do seu
coração, e pratique-o!

e apegue-se firmemente à fiel Palavra, da forma como foi ministrada, a fim de


que seja capaz tanto de encorajar os crentes na sã doutrina quanto de convencer
os que se opõem a ela.
(Tito 1:9 KJA)

O homem de Deus que quer servir ao Reino como pastor deve certificar-se em
seu coração de que ama a Deus e verdadeiramente converteu-se a Ele, nascendo
de novo (Jo 3: 3-5; Rm 6:4; 8:5; Gl 5: 24-25).

Ao certificar-se de seu novo nascimento em Cristo, o pastor estará apto a amar a


Palavra de Deus, e com prazer estudá-la e praticá-la!

Leia Salmo 119: 47,48,97,113,163,167.

Criar o hábito de estudar a Bíblia Sagrada é fundamental para você que quer ser
um pastor segundo o coração de Deus!
#8 O verdadeiro pastor não deve
ser dado ao vinho, nem espancador
e contencioso.
“não dado ao vinho, não espancador… não contencioso.” (1 Tim 3:3 KJF)

Na cultura dos judeus contemporâneos a Cristo e aos apóstolos, o vinho era uma
bebida comum, como o refrigerante é para nós hoje.

Havia um certo estado em que a uva embriagava mais do que em outro.

Mas assim como o beber refrigerante demais causa vários males à saúde (em
certos casos causa até câncer), o excesso de beber vinho, obviamente,
embriagava e causava vários males aos homens, e até mesmo os sábios se
tornavam tolos (Pv 23:29-35; Os 4:10-11).

Veja como os líderes do povo de Deus pecava antigamente por causa da bebida:

“Porém, eles também têm errado por causa do vinho, e através da bebida forte
estão fora do caminho.
O sacerdote e o profeta têm errado através da bebida forte, eles estão imersos
no vinho, eles estão fora do caminho por causa da bebida forte.
Eles erram na visão, eles tropeçam no julgamento.”
(Isaías 28:7 KJF)
Exatamente por causar controvérsias e tirar o domínio próprio do ser humano, o
apóstolo Paulo recomenda: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há excesso,
mas enchei-vos do Espírito.” (Efésios 5: 18 KJF)

A respeito de não ser espancador, é uma


covardia agir com violência para com os mais
fracos, ou para com a esposa e filhos; isto é
abominável!
“que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
seriedade,
(porque se o homem não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da
igreja de Deus?);”
(1 Tim 3:4,5 KJF)

O contencioso é aquele homem que vive arrumando briga por motivos


pequenos; é aquele que diz “sou crente e muito calmo, mas não pisa no meu calo
não, se não vai ver só do que sou capaz…”

Atitude totalmente contrária à de quem é realmente filho de Deus (Mt 5:9; Ec


7:9).

Se o pastor não levar a sério sua conduta de vida, e não levar em consideração
que algum mau hábito pode influenciar negativamente algum irmão, ele não
alcançará o último requisito que o apóstolo Paulo recomendou para os
verdadeiros pastores.

Além disso, ele deve ter também bom testemunho dos que estão de fora, para
que não caia em descrédito e no laço do diabo.
(1 Timóteo 3:7 KJF)
#9 O pastor verdadeiro deve amar
ao Senhor!

O pastor deve ter um amor pelo Senhor Jesus de tal maneira que mova o seu
coração a realizar a obra de Cristo! (Jo 21:15)

Além disso, o pastor também não pode abandonar este amor ao longo da
caminhada, porque é este amor que vai manter viva a sua comunhão com o
Senhor (Ap 2: 1-5).
#10 Um pastor verdadeiro está
caminhando sempre em oração.

A oração é também o que alimenta a nossa comunhão com Deus.

O pastor verdadeiro sabe que sem Cristo nada pode fazer (Jo 15: 3-5); por isso,
ao conduzir seu rebanho, está sempre humilhando-se diante de Deus e
buscando-o em oração (Dn 6:10; 10:12);

Além disso, o pastor verdadeiro é uma pessoa que caminha em sinceridade


perante o rebanho, e ajuda-o.

Veja o exemplo que o apóstolo Paulo dava com sua prática de vida, e o que
recomendou que os líderes da igreja também fizessem.

Tenho-vos mostrado todas as coisas, que trabalhando assim, é necessário apoiar


os fracos e lembrar as palavras do Senhor Jesus, que disse: É mais bem-
aventurado dar do que receber.
(Atos 20:35 KJF)
Muitos pastores tem fracassado em conduzir o seu rebanho, porque já se
tornaram arrogantes como o rei Saul, que foi prepotente e pensou que poderia
fazer as coisas do seu próprio modo, desprezando até mesmo a vontade de
Deus (1Sm 15: 10-23).

#11 O pastor verdadeiro


está sempre estudando as
Escrituras no temor de Deus.

Uma das principais características que os pastores verdadeiros devem ter é o


gosto pelo estudo da Palavra de Deus, para que preguem ao povo de Deus a
verdadeira Palavra da Verdade, pois sabem que em nosso tempo muitos estão
desviando seus ouvidos dela, tornando-se reprovados diante de Deus (2 Tm 4:
2-5).

Por isso, antes de tudo, o pastor verdadeiro cuida de sua vida com Deus,
buscando caminhar em sinceridade diante dele e sempre corrigir-se (2Co 13:5; 1
Tm 1:18-19), e desta forma estará apto a apresentar-se a Deus como obreiro
aprovado e ensinar ao seu povo também (2 Tm 2:15).
#12 O pastor verdadeiro não é
cobiçoso de lucro imundo.
Infelizmente há por aí muitos obreiros da iniquidade, que estão lucrando de
forma injusta e ardilosa.

Mas a característica do verdadeiro pastor é que ele não deve ser avarento e


apegado ao dinheiro, pois sabe que isso é uma idolatria (Cl 3:5), e se ele servir ao
dinheiro, jamais poderá servir a Deus! (Mat 6:24).

Muitos pastores estão por aí aos montes enganando aos crentes com falsos
discursos e doutrinas, e na verdade estão apascentando a si mesmos; mas Deus
abomina esta prática! (Ez 34: 2-3).

O apóstolo Pedro advertiu aos pastores que não fossem avarentos (1Pe 5: 2,3).

Além do mais, os que querem ficar ricos acabam, mais cedo ou mais tarde,
destruindo a si mesmos em busca de prazeres nocivos, e assim destroem sua
própria fé (1Tm 6:9,10).
#13 Os pastores verdadeiros não
são “centralizadores“! 
Ou seja, concentram tudo em torno de si mesmos, com medo de perder sua
posição de pastor ou com inveja de que algum outro irmão sobressaia acima
dele, e assim acabe se destacando mais do que ele.

Antes, o verdadeiro pastor sabe que tudo é de Cristo, tudo é para a glória do
Senhor (2Pe 3:18), por isso ele valoriza o discipulado e treina novos
obreiros(as) também, a fim de que cada vez mais a igreja de Cristo cresça,
amadureça e seja edificada, abençoando muitas vidas.

Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas que
ainda restam e estabelecesses presbíteros em cada cidade, como já te mandei…
(Tito 1:5 KJF)
À partir deste versículo acima, entendemos que o pastor não é dado à
ostentação de seu ministério, mas sabe que está debaixo de uma grande
responsabilidade em apresentar para Cristo uma igreja santificada na Palavra da
Verdade (2Co 11:2).

Os pastores que concentram tudo em torno de si mesmos, não treinando novos


obreiros, tem fracassado em seu ministério, pois desgastam-se demais e acabam
cometendo vários erros que poderiam ser evitados se se abrissem para receber
ajuda.

Podemos tomar como exemplo o apóstolo Paulo, que tinha junto de si


vários cooperadores na obra de Deus, e não deixava de capacitar um novo
obreiro para também ser responsável pela pregação do evangelho em outros
lugares (At 13:5; Rm 16:3,9,21; Fp 2:25; 4:3; Cl 4:11; 1Ts 3:2; Fm 1:24).

Por isso, não trabalhe sozinho, faça como o apóstolo Paulo e construa em volta
de si um verdadeiro exército de Cristo, escolha homens e mulheres que
sejam idôneos para o trabalho de Deus também! (2 Tm 2:2)

Conheça abaixo os treinamentos de capacitação da


Universidade da Bíblia, que poderão abençoar a sua igreja e aos
seus obreiros!
#14 Um pastor verdadeiro
preocupa-se com os que
estão fracos na fé e os ajuda.
Uma das características dos verdadeiros pastores, é que estes vão em busca das
ovelhas perdidas, que estão fracas na fé; como o próprio Deus fez vindo
pessoalmente ao mundo, na pessoa de Cristo, nosso Senhor! (Ez 34: 11-12,16)

Sobre este assunto, leia também Mt 18: 12-14; Gl 6:1-2; Tg 5: 19-20.

#15 O pastor verdadeiro precisa


ter auto entrega à obra de Deus!
A missão de ser um pastor verdadeiro não é tão fácil, mas à partir do momento
em que nos convertemos ao Senhor e vivemos por Ele (2Co 5:15; Gl 2:20),
somos capacitados por Seu Espírito a nos tornarmos verdadeiros pastores
segundo o coração de Deus (2Co 3:5; 1Co 12: 4-11; At 1:8).

Por isso, a exemplo de nosso Mestre, devemos ser pastores que dão a vida pelo
rebanho, isto significa dedicarmo-nos a eles (Jo 10:11; 1 Jo 3:16), pois para isso
os verdadeiros pastores foram chamados, para apascentar o rebanho de Deus,
isto é, cuidar da igreja! (1Pe 5: 2,3).
Obviamente não existem pastores perfeitos, mas seremos abençoados se
praticarmos todas estas características dos verdadeiros pastores, citadas acima
(João 13: 12-17).

Tenham cuidado, pois, de vós mesmos, e de todo o rebanho, sobre o qual o


Espírito Santo vos constituiu supervisores, para alimentardes a igreja de Deus,
que ele adquiriu com seu próprio sangue.
(Atos 20:28 KJF)

Filho de Pastor: E Se Ele Não For Crente?


 

Provavelmente você conhece algum filho de pastor. Talvez conheça


um filho de pastor que seja classificado como sendo uma “benção”,
mas a verdade é que nem todos são assim. Existe muito filho de
pastor que passa bem longe disso.

Diante disso, algumas pessoas perguntam: E quanto aos pais destes


filhos “problemáticos”? Seus ministérios estarão censurados?

Geralmente tais perguntas acorrem principalmente em referência ao


conselho de Paulo a Timóteo (1 Timóteo 3:4). Nesse texto ele fala das
exigências para a qualificação dos ministros da igreja. Uma dessas
exigências diz que o obreiro deve ser um pai exemplar e que conduza
bem a sua própria casa, tendo os seus filhos em sujeição. O mesmo
conselho é repetido em Tito 1:6.

Filho de pastor ou filho de um pai?


Desde que eu me entendo por gente, sempre presenciei meu pai não
tendo apenas a nossa casa para cuidar. Ele sempre precisou se dividir
também entre algumas outras centenas de pessoas que enxergam
nele uma “espécie de pai”. Não vou falar do relacionamento entre
Igreja e pastor neste texto, simplesmente porque não é o nosso tema.

O que precisamos deixar bem explicado é que um filho de Pastor é,


sobretudo, filho de um pai. O correto é dizer que não existem filhos de
pastores, e sim, filhos de pais que são pastores.
O filho de pastor e a herança pastoral
O filho de pastor não é um semi-pastor, um pré-pastor ou, o mais
popularmente conhecido “pastorzinho”. O pastorado não é um tipo de
pensão vitalícia ou herança para os filhos (pelo menos não deveria
ser). O fato de um pai ser pastor não significa que seu filho seja crente
e muito menos salvo. Pastor não é rei, e nem tão pouco seu filho um
príncipe.

Um dos exemplos mais citados de obrigatoriedade de profissão é o


dos pais médicos que obrigam seus filhos a também serem médicos.
O resultado disso todos sabem: péssimos médicos. Com os pastores
e os “pastorezinhos”, essa regra não é exceção.

A menos que o filho de pastor tenha um chamado ministerial


verdadeiro em sua vida, este deve ficar longe do pastorado. Um filho
de pastor ser membro de uma Igreja não é desonra nenhuma, nem
para ele e nem para seu pai. Saiba também o que é a Igreja.

Infelizmente muitas igrejas são tratadas como verdadeiros impérios. O


pastor estabelece uma monarquia onde o trono é passado de pai para
filho, sem que este filho de pastor tenha ao menos escolhido ser
pastor, e o pior, sem Deus tê-lo escolhido para exercer o pastorado.

Uma vez escutei um pastor dizer algo bem difícil de entender. O seu
filho morava em outra cidade, então ele o mandou buscar e disse que
precisava que esse filho assumisse a Igreja que ele pastoreava porque
ele não queria que a Igreja ficasse na mão de qualquer um.

O detalhe é aquela era uma Igreja de cerca de dez mil membros, com
pelo menos 50 pastores. Será que nenhum deles tinha preparo para
assumir a Igreja? Não estou questionando o chamado de Deus na vida
desse filho (eu o conheço e ele é um ótimo pastor também). Porém o
que questiono é que, se em uma Igreja desse porte não existir alguém
com capacidade ministerial para assumir essa liderança, então a
missão de “fazer discípulos” foi um fracasso.

O filho de pastor e a recomendação de Paulo


Por fim, vamos falar então sobre a recomendação de Paulo. Para
entendermos bem essa recomendação, vamos reescrever alguns
versículos:
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher,
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância,
mas moderado, não contencioso, não avarento;
Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição,
com toda a modéstia
(Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado
da igreja de Deus? );
Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do
diabo.
Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora,
para que não caia em afronta, e no laço do diabo.
(1 Timóteo 3:2-7)
Note nos versículos acima que quando o apóstolo Paulo fala sobre ter
seus filhos em sujeição e domínio sobre a sua própria casa, antes, ele
já havia descrito pelo menos doze características exigidas para um
líder ministerial.

Paulo não estava cobrando que os filhos adultos dos líderes cristãos
fossem crentes. O foco do apóstolo são os filhos menores que ainda
estão sob a sujeição de seus pais. Ele estava dizendo que esses
líderes deveriam conseguir passar aos seus filhos um caráter
exemplar. O obreiro precisa ter o respeito de seus filhos. Se
considerarmos todas as características citadas por Paulo antes do
versículo quatro, poderemos idealizar um exemplo de pessoa na qual a
tarefa de dominar a própria casa será um reflexo de sua conduta
exemplar.

Cada pessoa possuí suas próprias aspirações. Com os filhos de


pastores não é diferente. Embora durante toda nossa vida sempre
tomamos algo ou alguém como exemplo, existe um momento na
infância em que a personalidade é construída. Durante esse período as
referências de caráter são muito mais absorvidas do que em qualquer
outro momento da vida de um individuo.

É nesse momento que não o pastor ou o obreiro, mas o pai, precisa


ensinar o menino no caminho em que ele deve andar. Ele deve fazer
isso não com o objetivo de formar um pastorzinho, mas acima de tudo
uma pessoa de caráter. Infelizmente muitas vezes nos preocupamos
tanto em formarmos “crentes” que nos esquecemos de formar
“pessoas de bem”.

A responsabilidade pessoal dos filhos de pastores


A partir do momento em que os filhos adquirem a capacidade de
discernimento e começam a conduzir suas próprias vidas, então o pai
não poderá mais ser responsabilizado pelas atitudes dos filhos.
O profeta Ezequiel fala exatamente sobre isso (Ezequiel 18:1-20).

Além disso, a salvação é pela graça mediante a fé. Ninguém pode


salvar-se a si mesmo ou seus dependentes. O único que pode nos
salvar é Jesus. Nosso papel é simplesmente anunciar a verdade. Ser
filho de pastor não é meio caminho andado para salvação.

O filho de um engenheiro civil não pode ser cobrado de saber construir


um prédio. Seu pai também não pode ter o registro de engenheiro
suspenso por que seu filho não sabe assentar um tijolo. Da mesma
forma um pastor não pode ter seu ministério censurado pelas atitudes
de um filho adulto. Esse filho é um indivíduo capaz perante Deus e a
sociedade.

Quando escreveu 1 Timóteo 3:4, Paulo não estava responsabilizando


os pais obreiros pelas ações dos filhos. A principal mensagem de
Paulo nesse versículo é que a disciplina relaxada e a falta de exemplo
como pai, desqualifica o pastor tanto como líder na igreja, como chefe
da sua própria casa.

Conheço muitos filhos de pastores que tiveram um ótimo


ensinamento. Eles “cresceram” no evangelho, mas o evangelho não
cresceu dentro deles. Quando alcançaram a idade adulta, tomaram
suas próprias decisões. Conheço outros que não tiveram exemplo
algum dentro de casa, mas se tornaram grandes líderes ministeriais.

Às vezes reprovamos um pastor cujo filho não dá bom testemunho, e


aprovamos outros que não são hospitaleiros, não são aptos no
ensinamento, possuem torpe ganância, mas seus filhos são ótimos.

Conselhos práticos
Nunca podemos nos esquecer que uma hora os filhos crescem, e os
pais não estarão mais com eles em momentos em que terão de tomar
decisões sozinhos. Porém, se no período de formação os filhos
tiveram exemplos de pais que conduziram bem suas casas, as
chances das escolhas desses filhos serem acertadas podem ser
maiores.

Já para os pais que são pastores, saiba que seu ministério pode ser
sim ser limitado pela falta de disciplina dentro de sua própria casa (cf.
Tito 1:6). Mas nem sempre são os filhos que limitam ou até destroem
esse ministério. Às vezes outros familiares como conjugues, pais e
irmãos contribuem para isso. Nesses casos é preciso fazer uma
reflexão pessoal e ler bem essas recomendações de Paulo. Com isso,
você precisa estabelecer a autoridade primeiramente em sua própria
vida.

Mas quanto aos filhos, lembrem-se que é fácil às vezes ficarmos tão
envolvidos em preservar os filhos dos outros, que acabamos perdendo
o controle dos nossos próprios filhos.

Para os filhos de pastores


Se for o seu desejo e você buscar a capacitação da parte de Deus, é
claro que você poderá ser um grande pastor. Se você fizer isso,
certamente você poderá exercer esse pastorado sobre a aprovação de
Deus. Se esse não é o seu desejo, saiba que isso não o torna menos
importante.

Você precisa se preocupar em ser cristão conforme a Palavra de Deus


nos instrui a ser. Consequentemente você será uma pessoa de
caráter. Mas lembre-se que a salvação não é hereditária. Só existe
salvação no sangue de Jesus e não em um tipo de “sangue pastoral
13 – ESTUDO A FAMÍLIA DO PASTOR

A Familia do Pastor

 As famílias estão se enfraquecendo em todo o mundo, Assim também um


número alarmante de famílias de pastor. Entretanto, as Escrituras
estabelecem uma família forte, exemplar como um pré-requisito para o
ministério pastoral. Embora se admita que as pressões no ministério
contemporâneo sejam enormes, um casamento e um relacionamento
familiar caracterizados pelo fruto do Espírito e pelo amor de Cristo
serão capazes de enfrentar os assaltos inevitáveis de uma cultura
pagã, pós-moderna, e as intensas demandas do ministério pastoral de
hoje. A casa do pastor deve ser sua prioridade no ministério.

Um bestseller recente sobre o ministério pastoral contém um capítulo


intitulado “Alerta: 0 Ministério Pode Ser uma Ameaça para Sua
Família".' Uma pesquisa pastoral realizada em 1992, publicada em um
jornal importante, descobriu as seguintes dificuldades significativas
que produzem problemas conjugais nas famílias dos pastores:

81% tempo insuficiente em conjunto

71% uso do dinheiro

70% nível de renda

64% dificuldades de comunicação

63% expectativas da congregação

57% diferenças quanto ao lazer

53.% dificuldades na criação dos filhos

46% problemas sexuais

41% rancor do pastor com relação à esposa

35% diferenças quanto à carreira ministerial

25% diferenças quanto à carreira da esposa

Hoje ninguém questiona o fato óbvio de que a maioria dos pastores


a suas famílias estão sofrendo pressões cada vez maiores por causa do
ambiente em que estão ministrando.

1. 0 pastor envolve-se com o humanamente impossível- lida como


pecado na vida das pessoas.

2. 0 pastor cumpre um papel que nunca se completa - resolve


problemas que vão se multiplicando.

3. 0 pastor serve sob uma credibilidade cada vez mais questionada


aos olhos da sociedade.

4. 0 pastor permanece a postos 168 horas por semana.

5. Espera-se que o pastor tenha um desempenho excelente em uma


ampla gama de habilidades - sendo, a qualquer hora, erudito,
visionário, comunicador, administrador, consolador, líder,
financista, diplomata, exemplo de perfeição, conselheiro e
apaziguador.

6. Espera-se que o pastor produza mensagens fascinantes, que


transformem vidas, pelo menos duas vezes por semana, 52 domingos
por ano.

7. A brigada de combate do pastor é, em geral, uma força


voluntária, não uma ajuda remunerada.

8. 0 pastor e sua família parecem viverem um aquário que todos


podem observar.

9. 0 pastor muitas vezes é mal remunerado, não muito valorizado,


pouco reciclado e sobrecarregado.

10.   Como figura pública, o pastor pode receber as mais duras


críticas tanto da comunidade como da congregação.

Ninguém que reflita um pouco pode negar que o ministério é


potencialmente perigoso para o casamento e a família do pastor. Mas
será isso mesmo? Ou melhor, é necessário que seja assim?

O PADRÃO BÍBLICO

Duas passagens-chaves apresentam o imperativo de Deus de que ter


um compromisso sério com a família é um pré-requisito para que alguém
possa ser considerado no ministério pastoral: "Que governe bem a sua
própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
(porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado
da igreja de Deus?)" (1 Tm 3.4,5); "... aquele que for
irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não
possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes" (Tt 1.6).

Pelo menos três aspectos do casamento e da família do pastor são


destacados:

1. Ele deve ser marido de uma só esposa, isto é, totalmente devotado,


não pôr os olhos em outras mulheres nem se afeiçoar a elas (1 Tm
3.2; Tt 1.6). Ele deve demonstrar o mesmo nível de amor que Cristo
revela por sua noiva, a Igreja, em seu amor firme e inabalável.

2. Ele deve liderar sua família (1 Tm 3.4), não podendo delegar a


responsabilidade final da direção de seu lar, nem deixar de dar
prioridade a este governo. Assim, não basta que simplesmente
lidere, mas que a qualidade de sua liderança em casa seja
excelente.

3.  Os filhos devem viver em harmonia na casa pastoral, tendo o pai


como exemplo e instrutor (1 Tm 3.4; Tt 1.6). isso não significa que
os filhos de pastor não tenham problemas. Entretanto, significa que o
padrão geral de comportamento deles não deve ser um embaraço para a
igreja, uma pedra de tropeço para o ministério de seus pais, nem um
padrão contraditório em relação à fé cristã.

A lógica divina para esses altos padrões vai do menor para o


maior. Se a pessoa não consegue liderar efetivamente o pequeno
rebanho de sua própria família, com certeza não terá sucesso ao
assumir a liderança de um rebanho maior, a igreja, "porque, se alguém
não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de
Deus?" (1 Tm 3.5).

É importante salientar que esses padrões definem de modo absoluto


um aspecto dos pré-requisitos para o ministério. Eles não são
culturalmente ultrapassados, opcionais, nem estão abertos à
discussão. Esses imperativos bíblicos são tão relevantes hoje como
eram quando Paulo os escreveu, dois mil anos atrás.

A meu ver, a negligência desses fatores na qualificação de homens


para o ministério tem contribuído de modo significativo para as
crises enfrentadas pelos pastores e suas famílias. Com certeza, o
Novo Testamento não desconsidera essas severas pressões potenciais.
Entretanto, exige para o ministério um tipo de homem e de família que
evitem com sucesso os perigos potenciais ao casamento e/ou à família.

É verdade que os padrões bíblicos para a família não são


diferentes para o lar do pastor e para qualquer outra família de
crentes. A diferença está na responsabilidade que a família do pastor
tem de ser um exemplo de matrimônio e de uma família cristã madura,
tornando-se um incentivo para as outras famílias do rebanho.

0 desenvolvimento surpreendente causa dificuldades nos lares


cristãos em geral e nos lares dos pastores em particular, os quais
têm sofrido por não fugir dos caminhos do mundo. Catástrofes
espirituais que vão de pastores adúlteros a divórcios na família
pastoral têm se tornado inaceitavelmente muito freqüentes."

Se o mundo ou, no caso, a igreja fosse verificar algum lugar ou em


alguém um modelo de família, deveria ser no pastor e na casa
pastoral. Entretanto, isso não é verdade.
Veja, por exemplo, Michael Novak. Ele fez a pergunta elementar:
"Por que a família?"

Sua resposta positiva consiste em três declarações:

1.           Sem ela não há futuro.

2. Esse é o único departamento de saúde, educação e bem-estar que


funciona.

3. Há um aprendizado de virtudes morais construído sob as


condições da vida familiar normal que não pode ser reproduzido
de nenhuma outra forma.

0 que é necessário para que o pastor, sua esposa e filhos voltem


para o caminho? 0 que pode ser feito para que a casa pastoral volte a
ter uma vida exemplar? Como expulsar da igreja o declínio cultural?

Minha idéia é: "Volte às bases! Volte às Escrituras!" Gosto das


respostas de Novak à pergunta: "Por que a família?", mas outra
resposta é ainda melhor, ou seja, a família é o único plano de Deus,
portanto não adianta tentar, nem inventar.  Não tome os rumos da
cultura e da psicologia! Volte continuamente às Escrituras e
mantenha-se no padrão da vontade de Deus para o lar.

   No início da obra ministerial, ser forte nesse aspecto não torna


alguém automaticamente imune às pressões que possam ocorrer.
Portanto, para permanecer firme,  esforçando-se em seu casamento e
família, o pastor precisa começar firme.  0 desafio é duplo. Primeiro,
abrace seriamente os padrões bíblicos para a família cristã e,
segundo, lide realisticamente com os desestabilizadores potenciais
que costumam atingir os lares na cultura contemporânea. Todos esses
esforços exigem oração e dependência continua do Senhor, para que Ele
conceda sua força e graça.

MONTANDO GUARDA

Um lar forte começa no pastor. Ele deve valorizar as qualificações


para o ministério, mesmo que ninguém mais o faça. Um lar precário
significa um ministério precário - esse é o ponto de apoio do pastor.
Não importam as circunstâncias," o pastor deve liderar; ser o
primeiro a ter a casa como uma prioridade bíblica.

Em 1992, em uma pesquisa feita entre pastores pela Leadership, 57%


deles indicaram que o fato de serem pastores beneficiava suas
famílias, 28% disseram que isso representava uma ameaça e 16%
afirmaram que era indiferente. Num sentido geral, a pesquisa não se
mostrou tão sombria como se esperava. A boa notícia é que o
ministério pode não ser tão ameaçador para a família quanto pensam
alguns.

Acima de tudo, porém, a maioria dos pastores acha que seus


relacionamentos familiares estão acima da média. A pergunta: “Até que
ponto você está satisfeito com seu casamento?", 86% dos pesquisados
responderam de modo positivo. A uma pergunta semelhante: “Até que
ponto você esta satisfeito com sua vida familiar?", 76% dos pastores
indicaram que sua vida familiar era positiva ou muito positiva. 

Além de o pastor levar a sério essa prioridade, sua esposa deve


possuir esta perspectiva de ministério.   Ela precisa ser um apoio
incondicional, ou as pressões ministeriais acabarão atingindo a casa.

As Escrituras não fornecem as qualidades das esposas de pastor.


Entretanto, é provável que os padrões para as diaconisas em 1 Tm 3.11
sejam um bom ponto de partida. 0 versículo alista somente quatro
qualidades, mas suponho que o padrão para as mulheres não deva ser
inferior ao dos homens. Paulo simplesmente resolveu ser mais breve,
condensando as palavras acerca dos diáconos nos versículos 8, 9
e 12.  Ele escreve: "Da mesma sorte as mulheres sejam
honestas [σέμυας, semnas]",  usando a mesma palavra empregada em 1 Tm
3.8 para descrever os diáconos. Como os diáconos, as mulheres devem
ganhar o respeito dos outros por sua maturidade.

Em segundo lugar, Paulo trata da língua da mulher, comparando-a


aos padrões estabelecidos para os diáconos. Ele afirma que as
mulheres não devem ser "maldizentes", empregando o substantivo grego
διάβολονς (diabolous),  palavra traduzida por "diabo" em outras partes
do Novo Testamento. Ele afirma que elas não devem ser "como o diabo"
em suas conversas - difamando, espalhando boatos e ateando com a
língua fogos que não podem ser apagados pela retidão.

Em terceiro lugar, elas devem ser "sóbrias" (νε


αλίους nephalious).  Essa palavra não descreve os diáconos, porém é
uma das qualificações dos presbíteros (1 Tm 3.2). Este também deve
ser sóbrio ou temperante, isto é, moderado, equilibrado e sensato. 0
termo abrange o que Paulo já afirmou acerca do vinho e do dinheiro em
relação ao diácono (3.8).

Em quarto lugar, as mulheres devem ser 'fiéis em tudo" (1 Tm


3.11). A fidelidade é necessária ao lar a ao seu relacionamento com
marido a filhos. Com certeza, o casamento e a família são as maiores
prioridades da esposa do pastor.

Quando um pastor e sua esposa abraçam as ordens de Deus para o lar


e para o ministério com a mesma seriedade, dando-lhes as mais altas
prioridades, eles podem construir uma verdadeira fortaleza que lhes
servirá como primeira linha de defesa e protegerá a família quando
surgirem as pressões e tensões inevitáveis.

Sem a fortaleza de meu lar, eu não teria conseguido enfrentar meus


vinte anos de ministério. Meu casamento e minha família
proporcionam-me uma casa em que posso:

• retirar-me -fugir das pressões

• relaxar -desfrutar de um ambiente diferente

• ser recarregado-ganhar um novo suprimento de energia

• manter relacionamentos - desfrutar de minha esposa e de meus


filhos

• reabilitar-me - curar as feridas

• alcançar -vizinhos, amigos e rebanho

• pesquisar-estudar, escrever sem interrupções

• criar uma família -filhos e netos

• amadurecer-crescer na graça de Deus

• alegrar-me -louvar ao Senhor

• refletir -momentos de silêncio para meditação

• reinvestir -em meus netos

• ganhar novas perspectivas -em oração e na leitura das


Escrituras

Quando deixo o bom refúgio de meu lar por causa do ministério,


retiro-me fortalecido, não fraco. Quando deixo os que mais amo em
casa, não os deixo desprotegidos e vulneráveis às tentações que podem
tentar seduzi-los.

Isso parece ser o testemunho daqueles cuja vida familiar floresce


mesmo plantada no solo do ministério. De modo que, em sua grande
maioria, os pastores com casamento e filhos sadios, segundo
descobri, haviam feito um esforço concentrado para proteger a
esposa e os filhos das várias pressões que acompanham o ministério
pastoral. 

UM PONTO DE PARTIDA

O objetivo deste questionário de 11 perguntas é detectar problemas


e melhorar a comunicação do casal em relação aos problemas mais
comuns dos casamentos deficientes. A recomendação é que você,
sente-se com sua esposa e converse sobre estas perguntas:

1. Em geral, seu cônjuge recebe de você mais carinho que


alfinetadas? ( ) Sim ( ) Não

2.    A maior parte de seu tempo de prazer e diversão é


compartilhada? ( ) Sim ( ) Não

3. Vocês gastam juntos pelo menos três horas consecutivas a cada


duas semanas ou pelo menos tiram um fim de semana a cada três
meses? ( ) Sim ( ) Não

4. Em geral, vocês resolvem desentendimentos de um modo


satisfatório para os dois, sem amarguras?

( ) Sim ( ) Não

    5.      Vocês têm um equilíbrio satisfatório de carga de


trabalho dentro e fora de casa?

   ( ) Sim ( ) Não

   6.     Em seu relacionamento, dinheiro, sexo, emprego etc. são de


alguma forma usados como joguete?

  ( ) Sim ( ) Não

    7.   Sua expressão física do sexo é mutuamente satisfatória? ( )


Sim ( ) Não

    8.   Um de vocês está flertando de modo perigoso com alguma outra
pessoa? ( ) Sim ( ) Não

    9.  Você se sente desejado, amado e apreciado? E, ainda mais


importante, seu cônjuge sente-se desejado, amado e apreciado? ( ) Sim
( ) Não

   10.   Você sente que algo necessário está faltando em seu


relacionamento? ( ) Sim ( ) Não

   11.  Você ainda está fazendo de tudo para ter um casamento feliz?
( ) Sim ( ) Não

Quando urna resposta indicar algum problema, converse sobre o


assunto. Depois siga estes passos: (1) procure as passagens bíblicas
que se aplicam ao caso; (2) ore pedindo a graça de Deus; e (3)
obedeça com paciência à vontade do Senhor.

TOME A INICIATIVA

Quer você esteja aguardando o casamento, quer recém-casado quer


esteja casado há anos, o material a seguir pode servir para evitar
problemas ou corrigir falhas. Asseguro-lhe de que o fruto do Espírito
e o amor de Cristo formam a fortaleza de qualquer casamento e família
cristã.

0 Fruto do Espírito

Em sua opinião, qual seria a conseqüência de um marido e urna esposa


sendo totalmente dirigidos pelo Espírito de Deus, vivendo sob a sua
vontade?  

     Haveria um relacionamento caracterizado pelo fruto do Espírito


(Gl 5.22,23).

Produzir-se-ia um casamento constituído no Céu. A descrição abaixo


apresenta vários aspectos desse fruto;

1. Caridade (Amor)-um compromisso sacrificial com o bem-estar de


outra pessoa, independentemente de sua reação - o que ela possa
dar em troca.

2. Gozo - uma gratidão a Deus profunda e transbordante por sua


bondade que não se interrompe quando surgem as circunstâncias
menos agradáveis da vida.

3. Paz -durante as tempestades da vida, aquela tranqüilidade


interior e confiança ancorada na consciência plena de que estou
nas mãos de Deus.

4. Longanimidade - uma  qualidade de autocontrole que não faz


retaliações em face de provocações.

5. Benignidade - uma preocupação e disposição para procurar meios


de servir os outros.

6 Bondade –uma capacidade imperturbável de lidar corretamente com


as pessoas, de acordo com os interesses de Deus, mesmo quando
elas precisam de correção.

7. Fé - uma lealdade interna que resulta na fidelidade às minhas


convicções espirituais e aos meus compromissos.

8. Mansidão - força  controlada que brota de um coração humilde.

9. Temperança - um domínio pessoal interno que submete meus


desejos à causa maior da vontade de Deus.

O Amor de Cristo

Se acrescentarmos o amor de Cristo ao fruto do Espírito, teremos


um casamento que não falhará (1 Co 13.8). Com base em 1 Coríntios
13.4-7, como o seu amor corresponde ao amor de Cristo?

1. "O amor é sofredor". Portanto, vou suportar o pior


comportamento de meu cônjuge, sem retaliação, não importam as
circunstâncias.

2. "0 amor é benigno", Portanto, vou procurar com diligência meios


para ser útil na vida de meu cônjuge.

3. "0 amor não é invejoso". Portanto, vou ter prazer com a estima
e a honra dispensadas ao meu cônjuge.

4. "0 amor não trata com leviandade". Portanto, não vou atrair
para mim a atenção exclusiva de meu cônjuge.

        5.  "0 amor não se ensoberbece". Portanto, sei que não sou
mais importante que meu cônjuge.
        6. "0 amor não se porta com indecência". Portanto, não vou
envolver meu cônjuge em atividades  ímpias.

7. "0 amor não busca os seus interesses". Portanto, vou viver para
meu casamento e para meu cônjuge.

8. "0 amor não se irrita". Portanto, não vou recorrer à raiva como
solução para as dificuldades entre eu a meu cônjuge.

9. "0 amor não suspeita mal". Portanto, nunca vou manter um


registro das faltas de meu cônjuge.

10.   "0 amor não folga com a injustiça", Portanto, nunca vou me
alegrar com algum comportamento incorreto de meu cônjuge, nem
vou participar disso com ele.

11.   "0 amor folga com a verdade". Portanto, vou ficar muito
contente quando a verdade prevalecer na vida de meu cônjuge.

12.   "0 amor tudo sofre". Portanto, nunca me pronunciarei


publicamente sobre as faltas de meu cônjuge.

13.   "0 amor tudo crê". Portanto, vou expressar confiança


inabalável ao meu cônjuge.

14.   "0 amor tudo espera", Portanto, vou esperar futuras vitórias
na vida meu cônjuge, sem perder a confiança, não importam as
imperfeições presentes.

15.       "0 amor tudo suporta". Portanto, vou barrar todos os assaltos


de Satanás em suas tentativas de estragar nosso casamento.

Todo casamento precisa de renovação contínua por meio de


freqüentes reafirmações dessas verdades bíblicas. Casamentos frágeis
podem ganhar firmeza, e bons casamentos tornar-se-ão melhores.

A PERSPECTIVA BÍBLICA

As atitudes a atividades mais significativas que produzem


casamentos saudáveis estão relacionadas abaixo. Elas fornecem um guia
para verificação das causas mais comuns dos problemas conjugais.
Maridos e esposas devem avaliarse, usando notas de 1 (baixa) a 10
(alta).

 Coloquem a avaliação numérica no devido espaço e separem um tempo


para preenchê-Lo juntos.

1. Será que me dedico sem egoísmos ao nosso relacionamento conjugal?

2  Concordamos quanto aos nossos papéis na família, segundo


apresentados pela Bíblia?

3. Sempre transformo meu amor em ação?

4. Minha comunicação é feita de modo que edifique meu cônjuge?

5. Minha reação nos conflitos fortalece nosso casamento ou


enfraquece-o?

6. Sempre perdôo meu cônjuge quando sou atingido?

7. Concordamos quanto à maneira de criar nossos filhos?

8. Aceito com paciência o meu parceiro, sabendo que ele ainda está
"em construção"?

9. Estamos juntos no planejamento das finanças e também nos gastos?

10.  Separamos um tempo periodicamente para avaliar nosso casamento


e, depois, elaboramos alvos realistas para que ele melhore ?

11.  Mantemos relacionamentos de amor com as nossas famílias ? 

12.  Sou capaz de controlar meu gênio ?

13.  Participamos juntos de momentos de refrigério espiritual


(adoração, estudo da Bíblia, oração)?

14.  Esforço-me para ser um cônjuge atraente e interessante ?

15.Compreendo que meu papel principal no aspecto físico do casamento


é satisfazer meu companheiro?

Que as notas altas sejam um incentivo, e as baixas, um estímulo


para mudanças. Inicie escrevendo seus planos para melhorar nas três
áreas mais carentes.

PALAVRA FINAL

A única maneira de reverter o declínio geral da qualidade das


famílias dos pastores é voltar aos princípios espirituais para o
casamento e a família. Entendo que, quaisquer que sejam as pressões
hoje vigentes, elas já tiveram seus equivalentes no passado e terão
paralelos no futuro.

Deus preveniu-se contra as pressões incomuns que recairiam sobre a


família do pastor, exigindo que o candidato ao pastorado já tivesse
um forte compromisso nessas áreas antes de se qualificar para o
ministério. Portanto, a família do pastor deve ser uma prioridade em
sua vida. O compromisso tornar-se-á mais forte com o progresso
ministerial, o qual protegerá e defenderá o pastor, sua esposa e
filhos das catástrofes familiares que parecem estar aumentando no
ministério contemporâneo.

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Rádio Imprensa

A BÍBLIA FALA
Estudo com o Pastor Bertiê Adais Magalhães (O Pastor,
Família e Igreja)

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Efésios 4.11:

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para evangelistas e outros para
pastores e doutores.

INTRODUÇÃO

O pastor, um homem chamado por Deus, EF 4.11. Ele foi tirado no seio da Igreja
constituída. O pastor tem a função para cumprir: Aplicar o conteúdo bíblico sob
a inspiração do Espírito Santo de Deus, 2º TM 3.16, (A escritura é útil em todos
os sentidos. Exige do pastor atitude correta em sua missão de ensinar: Falar a
verdade e denunciar o pecado na vida do povo, inclusive de sua própria família;
corrigir os erros da membresia; e ensinar como viver no caminho de Deus, ao
céu de glória). O apóstolo Paulo em suas cartas paulinas dá o norte da
chamada deste homem para o exercício pastoral, 1º TM 3.1-7. O pastor é uma
ovelha que recebe da parte de Deus a vocação e chamada para pastorear as
ovelhas de Jesus, JO 21.17, (apascenta as minhas ovelhas). A perfeita função
pastoral exige aprovação no pastoreio de sua família. Porque a Igreja é
constituída de famílias. Estamos vivenciando dias em que o pastor precisa
encarar a realidade, viver no período designado como pós modernidade, onde
incide-se em o novo modelo de família social, diferente do casamento
heterossexual.

É uma tendência mundial e por força de uma minoria, vem cobrando e exigindo
a inclusão social nesta virada de milênio, de um novo modelo de cidadania, um
novo conceito de família, e isto tem uma base, um fundamento arguido nos
chamados CONSELHOS: dos direitos da criança e adolescentes; de direitos
humanos; de saúde; direitos da mulher; de educação e democracia, etc.
praticamente todos conselheiros são pessoas na maioria ligada à esquerda
mundial, que através dos conselhos organizados, recebem verbas públicas,
direito de falar e defender as ideologias propostas, poder para agir e implantar
esta nova visão de família e cidadania, e isto funciona, haja visto a busca de
independência e da individualidade, como regra de vida baseado na suas
escolhas pessoais, 2º TM 3.2, (os homens amarão a si mesmos). As pessoas
estão vivendo com excesso de liberdade. O excesso de liberdade humana a
levará ao processo de anarquia. A Igreja, o povo de Deus vai estar atentos a
estas demandas, esses conselheiros são eleitos pelo voto popular. O que
fazer? Buscar ao Senhor fervorosamente e procurar participar deste Conselhos
para sermos sal da terra e luz do mundo nestes debates. A Igreja de Cristo é a
guardiã da família. O pastor é um homem preparado e precisa ter atitude firme
nestes desafios.

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I – A FAMÍLIA NUMA CULTURA DIFERENTE

O grande desafio pastoral é conduzir sua família e a Igreja do Senhor Jesus sob
seus cuidados numa cultura diferente, 1º JO 2.15-17; JO 17.14-16. A família
vem sendo trabalhada pelo marketing da “Unificação Global”. Unificando a
Língua Gn 11.1-4, os costumes dos povos da terra, as finanças, num governo
único e centralizado. Vejamos como exemplo, que quando Nabucodonosor
levou cativa a nação de Judá, trocou o nome dos jovens hebreus por nomes
babilônicos Dn 1.7. Estes jovens hebreus iam aprender as letras (escrita) e a
língua (idioma) dos caldeus Dn 1.4, facilitando assim sua inclusão social nos
moldes daquela nação pagã. O monarca impôs oficialmente a ração diária de
todos eles. Era uma imposição psicológica, e através de leis, para condicioná-
los ao novo modelo de vida.

A ordem do rei, não permitia mudança. Eles não podiam pensar nem raciocinar,
mas obedecer absolutamente. Não sucederam assim, eles reagiram diante do
problema, buscaram a Deus e foram vitoriosos, pois eram jovens livres e de boa
formação. Aqueles jovens vieram de famílias e lideranças que lhes deram
estrutura espiritual, moral e ética, o suficiente para discernir a vontade de Deus
em suas vidas. Onde estão os filhos dos pastores? E como estão ovelhas de
seu pastoreio? Se o pastor não é bem sucedido no pastoreio de seus filhos,
como será no pastoreio dos filhos das outras famílias? Não será de bom alvitre
deixar de pastorear e fazer uma reflexão junto a sua família revendo conceito e
valores? O sábio Salomão em Provérbios nos ensina o segredo do sucesso de
nossos filhos servir ao Senhor todos os dias de sua vida, PR 22.6.
a) A mudança de nome: Uma estratégia de subordinação. Os nomes dos jovens
em hebraico foram trocados por novos nomes na cultura dos deuses dos
caldeus. Seus nomes babilônicos era o trabalho dessa mudança e iniciava o
processo de aceitação de uma nova cidadania. Sutilmente estes nomes
declaravam uma nova crença, nova religião. A crença de subordinação do novo
império mundial, a Babilônia. Essa nova crença abrangente não se resumia
apenas ao contexto religioso, mas, filosófico, social, moral, ético, e acima de
tudo um pensamento de sujeição imperial.

Porventura não estamos hoje numa nova visão, uma revolução de


mundialização? Deixamos de sermos crentes, JO 20.27, para sermos
evangélicos (os evangélicos topam tudo); somos a geração GOSPEL e não a
geração ELEITA, SACERDÓCIO REAL, NAÇÃO SANTA E POVO ZELOSO DE BOAS
OBRAS, Tito 2.14; 1º Pedro 2.9. Existe uma subordinação imperial das trevas
para mudar a cultura, o modo de pensar e raciocinar do povo de Deus neste
mundo, RM 12.2. O processo avança!

b) Os nomes dos cativos em família e na corte. Os nomes dos jovens hebreus


foram mudados: Daniel, (Deus é meu Juiz) para Beltessazar na corte (Bel te
proteja); Hananias, (o Senhor demonstra a sua graça) para Sadraque (sob o
comando de Aku, o deus lua); Azarias, (o Senhor ajuda) para Abede-Nego (servo
de Nego ou Nabu, o deus do da literatura); Misael (quem é como Deus?) para
Mesaque (quem é como Aku?). Os nomes trazem influência na vida das
pessoas: de Abrão (pai exaltado) para Abraão (pai das multidões); de Jacó
(enganador) para Israel (ele luta com Deus); de Sarai (minha princesa) para
Sara (princesa de todos), etc. A mudança proposta, para que estes jovens
esquecessem seu Deus, seu povo, sua pátria, sua religião. Os jovens cativos
agiram com liberdade na escolha de seu futuro, não abandonaram seus
princípios, não esqueceram de suas raízes, não trocou o seu Deus pelos deuses
e toda sorte de prazeres da Babilônia. Foram fiéis, leais a Deus em tudo, por
isso venceram a força do fogo; as bocas dos leões foram fechadas; Deus foi
honrado pelas vidas dos jovens hebreus.
Quem é seu Deus? Quem é seu povo? Qual é a sua religião? Nós os pastores
estamos com a grande tarefa de preparar os jovens de nosso pastoreio para
enfrentar a corte babilônica: A faculdade, universidade, graduação profissional,
intercâmbio internacional, sucesso financeiro, intelectualidade etc. Os pastores
são leais aos compromissos assumidos em sua organização? Como estão os
relatórios? Como estão os dízimos que o pastor ganha de outros rendimentos,
aposentadoria, etc? Como estão a contribuição financeira para com as
festividades do Campo? Tem como ensinar a lealdade sendo desleal?

c) Uma nova visão de família: A Família Global. A Família como instituição


divina está sendo aniquilada. A Igreja de Cristo é a guardiã da vontade de Deus
na terra, na manutenção da ordem, da instituição do matrimônio heterossexual,
e da comunicação da verdade. É bom lembrar que a Igreja subsiste e este meio
vem do pastoreio designado por Jesus, JO 21.15-17. Jesus disse a Pedro:
Apascenta AS MINHAS OVELHAS. Antes de tudo para nossa reflexão: AS
OVELHAS SÃO DE JESUS. Pastores que apascentam o rebanho com amor,
sabedoria e santo temor de Deus.

Só aceita pastorear a Igreja de Cristo, quem AMA a Cristo. A Igreja sofre


ataques ferrenhos e o pastor enfrenta os demônios, as potestades, os
principados e o mundo para defender o rebanho do Senhor Jesus que está sob
seus cuidados. A Igreja só terá descanso no arrebatamento. Na mundialização,
todas as famílias, as que fizerem parte da grande família global, terão que
obedecer aos mesmos princípios. Já é notório em várias nações do mundo a
união civil Livre. A chamada pós-modernidade é uma abertura sem precedentes
em toda esfera moral da sociedade. Aquilo que estava na sombra vem para
realidade: homossexualismo, lesbianismo, masturbação, prostituição sem
fronteiras, violências, intrigas, corrupção, entre muitos males. Segundo a
Palavra, Sodoma e Gomorra vão receber menos rigor no juízo do que as
cidades de Betsaida, Tiro e Cafarnaum, que representam a geração decaída de
nossos dias, Mt 11.22-24. Deus conta com pastores valentes, famílias, jovens,
intransigentes, leais e submisso ao Espírito Santo de Deus, cumprindo a sua
missão nos dias difíceis, 2º TM 3.1-9.

II – A FAMÍLIA ENFRENTANDO AS TORMENTAS DA MALDADE.

Os pais de famílias estão sufocados e sem meios hábeis para salvar sua
família de um furacão avassalador, destruidor, aterrador, sombrio: O mal. A
maldade cresce a galope, e as autoridades estão inaptas, os contingentes da
segurança e da paz estão fora da realidade, da exigência atual. Não há censura
de coisa alguma, a porteira abriu, foi tirada toda restrição para operação do
mal. Deus os entregou RM 1.24, (Deus reteve, segurou enquanto pode, agora
Ele retirou a restrição; abriu a comporta da barragem total) e o mal dominou a
mente e o coração da humanidade. O mundo jaz no maligno, 1º JO 5.19. E
nesse cenário conturbado está a Família, a Igreja e o pastor, cabe cada um
cumprir bem a sua parte, e Deus será por nós, RM 8.31.

a) O mal na televisão. A televisão é um veículo voltado a atender o capricho dos


ímpios, que visitam os lares dos crentes e dos evangélicos e os faz embriagar
com a sua podridão e a lama fétida; legalizando o pecado e banalizando o
ensino das Sagradas Escrituras SL 101.3,4. As programações e os
entretenimentos são um atentado a fé cristã.

Sem fé é impossível agradar a Deus, HB 11.6. O pecado é a maior tragédia da


humanidade. A natureza do homem ficou tendente ao prazer do mal, (Deus os
entregou RM 1.24) e é por isto que a mídia trabalha buscando audiência nas
tragédias, na sensualidade que culmina com o anseio do homem no pecado GN
6.3-6. Os produtos da televisão são as mortes, acidentes, roubos,
derramamento de sangue, novelas para adultos, adolescentes, nudismo, jogos,
folclore nacionalista, terremotos, entre tantas coisas, quase todas trágicas ou
promíscuas, são impactantes. Estes males têm envolvido muitos crentes fiéis
de nossos dias, que destruíram suas vidas espirituais, trocaram o maravilhoso
culto ao Senhor por filmes, programas, que adentram noite afora. O pastor é o
norte das famílias, em seu coração e em suas mãos está A PALAVRA DE DEUS,
2º TM 3.16, cabe-lhe: 1º ensinar e falar a verdade; 2º denunciar o pecado; 3º
corrigirem os erros do povo de Deus; 4º ensinar a todos o caminho do Céu, JO
14.6. A nossa orientação, o pastor que reside nas dependências da Igreja, retire
de circulação o aparelho de televisão com suas programações, no mundo
espiritual é a porta de acesso de satanás a família do pastor, enfraquecendo
suas convicções e zelo de Deus pelo rebanho.

b) A mídia disputando os membros da família. Em muitos lares o diálogo


acabou. Os membros foram imobilizados pela camisa mediúnica da televisão e
das redes sociais. O calor humano e familiar vem sendo substituído pelo
entretenimento da tecnologia fria, humana e maligna. Muitos casais estão à
beira do divórcio, e muitos lares estão sucumbindo sem aviso dos ATALAIAS
(PASTORES). Botaram o Espírito Santo para fora, APC 3.20ª, e os espíritos
demoníacos se apossaram do território familiar. Socorremos as famílias, é
caso de urgência! Como socorrer se muitos ministros estão à beira do
precipício e são eles que precisam do primeiro atendimento? Espírito Santo de
Deus nos orienta! Tem misericórdia de nós!

c) A corrupção invadiu a terra. A família está desanimada, sem um referencial a


ser seguido. Os ícones do mundo político desabaram; uns estão presos, outros
tiveram cassados seus mandatos; grandes líderes evangélicos, homens de
Deus, perderam o ministério no adultério; pastores que deixaram suas esposas
por outras mulheres, manchando as vestes sacerdotais e a sua conduta moral;
enriqueceram-se apressadamente; passam a viver em luxúria em lugar da
simplicidade. O que a bíblia recomenda: “Lembrai dos vossos pastores que vos
falaram a Palavra da Verdade e a fé dos quais imitai; atentando para a sua
maneira de viver” (estilo de vida), I TS 4.1-8; HB 13.7. Jesus é o referencial por
excelência, o alvo certo, o modelo a ser seguido. Cristo, o sumo pastor é o
nosso modelo.

Em Cristo a família e toda Igreja está segura HB 12.2. Mas é bom voltar ao
texto: Lembrai dos vossos pastores… foi Cristo que nos constituiu pastores
para dar exemplo e conduzir suas OVELHAS.
III – A FAMÍLIA SEGUNDO O PLANO DE DEUS

Estamos contemplando ao nosso redor uma crise de autoridade em todas as


esferas da sociedade. E esta crise afeta sistematicamente o pastoreio. O
pastor trabalha unindo forças com a liderança familiar que são os pais. Se o
pastor não contar com os pais é impossível pastorear neste século. Israel
passou por crises semelhantes, JZ 17.6; 18.1 e ia de mal a pior, pois naqueles
dias não havia rei em Israel, e eu pergunto: Onde estavam os pais? Hoje,
embora haja chefes de família, estão desprovidos de autoridade. A bíblia ensina
o dever dos filhos em EF. 6.1,2 a obedecer e submeter a autoridade paterna, é
um mandamento com promessa.

a) A falsa revolução do modelo de vida da família. O filosófo Jean Jacques


Rosseau, partia do princípio de que o homem é de natureza boa, e por isso deve
ser protegido das influências, em particular da religião. Para ele a consciência é
um guia seguro, que o chama de instinto divino, voz celeste que o torna o
homem igual a Deus. Esse ateu marcou o século de seus dias e até hoje tem
seus adeptos. Nos livros de Benjamim Spock, um médico pediatra e pedagogo
norte americano que em seu livro “Como cuidar de seu filho”, com perigosas
conclusões e conceitos acerca da autoridade, do castigo e da obediência, são
inaceitáveis aos padrões bíblicos. Estes conceitos introduziram leis,
divinizaram membros das famílias “adolescentes e crianças” suspenderam a
disciplina, impôs ameaças aos pais, que ficam sem exercício da autoridade
paterna, sujeito a ficar preso a qualquer momento pela denúncia de filhos. O
que fazer? Construir mais presídios?

b) O modelo bíblico de vida familiar. A palavra de Deus descreve o modelo


verdadeiro e ideal de vida familiar: A família unida à roda da mesa SL128.3.
Ensinando a criança no caminho em que ela deve andar, e até quando
envelhecer não desviará dele PR 22.6 (no caminho, isto é ensinando na prática,
fazendo com eles o seu dever); Saber, desde a meninice, as sagradas letras II
TM 3.15; Ouvir a correção do pai, PR 4.1. Ser obediente aos pais no Senhor EF
6.1-6; Não retirar a disciplina da criança, porque a fustigando com a vara nem
por isso morrerá, PR. 23.13. O filho sem correção, ensino e disciplina é a
vergonha de sua mãe, ou seja, da família, PR 10.1, e ainda mais, da sociedade.

c) Criando os filhos no temor do Senhor. Os filhos são aqueles criados com o


devido cuidado no temor e admoestação do Senhor. Não temos
responsabilidades com os bastardos e sim com os filhos. É triste, na
atualidade, vermos pais com conceitos anti-bíblicos, negligenciando a
disciplina alegando traumas, frustrações e resultados danosos; e ainda tendo
uma geração de crianças indóceis, desobedientes, resultando numa juventude
rebelde. Tudo isto acontece porque não receberam as varadas devidas, no
momento certo. Muitos pais despreparados instalaram em casa uma tirania
familiar. Certo é que precisamos de muita sabedoria e graça de Deus para
cumprir nossa responsabilidade. Os filhos são heranças do Senhor e galardão
dos pais, SL 127.3. Que tipo de herança são nossos filhos para Deus? E que tipo
de galardão é eles para nós os pais?

Pastores Bertiê e Eliud Magalhães

IV – O FUNDAMENTO BÍBLICO DA FAMÍLIA

A menção da raça humana está em GN 1.27. Deus criou “macho e fêmea”,


abençoou lhes e ordenou: “Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra, e sujeitai-a,
GN 1.28a. O criador estabeleceu também o campo de ação do homem: Dominai
o reino animal, GN 1.28b, o reino vegetal, GN 1.29,30. O homem recebeu
poderes delegados por Deus para tudo governar, cuidar do meio ambiente,
preservar com cuidado o planeta terra e desfrutar da providência divina para o
bem viver. Em tudo Deus ressaltou a família, e “viu que tudo o que fizera era
bom” GN 1.31. Nós somos a criação de Deus.

A) O casamento: instituição de Deus. Diz a Bíblia: “E plantou o Senhor um


jardim no Éden da banda do oriente e pôs ali o homem que tinha formado” (Gn
2.8) Nos versículos de Gêneses 2.18-24 é contada a história detalhada da
formação da mulher, e como foi concretizado o projeto de Deus do matrimônio
heterossexual, unindo Adão e Eva como marido e mulher. A união deste casal é
a prática da legalidade da moral que deve permear toda raça humana. Deus
planeja a família. A sociedade é constituída de famílias e das famílias à Igreja.
A instituição do casamento nos moldes bíblicos é inviolável. Parlamento algum
no mundo, mesmo alegando os fenômenos sociais, poderá alterar as normas já
determinadas pelo Criador. As autoridades são constituídas por Deus para
cumprir sua missão e não levantar seu calcanhar contra o seu constituidor.
b) Adão e Eva: A constituição da família. De Adão e Eva, nasceram filhos e
filhas. Vamos aqui citar o nome de Caim e Abel. Em Gênesis 4.1-7 temos a
história narrada desta primeira família bíblica até então conhecida. Caim,
lavrador, e Abel, pastor de ovelhas. Ao passar os dias Caim e Abel se
apresentaram ao Senhor, Deus recebeu a oferta de Abel e não atentou para a
oferta de Caim. A partir deste fato, Caim entristeceu e determinou em seu
coração a morte do seu irmão. Mesmo advertido por Deus, alegando que
aquele rancor era sem fundamento, e que ele deveria ter a mesma dedicação
de seu irmão ao invés de querer destruí-lo, nem mesmo assim o Senhor o
convenceu à mudança.

Ele vai à procura de seu irmão para assassiná-lo deliberadamente. João, o


apóstolo, disse que Caim era do maligno 1º JO 3.12. O maligno entrou na
família. Primeiro, o pecado achou guarida no coração dos seus pais e agora no
filho. Adão cometeu a falha em assumir a responsabilidade devida e
intransferível do governo familiar, por isso, o pecado e a morte entraram no
mundo por um homem, RM 5.12; 1º CO 15.21.

c) Adão e Eva não tinham ideias da proporção do pecado, comendo do fruto


proibido O pecado dos progenitores, abriu precedentes na família. Adão peca
em não assumir seu papel de guardião do lar e Eva peca pelo agir de forma
independente ao seu marido. Devia ser submissa e não estar submissa. O
assassinato de Abel é uma consequência de fatos ligados a mudança de
comportamento dos membros da família, o filho primeiro com o nome de Caim,
ficou provocado por um ciúme doentio em relação ao seu irmão Abel.
Observamos que Deus viu o que os pais não viram.

Deus estava onde os pais não estavam? Onde estavam os pais que não viram a
mudança de semblante de seu filho? Que comunhão havia entre pais e filhos?
Caim em vez de corrigir seus erros e humilhar e aceitar o padrão do sacrifício a
ser oferecido ao Senhor, preferiu permanecer no pecado e ser um mal exemplo
de rebeldia em sua geração GN 4.9-15. O pecado da rebeldia endurece o
coração do homem e ele prefere fugir de Deus, GN 4.16.

d) O exemplo de Noé. A sociedade apresentava características de uma


modernidade avançada, prevalecia à violência que as autoridades não podiam
contornar GN 6.5,11,12; Noé vivenciava todo aquele drama social, e prevaleceu
contra o sistema corrupto e maligno de sua época, conservando sua família no
padrão agradável ao Senhor e salvando-a destruição do dilúvio GN 6.8; 7.1. A
igreja que vive nos tempos chamado de pós-modernidade, as famílias que a
compõem enfrentam o mesmo drama da violência dos dias antediluvianos e da
permissividade praticada em Sodoma e Gomorra RM 1:18-32. Precisamos
possuir temor suficiente como Noé, um líder autêntico, PASTOR DE SUA
FAMÍLIA.
O pastor que lidera, cuida de sua família saberá cuidar da Igreja de Cristo que
está seus cuidados. Jesus Cristo está chegando, manteremos nossas candeias
acesas, MT 25.4,9,10; segui a paz com todos e a santificação sem a qual
ninguém verá o Senhor HB 12.14.

CONCLUSÃO.

O pastor a família e a Igreja enfrenta os mesmos problemas que enfrentou Noé,


Daniel e Ló em seus dias. O Espírito Santo requer o devido cuidado e a
vigilância submissão dos homens e mulheres que são chamados para esta
santa missão e estar esperando a Jesus, nosso modelo ideal

O Pastor e sua família

Quando Dietrich Bonhoeffer estava encerrado na prisão nazista escreveu um


sermão para o casamento de uma sobrinha sua. Disse ele: “O casamento é
maior que o amor que vocês têm um pelo outro. Ele tem em si grande
dignidade e força…

Por Pr. Silas Figueira

Quando Dietrich Bonhoeffer estava encerrado na prisão nazista escreveu um


sermão para o casamento de uma sobrinha sua. Disse ele: “O casamento é
maior que o amor que vocês têm um pelo outro. Ele tem em si grande
dignidade e força por ser a ordenança santa através da qual Deus planejou a
perpetuação da raça humana, até os fins dos tempos. No amor que os une,
vocês veem apenas a si mesmos no mundo, mas ao se casarem tornam-se um
elo na cadeia das gerações que Deus faz aparecer e partir para a Sua glória,
chamando-as para o seu Reino… Seu amor é propriedade particular, mas o
casamento não pertence apenas a vocês; é um símbolo social, uma função de
responsabilidade”.

Com o advento do cristianismo, o casamento alcançou santidade e significação


tais como nunca se ouviu falar nos tempos antigos. A dignidade da mulher, de
há muito esquecido, foi como que redescoberta, e seu valor reconhecido. Nem
mesmo a lei romana ou a mosaica concediam à mulher direito em pé de
igualdade com os do homem, em importância e santidade. No cristianismo, a
esposa, tanto quanto o marido, têm direitos à total fidelidade do companheiro.
A esposa deixa de ser meramente a ajudadora do marido na vida presente,
para ser coerdeira com ele da vida eterna (1Pe 3.7).

A mais elevada concepção de casamento, nos tempos antigos, era a de um


relacionamento moral. O casamento cristão é algo ainda mais sublime – um
mistério (Ef 5.32). Esse mistério é o relacionamento entre Cristo e a Igreja, que
é o reflexo do casamento. Por isso que as vidas pública e privada do pastor
devem estar em harmonia.

James K. Bridges citando Spurgeon disse que em seu livro Lições a Meus
Alunos, Charles Spurgeon exorta os ministros a se empenharem a fim de que o
caráter pessoal se harmonize, sob todos os aspectos, com o ministério que
Deus lhe confiou. Ele conta a história de uma pessoa que pregava tão bem e
vivia tão mal, que quando ele estava no púlpito, todos diziam que ele nunca
deveria sair dali; e quando não estava no púlpito, todos diziam que ele nunca
deveria tornar a subir nele. Depois, Spurgeon desafia-nos com essa analogia:
“Que nunca sejamos sacerdotes de Deus no altar e filhos de Belial fora das
portas do tabernáculo”.1  A vida cristã do pastor começa dentro de casa, junto
a sua família e não dentro da igreja, atrás do púlpito. Temos visto muitos
pastores que são como Naamã, herói para a comunidade e leproso dentro de
casa. Alguém ovacionado na nação, mas rejeitado dentro do próprio lar.
Muitos são sacerdotes dentro da igreja e filhos de Belial para a família. Não são
poucos os casos de pastores em crise familiar e não são poucos que já
partiram para o divórcio.

Porque isso tem ocorrido com a família pastoral? Creio que isso ocorre porque
muitos pastores tem rejeitado o conselho de Paulo a Timóteo: “Fiel é a palavra:
se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto,
que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio,
modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento,
porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a
própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se
alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)”
(1Tm 3.1-5). Grifo nosso.

Certa revista publicou interessante matéria sobre o piloto automático: “Um dos
grandes prodígios da ciência moderna é o piloto automático. Enormes
bombardeiros e aviões de transporte cortam o espaço a centenas de
quilômetros por hora, com a terra coberta pelas nuvens, ou pela escuridão;
seguem, porém, o seu curso com os movimentos automaticamente
controlados por giroscópios”.
A agulha giratória é usada quando o piloto determina o rumo a ser seguido
pelo aparelho; mesmo que o seu destino fique além-mar, ele sabe que será
atingido. É possível que nós, pais, pastores, ainda não tenhamos marcado
quaisquer alvos. No entanto, chegou a hora de fazê-lo; estamos, afinal de
contas, conduzindo algo muito mais precioso do que os aviões de carga;
estamos conduzindo toda a nossa família.

Já que o ministério pastoral começa dentro de casa, o pastor deve ter o


cuidado redobrado em relação ao seu lar. Para isso, o pastor deve observar
três coisas básicas:

1º PLANEJE O SEU CASAMENTO

Em nenhum outro lugar encontramos o padrão divino para o casal expresso de


maneira mais clara e simples que no primeiro comentário bíblico a respeito do
relacionamento entre o homem e a mulher. “Por isso, deixa o homem pai e
mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.28). “Unir-
se ao cônjuge” é uma expressão que abrange todos os aspectos do
relacionamento entre marido e mulher. Por isso, é de vital importância que
aquele que se sente chamado para o ministério cristão – pastor, evangelista,
missionário – seja extremamente cuidadoso em escolher o cônjuge. No
namoro, o provável candidato ao ministério deve ter cuidado em namorar
somente cristãs não só nascidas de novo, mas cheias do Espírito Santo e que
esta esteja disposta a servir no ministério com o seu marido aonde o Senhor
mandar.

O jugo desigual não é só de crente com o descrente, mas pode ser também
entre crentes, principalmente em relação ao ministério. Se o pastor tem um
chamado específico para um determinado lugar e a esposa não quer o
acompanhar já começa a crise no lar. Por isso que um lar deve ser constituído
com muita oração e discernimento espiritual, pois aquilo que poderia ser uma
bênção pode tornar-se uma maldição.

2º TENHA EM MENTE QUE O CASAMENTO DEVE SER INDISSOLÚVEL

O casamento deve ser para toda a vida. E esta é uma união permanente. No
projeto de Deus o casamento é indissolúvel. Ninguém tem autoridade para
separar o que Deus uniu. Por isso que antes de falar sobre divórcio, Jesus falou
sobre o casamento (Mt 19.3-6). Podemos comparar o casamento a uma viagem
a dois, onde muitas coisas podem ocorrer nesse trajeto até que a morte os
separe. Por isso que o marido e a mulher devem estar juntos na alegria e na
tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade. Só a morte
pode separá-los (Rm 7.2; 1Co 7.39).
Creio que se o casal observar esses dois princípios básicos a palavra divórcio
não existirá no vocabulário do cônjuge. O casamento foi a única instituição
estabelecida por Deus antes da queda. Ele deve ser considerado digno de
honra por todos os povos, em todos os lugares, em todo o tempo (Hb 13.4). O
casamento é uma instituição divina para os cristãos e para os não cristãos, e
Deus é testemunha dessa aliança, quer eles entendam ou não. Por isso, Deus
odeia o divórcio tanto daqueles que o conhecem quanto daqueles que não o
adoram como Senhor (Ml 2.16).2 Embora a sociedade pós-moderna esteja
fazendo apologia ao divórcio, os princípios de Deus não mudaram, nem jamais
mudarão.

3º O CASAMENTO NÃO PODE SER POR CONVENIÊNCIA

O casamento não é mera conveniência para vencer a solidão, nem um


expediente para perpetuação da raça. Primeiro, e acima de tudo, o casamento
é o espelho do relacionamento divino-humano. Todo casamento foi feito para
representar a Deus: Seu relacionamento consigo mesmo – Pai, Filho e Espírito
Santo – como também o Seu relacionamento com o Seu povo (Ef 5.32). O
pastor precisa ter em mente que o casamento exatamente isso, pois ele
precisa vivenciar essa comunhão com o seu cônjuge como também ensinar
aos futuros casais.

Quem embarca em um casamento por conveniência está fadado a viver uma


vida infeliz e ser uma infelicidade na vida da esposa e dos filhos. Busque em
Deus uma esposa, pois esta o Senhor tem para o pastor, veja o que Salomão
tem a nos dizer a respeito disso em Pv 18.22: “O que acha uma esposa acha o
bem e alcançou a benevolência do SENHOR”. Deus, mais do que ninguém, está
interessado em ver o lar do pastor abençoado.

Pense nisso! 

PASTOR, NÃO SACRIFIQUE SUA FAMÍLIA POR CAUSA DO


MINISTÉRIO
  Equipe APECOM
  07 Nov, 2019
  6764
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Pastor, não sacrifique sua família por causa do ministério

Valdeci Santos

Uma das reclamações frequentes de esposas e filhos de pastores é eles, muitas


vezes, se dedicarem mais à igreja e suas programações do que ao cuidado e à
agenda familiar. Isso acaba contribuindo para a solidão da esposa do pastor,
bem como o distanciamento entre o pai-pastor e seus filhos biológicos. Ao final,
a família do pastor acaba sendo o grupo menos pastoreado no seu rebanho.

Com respeito às esposas de pastores, não seria nenhum exagero salientar que
algumas acreditam que seus maridos estão cometendo adultério com a “noiva
do Cordeiro”, pois o tempo e dedicação deles à igreja acaba afetando a “vida
comum do lar”. Isso faz com que eles nunca tenham tempo para ouví-las,
ajuda-las nas tarefas domésticas ou demonstrar interesse pelos seus projetos
pessoais. O termo irônico comumente empregado para descrever o status
dessas irmãs é “viúva-viva”. Talvez, se algumas soubessem que a assinatura
no Termo de Casamento resultaria nessa condição, teriam hesitado em
consentir com essa união. De fato, o ativismo pastoral afeta diretamente a
esposa do ministro.

Quanto aos filhos dos ministros, o fato de os “filhos na fé” receberem, em


algumas ocasiões, mais atenção dos pastores do que seus descendentes
naturais, gera insatisfação, confusão e até amargura. Os ministros geralmente
acreditam que seus filhos compreenderão suas frequentes ausências, o cansaço
como estilo de vida e o sacrifício em prol de outras pessoas. Contudo, nem
sempre essa compreensão é atingida e a sensação do abandono e desprezo
fragiliza a relação pai e filhos.

Pastores necessitam ser continuamente lembrados da conexão estreita


existente entre a vida familiar e o exercício ministerial. As qualificações bíblicas
para o pastorado exigem que ele seja “marido de uma só mulher” e “que
governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o
respeito” (1Tm 3.2 e 4). Além do mais, o apóstolo Paulo afirma que “se alguém
não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a
fé e é pior do que o descrente” (1Tm 5.8). Portanto, o cuidado do pastor por
sua família deve ser prioritário. Se o ministro perder sua família, ele também
perde seu ministério. O cuidado do obreiro com sua família é o fundamento
comprobatório de sua qualificação para o pastorado. Dessa maneira, nenhum
obreiro deveria sacrificar sua família por causa do ministério.

A família do pastor deveria ser capaz de vê-lo tão disposto a responder às


necessidades familiares como ela o vê respondendo às crises na igreja.
Também, ela deveria vê-lo dizer não para as demandas de outras pessoas,
assim como ele diz não para alguns compromissos familiares. Na tentativa de
ajudar alguns colegas de ministério a atingirem esses alvos, listo algumas
simples sugestões abaixo.

1. Discipline o uso que você faz do telefone, especialmente nos momentos


em família. É possível se sentar à mesa do jantar sem as contínuas
interrupções das mensagens de WhatsApp ou as chamadas incômodas. A
melhor coisa a fazer é deixar o aparelho distante para que nem mesmo seja
tentado a olhar para ele nesses momentos. A mensagem que o pastor passa à
sua família nessas ocasiões é que sua atenção será singularmente dedicada a
ela. Outra coisa a fazer é diminuir sua participação nos inúmeros grupos de
WhatsApp da igreja local. Alguns desses grupos acabam replicando mensagens
e nem sempre são usados para comunicar informação prioritária. O telefone
deve ser usado pelo pastor como uma ferramenta e nunca como uma
armadilha.
2. Observe cuidadosamente o dia de folga e os momentos de descanso.
Alguns pastores parecem ignorar completamente a necessidade de descanso.
Há aqueles que até se orgulham por terem uma agenda repleta a ponto de não
dedicarem qualquer momento para a família. É possível que esses acabem se
mantendo tão ocupados para que suas atividades “justifiquem a importância”
de seus ministérios. Nesses casos, há um desvio de propósito quanto a essas
tarefas e tanto o ministro quanto sua família serão prejudicados.
Observar um dia de descanso, além de ser um mandamento bíblico, é
restaurador. Tanto o pastor quanto seus familiares poderão ter o vigor
renovado após as correrias comuns do ministério. Nesses casos, a igreja
também é beneficiada pelo renovo do ânimo da família pastoral.

3. Cultive os momentos especiais com sua esposa. A solidão do pastor no


ministério só não é maior do que a de sua esposa. Enquanto o dia dele pode ser
preenchido com encontros, reuniões, visitas e atendimentos a outros, ela, no
geral, passa a semana distante dos contatos com os irmãos da igreja. Se
trabalha em casa, a lida doméstica ocupa os dias dela, e se exerce alguma
atividade fora do círculo doméstico, suas interações nem sempre são com
pessoas crentes.

Nesse sentido, se o pastor puder aproveitar cada momento ao lado de sua


esposa para ambos desfrutarem da companhia um do outro, isso será
especialmente saudável. Uma caminhada, uma conversa sobre o dia ou um
passeio ao shopping ou até mesmo aquele momento em que ele se oferece
para lavar as vasilhas enquanto ela termina o almoço de domingo, enfim, o
importante é que ambos prezem o simples ato de dedicarem atenção um ao
outro. Um bom relacionamento com a esposa acaba influenciando
beneficamente o trato com os filhos e, consequentemente, até o
relacionamento com os membros da igreja.

4. Envolva sua família no ministério. Algumas vezes, na tentativa de


proteger seus familiares de críticas e exigências descabidas, o pastor acaba
afastando sua esposa e filhos das atividades da igreja. Eles passam a ser meros
expectadores da dinâmica eclesiástica. Essa atitude, porém, pode ser
extremamente negativa, pois além de distanciar seus queridos da igreja, esse
“zelo excessivo” impede que a esposa e os filhos crentes do pastor exerçam
seus dons e talentos no contexto que o próprio Deus designou para que eles
fossem praticados. Mas se a família do pastor o acompanhar no ministério, ele
tem a oportunidade de desfrutar de intimidade com ela e ainda concluir suas
tarefas em prol do rebanho. Ademais, uma família envolvida no ministério do
pastor pode, inclusive, auxiliá-lo em seu ministério de intercessão pelo
rebanho, pois conhecendo melhor as necessidades da igreja, todos poderão
orar pelo Corpo de Cristo.

5. Programe suas férias em família. Períodos de férias podem ser


extremamente gratificantes ou frustrantes, dependendo de como eles são
programados. No geral, a frustração ocorre quando a família espera que todos
estarão dedicados uns aos outros, mas, devido à falta de programação e
organização, nada do que foi esperado ocorre e então o caos se instala. Mas se
o pastor estiver consciente que esse é um período que ele pode se dedicar
integralmente aos seus, programará para que as interrupções não o desviem
dos planos originais e esses momentos podem fortalecer os laços familiares.
Assim, alguns instantes dedicados à organização podem resultar em bons
frutos.

6. Evite se envolver em questões que não fazem parte do cerne do seu


chamado. Os apóstolos de Cristo compreenderam que o ministério para o qual
eles foram chamados implicava em consagração contínua à oração e ao
ministério da Palavra (At 6.4). Esse parece ser o cerne do ministério sagrado.
Outras atividades, por mais importantes e urgentes que sejam, podem ser
delegadas a outras pessoas no rebanho. Infelizmente há muitos pastores que
consomem seu tempo em atividades burocráticas da igreja que poderiam ser
desempenhadas por um secretário ou contador. Também, há alguns ministros
que passam mais tempo supervisionando construções de templos do que
cuidando de sua família ou mesmo de suas ovelhas. É necessário focalizar no
desempenho daquilo para o qual o ministro foi divinamente vocacionado. As
atividades periféricas devem ser desempenhadas por outros. Se não há outra
pessoa para realizar essas tarefas, é mister considerar o treinamento ou a
contratação de um profissional para que o ministro esteja livre desses fardos a
fim de se dedicar exclusivamente ao ministério.

Querido pastor, certamente haverá tensões na busca de manter harmonia entre


a atenção à família e à igreja. A boa notícia, porém, é que um ministério fiel e
bem-sucedido não exige o sacrifício da família. Aliás, Deus não se agrada de
sacrifícios desnecessários e externos. É necessário aprender a estabelecer
prioridades em nossa agenda para que nosso ministério resulte em maior
edificação e crescimento tanto para a família quanto para a igreja. Oro para
que o Senhor o abençoe e conceda discernimento nesse sentido

A família do pastor está em segundo plano?


2009-11-17

É comum encontrarmos líderes e pastores evangélicos vivendo duas realidades


bem distintas uma da outra. De um lado um ministério público bem sucedido e
conhecido, por outro uma vida familiar e afetiva fragmentada e desestruturada. Por
trás de pastores queridos e admirados por suas congregações, sofrem esposas
mal-amadas e filhos carentes.
A fé cristã, em especial para os pastores, tem se tornado institucional, pragmática,
técnica, racional, ativista e profissional. Quando isto acontece, olhamos somente o
desempenho e os resultados do ministério e nos distanciamos dos vínculos, da
intimidade, dos afetos e da relacionalidade.
Famílias não são perfeitas. Sabemos que existe um ideal e uma busca por
santidade que não podem ser menosprezados na caminhada de fé, no entanto,
uma ênfase numa vida sem falhas, sem derrotas, sem sofrimento, contrasta com o
relato bíblico dos homens que Deus usou. Ser uma família extraordinária, feliz o
tempo todo e sem problemas é um fardo difícil de suportar e tem dois destinos
previsíveis: a frustração e desilusão ocasionadas pelo abismo entre o discurso e a
prática, ou então a hipocrisia e a espiritualização que escondem e disfarçam o
erro. E como é difícil para os pastores exporem seus erros e suas fraquezas. Sem
ter com quem compartilhar, suas crises e problemas tendem a fi car mais agudos e
ao mesmo tempo mais escondidos e camuflados.
A família de um pastor é também humana, sujeita aos desencontros, às crises
pessoais e relacionais. Pastores não vivem emocionalmente bem as vinte e quatro
horas do dia, sete dias por semana. Esposas de pastores não possuem todos os
dons e virtudes e seusfi lhos não se comportam de maneira perfeita o tempo todo.
Basta ser uma família comum, humana, capaz de celebrar, afirmar e nutrir o que
há de bom, aceitando, perdoando e sendo paciente com suas ambigüidades e
ambivalências. Família que reflita a graça de Deus, onde a exigência da perfeição,
com seu legalismo acusador e cobrador, dê lugar ao amor paciente e benigno e ao
perdão restaurador e terapêutico.
São muitos os pastores cuja fidelidade à Palavra, zelo por Deus, entusiasmo na
sua vocação e dedicação ao ministério são dignos de apreciação e
reconhecimento. Tornam-se, no entanto, desprovidos de amor e de carinho, e sua
esposa e filhos sofrem não somente com suas prolongadas ausências, como
também pela pobreza de suas demonstrações de afeto e ternura.
O resultado é uma separação entre o ministério público e a família. Muitas
pregações, muitas viagens, muitas platéias, muitos compromissos eclesiásticos e
ao mesmo tempo um distanciamento gradativo e progressivo da experiência de
uma alma apegada a Deus numa relação de afeto, de amor e de intimidade. E
como conseqüência também um distanciamento gradativo e progressivo da
experiência de uma relação familiar baseada no vínculo, na ternura, no respeito,
na admiração e na comunhão.
O itinerário espiritual mais difícil de nossas vidas de pastores é o que vai do
isolamento e do ativismo à comunhão com Deus, conosco mesmo e com o
próximo. Para sermos reconhecidos, admirados e aceitos, mergulhamos no afã
pragmático de encher nossas igrejas e manter o povo animado e ativo. Quanto
mais atividade e mais agitação, mais nos tornamos estressados e impessoais.
Vivemos nossas vidas no ativismo religioso e nos tornamos maridos cansados e
calados para nossas esposas e pais ausentes e indisponíveis para nossos filhos.
O pastor bondoso e dedicado que a igreja conhece não combina com o marido e o
pai em casa. Famílias que sofrem, e sem contexto para se abrirem, escondem
suas frustrações sob máscaras de desempenho religioso.
É o Espírito Santo que nos leva a ter a coragem de sair de nossos pedestais e
papéis religiosos para reconhecer que temos relegado nossas famílias ao segundo
plano. Nossas esposas e nossos fi lhos têm se tornado tão simplesmente
coadjuvantes de uma peça onde nós, pastores, somos as estrelas que brilham.
Arrependimento é a desconstrução desta maneira irreal de viver e a coragem para
buscar o amor, a intimidade, o afeto e vínculo, restaurando de forma saudável a
relação marido/esposa e pais/filhos.

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30 maneiras práticas para os pastores


amarem a sua esposa e família
Por Brian Croft em 11 jul, 2018
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As exigências do ministério pastoral podem ser difíceis para a


esposa e família do pastor. Tais exigências não apenas o tentam
a negligenciar a sua família, mas também podem deixá-lo sem
ideias boas, criativas e significativas sobre como amar e servir
seus familiares.

Pastor, não podemos ajudá-lo em relação à tentação de


negligenciá-los, a não ser exortá-lo a fugir dessa tentação —
Cristo não tem o negligenciado, tem? Mas talvez possamos
ajudá-lo com várias ideias práticas para motivar você a amar e
servir a sua esposa e filhos de modo mais eficaz. Aqui estão elas:

Em relação à sua família…


1. Tome a iniciativa e estabeleça um plano para o culto
familiar. Depois, siga o plano! (Don Whitney incentiva
“brevidade, regularidade e flexibilidade” no culto familiar).
2. Volte para casa no exato momento em que você
combinou; e prepare o seu coração para servir a sua
família, e não para ser servido.
3. Assuma a responsabilidade pela educação e disciplina dos
seus filhos; não deixe que a sua esposa cuide disso.
4. Compartilhe com a sua esposa e filhos algumas das coisas
boas que estão acontecendo na igreja e, em seguida,
agradeça-lhes por ajudarem a torná-lo possível.
5. Use cada hora do seu tempo de férias. E tire férias que não
envolvam a família mais ampla; restrinja as férias a apenas
a sua esposa e filhos.
6. Tire duas semanas de férias.
7. Guarde de modo diligente os seus dias de folga.
8. Há momentos em que parece que você precisa escolher
entre ser um bom pai/marido ou um bom pastor. Bons
pastores escolhem ser bons pais/maridos.

Em relação à sua esposa…


9. Levante-se cedo e tenha o seu tempo devocional, para que
você possa cuidar das crianças pela manhã enquanto a sua
esposa tem o seu tempo devocional.
10. Dê-lhe flores e um cartão escrito à mão quando ela
menos esperar.
11. Frequentemente, programe uma saída à noite e tome
a iniciativa sobre a logística, ou seja, organize a babá, faça
reservas e tenha um plano.
12. Conheça o restaurante, refeição, flores, sabor de
sorvete e filme preferidos de sua esposa.
13. Agende um horário semanal para que você cuide das
crianças e para que a sua esposa saia para fazer o que
desejar — não compromissos. Quando puder, dê a ela um
dia inteiro de folga do cuidado com as crianças.
14. Decida junto com a sua esposa quantas noites você
estará ausente e honre o que foi acordado.
15. Aos domingos, saia para a igreja alguns minutos antes
para fazer uma parada e comprar o café preferido de sua
esposa.
16. Pergunte à sua esposa, em um jantar romântico, em
que áreas ela deseja que você melhore.
17. Leve a sua esposa para uma conferência
encorajadora.
18. Planeje retiros regulares fora da cidade apenas para
você e ela. Planeje o tempo em seu retiro para anotar
todas as evidências da graça que vocês veem na vida um
do outro e depois as compartilhem entre si. Depois,
dediquem tempo escrevendo as suas expectativas por
modos de crescer como marido e pai no próximo ano (a
sua esposa fazendo o mesmo por si mesma) e depois
compartilhe-as entre si.
19. Respeite e pergunte a opinião dela sobre as coisas
relativas à igreja.
20. Saiam para longas caminhadas.

Em relação aos seus filhos…


21. Tenha um encontro individual e semanal com cada
um de seus filhos; inclua brincar, ler as Escrituras ou orar.
22. Saia com as suas filhas.
23. Deixe os assuntos da igreja na igreja para que papai
possa ser o papai em casa.
24. Leve uma das crianças com você em visitas ou
viagens breves.
25. Faça aos seus filhinhos perguntas que favoreçam pastorear
os seus corações, como as seguintes (estas questões
foram publicadas por Justin Taylor, e foram originalmente
desenvolvidas pelo Pastor Rick Gamache da Sovereign
Grace Fellowship):

 Em suas próprias palavras, o que é o evangelho?


 Existe algum pecado específico que você precisa de minha
ajuda para derrotar?
 Você percebe mais o meu encorajamento ou a minha
crítica?
 Pelo que o papai é mais apaixonado?
 Eu ajo da mesma forma na igreja e em casa?
 Você está ciente do meu amor por você?
 Existe algum modo pelo qual eu tenha pecado contra você,
do qual eu não tenha me arrependido?
 Você tem alguma observação para mim?
 Como estou indo como pai?
 Como os sermões de domingo têm impactado você?
 O meu relacionamento com a mamãe estimula você a
casar-se?
(Além disso, com meus filhos mais velhos, estou sempre
perguntando sobre o relacionamento deles com os seus amigos
e me certificando de que Deus e o seu evangelho são o centro
desses relacionamentos. E aproveito todas as oportunidades
para elogiar a mamãe e aumentar a apreciação e amor deles por
ela).

26. Tenha interesse no que os seus filhos gostam de


fazer.
27. Leia para eles. Compre livros. Leve-os para uma
biblioteca.
28. Cante com eles.
29. Ore por eles e com eles.
30. Tenha cuidado para não os colocar no centro das
atenções na igreja (pare de usá-los em todas as outras
ilustrações de sermões!).
Benção: a família do pastor
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Autor: Robson Luiz de Oliveira

Ser pastor é uma grande bênção concedida por Deus.


O pastor é uma pessoa que tem um ideal, que tem uma missão, um chamado divino e
que sente arder dentro de si o desejo de pastorear de maneira digna, honesta e fiel.
Ele tem consciência de que aquele que o comissionou irá pedir-lhe os resultados do
seu trabalho, um dia. Por isso, o pastor sente a necessidade de realizar o melhor
trabalho possível para agradar o sumo Pastor.
Mas, na vida pastoral, nem tudo são flores; pelo contrário, as lutas são implacáveis.
Não é difícil encontrar pastores desanimados, desmotivados; às vezes, quase sem fé e
completamente desgastados pelos problemas da vida ministerial. Existem também
aqueles pastores que confiam em Deus e têm experiências reais com ele, mas que, ao
mesmo tempo, apresentam uma vida espiritual medíocre e indiferente às
necessidades das pessoas que estão sob seus cuidados. Eles parecem não perceber
que necessitam ter seus ministérios revitalizados pela graça e pelo poder da palavra
de Deus, a fim de que seu trabalho possa transmitir luz, confiança e atingir os
resultados esperados pela Igreja e pelo Senhor. Por que será que alguns pastores
passam por esse tipo de situação? Quando se quer detectar as causas de muitas
insatisfações e derrotas na vida ministerial, entre outras razões, o relacionamento
familiar deteriorado ocupa um lugar de destaque.
Sabemos que a maioria das pessoas pensa que a família do pastor não tem
problemas; afinal de contas, ele é um dos representantes de Deus na terra, tem
autoridade espiritual sobre a vida de muita gente, faz aconselhamentos, realiza visitas,
levando palavras de esperança, tem sempre uma resposta para os problemas alheios
e fala de assuntos importantíssimos. Quando assume a tribuna para pregar, o pastor
ensina o que se deve e o que não se deve fazer. “Não é possível que uma pessoa assim
possa ter problemas na vida conjugal e no relacionamento com os filhos!”, pensamos.
Mas, infelizmente, esse pensamento não é verdadeiro.
Talvez uma das tarefas mais difíceis de ser administrada pelo pastor é a condução de
sua própria família. Entre as muitas famílias que compõem uma comunidade cristã,
sem dúvida alguma, a família de destaque é a do pastor. Ela vive sob os holofotes dos
olhares curiosos do rebanho. Os fatos relacionados a essa importante família estão
sempre refletindo de forma positiva ou negativa no comportamento das ovelhas
apascentadas pelo pastor. Isso, sem dúvida, deveria trazer uma reflexão mais
profunda sobre o papel do pastor como chefe de sua família; a final, não é fácil liderar
um lar que se sobressai de forma tão evidente. As pressões externas sofridas pelos
membros da família do pastor, aliadas a uma liderança interna fraca por parte dele,
resultam, muitas vezes, em dramas terríveis a serem vividos pela Igreja e pela
sociedade. Quantas vezes, o pastor assiste, perplexo, ao naufrágio do seu casamento,
ou, incrédulo, a o rumo que os filhos dão às suas vidas, abraçando os costumes
mundanos?
Esse drama familiar não é novo. A Bíblia é farta nos exemplos deixados por grandes
líderes do povo de Deus, que, apesar do sucesso alcançado nas funções de sacerdotes
e de reis, experimentaram o sabor amargo da derrota, quando tiveram de enfrentar as
lutas dentro de casa (I Sm 3:13, 8:13, II Sm 18:33, I Rs 1:6). É evidente que ninguém está
livre das desventuras familiares, mas, quando o problema aparece na família do
pastor, a repercussão toma grande vulto e aumenta em muito os danos na
comunidade que o rodeia.
No padrão bíblico para a família pastoral (I Tm 3:2-7), o pastor deveria ter a sua
conduta de vida e a liderança de sua família firmada dentro dos seguintes princípios:
ser marido de uma só mulher; ser irrepreensível em todas as atitudes; ser vigilante
contra todos os ataques que pudessem sobrevir à sua família; ser sóbrio e consciente,
para tomar todas as decisões necessárias ao bem estar familiar; ser honesto em todos
os negócios de que fizer parte; exercer a hospitalidade para com todos; ser uma
pessoa que se dedique a buscar conhecimento, pois uma das suas principais
obrigações é estar em condições de ensinar; não alimentar vícios de espécie alguma,
por ter consciência do quanto isso seria danoso à formação dos filhos; riscar a palavra
violência do seu vocabulário; não ter como objetivo as riquezas materiais, mas, sim,
buscar os valores morais, espirituais e éticos, que devem ser diariamente
incorporados ao caráter dos componentes da família; ser moderado na forma de
pensar, de falar, de agir, de trabalhar; não dar lugar às discussões geradoras de
contendas com esposa, filhos, amigos, crentes; ter como objetivo a ser alcançado o
bem-estar do próximo, de maneira tal que não haja nem sombra de egoísmo e
avareza no seu modo de viver; ser um administrador da sua casa, digno da admiração
de todos, principalmente da esposa e dos filhos; ter, principalmente, o entendimento
de que, para cuidar da casa de Deus, precisa cuidar primeiro da sua casa; ter o bom
senso de tributar todo o sucesso de suas conquistas, em qualquer área de sua vida, a
Deus, evitando, dessa forma, problemas de ordem espiritual; finalmente, zelar pelo
seu bom testemunho, como quem tem um tesouro precioso e quer conservá-lo a
qualquer preço.
Se esse elenco de qualidades, que o Espírito Santo relacionou, através do apóstolo
Paulo, fosse observado pelos homens que ocupam o cargo de pastor, não haveria
razão para estarmos escrevendo este artigo. Afinal, essas orientações divinas estão na
Bíblia há dois mil anos. Basta uma análise simples do texto, para concluir que um
pastor que viva baseado nessas orientações terá a sua família vacinada e, portanto,
imunizada, contra as terríveis doenças que estão corroendo muitas famílias pastorais
e levando algumas à extinção.
Muitos líderes podem dizer que é quase impossível atingir a qualidade de vida
apresentada pelo Espírito Santo através de Paulo. Mas é falsa essa visão. O texto de I
Tm 3:2-7 não foi escrito e recomendado para os anjos, mas, sim, para ser aplicado à
vida de homens comuns, chamados para pastorear o rebanho de Deus. O padrão de
qualidade exigido pelo Espírito Santo é uma meta a ser alcançada, através de uma vida
determinada e disciplinada, pelo estudo sistemático da Palavra, pela comunhão com o
Senhor, pela oração constante e pela confiança na graça e misericórdia de Deus. A
Bíblia ensina o caminho. Trata-se, portanto, apenas de se ter disposição para aprender
e obedecer (Rm 15:4; Tg 1:22).
Podemos então afirmar que o pastor é o responsável pelo rumo dado à sua família.
Não há dúvida de que o trabalho exercido na função pastoral é extremamente árduo.
Mas a constatação desse fato não exime o pastor de sua função de marido, pai, amigo,
companheiro. Então, o que fazer? Em primeiro lugar, o pastor não pode esquecer que,
na maioria dos casos, a esposa e os filhos não escolheram o cargo de “família de
pastor”. A esposa, muitas vezes, sofre muito com o que as pessoas exigem dela,
sentindo-se incapaz, às vezes, pela imaturidade ou pela falta de preparo para lidar
com problemas de tão grande envergadura, como a condução de uma igreja. Outras
vezes, ela se sente insegura, porque muito da carga familiar acaba sob sua
responsabilidade, o que a deixa exausta. E aquele que um dia prometeu ser o seu
amparo, proteção, confidente e companheiro das horas difíceis torna-se uma pessoa
distante e fora do seu alcance. Às vezes, ela vê o seu marido ser paciente com tantas
pessoas, inclusive com ovelhas mulheres; observa que, por mais cansado que ele
esteja, sempre tem um sorriso para os que o rodeiam e percebe que, na maioria das
vezes, o encantamento dura até a hora que volta para casa, cansado e esgotado. A
esposa é obrigada a se contentar com muito pouco, e, às vezes, não sobra nada
mesmo, em termos de atenção e carinho. É natural que um sentimento de rejeição,
frustração e ciúmes tome vulto, e uma esposa que seria uma excelente companheira
acaba sentindo-se preterida e transformando-se num verdadeiro impedimento ao
trabalho pastoral, porque ela vê na Igreja uma rival poderosa, com a qual não pode
competir.
Da mesma forma, esse problema irá refletir na vida dos filhos, que se enchem de
ciúmes ao verem o pai preocupado com o filho “de todo o mundo”, demonstrando isso
através do abraço no filho de um irmão, da oração e do aconselhamento aos filhos
dos outros, enquanto que, para os de casa, nunca sobra tempo, nem ao menos para
uma conversa. Isso sem falar no “exemplo” de vida que é exigido deles, por serem
filhos do pastor. Se, para o pastor, o ministério é árduo, para a sua família o é
também.
Alguns pastores, a pretexto de servirem a Deus e de desempenharem bem o seu
trabalho na igreja, colocam a família em segundo plano ou simplesmente a omitem de
seus projetos. Às vezes, visitam tanto o rebanho que acabam se tornando uma visita
dentro de sua própria casa. O pastor que age dessa forma torna-se um estranho:
desconhece os acontecimentos rotineiros da família e acaba sem autoridade para
orientar, aconselhar, educar e tomar as decisões necessárias para o bom andamento
da vida doméstica. As necessidades de sua esposa e de seus filhos são por ele
ignoradas.
Outros pastores centralizam na sua pessoa o comando de todas as atividades da
Igreja. O que acontece? Não sobra tempo para coisa alguma, absolutamente. São
consumidos pelo ativismo. Não estamos defendendo a idéia de que o trabalho
pastoral tem de deixar de ser feito por causa das necessidades da família. Não! A
questão é esta: o pastor deve organizar-se de tal forma que possa ter ações
equilibradas entre suas responsabilidades como pastor, como esposo e pai (Lc 11:42).
O afastamento das obrigações familiares, por parte do pastor, pode representar, no
futuro, o afastamento dos familiares de Deus. Ficará difícil, para uma criança, entender
que Deus é amoroso e bondoso, quando vê que a pessoa mais importante do mundo
para ela, que é o seu pai, não pode lhe dar atenção, atribuindo a falta de tempo ao
“trabalho de Deus”. Muitas vezes, os filhos de pastor, vêem Deus como um
concorrente desleal; afinal, ele “ganha” sempre! Esses pensamentos podem trazer
deformações significativas na construção da vida espiritual dos membros da família.
O pastor que pensa na sua família, quando organiza sua agenda de trabalhos, com
certeza, obterá melhores resultados no cumprimento de suas tarefas junto à igreja
que pastoreia. Os fantasmas do fracasso, do desânimo, da desmotivação e tantos
outros que possam surgir serão expulsos, porque o pastor conta com o apoio de uma
família feliz e equilibrada, emocionalmente e espiritualmente. A família pode e deve
ser um dos meios usados por Deus, pelo qual seu servo possa encontrar forças para
desenvolver, a contento, as suas atividades pastorais. A família bem estruturada é
uma fortaleza contra as tentativas diabólicas de destruir um ministério produtivo.
O pastor deve cuidar de sua família com o mesmo zelo que lhe é exigido no cuidado
com a Igreja. Deve separar tempo, a fim de oferecer atenção especial à esposa e aos
filhos. São inúmeras as atividades que podem ser desenvolvidas em família, que, além
de prevenirem os males, têm a capacidade de fazer milagres no relacionamento
familiar. São coisas simples como um passeio (sem nenhuma finalidade específica)
para tomar um sorvete ou andar, assistir um programa de televisão juntos, fazer uma
refeição diferente da rotina da casa, comprar um presente para alguém, brincar com
os filhos, contar histórias, fazer elogios sinceros, auxiliar o filho numa lição de casa,
levá-lo para a escola, ajudar a esposa num serviço que ela esteja fazendo, e,
principalmente, cultuar ao Senhor Deus na sua casa.
A esposa e os filhos precisam se sentir importantes na vida do esposo e do pai. Da
mesma forma que, como pastor, ele não falta a um compromisso assumido com os
irmãos, como esposo e pai, não deve, de forma alguma, deixar de cumprir os
compromissos assumidos com a sua família. Esse papel de esposo e pai não deve ser
encarado como mais uma obrigação, mas, sim, como uma experiência extremamente
agradável e revigorante, pois faz parte dos planos de Deus para a família dos seus
ungidos (Pv 5:18; Ec 9:9; I Pe 3:7). As sugestões oferecidas são simples de serem
seguidas, mas não basta tomar conhecimento delas e nem achá-las corretas; o que se
precisa fazer é praticá-las.
Para se ter uma família unida e cooperadora, é preciso investir nela todos os dias.
Uma família feliz não é fruto de um passe de mágica. A paciência, a compreensão, a
renúncia, o autocontrole, a oração e a comunhão são exercícios que devem ser
praticados diariamente. É um trabalho feito com muito amor e que traz resultados
certos. Uma família vivendo dentro dos princípios cristãos é o suporte para o
desenvolvimento de um ministério sadio. Se as coisas em casa estiverem bem, o
pastor resolverá com facilidade os problemas que certamente surgirão no seu
ministério.
O Salmo 128 diz que o homem que teme ao Senhor tem de ser feliz e ter uma família
feliz também. É uma promessa de Deus a se cumprir na vida de todos os pastores e
servos de Deus

10 coisas que a esposa do seu pastor quer


que você saiba
Por Shari Thomas em 21 nov, 2019

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Lucas e Mia pareciam sob medida para a igreja pequena, mas em


crescimento, em Tribeca, Nova Iorque. Todos os conheciam por
suas personalidades vibrantes. Lucas demonstrava sutileza na
liderança. Mia tinha uma capacidade excepcional de engajar
céticos e intelectuais. O casal nutria uma crescente rede entre a
elite empresarial de Nova York.

Dentro dos vinte e quatro meses após sua chegada, a igreja


estava prosperando. Mas Lucas e Mia não estavam. Oito meses
depois, Lucas anunciou que eles estavam saindo. Eles deixaram
o apartamento em cinco dias.

Por que casais como esse deixam o ministério? Dos muitos


boatos que circulam em torno da renúncia de um pastor,
geralmente não consideramos as dificuldades que o ministério
coloca sobre a esposa e no casamento deles. Reconhecemos
facilmente que a felicidade de ambos os cônjuges afeta a saúde
conjugal. No entanto, demoramos a correlacionar como o bem-
estar da esposa de um pastor afeta, a longo prazo, a vitalidade
da igreja.

Mulheres casadas com pastores enfrentam desafios únicos.


Manter as 10 coisas a seguir em mente (junto com o
compromisso de orar regularmente por ela e pelo seu
casamento) pode afetar sua igreja mais do que você imagina.

1. Ela tem sua própria personalidade


Ela não é um apêndice do pastor. Ela pode até ter visões
políticas, sociais e bíblicas diferentes da do seu cônjuge. Mas ela
está em uma posição em que compartilhar essas opiniões pode
afetar negativamente o trabalho do marido.

Permita que ela seja quem ela é. Você pode se surpreender e se


deleitar ao descobrir quão diferente ela pode ser do que você
supunha.

2. Ela tem um chamado


Pode não ser o chamado que você espera, e ela ainda pode estar
descobrindo qual seja. Muitas mulheres consideram um
chamado pastoral do marido como um chamado conjunto para
os dois. Outras não. E algumas mulheres casadas com pastores
esperam que alguém, qualquer um, lhes diga qual deve ser o seu
ministério, na esperança de não decepcionar os outros.

Confuso? Para nós também. Depois de anos servindo no


ministério pastoral, algumas mulheres confessam uma sensação
de perda, de nem mesmo se conhecerem. Elas estavam muito
ocupadas servindo onde necessário. Por outro lado, outras
podem estar minimamente envolvidas no ministério da igreja por
ter um chamado com foco fora da igreja.
3. Ela pode ter que lidar com dificuldades
financeiras
Em um de nossos grupos locais de treinamento de mulheres
(Parakaleo), estávamos discutindo dificuldades financeiras e
rindo das formas  engenhosas como conseguíamos esticar um
dólar. Perguntei quantas já haviam usado o vale-refeição por
causa dos salários do ministério. Metade das mulheres levantou
as mãos. Lembrei-me de como a situação financeira é delicada
para muitas mulheres no ministério.

4. Ela compartilha seu marido com toda a


igreja
Dependendo do tamanho da igreja e da existência ou não de
outros membros competentes na liderança, os pastores podem
ter que estar disponíveis vinte e quatro horas por dia, sete dias
por semana. Jantares em família, feriados e férias são
frequentemente interrompidos por situações de crise. Embora
parte dessa perturbação possa resultar de limites inadequados
no lar pastoral, o ministério constantemente envolve crises.

Especialmente em áreas de alto risco. O pastor costuma ser a


primeira pessoa a ser chamada durante tentativas de suicídio,
quando alguém é preso, quando um membro da igreja está em
um relacionamento abusivo, quando um casamento está
terminando e assim por diante. Até eventos comemorativos,
como casamentos, eventos esportivos e batismos, ainda tiram
algum tempo da família do pastor. Os casais pastorais se sentem
honrados em poder se envolver dessa forma na vida de seus
congregados. Mas esteja ciente de que o tempo deles deve ser
limitado, por boas razões.

5. Ela é prejudicada por fofocas


Fofoca é conversa fiada ou boatos, especialmente sobre
assuntos pessoais ou privados de outras pessoas. Fofoca não
precisa ser necessariamente uma história maliciosa. Uma regra
simples para evitá-la é não contar histórias sobre outras pessoas.
Que elas sejam as fornecedoras de suas próprias informações.
Se você ouvir informações de alguém sobre outra pessoa,
considere uma maneira gentil de interromper a cadeia de
fofocas: “Sabe, aposto que Marjorie gostaria de ela mesma
contar essa história”.

Se for um fofoca maliciosa, tome uma posição firme:


“Independentemente de em quão ruim essa situação tenha se
tornado, não quero participar de fofocas. Você vai comigo até a
pessoa que está falando essas coisas e me ajudar a parar com
isso”? Embora eu possa rir disso agora, às vezes eu descobria,
através das fofocas da igreja, coisas sobre mim que nem eu
mesma sabia.

6. Ela está vivendo sob expectativas irreais


dos outros (e de si mesma)
Bem, quem não vive? Sejam de nossas mães, filhos, chefe ou
vizinhos difíceis, todos experimentamos a pressão das
expectativas. Mas considere que você também estivesse
vivendo constantemente sob as expectativas da igreja. Que tal
saber como os outros acham que você deve se vestir? Como
seus filhos devem agir? O que é apropriado dizer ou não dizer?
Como você deve gastar seu dinheiro? Quantas pessoas você
deve convidar para jantar em sua casa? Você ficaria surpreso
com a frequência com que mulheres casadas com pastores são
criticadas por essas coisas.

Muitas mulheres casadas com pastores também trabalham em


período integral, participam de vários ministérios da igreja,
encontram-se com casais para aconselhamento pré-nupcial ou
pastoral e participam de atividades da comunidade. Já é uma
vida cheia. A esposa de seu pastor muitas vezes precisa ser
lembrada de que a única expectativa que finalmente importa é a
de somente um – seu Pai celestial.
7. Ela provavelmente encontra amizades
na igreja, difíceis de lidar.
É praticamente impossível para ela saber se as amizades da
igreja existem porque alguém é atraído por ela ou por causa do
papel do marido. Muitas mulheres descobrem, quando o marido
deixa uma posição pastoral, que as pessoas que elas pensavam
serem amigas realmente não eram. Elas pensavam que os
cartões de Natal, convites sociais, longas conversas sobre café
ou viagens à praia eram devido à amizade. É devastador
descobrir que, à parte do papel do pastor, a amizade na
realidade nunca existiu.

O mesmo acontece no sentido inverso. Os congregantes podem


pensar que eram amigos íntimos do casal pastoral e descobrir
um cenário semelhante quando o pastor e a família partem. É
doloroso para todos os envolvidos. Amizades ricas ainda podem
ser desfrutadas, mas requerem maturidade e entendimento de
que alguns tópicos estão fora dessas fronteiras.

8. Ela é prejudicada pelas críticas ao


marido
Os pastores, alguém poderia dizer, não trabalham duro o
suficiente, não discipulam o suficiente, não pregam bem o
suficiente, não visitam congregantes o suficiente e assim por
diante. Todo mundo tem sua própria descrição de trabalho do
que um pastor deveria fazer. Quase ninguém percebe a
impossibilidade de atender a essas expectativas. Quantas horas
um pastor deve trabalhar? Cinquenta? Oitenta? Há muito o que
fazer e, normalmente, ninguém o detém, exceto a esposa.
Quando ele é criticado por não fazer o suficiente, ela pode se
sentir culpada por tentar ajudá-lo a manter-se dentro dos limites
saudáveis.

Os pastores geralmente compartilham com as esposas os


comentários de um líder descontente ou o que foi dito em uma
reunião contenciosa. Mas ela não faz parte da conversa quando
uma situação é resolvida, geralmente nem sabe se foi resolvida e
fica sem espaço seguro para processar a situação.

E, diferentemente das esposas de outros profissionais, essas são


as mesmas pessoas com quem elas se reúnem para adorar.
Quando você conhecer a esposa de um pastor que parece
extraordinariamente sábia, tem sua própria personalidade e
pode falar a verdade com bondade, você está na presença de
uma mulher que passou pelo fogo. Aprenda tudo o que puder
dela, mesmo que seja apenas através da observação.

9. Ela vive sob estresse e ambiguidade


A ambiguidade é endêmica ao ministério. Para a família pastoral,
o sistema geralmente não é claro. Todos os membros da família
participam direta ou indiretamente da igreja. Há uma
expectativa por parte da igreja, dos papéis que devem ser
cumpridos pelo pastor, pela esposa e até pelos filhos. Esse nível
de ambiguidade causa altos níveis de estresse para as esposas
dos pastores. Você pode mostrar a ela a mesma compaixão que
você estenderia a alguém que recebeu recentemente notícias
difíceis. Por quê? Porque essa provavelmente tenha sido sua
experiência naquele dia.

Ao contrário de outros que experimentam tristeza, no entanto,


ela provavelmente estará incapacitada de compartilhar o evento
e seus efeitos ou tratá-lo com outras pessoas na igreja. Ouvir
que um membro da equipe de confiança planeja renunciar, que
um líder importante da igreja está tendo um caso, que a igreja
não pode pagar suas contas, que o emprego de seu marido está
em risco, que sua amiga mais próxima decidiu não mais
frequentar a igreja, são os tipos de revelações que as mulheres
no ministério enfrentam regularmente.

Nem todas as mulheres casadas com pastores experimentam


todos os itens acima. Muitas desfrutam de uma comunidade
maravilhosa e atenciosa na igreja. E a maioria das esposas de
pastores que conheço gosta de trabalhar em conjunto com seus
maridos para ver o reino de Deus avançar em sua cidade.
Mas independentemente das diferenças, o item que todas as
mulheres casadas com pastores têm em comum é o número 10.

10. Sua justiça vem de Cristo


Ela, como você e eu, não obtém sua justiça pela forma como se
molda aos padrões dos outros, de sua presença na igreja, de
conhecer as Escrituras ou de quanto dinheiro ela gasta ou não
gasta em seu guarda-roupa. Se ela confiou em Cristo para sua
salvação, no tribunal de Deus o veredicto foi dado. Suas falhas,
erros, vergonha e pecado foram colocados em Jesus Cristo. Ele
assumiu o que ela merecia. E além do mais, Deus deu a ela a
justiça de Cristo. As esposas dos pastores receberam o veredicto
de filhas justas e amadas

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ESPECIAL: Três conselhos às esposas de pastores


Postado em 

24 de maio de 2017

33

Por: Dione Alexsandra

Em  Provérbios 15.22  encontramos: “Onde não há conselho fracassam os projetos,


mas com os muitos conselheiros há bom êxito. ”

Seguindo a série 3 conselhos, o nosso post é direcionado às esposas


de pastores. Com conselhos dados por algumas esposas de pastores do
nosso Ministério Verbo da Vida. Diferentes pontos foram abordados e
cremos que servirão como pérolas de sabedoria para muitas mulheres
no Brasil. Fui em busca de conselhos preciosos de mulheres que
possuem muita experiência no ministério e no auxílio ao seu esposo e no
chamado. Eu fui enriquecida por cada um deles, que sejas edificada
também.
Suellen Emery (Campina Grande-
PB)

Uma esposa de pastor não tem que ter um chamado nos cinco dons
ministeriais. Ela não tem necessariamente que ter chamado para o
púlpito, mas ela precisa ter o coração na obra do ministério. Ela precisa
entender o chamado pastoral do esposo e acompanhá-lo. A esposa do
pastor deve estar envolvida na igreja local, aconselhar com seu esposo,
entender como os departamentos funcionam, e, em muitas situações,
ela precisa estar na liderança de departamentos. Com isso, ela estará
auxiliando seu marido a pastorear a igreja.

Uma esposa de pastor deve ter maturidade. Maturidade tem a ver com
ser confiável e ter responsabilidade. As pessoas não confiarão em
alguém que não sabe lidar com suas responsabilidades, em quem não
podem confiar. Uma esposa madura pensa nas consequências dos seus
atos. Alguém maduro deixa de agir ou falar movido por impulsos ou
emoções momentâneas. Pensa nos problemas que suas ações podem
acarretar.

Uma esposa de pastor não exige que seja respeitada por ser esposa do
pastor da igreja, ela precisa conquistar esse respeito das pessoas. Faça
algo bom pelas pessoas, e terá o respeito, o amor, fidelidade e honra
delas. Por que o Senhor Jesus recebe tudo isso da nossa parte? Porque
Ele fez algo por nós que ninguém poderia fazer: se deu. Então, faça
como Jesus, se dê pelas pessoas da sua igreja, e você terá o coração
delas.

Zuleica Messias (Aracaju-


SE)

“O que te vier às mãos para fazer, faça conforme tuas


forças” (Ec. 9.10). Ninguém é capaz de dar o melhor de si, se o seu
coração não estiver envolvido. Lembre que, quando nos casamos com
um homem, casamos com a família dele e também com a missão dele.
Deus nos deu a honra de casarmos com alguém que trabalha por coisas
eternas. Então se mantenha animada ao lado do seu marido, lembrando
que o mesmo Deus que renova as forças dele renova as suas também. E
assim, a excelência será sempre uma marca deixada em tudo que vocês
fizerem.

Nunca confunda sua posição de ovelha com a de esposa de pastor Você


é a única na igreja que possui este status: ovelha, mas ao mesmo
tempo esposa. Nesta posição, você deve tomar cuidado para que a
intimidade que você tem com ele como esposa, não lhe roube a
submissão da ovelha. Seja a primeira a cumprir as instruções dadas por
ele ao rebanho. Você pode estar a par de tudo que acontece; Como
companheira pode opinar sobre tudo, mas não fique chateada se sua
opinião não for acatada. Lembre: ele ainda é o pastor e você a ovelha.

Não confie na sua experiência. Uma igreja não é uma empresa. E, por
isso, ela precisa ser conduzida com a sabedoria do céu; com uma
liderança guiada pelo Espírito. Por isso, nunca deixe de depender do
Senhor para cada situação que precisa ser resolvida; Para cada conselho
que precisa ser dado.

Cristiane Albuquerque (Recife-PE)

Celebrando as diferenças

Deus nos deu dons específicos para atuarmos no corpo Cristo. Como
esposas de pastores, temos grande atuação no igreja! Em Romanos
12.8 fala que “o que exorta faça-o com dedicação; o que
contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem
exerce misericórdia, com alegria”. Acredito que é bem importante
cada mulher – tanto as esposas dos pastores presidentes, quanto as
esposas dos pastores auxiliares – entenderem o seu papel no corpo de
Cristo. As esposas dos pastores presidentes entenderem que ela é como
uma mãe, incentivando na vida pessoal, na área ministerial, acolhendo
nos momentos que precisa, exortando com zelo para o crescimento.
Também, as esposas dos pastores auxiliares entenderem sua posição de
suporte, proteção, apoio, honra para com a sua liderança. Sabendo que
se os portadores da visão estão bem, a igreja vai bem! Como ouvi de
um grande homem de Deus:  “Quando sonharmos os sonhos dos nossos
pastores, Deus sonha o nosso sonho”. Desta forma, quem ganharia seria
o corpo de Cristo.

Discrição

Provérbios 11.22 diz que “Como joia  de ouro em focinho de porco,


assim é a mulher formosa que não tem discrição”. Um sinônimo da
palavra discreta é ser prudente, distinta, com privacidade.
Uma esposa de pastor deve ter essa qualidade. Ser prudente em seu
falar, em seu vestir, em seu procedimento! Observar para não expor
coisas desnecessárias em redes sociais, como fotos e textos que acabam
desprotegendo sua vida e de sua família. Sempre cuidadosa para não
expor seu marido. Como mulheres, sabemos de que maneira discreta
podemos auxiliar nosso cônjuge em quaisquer situações! Nossa vida
deve ser como uma vitrine, por nossas posições, vistas muitas pessoas,
e assim, devemos ser exemplos para aqueles que estão crescendo.

Exemplo

Por fim, devemos ser exemplo no andar em amor, nas vestimentas, na


maneira de conduzirmos as finanças e na criação dos filhos. O reagir em
amor, quando em situações de pressões, o refletir a glória do senhor,
nas nossas maneiras de vestir, temendo ao Senhor na criação dos 
filhos. Estes são exemplos que vão alcançar vidas! Bem como, sermos
as primeiras a dizimar e ofertar, não só nos momentos dos cultos, mas
nas nossas vidas pessoais!

 
 

Sayonara Almeida (Portugal)

Como esposa de pastor, temos a oportunidade de descobrir talentos


entre as mulheres.
Levante mulheres talentosas para te ajudar na recepção de pessoas (ou
em qualquer outro departamento), escolha aquela que faz a melhor
sobremesa, a que melhor decora uma mesa, diga como você gostaria
que fosse executada a tarefa  e dê-lhes a oportunidade de multiplicar
seus talentos. Delegar autoridade é a melhor forma de dar oportunidade
para outras pessoas crescerem.

Elogie o bom trabalho com sinceridade, corrija o que está errado quando
necessário, mas com moderação e elas confiarão em trabalhar com
você.

Viver no universo das mulheres não é  algo tão fácil, porque somos bem
diferentes uma das outras. No que depender de você, tenha paz com
todas, mas será normal que algumas mulheres se apegarão mais a você
e outras não. Para prosseguir servindo a Deus sem pesos, você deverá
dar o seu melhor sem acepção, sabendo que não é a sua
responsabilidade agradar a todas. Sirva a Deus sem pesos e sem tantas
cobranças, isso te fará mas feliz.

A nossa vida com Deus se resume a consagração e comunhão  com Ele.


Seja uma influenciadora, dedique-se a leitura e a oração diária. Fazendo
assim, você  terá inspiração  para responder aos desafios da vida. Saiba
que a melhor coisa que uma  esposa de pastor pode fazer, é não está
envolvida com fofocas na igreja. Essa conduta só é possível se nos
escondermos em Deus, através da consagração. Cuide de seus filhos,
ame e honre seu marido, e sua igreja será ministrada e influenciada por
sua conduta.

Eliane Araújo – São Paulo

Ser uma encorajadora

Todos nós sabemos o que é encorajar. Frequentemente, encorajamos as


pessoas que trabalham conosco, sejam funcionários ou não, pessoas que
estão com baixa autoestima, aqueles que se sentem solitários, aqueles
sem perspectiva de vida,  pessoas doentes e hospitalizada, ou uma
amiga. Nossas palavras são como um estimulante para alguém.
Sabemos fazer isto muito bem, e porque não fazemos com os que estão
mais próximos de nós? Os da nossa própria casa, a nossa família.

A Bíblia nos dá, em Hebreus 3.13, uma ordenança para encorajarmos


uns aos outros. Através de palavras de confiança, fé, esperança,
coragem e conforto, pois no pastoreio enfrentamos adversidades. Nós
mesmos seremos aquela encorajadora. Assim nos manteremos firmes e
constantes. Pois todas nós sabemos o que é estar desencorajada.

Ser misericordiosa

Não podemos deixar de exercer a misericórdia quando alguém erra.


Devemos nos compadecer e não sermos aquela apenas a julgar. Quando
praticamos esse princípio, alcançaremos misericórdia, se precisarmos
em alguma ocasião. Jesus disse em Mt 5.7 Bem-aventurado os
misericordiosos, pois alcançarão misericórdia.

Ser Discreta

Quando falo em ser discreta, não estou dizendo que não podemos
expressar nossa opinião sobre algo. Mas, saber o momento de falar. A
mulher que é discreta alcança admiração de todos ao seu redor. Não
podemos confundir discrição com timidez. Há um versículo
em Provérbios 13.3 que diz:.  “Quem guarda a sua boca, guarda
sua vida, mas quem fala demais acaba arruinado”. Desde modo,
seremos bem sucedidas, se  procedermos segundo o padrão da Bíblia
para nós.

 
Marizete Garcia (Guarulhos-
SP)

Ser cheia da Palavra e do Espírito.

Uma mulher da Palavra! Quando seu coração permite a  junção da


Palavra e do Espírito você andará favorecida e isto a possibilita vencer
obstáculos, viver em meio a graça e os favores de Deus, sobre e por
meio de você. Viver uma vida galardoada. Com um olhar diferenciado,
focado na vida de fé e amor; dependente das razões espirituais,
subjugando seus sentimentos a maneira de Deus pensar. Por todo o
contexto em que você está inserida, como esposa de pastor, não será
capaz de projetar sua influência sem a cooperação amistosa da Palavra
de Deus a inspirando.

Por maior que seja seu potencial, por maior que seja sua mente
brilhante, por maior que seja sua inteligência, por maior que seja sua
visão, se estiver fechada e centrada em si mesma, dependendo do seu
ego e das suas razões externas, sem contudo, ousar abrir-se para a
inspiração, interpretação, percepção e revelação do Espírito Santo;
nunca conhecerá, na prática, o que seja sucesso contínuo. Levantar-se
por dentro deve ser um hábito que a ajudará a fluir na pro-atividade, a
vencer sua alma, podendo ser útil a pessoa mais simples, quanto a mais
pomposa, ambas desfrutando de benefícios que advém dela. Este estilo
de vida, inclusive no ambiente pastoral, fornecerá uma base forte, ampla
e plena para que você faça decisões qualificadas, constantes e
permanentes. Seja um referencial para outras a seguirem, podendo
ademais multiplicar-se saudavelmente.

Ter Consciência de Justiça, chamado, posição e eleição.

A compreensão da grandeza de ser filha amada, vocacionada, sendo um


braço forte e estendido para suportar, ajudar e assistir o ministério de
seu esposo, é  tremendo. Descartando, completamente, a sugestão do
diabo quanto a inferioridade, competição, intimidação, medo ou
vergonha, assumindo a posição de adjutora capaz e fiel para com seu
esposo. Com liberdade de expressão para ser exatamente quem você
fora criada. Fluindo de acordo com o sopro de Deus, com a habilidade
depositado em seu coração para demonstrar seu chamado e vocação.
Andando ao seu lado, porque juntos são mais fortes.

Ser equilibrada

Por fim, é tão relevante a vida na dependência da sabedoria divina, ela


produz frutos poderosos. Saber equilibrar a mulher que é (a filha, a
esposa, a mãe, a profissional e ministra). É fundamental e sem dúvida
precisa de muita sabedoria mesmo. Saber colocar o chapéu de cada
função no seu tempo devido com equilíbrio, é essencial. A esposa de um
pastor deve equilibrar a vida familiar com a vida do gabinete pastoral.
Sabendo ouvir coisas, segredos particularidades que devem ficar no
gabinete, porque a vida de pessoas foram expostas e devem ser
preservadas. O equilíbrio aponta para uma vida salutar onde se
desfrutará de tudo um pouco sem cauterização da mente, permitindo
que pessoas passem a vê-las, não como vitrine, mulher sem nome ou
apenas a esposa do pastor. Mas, acima de tudo, como uma mulher
interessante, inteligente, digna de ser honrada, simplesmente por quem
ela é, e a vida que resulta de quem ela serve.

Aurinha Chianca
(Rio de Janeiro-RJ)

Ter a consciência que, independente de ter ou não um chamado, nos


cinco dons ministeriais, ou ser muito envolvida com a igreja;  seu
primeiro chamado é em casa. Sendo sua prioridade ser uma auxiliadora
e mãe ativa. Um pastor sofre por muitas pressões e precisa, mais do
que ninguém, do suporte de sua esposa em todas as áreas. Os filhos de
pastores acabam sendo muito visados, mas ,um bom suporte dos pais,
dissipa toda essa pressão. É sempre importante lembrá-los das bênçãos
que eles desfrutam por causa do chamado dos pais.

Não fazer de sua casa uma filial da igreja. Ainda que precise tratar de
questões que envolvem a igreja, que são, acima de tudo, pessoas, e que
a igreja seja a nossa vida;  ter horários para isso e não levar as
demandas para as refeições, para os momentos de lazer e muito menos
para o leito.
Ter a consciência que somos mães espirituais de nossas ovelhas, e que
existe uma graça para isso. Amando cada uma com um olhar de
compaixão, tendo paciência e sempre pronta a ensinar. Confiando na
sabedoria que vem de Deus, através de uma vida de comunhão com Ele.
Uma palavra nossa, movida de compaixão, amor, generosidade, tem um
peso que não temos a dimensão. Um abraço nosso impregnado de amor
e cuidado, pode mudar a autoestima de pessoas, que chegam muitas
vezes tão feridas e desacreditadas de si mesmas.

Rita Borba 
(Campina Grande-PB)

Auxiliar o marido na administração da igreja. Sendo uma mulher


presente mais atuante; observando as necessidades existentes na
igreja. Falo das necessidades as mais simples, seja como anda a limpeza
dos banheiros, a manutenção da igreja em si….

Desejar servir mais nos bastidores do que no púlpito. Isso não quer
dizer que a mulher do pastor não é para estar ministrando, claro que ela
pode ministrar, mas, existem mulheres que dão mais preferência a estar
em púlpito pregando e deixam e as coisas carentes dentro da igreja.

Ser dada com a membresia e com as lideranças que auxiliam na igreja.


Ser mais próxima às pessoas, buscando saber se precisam de ajuda em
algo, inclusive aquelas que auxiliam o pastor diretamente,
desenvolvendo amizades com essas pessoas.
Conhecemos, quando colocamos o pé na igreja, pela organização,
limpeza, etc;  sabemos se a mulher do pastor é uma mulher presente. A
esposa de pastor reflete na igreja o que ela é em casa, se há excelência
na igreja é porque existe em casa

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