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ESTRATÉGIAS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANAS

1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O
diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor
que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se NÃO tiver o PODER DE DEUS. Este só vem
pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são
expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.
2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao
estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As
igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam.
3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só
Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao
nosso alcance, a nossa parte.

a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas)


b) Definir os grupos de evangelização
c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc.
d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..)
e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.
f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos,
com a LIDERANÇA À FRENTE.

MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS

6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais
pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; ev.
em estações rodo e ferroviárias; na entrada de estádios ; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos,
ônibus, etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);
6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de
professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos
GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na
Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo);
6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas;
cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o DISCIPULADO.
E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização.
7. DISCIPULADO.
É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o
novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada.
Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo.
8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA
1) Programas de rádio e de televisão;
2) Adesivos para veículos;
3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos;
4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em
repartições;
5) Distribuição de Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos) bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e cartões-postais; internet, redes sociais, grupos temáticos e muitos outros..
9. EVANGELIZAÇÃO E OS DESAFIOS NO SÉCULO XXI
Queremos oferecer ao menos uma reflexão sobre a evangelização e os desafios que estão diante de nós
neste século XXI, porém fazendo isto, precisamos de início advertir que não demonstraremos como montar
uma mensagem do Evangelho que contemple os desejos deste mundo, pois não é assim que se evangeliza,
até se pode contextualizar, adaptar ou atualizar (e pensamos que isso deva ser feito), entretanto, o conteúdo
da mensagem não pode sofrer mudança alguma, são verdades insubstituíveis e absolutas.
Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem
lançar novamente o fundamento do arrependimento de atos que conduzem à morte, da fé em Deus, da
instrução a respeito de batismos, da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno
(Hebreus 6.1,2). E aqui está um dos grandes desafios que este século nos impõe, a questão do absoluto X
relativo, onde devemos pregar o absoluto bíblico numa geração que relativiza tudo.
Willimon, em seu artigo “Por que é perigoso querer relacionar o Evangelho com o mundo moderno”, diz que
infelizmente, com frequência os cristãos têm tratado o mundo moderno como se ele fosse um fato, uma
realidade a qual nós estamos obrigados a ajustar-nos e a nos adaptarmos, em vez de tratá-lo como um
ponto de vista sobre o qual devemos apenas discutir […] A Bíblia não quer falar ao mundo moderno; a Bíblia
quer converter o mundo moderno.
10. A QUESTÃO DA PÓS-MODERNIDADE
O maior desafio para a evangelização no século XXI é ser sensível a ponto de perceber como é o ser
humano deste século. Como ele está? O que pensa? Como reage? O que pensa sobre Deus (o Deus
cristão)? Como pensa a espiritualidade? Saber disso é essencial para contextualizarmos a mensagem e
buscar estratégias que sejam eficazes diante deste “público” tão diverso e caracterizado. Abaixo,
apresentamos uma breve pesquisa sobre a questão da Pós-Modernidade.
Falando em pós-modernidade, não podemos esquecer da questão Imagem e Realidade. Os meios
audiovisuais, utilizando-se da sua capacidade de atingir mais sentidos humanos (visão e audição,
responsáveis por mais de ¾ das informações que chegam ao cérebro), têm um potencial mais rico e
imediato para transmitir sua mensagem e sua visão de realidade. A literatura, a música e a poesia
dependem de um grau mais alto de abstração e interação lógica com o intelecto.
Sabemos que um dos efeitos da Globalização é a homogeneização das relações de produção e dos hábitos
de consumo. A entropia que se prega no Pós-Moderno diz respeito ao fim das proibições, à admissão de
todo e qualquer produto (e tudo vira produto), pois, seu regulamento caberá ao mercado, toda produção é
considerada mercadoria.
11. O HOMEM E A MULHER DO SÉCULO XXI
Precisamos entender quando nos propomos a estudar sobre a evangelização a situação das pessoas,
modos de agir, pensar e crer, pois todos sofrem um enorme bombardeio de mudanças e influências de toda
espécie e é óbvio que afeta a todas as pessoas (mente, sistema emocional, comportamento social e
espiritual).
Apresentamos a relação de manifestações citadas por Damy Ferreira e que ajudarão nosso entendimento
sobre o tema.
1. Ateísmo: o ateísmo estará aumentando cada vez mais no mundo. Por um lado, o homem alcança
recursos científicos e pensa que é todo poderoso. Por outro lado, ele vê o fracasso da religião e fica
decepcionado. Em 1990 havia 233 milhões de ateus no mundo.
2. Materialismo: em 1990 o número de materialistas declarados era de 866 milhões e está crescendo.
O materialismo desvia o homem do sentido espiritual da vida.
3. Satanismo: ao contrário do que se poderia imaginar, o satanismo, em diversas modalidades, vai
crescendo no mundo. A igreja de Satã está se multiplicando por todos os lados. O movimento
intitulado Nova Era é uma das grandes agências do satanismo,e muitas pessoas, como que por
revolta e incredulidade, estão se entregando ao satanismo. Tem-se percebido que muitos filmes
infantis estão com doutrinas satânicas embutidas.
4. Ceticismo: povo que duvida de tudo, não crê em nada. Vai vivendo a vida. “Quando,
pois, o Filho do homem vier, achará fé na terra?”
5. O endeusamento do homem: o corpo, as emoções, o sexo, a sabedoria – tudo tem sido idolatrado
e continuará sendo. É a volta às mitologias antigas.
6. A ênfase da vida emocional: percebe-se que o homem deste tempo, em vez de ser mais racional,
tende a ser mais emocional. Talvez o próprio sofrimento resultante da velocidade do progresso tenha
criado este apelo à emoção. Um dos exemplos é o excessivo apelo às emoções sexuais dos nossos
dias.
7. O homem e a máquina. Por outro lado, uma boa parte do homem do século XXI viverá como
máquina e com as máquinas, o que o fará frio para certas coisas sociais e espirituais.
8. E a pobreza continuará grassando pelo mundo, em virtude das dificuldades com a produção
da natureza. Por exemplo, já se fala no reaproveitamento da água de esgotos. A previsão é tão
catastrófica, que um filme foi montado em que um navegador solitário, que vivia no mar com sua
embarcação, é assaltado por uma outra comunidade que também vivia numa plataforma marítima,
só porque tinha um pouco de água potável e sabia de uma terra aonde ainda havia um pequeno
riacho de água doce.
9. Tudo isto fará desenvolver um ser humano muito especial para ser alcançado pela pregação
do Evangelho. Isto, naturalmente, representa o trabalho do deus deste século, como disse o
apóstolo Paulo.

Recorremos ao texto de Damy Ferreira:


1. O povo de Deus terá que estar cada vez mais preparado para evangelizar com espiritualidade
e sabedoria no século XXI. Todos os crentes devem acompanhar o progresso e suas modificações
na vida. Aliás, Billy Graham disse que o segredo da boa pregação é o pregador estar em dia: com
Deus, com a Bíblia, e com o mundo.
2. Como bom estrategista, o diabo estará em dia com tudo, e será sempre uma resistência à
altura, à pregação do Evangelho. Portanto, o povo de Deus precisará sempre botar o diabo no seu
programa de Evangelização, isto é, contar com a sua oposição.
3. O desafio da velocidade do aumento populacional e das dificuldades de se localizar o pecador
é tremendo. As estimativas de 1990 mostravam que a população mundial cresceria, a partir do ano
2000, em 95 milhões de pessoas cada ano. Será que estamos vencendo esta avalanche, ganhando
para Cristo os que já existem antes que morram, e alcançando os milhões que estão nascendo a
cada ano? A nossa tarefa de anunciar o Evangelho a todas as gentes, para que venha o fim (Mateus
24.14), será cada vez mais difícil. Ela também sofre as mutações dos tempos. Por isso precisa estar
preparada para conduzir a vida cristã das pessoas de acordo com a vontade de Deus. Mais do que
nunca, ela tem que definir sua natureza: se ela tem que transformar o mundo ou se deve ser
transformada por ele.
5. Finalmente, mais do que nunca deveremos obedecer ao quarto ponto do nosso resumo do
Evangelho: a volta de Cristo, Jesus Cristo está voltando, e o mundo precisa estar avisado.
Este é o sentido de Mateus 24.14, “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como
testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.

12. ESTRATÉGIAS DE EVANGELIZAÇÃO URBANA.


Em tempo de cumprimento dos últimos dias o que devem fazer as igrejas locais à nível de evangelização
urbana? A conversão de indivíduos à fé cristã, sua busca e transformação operados pela ação do Espírito
Santo se dá apenas mediante a pregação da Palavra de Deus e sua aplicação interna, esta feita pelo
Espírito Santo.”Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus,
aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem. (1Co 1:21)
Precisamos de ousadia, entusiasmo e sabedoria. O mundo é dinâmico e não estático. Precisamos estudar a
população ao redor da igreja, e na sabedoria do Espírito Santo, escolher os métodos, estabelecer as
estratégias, lembrando sempre que a oração precede a ação.
1. FORMANDO GRUPOS DE ORAÇÃO = “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se
colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém
achei” (Ez22:30). A igreja precisa sentir o desejo de orar pelos ainda não convertidos. Interceder
significa literalmente “interpor-se”, “colocar-se entre”. O maior exemplo de intercessão é o de
Jesus:”pelos transgressores intercedeu” (Is 53:12). Jerram Barrs, Professor de Estudos Cristãos e
Cultura Contemporânea do Francis A. Schaeffer Institute assim se expressou: “Oração sincera,
apaixonada e poderosa deve brotar dos nossos corações em favor daquele a quem amamos, e
daqueles cujas vidas são ligadas conosco, na teia da existência diária”.
2. TESTEMUNHO PESSOAL = O evangelismo pessoal ou testemunho pessoal de vida é um dos mais
eficientes métodos evangelísticos. É preciso viver o que se prega, senão a evangelização torna-se
uma hipocrisia. Tornamos o Evangelho conhecido mais pelo perfume do que pela palavra. Francisco
de Assis disse aos seus discípulos: “Evangelize sempre; se necessário, use palavras”.
3. A RECEPTIVIDADE = Boa receptividade da parte dos membros da igreja local é muito importante
com os visitantes. É necessário ter uma equipe treina de recepcionistas, os quais darão atenção,
antes, durante e depois do culto aos visitantes e membros ausentes que retornam. Um cafezinho
após o culto oportuniza a confraternização entre todos. Convém lembrar sempre Rm 15:7 – “Portanto
recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus.”
4. CONSCIENTIZAÇÃO = Urge aos cristãos tomarem consciência da realidade da sua cidade e os
seus desafios. Considerar os fatos bíblicos e o princípios neles presentes, relacionados com missões
urbanas é de fundamente importância para a evangelização da cidade. Apreciar os métodos de
missões urbanas, hoje adotados, com base e modelos bíblicos é dever da igreja que almeja alcançar
sua cidade para Cristo. Vejamos algumas estratégias de evangelização urbana:
5. DINÂMICAS AO AR LIVRE = O evento deve ser muito bem divulgado. Na sua prática as canções
executadas devem ser de fácil assimilação. A pregação da palavra deve mostrar claramente o plano
de salvação em Jesus Cristo. Os assistentes de primeira vez devem ser cadastrados para uma futura
visita ou envio de cartas ou ainda literatura pelo correio. É importante a distribuição de um folheto
evangelístico aos presentes com a agenda das atividades e endereço da igreja, buscando assim um
eficiente discipulado.
6. EQUIPE DE VISITAÇÃO AOS LARES: Objetiva visitar os irmãos faltosos, doentes, visitantes e
novos convertidos. Na visita deve-se levar material de apoio: Bíblias, folhetos e boletim semanal da
igreja. Razões da visitação:
1. a) Encorajamento:- “Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como na
verdade o estais fazendo.(1 Tess 5:11); Exortamo-vos também, irmãos, a que admoesteis os
insubordinados, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.
(1 Tess 5:14).
1. b) Admoestação:- “o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo
homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo;” Cl 1:28; ” A
palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns
aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos
corações.” (Cl 3:16)
1. c) Repreensão aos desatentos:- “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar,
para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente preparado para toda boa obra.” (2Tm 3:16-17)
1. d) Instrução e permanência na sã doutrina:- “prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo,
admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si
mestres segundo os seus próprios desejos,” (2Tm 4:2-3)

CADASTRO DE VISITANTES, NOVOS CONVERTIDOS E INTERESSADOS:


“Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a
minha casa”(Lc 14.23). A igreja deve imprimir as fichas para cadastro. A partir daí, em todas as reuniões no
templo, nas casas, ao ar livre, etc., equipes de irmãos bem treinados e orientados colherão os nomes dos
visitantes, novos convertidos e interessados para futuros contatos.
PLANTAÇÃO DE IGREJAS
O crescimento das igrejas também acontece quando são iniciados pontos de pregação. Quantas igrejas têm
expandido seu trabalho abrindo pontos de pregação em bairros onde residem vários membros ou às vezes
apenas uma família, usando como local uma área simples, porém adequada.
CONCLUSÃO:
Portanto, a atividade missionária da igreja deve principiar sempre pelas ruas da sua própria cidade. Assim, o
ensaio de elaboração de um projeto de missões urbanas, visando à evangelização das cidades é um grande
desafio que cada igreja local deve aceitar.
A palavra de Cristo à igreja não é uma opção e nem deve ser objeto de discussão. É uma ordem. É a
filosofia de vida da igreja. Missões urbanas é tarefa da igreja. Lembrando que todo trabalho missionário
urbano só terá valor se houver uma preocupação séria com o discipulado.
Em tempo de cumprimento dos últimos dias o que devem fazer as igrejas locais à nível de evangelização
urbana? A conversão de indivíduos à fé cristã, sua busca e transformação operados pela ação do Espírito
Santo se dá apenas mediante a pregação da Palavra de Deus e sua aplicação interna, esta feita pelo
Espírito Santo.”Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus,
aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem. (1 Co 1:21)
Precisamos de ousadia, entusiasmo e sabedoria. O mundo é dinâmico e não estático. Precisamos estudar a
população ao redor da igreja, e na sabedoria do Espírito Santo, escolher os métodos, estabelecer as
estratégias, lembrando sempre que a oração precede a ação.
Portanto, a igreja na cidade deve decidir saturar a comunidade local com o Evangelho de Cristo, mover-se
para fora das quatro paredes da igreja local, por proclamar o Evangelho pela voz e pela vida,
testemunhando em palavras e em obras, na missão integral da igreja a evangelização, por mover-se para
frente, mas somente em unidade e de jamais barganhar o Evangelho da graça, em nenhuma circunstância.
BIBLIOGRAFIA
Livro Evangelização e Questões Urbanas
paginamissionariasemeandoapalavra.blogspot.com.br
FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990.
HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d.
LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora, 1990.
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Mateus 11:1 “E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a
ensinar e a pregar nas cidades deles”.
VERDADE PRÁTICA
A evangelização urbana é o primeiro desafio missionário da igreja e o estágio inicial para se alcançar os
confins da terra.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 21.10: O Evangelho alvoroça a cidade
Terça — Mc 6.33: O Evangelho atrai as cidades
Quarta — Mt 23.34: Cidade, onde o Evangelho é perseguido
Quinta — Lc 5.12: O Evangelho curador na cidade
Sexta — Atos 8.5-8: O Evangelho traz alegria à cidade
Sábado — At 5.16: O Evangelho de poder na cidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2:1-12
1 — Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 — e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa
em que estavam assentados.
3 — E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 — E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem.
5 — E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo
do céu.
6 — E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na
sua própria língua.
7 — E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses
homens que estão falando?
8 — Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 — Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,
10 — e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como
prosélitos),
11 — e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de
Deus.
12 — E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos algumas estratégias a serem usadas na evangelização de uma cidade. Trataremos
também dos desafios enfrentados pelo evangelista nessas áreas e, finalmente, mostraremos como efetivar a
conquista de uma área urbana. Esta, se bem conduzida, resultará na difusão integral da Palavra de Deus.
Por esta razão, é urgente coordenar todas as nossas ações na abordagem de uma cidade, para que sejam
implementados os pontos básicos do evangelismo autenticamente bíblicos: discipulado, estabelecimento de
igrejas e missões.

I. ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO


Na evangelização urbana, levemos em conta a estratégia de Jonas, do Pentecostes e dos pioneiros
pentecostais.
1. A estratégia de Jonas. O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive com o juízo de
Deus. Por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a entrar pela cidade
caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3.4). Ele
usou as vias principais da capital assíria para apregoar a mensagem divina que, dessa forma, não
demorou a chegar ao rei (Jn 3.6).
Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas, praças, terminais de
ônibus, trens e metrôs para o evangelismo pessoal. Se possível, também faça uso de outdoors,
programas de rádio e serviço de som para anunciar a Cristo.
2. A estratégia do Pentecostes. Não foi sem motivo que Deus escolheu o Pentecostes para fundar a
sua Igreja. Nesse evento judaico tão importante, achavam-se em Jerusalém israelitas de todas as
partes do mundo (At 2.1-12). E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram as maravilhas de
Deus em sua própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do
Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas.
A Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e culturais para divulgar o
Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com falantes de outros idiomas para apresentar o
Evangelho aos representantes de outras nações.
3. A estratégia dos pioneiros. Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren
escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil. Logo
em sua chegada, em 19 de novembro de 1910, constataram que a capital paraense era
geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as direções. Por isso, ore e estude
detalhadamente a região que você quer alcançar.
II. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA
Na evangelização urbana, há desafios e imprevistos que podem ser convertidos em oportunidade.
1. Incredulidade e perseguição. Vivemos tempos trabalhosos, em que falsos obreiros anunciam um
falso evangelho. É preciso anunciar a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2Tm 4.17). Nossa
mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas. A mensagem da cruz
precisa ser pregada na virtude do Espírito Santo (1Co 1.18).
Diante das perseguições, não podemos desistir ou nos calar. Jesus também foi perseguido em sua
própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4.28-30).
2. Enfermos. As áreas urbanas acham-se tomadas de enfermos e doentes terminais. No tempo de
Jesus, não era diferente. Ao entrar em Jericó, Ele deparou-se com um cego que lhe rogava por
misericórdia (Lc 18.35). E, às portas de Naim, encontrou o funeral do filho único de uma viúva (Lc
7.11-17). Ungido pelo Espírito Santo, curou o primeiro e ressuscitou o segundo. A Igreja deve
desenvolver capelanias hospitalares, e visitar os enfermos e moribundos.
3. Endemoninhados. Quem se dedica à evangelização urbana deve estar preparado, também, para
casos difíceis de possessão demoníaca. Muitos são os gadarenos espalhados pela cidade (Mt 8.28-
34). Por isso, o evangelista precisa orar, jejuar e ter uma vida santa (Mc 9.29).
A igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um espetáculo. Mas deve, no poder do Espírito
Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de Satanás (Mt 10.8).
III. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO
A evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes providências: treinamento da
equipe, estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do trabalho.
1. Treinamento da equipe. Antes de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma
equipe altamente qualificada, para implantar o Evangelho na Europa. Primeiro, tomou consigo a Silas
e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2). Acompanhava-os, também, Lucas, o médico amado
(At 16.11). Com este pequeno, mas operoso grupo, o apóstolo levou o Evangelho a Filipos, a
Tessalônica e a Bereia, até que a Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à
capital do Império Romano (At 16.12; 17.1,10).
2. Estabelecimento de postos-chave. Sempre que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma
sinagoga, de onde iniciava a proclamação do Evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria
das vezes, fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação evangelística
urbana até alcançar os gentios.
É necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser a
casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At 16.15). Na
evangelização, as bases são muito importantes.
3. Acompanhamento do trabalho. Procure estar atento à nova frente evangelística. Ao partir para uma
nova área urbana, alguém deve ser deixado como responsável para cuidar dos novos convertidos
que foram alcançados, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E, periodicamente, devem haver
visitas até que amadureçam o suficiente para caminhar por si próprias (At 18.23).
Não descuide do trabalho de discipulado. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra
de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo,
tenha uma equipe amorosa, competente e disponível.
CONCLUSÃO
A evangelização urbana é o grande desafio do século 21. As cidades tornam-se cada vez maiores e mais
complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações específicas, personalizadas e efetivas. Se, por um lado,
lidamos com as massas, por outro lado, temos de tratar particularmente com cada pessoa, para que todos
venham a ter um encontro pessoal com Deus.
Seguindo o exemplo de Jesus e de Paulo, façamos da evangelização urbana a base para alcançarmos os
confins da Terra. As cidades são estratégicas na proclamação mundial do Evangelho.
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização urbana, responda: Qual a estratégia de Jonas?Fale sobre a estratégia do
Pentecostes.
Qual a estratégia adotada por Daniel Berg e Gunnar Vingren?
Quais os desafios da evangelização urbana?
Que providências podem tornar bem-sucedida a evangelização urbana?
Mateus 13:23 “Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um
produz cem, outro, sessenta, e outro, trinta”
VERDADE PRÁTICA
É preciso falar de Cristo e orar para que os ouvintes recebam a Palavra, e tornem-se seguidores do Mestre.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mc 4.3,14
Terça — Mc 4.4-8,15-20: Quatro tipos de terrenos
Quarta — Mc 4.4,15: As aves do céu e sua representação
Quinta — Mc 4.5,6,16,17: Os pedregais e o seu significado
Sexta — Mc 4.7,18,19: Os espinhos e sua representação
Sábado — Mc 4.8,20: A boa terra e o tipo de ouvinte
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 4.3-20.
3 — Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
4 — E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do
céu e a comeram.
5 — E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra
profunda.
6 — Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se.
7 — E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto.
8 — E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e
outro, cem.
9 — E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.
10 — E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
11 — E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora
todas essas coisas se dizem por parábolas,
12 — para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não
convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
13 — E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
14 — O que semeia semeia a palavra;
15 — e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a
ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles.
16 — E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com
prazer a recebem;
17 — mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição
por causa da palavra, logo se escandalizam.
18 — E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
19 — mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando,
sufocam a palavra, e fica infrutífera.
20 — E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um,
a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
INTRODUÇÃO
Para ilustrar verdades espirituais, Jesus frequentemente contava, por parábolas, histórias sobre os
acontecimentos do dia a dia. A parábola do semeador é uma das narrativas de Jesus encontrada nos três
Evangelhos sinóticos (Mt 13.1-9, Mc 4.3-9 e Lc 8.4-8) e relata de que forma a mensagem de salvação será
recebida no mundo. Um dos seus propósitos é prevenir os discípulos com relação ao triste fato de a
pregação da Palavra de Deus não produzir “colheita de cem por cento” em todos os ouvintes. Além disso, a
parábola do semeador pode ser interpretada como “a parábola do coração”, pois mostra como é o interior de
cada pessoa.
I. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO SEMEADOR
1. A importância em compreender a parábola.
A parábola do semeador é uma das mais importantes, não apenas por constar nos três primeiros
Evangelhos, mas também por ser fundamental para o entendimento de outras. Por essa razão, é
necessário comparar e contrastar as referências paralelas a cada narrativa. Desse modo, teremos
um quadro completo do que o Senhor Jesus disse sobre o Reino do Céu, já que a narrativa refere-se
ao Reino. Essa história fala de um agricultor que lançou sementes em vários lugares com diferentes
resultados, dependendo do tipo do solo (Mc 4.3-20). Para se entender essa parábola, é preciso
recorrer ao contexto de Mateus 13.18-23, quando o próprio Senhor Jesus a interpretou.
2. Os elementos que constituem a Parábola:
o Semeador, a semente e o solo. No mesmo capítulo da parábola do semeador, ao explicar a
parábola do trigo e do joio, o Mestre apresenta-se como o semeador (Mt 13.36-43). Daí, ainda que
não especificamente mencionado, é possível inferir que o Semeador é Jesus, pois se compararmos
o texto dessa parábola com o de Mateus 13.37, podemos concluir que há uma referência imediata
com o Senhor. Contudo, por extensão, podemos igualmente entender que o semeador também pode
ser qualquer pessoa que fielmente proclama a mensagem do Evangelho nos nossos dias. Quanto à
semente, esta é a Palavra de Deus ou “a palavra do Reino” (Mt 13.19a) que, como sabemos, era o
tema da pregação de Jesus (Mt 4.23) e da pregação apostólica (At 8.12; 28.30,31). Já o “solo”, é
algo muito importante para qualquer planta. Por isso, os cristãos precisam desenvolver suas raízes
por meio da fé em Cristo e do estudo da Palavra cada vez mais profundo. Tempos difíceis virão, e
somente aqueles que tiverem desenvolvido suas raízes abaixo da superfície, sobreviverão.
3. Os diferentes tipos de solos infrutíferos.
As pessoas que ouvem a Jesus são comparadas com vários tipos de solo (Lc 8.5-8). O solo duro e
compactado da estrada impediu que as sementes penetrassem, permitindo que ficassem na
superfície, expostas às aves que vieram e as comeram. Este solo representa aqueles que “ouvem e
não entendem” (Mt 13.19a), por isso endurecem o coração para não receberem a Palavra (Mt 13.15).
As aves representam Satanás (Mc 4.15), que arrebata a Palavra dessas pessoas, cujos corações
estão endurecidos. As sementes que caíram sobre pedregais (vv.16,17), onde não havia muita terra,
e, como consequência, cresceram rapidamente, acabaram secas num instante (v.6). Este solo raso
representa as pessoas que ouvem a Palavra e a recebem com grande alegria, porém, quando
surgem as dificuldades, as tribulações ou as perseguições por causa do Evangelho, elas não
resistem e imediatamente tropeçam (Mt 13.20,21). Daí a necessidade de um maior embasamento na
Palavra de Deus recebido através de um bom discipulado e frequência na Escola Dominical. Já as
sementes que caíram entre espinhos são sufocadas quando estes crescem e roubam o alimento, a
água, a luz e o espaço dos brotos. Infelizmente existem forças capazes de sufocar a mensagem, de
forma a torná-la infrutífera (v.18). Este solo representa aqueles que “ouvem a palavra”, mas cuja
capacidade para gerar fruto é sufocada. Jesus descreveu os espinhos como “os cuidados deste
mundo”, “a sedução das riquezas” e “os prazeres da vida” (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14; 12.29-32;
21.34-36). As distrações e os conflitos impedem os novos crentes de refletir e aprender a Palavra de
Deus a fim de crescerem. Essas coisas, produzidas pela ambição das coisas materiais atormentaram
os discípulos do primeiro século, da mesma forma como acontece nos dias atuais, distraindo os
crentes de maneira que permaneçam infrutíferos, não produzindo nenhuma colheita.
II. A IMPORTÂNCIA DE OUVIR O EVANGELHO
1. O tipo ideal de solo.
A parábola do semeador é uma descrição das várias respostas ao “ouvir” a Palavra de Deus e,
seguramente, retrata as reações que Jesus encontrou no seu próprio ministério. A parábola adverte
contra o ouvir superficial, mas também alimenta a expectativa do ouvir real e produtivo, que leva à
obediência, e não devemos esquecer que o verbo grego correspondente a “ouvir” é frequentemente
traduzido como “obedecer”. Por isso, o Mestre falou que algumas sementes caíram em boa terra
(v.20). Tal terra tinha profundidade, espaço e umidade para crescer, multiplicar e produzir uma boa
colheita. Este solo representa as pessoas que “ouvem” a Palavra e a “entendem”, frutificando
abundantemente (Mt 13.23; Lc 8.15). Elas são como os bereanos que foram recomendados “porque
de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram
assim” (At 17.11). São, na verdade, os verdadeiros discípulos, aqueles que aceitaram Jesus, creram
em sua Palavra e permitiram que Ele fizesse a diferença em suas vidas (At 17.12).
2. O tipo ideal de ouvinte.
Jesus mostrou que o ato de “ouvir” representa um solo fértil para a mensagem do Reino. Se
produzirmos frutos, isso provará que ouvimos. Se aqueles a quem pregamos o Evangelho
produzirem frutos, isso mostrará que a semente que plantamos fincou raízes em seus corações.
Jesus inicia a parábola do semeador com a palavra “ouvi” (v.3a) e termina com a seguinte
advertência: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (v.9). Analisando o aspecto material, o solo não é
culpado se estiver duro, cheio de pedras ou de espinhos, enquanto que no aspecto espiritual, somos
responsáveis se o nosso coração estiver endurecido, ou seja, se não estiver aberto para a Palavra
de Deus arraigar-se profundamente, ou deixarmos as coisas deste mundo sufocarem a Palavra.
3. A importância de “ouvir”.
Ao descrever o tipo ideal de solo, Jesus destaca o melhor perfil de ouvinte, mas também a
importância de ouvir a Palavra e a conservar “num coração honesto e bom” a fim de dar “fruto com
perseverança” (Lc 8.15). Aqui há uma lição para o ouvinte também. O fruto produzido depende da
resposta à Palavra. É importante ler, estudar e meditar sobre as Escrituras. A Palavra tem que vir
habitar em nós (Cl 3.16), para ser implantada em nosso coração (Tg 1.21). Temos que permitir que
nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e moldadas pela Palavra de
Deus.
III. O CHAMADO PARA ANUNCIAR O EVANGELHO
1. A obra da maior importância.
Uma vez que a condição das pessoas sem Deus é de ignorância espiritual, pois Satanás “encobre”
os seus corações para não ouvir o Evangelho (2Co 4.3,4), o maior serviço que qualquer cristão pode,
e deve realizar, é semear a boa semente da Palavra de Deus (Ec 11.6). Isso não apenas com os
seus lábios, mas também através do testemunho pessoal e da literatura (Fp 1.18). Cristo morreu e
ressuscitou para nos salvar de nossos pecados. Agora, todo aquele que nEle crê, e for batizado, não
mais será condenado, antes receberá a vida eterna (Mc 16.16; Ef 1.13,14).
2. Jesus e a ordem para pregar.
Recordando que Evangelho significa “boas novas”, “boa notícia”, e que tal boa notícia nada mais é
que a salvação em Jesus (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18), todos precisam ouvir o evangelho. Jesus nos
encarregou de contar as boas notícias às pessoas à nossa volta, pois o evangelho é uma notícia tão
boa que não podemos guardar só para nós!
3. A importância de pregar o Evangelho.
É muito importante pregar o evangelho, para que mais pessoas ouçam, creiam e sejam salvas (Rm
10.14,15). Aplicando-se espiritualmente, todos aqueles que seguem a Cristo devem estar sempre
ensinando a Palavra, pois quanto mais ela é plantada nos corações, maior a colheita (1Co 3.6,7). É
preciso, porém, saber que o que semeia a Palavra (v.14) o faz em todas as qualidades de solo (Is
32.20; Mc 16.15), semeia a Palavra sem observar o vento, nem as nuvens (Ec 11.4-6), semeia a
Palavra sem gastar tempo com outra coisa (2Tm 2.4).
CONCLUSÃO
Como vimos, atualmente somos os semeadores, ou seja, a mesma Palavra de Deus pode ser plantada em
nossos dias. Todavia, como na parábola, os resultados serão determinados pelo coração daquele que ouve.
Lembremos que o nosso papel é pregar e o do Espírito, convencer os pecadores (Jo 16.8-11).
PARA REFLETIR
A respeito de “Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus” responda:
Por que a parábola do semeador é uma das mais importantes?
Qual era o tema da pregação de Jesus e dos apóstolos?
Cite os três tipos de solos infrutíferos.
O que descreve a parábola do semeador?
Como a Bíblia descreve a condição das pessoas sem Deus?
Antes de iniciar ou expandir um ministério, nada é mais crucial do que a criação de uma estratégia urbana.
Enquanto a maioria dos líderes tradicionais tende a pensar mais nos limites de suas “paróquias” ou no
“quintal” de suas igrejas, um estrategista urbano busca desenvolver um padrão que será eficaz em alcançar
todos os grupos de pessoas em todos os lugares possíveis. Após plantar várias igrejas cada ano com
estudantes seminaristas em diferentes estados brasileiros, a minha nova experiência como evangelista em
uma grande metrópole tem me mostrado a necessidade de desenvolver uma estratégia urbana que inclua
os seguintes passos:
1. Crie uma base de oração para as suas atividades. Nada é mais susceptível ao perigo e fracasso do
que trabalhar na seara sem ter comunhão com o Senhor da seara.
2. Estabeleça uma cultura missionária. É necessário criar uma cultura evangelística para que as igrejas
cresçam. Muitos pastores estão desanimados pela falta de interesse de seus membros em alcançar os
perdidos. As igrejas parecem estar mais preocupadas em discutir argumentos sobre a música e a carne do
que em evangelizar os perdidos. Se metade da energia que tem sido gasta nesses assuntos minúsculos,
nessas “batalhas da adoração,” fosse gasta no evangelismo, ficaríamos chocados com os resultados. Muitos
membros são totalmente desinteressados no crescimento de sua igreja
3. Colete informações. Seja um Sherlock Holmes realizando um trabalho investigativo em todos os bancos
de dados disponíveis, como o censo do IBGE, estudos sociológicos e reportagens sobre a sua cidade e a
região que se pretende trabalhar. Eis algumas perguntas básicas que devem ser feitas:
a. Quantas crianças, aposentados e idosos residem ali?
b. Onde estão os pobres? E os ricos?
c. Que grupos étnicos residem na área e onde se concentram?
d. Qual o nível educacional e ocupação das pessoas?
e. Onde estará a população em 5 anos? E em 10 anos?
f. Onde o desenvolvimento urbano ocorrerá?
g. Quais as necessidades básicas da população?
4. Crie um mapa estratégico. Adquira o maior e mais detalhado mapa disponível de sua região. As
fronteiras da cidade devem ser cuidadosamente delineadas. Use alfinetes para marcar a localização exata
de todas as estruturas religiosas existentes e grupos étnicos. Crie um molde mostrando uma pirâmide da
população, rotas de migração, preferencias religiosas, renda, tipos de moradias e uma breve descrição da
comunidade e da vizinhança.
5. Pesquise a receptividade da população. Uma vez que a região foi sistematicamente examinada, um
passo crítico que deve ser realizado é entrevistar segmentos da população para identificar receptividade.
Jovens e casais novos são geralmente mais receptivos do que a meia idade e idosos. Pessoas educadas e
a elite são mais resistentes do que os pobres. Há três maneiras de fazer isto:
a. Descubra que segmentos da população estão se convertendo a Cristo em igrejas existentes.
b. Descubra que segmentos da população são mais vulneráveis ao evangelismo dos evangélicos e o que os
leva a responder.
c. Entreviste pessoas em diferentes regiões da cidade. Descubra se há receptividade em certos grupos e
onde eles se localizam.
6. Selecione áreas ou grupos de pessoas para a evangelização. É possível alcançar áreas com
características similares. Em algumas áreas podem prevalecer casais de meia idade com adolescentes, em
outras pessoas de determinada cultura. Através dessa seleção, pequenos grupos podem se infiltrar com
materiais e atividades apropriados para pessoas de interesses e necessidades similares.
7. Crie uma estratégia de ação. As perguntas que o plantador de uma nova igreja precisa responder
podem incluir as seguintes:
a. Quais os são os segmentos mais receptivos que foram descobertos?
b. Que grupos deveriam ser primeiro alcançados? Onde eles vivem?
8. Selecione e treine equipes de liderança. Tudo acontece em torno de líderes. A pessoa certa na posição
certa com a benção de Deus, geralmente tem o resultado certo. Para r
ecrutar pessoas que façam parte de um núcleo de pessoas comprometidas, é necessário comunicar a visão
e solicitar voluntários que queiram ser treinados e mobilizados para a ação.
9. Mobilize os membros para a ação. Ninguém alcança o êxito sem apoio de outros. Mobilize pessoas,
engaje-as nos projetos, faça com que participem. Treine-as. Fazendo com que se envolvam, grandes
realizações aconteceram e o trabalho terá mais êxito em todas as frentes.
10. Avalie o trabalho realizado e faça correções. Faça avaliações contínuas em todas as etapas do
projeto. Assim haverá maior controle das ações, possibilidades reais de correções e tempo maior para
aprimorar as estratégias.
Lembre-se de que todo o trabalho que realizamos com vistas a salvar pessoas deve se orientado pelo
Espirito Santo. Ore, trabalhe, motive, lidere, corrija, aprimore. Isso é servir. Essa é a missão.

Missões Urbanas – O preparo


Missões Urbanas – O preparo

INTRODUÇÃO
Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar
excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável. No Brasil, como em muitos países,
80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas décadas, quando a maior parte
vivia nas áreas rurais. Este é um grande desafio para as igrejas cristãs. As cidades têm grandes e graves
problemas, próprios do crescimento urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração
excessiva de pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de saneamento, de
saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem facilidades e dificuldades, como veremos
adiante. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre
evangelizar numa Metrópole e num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos uma pequena
contribuição à reflexão sobre o assunto.
1.0 FENÔMENO DAS CIDADES
No inicio de tudo, os homens viviam em áreas agro-pastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens
os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve uma tendência para os
homens se concentrarem em tomo de um núcleo populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma
tentativa de concentração urbana, não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem,
enchendo a Terra. Damy FERREIRA (P. 139) vê a evolução das cidades em várias etapas.
A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram grandes cidades
como Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as chamadas “polis”.
A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença,
Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as chamadas “neópolis”.
A terceira, com a Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como Nova
lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as “metrópoles”, verdadeiras cidades-
mães. A última etapa, já na época atual, suirgem as “megalópoles”, com cidades-satélites e bairros ligados
uns aos outros. Dentre elas, destacam-se S. Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, N. lorque, etc. As
cidades em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da população,
tamanho, influência, etc.
2.0 AS CIDADES NA BÍBLIA
Há quem pregue que as cidades são de origem humana, sem a aprovação divina, alegando que a primeira
cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não uma Cidade (Gn
4.17).Depois do Dilúvio, os homens procuraram fazer cidades.
Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal
para criminosos, centros de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações urbanas, nos
moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos, onde a qualidade de vida, em geral, torna-
se difícil para o bem-estar espiritual e humano.
Discordando da opinião dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao diabo, Ferreira (P. 140) diz
que Deus tem planos importantes para as grandes cidades. O Cristianismo surgiu numa grande cidade –
Jerusalém – , espalhando-se por grandes centros, como Samaria, e Antioquia. Por outro lado, Deus mandou
Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar a conquista de Canal por Jericó, de porte
considerável para sua época.
Linthicum, p. 27) diz que “a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás” e que Ele se preocupa com o
bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus centraliza-se em muito nas cidades (51
46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39) ~.31>, lembrando que a vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de
uma Cidade redimida – a Nova Jerusalém (Ap 21-22). -2- Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am
9.14); em Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse “cidades de refúgio (Nm
35.11).
3. JESUS E AS CIDADES
No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como nas cidades. ·
Andava de cidade em cidade(Lc 8.l); · Chegou á cidade, viu-a e chorou sobre ela (Lc 19.41); · mandou
pregar em qualquer cidade ou povoado ~t 10.11). Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja atual precisa
enfrentar o desafio da evangelização ou das missões urbanas.
4.0 DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS
As cidades, com sua complexidade social, cultural , econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo
propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos
assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos
céus ou ao inferno; depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do
inimigo. Segundo LINTHICUM (p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais. e outros, na
Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É preciso muito poder, muita
oração, muito jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O
desafio é grande. 1′– o que está conosco é maior do que ele.
4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo,
por isso> mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões: 1) Abertura as mudanças;
2) Concentração de recursos; 3) Potencial para contato relevante com as comunidades em redor.
4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
1) Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são quase
impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente.
2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de médio
porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as pessoas das ruas e as
confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas condições. O uso da
televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas.
3) A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto à população.
Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias Parece que há um “supermercado da
fé”. Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em “promoção”, com descontos (sem
exigências, sem compromissos) e há os que “cobram” caro demais, com exigências radicais.
4)0 elevado grau de materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se auto-
suficiente, sem a necessidade de Deus.
5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de
responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades?
5.0 ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS
1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O
diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor
que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se NÃO tiver o PODER DE DEUS. Este só vem
pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são
expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.
2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao
estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As
igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam.
3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só
Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao
nosso alcance, a nossa parte.
a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas)
b) Definir os grupos de evangelização
c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc.
d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..)
e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.
f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes,
adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE.
6.0 MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS
6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais
pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; ev.
em estações rodo e ferroviárias; na entrada de estádios ; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos,
ônibus, etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);
6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de
professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos
GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na
Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo);
6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas;
cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o DISCIPULADO.
E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização.
7. DISCIPULADO.
É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o
novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada.
Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo.
8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA
1) Programas de rádio e de televisão;
2) Adesivos para veículos;
3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos;
4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em
repartições;
5) Distribuição de Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos) bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros…
BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990.
HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d.
LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora, 1990.

Pr. Elinaldo Renovato de Lima


www assembleiadedeus-rn.org.br

Missão urbana: 3 características necessárias para vivê-la


“Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o
vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,16). Esse foi um dos pedidos que Jesus Cristo deixou para os
apóstolos: a missão de ser luz no mundo. E isso significa viver o Evangelho em todos os ambientes, pois um
apóstolo que vive com dedicação e amor a sua missão consegue vivê-la em qualquer circunstância. Mas
como viver a missão no ambiente urbano, onde as pessoas vivem em meio a tanta agitação?
O Papa Francisco, na Evangelii Gaudium, além de apontar muitos caminhos interessantes para a
experiência evangelizadora no mundo em que vivemos, menciona a pregação informal como missão e dever
diário de todos. Um gesto altamente aplicável e necessário nos contextos urbanos. “É a pregação informal
que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar.
Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede
espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, em um caminho” (EG, n. 127).
Confira, neste texto, as principais características necessárias para dar passos na evangelização urbana.
1 – Ter ciência da urgência da missão
Que todos os cristãos – leia-se aqueles que são batizados – são enviados por Jesus a anunciar o evangelho
é fato. Um ponto importante, no entanto, é a consciência de que este anúncio se trata de uma questão
urgente e necessária.
Diariamente, é possível acompanhar o sofrimento das pessoas que convivem conosco, os noticiários, a
iminência das guerras. Saber de todas essas coisas não deve ser um motivo de medo ou desesperança. A
exemplo dos discípulos, encontrados pela força da ressurreição de Cristo, o cristão deve, com leveza e
segurança, se posicionar nos contextos sociais como portador Boa-Nova.
2 – Estabelecer um diálogo verdadeiro
Cada cidade é diferente, cada bairro, cada família. Então, não deixe que a vontade de falar sobre o
Evangelho seja maior do que a própria mensagem contida nele: de acolhimento, caridade, empatia e
verdade. Muitas vezes, nossa primeira postura deve ser a de realizar uma escuta verdadeira para, só
depois, pensar em agir ou mesmo responder de algum modo.
“Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a outra
pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os seus entes
queridos e muitas coisas que enchem o coração. Só depois desta conversa é que se pode apresentar-lhe a
Palavra, seja pela leitura de algum versículo ou de modo narrativo, mas sempre recordando o anúncio
fundamental: o amor pessoal de Deus que se fez homem, entregou a si mesmo por nós e, vivo, oferece a
sua salvação e a sua amizade” (EG, n. 128).

3 – Ter intimidade com Deus e sua Palavra


“Falar com o coração implica mantê-lo não só ardente, mas também iluminado pela integridade da
Revelação e pelo caminho que essa Palavra percorreu no coração da Igreja e do nosso povo fiel ao longo
da sua história” (EG, n. 144).
A auto identificação do cristão como um missionário é um ponto importante e isso faz diferença do ponto de
vista da experiência cotidiana de sua vida: a missão nos contextos urbanos, no dia a dia, não é como
aquelas ocasiões extraordinárias em que se decora um roteiro, mas algo que se vive – ainda que sob
esforço consciente – naturalmente. E para que seja uma resposta coerente, é importante que se viva
constantemente a intimidade com o Senhor e o que Ele revela por meio do magistério da Igreja e as
Sagradas Escrituras.

Dicas de como evangelizar as famílias


A família é a primeira célula da sociedade. É na família que os esposos e os filhos são acolhidos em sua
dignidade. Na família, todos devem ser amados como são, por isso podemos dizer que é uma escola de
amor onde cada um aprende a amar e ser amado.
É na família que os filhos aprendem as primeiras orações e são com os pais que os filhos aprendem a
importância de ir à Igreja. Mas, será que as famílias são fortes o suficiente para não sucumbirem com os
problemas que vez ou outra abalam suas estruturas?
Para fomentar um pouco mais essa questão, examinemos as palavras sábias de São João Paulo II em sua
Encíclica sobre a função da família cristã Familiaris Consortio: “A família nos tempos de hoje, tanto e talvez
mais que outras instituições, têm sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações
da sociedade e da cultura. Muitas famílias vivem essa situação na fidelidade àqueles valores que
constituem o fundamento do instituto familiar. Outras tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres
ou, ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e
familiar. Outras, por fim, estão impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos
fundamentais” (n. 1).
Como mudar esse cenário? Como ajudar as famílias a resgatarem seus valores? Como ajudar a Pastoral
Familiar em sua missão de defender e promover as famílias? Veja algumas dicas práticas de como
evangelizar as famílias.
Promova encontros ou retiros para as famílias
Retiros e encontros são uma excelente oportunidade para resgatar nas famílias a consciência de seu
papel na sociedade e na Igreja. Os encontros podem abordar temas de maneira mais prática – educação
dos filhos, relacionamento conjugal, afetividade e harmonia familiar –, enquanto que os retiros podem
aprofundar a evangelização das famílias bem como promover sua espiritualidade.
Incentive as famílias a lerem a Bíblia
Como já diz o ditado: família que reza unida permanece unida. A leitura da Palavra de Deus certamente
é mais um momento de interação e de fortalecimento dos laços familiares. No entanto, a realidade aponta
que mesmo a Bíblia Sagrada sendo o livro mais lido no mundo, infelizmente ainda há muitas famílias que
não possuem uma. Para mudar esse cenário em sua paróquia, que tal realizar uma campanha de
arrecadação de bíblias? Motive os fiéis a fazerem a doação de um Livro Sagrado que posteriormente será
entregue às famílias carentes de sua comunidade.
Cuide das crianças da comunidade
As crianças são o futuro não apenas da sociedade, mas também da Igreja. E que futuro teremos se nossas
crianças não se sentirem acolhidas em suas paróquias? Procure criar eventos que vão além da catequese
e/ou da Pastoral dos Coroinhas. Até porque aquelas crianças que ainda não atingiram a idade da catequese
ou para servirem como coroinhas também precisam se sentir parte da Igreja.
Uma sugestão é organizar esporadicamente uma espécie de tarde de cultura para os pequenos. O evento
pode ter atividades com contação de histórias bíblicas, oficina de desenho e pintura sobre a história
contada, filmes infantis catequéticos e narração da vida de santos jovens. O importante é fazer com que a
criança se sinta em casa no espaço da Igreja.
Se você convive durante muito tempo com várias pessoas, mas nunca teve a oportunidade de convidá-las
para ir ao culto. Se nunca falou da transformação que Deus fez em sua vida, nem muito menos apresentou
Jesus Cristo para elas. Aqui você encontrará dicas, que ajudarão a superar o medo e não sentir mais aquele
frio na barriga.
Na verdade existe uma série de métodos utilizados para evangelização. Você deve utilizar o que seja mais
simples e adequado ao contexto onde está inserida a pessoa que será o alvo de sua evangelização. Você
precisará aprender como abordar adequadamente as pessoas. Você também precisará
ter argumentos apropriados para explicar corretamente o que é o evangelho.
Abaixo, você encontrará algumas dicas que ajudarão a iniciar sua caminhada em direção às pessoas sem
Cristo e a começar a evangelizar sem medo:
ORAÇÃO
A oração nos faz totalmente dependentes de Deus, porque nos submete ao senhorio dele. O Senhor
está alcançando pessoas e nós podemos participar da missão dele em nossa cidade. Inicialmente, através
de nossas orações, podemos nos unir a ele naquilo que o Senhor está fazendo. Veja o exemplo do Apóstolo
Paulo: Meus irmãos, desejo de todo o coração que o meu próprio povo seja salvo. E peço a Deus em
favor deles. (Rm 10.1). Mantenha-se constantemente em oração para que o Senhor alcance pessoas
através de você. Faça uma relação com os nomes daqueles que você sabe que ainda não tiveram um
encontro real com Cristo. O seu tempo de leitura da palavra e oração diária vai ajudar você
a crescer espiritualmente. O Espírito Santo irá direcionar você em sua caminhada, em suas ações e em
direção às pessoas que ele quer alcançar.
RESPEITE A RELIGIÃO DOS OUTROS
O respeito é fundamental para que você possa adquirir a confiança de uma pessoa. Mesmo discordando de
algum ensinamento da religião, você não deve apontar o erro. Uma pessoa quando se sente respeitada se
abrirá mais facilmente para um diálogo.
PREPARE-SE
Examine sua vida! Ore e peça ao Espírito Santo que revele algum pecado que você tem cometido. Se ele o
fizer: Livre-se do pecado! A vida espiritual do evangelista também é um componente importante na
transmissão da mensagem de salvação. Lembre-se: A maior estratégia de evangelização é uma vida
dirigida pelo Espírito Santo de Deus.
VÁ ATÉ AS PESSOAS
Se você orar para evangelizar, o Senhor vai criar oportunidades para você falar com as pessoas. Se isto
ocorrer, não fique lutando com o Espírito Santo. Tome a iniciativa e fale com as pessoas.
OUÇA
Muitas pessoas que andam pelas ruas da sua cidade estão desequilibradas, feridas, doentes, enganadas e
equivocadas sobre a verdadeira vida. Encontramos aquelas que têm preconceitos contra a igreja. Outros
que desenvolveram barreiras no coração para rejeitar o evangelho. Quando você ouve uma pessoa está
dando a ela a oportunidade de expressar seus sentimentos. De posse destas informações, você poderá
esclarecer e explicar a razão de sua fé. Você terá a oportunidade de comunicar a verdade sobre Jesus
Cristo para que ela tenha um conceito correto de quem é o Senhor.
CONTE SUA EXPERIÊNCIA
Todos nós que tivemos uma experiência sobrenatural com Jesus Cristo passamos por uma transformação.
Sempre que Jesus entra na vida de alguém ele a transforma. Ore e peço ao Senhor para mostrar o que ele
fez em sua vida para que você possa contar os feitos do Senhor. Lebre-se: a sua vida é uma ferramenta
evangelística!
CREIA QUE DEUS IRÁ AGIR
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. (Jo 16:8) A nossa missão é
falar a mensagem, a missão do Espírito Santo é convencer as pessoas do pecado e gerar fé no coração
delas. Por tanto, não se culpe se uma pessoa rejeitar sua mensagem, porque o Senhor é o maior
interessado em alcançar as pessoas.
IMPORTANTE
Para que você tenha um melhor desempenho em seu projeto de evangelismo pessoal, recomendamos que
participe de um TREINAMENTO. Você receberá ferramentas que o ajudarão a proclamar o evangelho com
mais segurança e o preparo adequado para o desempenho desta tarefa, que é primordial da vida cristã.
Nossa oração é para que você seja um instrumento nas mãos do Senhor para que vidas sejam impactadas
pela palavra de Deus.

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