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CRISTÃ (PARTE 1)
PATRÍSTICA
Período de formação e estruturação da Igreja Católica.
Época de debates entre os “pais fundadores” da Igreja
• Entre suas obras mais importantes no contexto da literatura universal, podemos citar: os Solilóquios, as Confissões
e a Cidade de Deus.
• Decide acolher a filosofia antiga ao cristianismo (influencia das ideias de São Justino).
• Manifesta sua preferência pelo platonismo, considerando-o s mais pura e luminosa filosofia da antiguidade. (Timeu e
Fédon/ releituras platônicas de Plotino).
• Antes do cristianismo foi iniciado no Maniqueísmo (Maní/ Síria) e influenciado pelo ceticismo helênico acaba
rumando para o platonismo.
• Este platonismo pode ser compreendido como uma mistura das ideias de Plotino (neoplatonismo) com os
ensinamentos de São Paulo.
• Ao pensar a problemática dessa relação, Santo Agostinho inicia o
caminho que mais tarde será retomado pela escolástica medieval.
• Ao escrever sobre a fé, Agostinho deseja entender e penetrar
nela através da razão humana.
SER HUMANO
FÉ
CONHECIMENTO
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas (BUSCA INTERIOR)
o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gn 2:7)
• A mente humana possui uma centelha do intelecto divino, uma vez que o
homem foi criado à imagem e semelhança de Deus.
“O próprio nosso Senhor, tanto por suas palavras quanto por seus atos, primeiramente exortou a crer àqueles a quem
chamou à salvação. Mas em seguida, no momento de falar sobre esse dom precioso que havia de oferecer aos fiéis, ele
não disse: “A vida eterna consiste em crer, mas sim: “A vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus
verdadeiro e aquele que tu enviaste, Jesus Cristo (Jo 17, 3). Depois disse àqueles que já eram crentes: “Procurai e
encontrareis” (Mt 7, 7). Pois não se pode considerar encontrado aquilo em que se acredita sem entender.”
AGOSTINHO. O Livre-Arbítrio.
SENTIDOS RAZÃO INFERIOR RAZÃO SUPERIOR
• A Cidade de Deus foi a obra que promoveu o influxo mais profundo na cultura medieval. (Baseada na Cidade
Justa de Platão)
• Escrito por conta do processo da queda de Roma em poder dos bárbaros, a história da humanidade coincide
com o desenvolvimento de duas cidades oriundas de dois princípios opostos.
• A cidade terrena, criada pelo egoísmo, e a cidade celeste, criada pelo amor a Deus.
• Essas duas cidades ou reinos coexistem e se misturam nas vicissitudes da história humana e encarnam a luta
entre o Bem e o Mal, entre Deus e o Demônio.
• Essa luta terminará no Juízo Final, que realizará a separação definitiva dos dois reinos, assegurando o triunfo
definitivo de Deus sobre o Demônio, do Bem sobre o Mal.
• O homem que era uno com Deus, voltará a ser uno mais uma vez. (CRONOLOGIA HISTÓRICA DE
ACORDO COM AS ESCRITURAS) – As coisas ocorrem no tempo de Deus.
ÉDEN TERRA
PARAÍSO
(HOMEM + DEUS) (HOMEM x DEUS)
(HOMEM + DEUS)
HARMONIA PECADO/ DESEJO
SALVAÇÃO/ CONSCIÊNCIA
INOCÊNCIA
)
O JUÍZO FINAL (STEFAN LOCHNER, 1435)
A ÉTICA DIVINA E O PROBLEMA DA EXISTÊNCIA DO MAL
• Contrariando a doutrina maniqueísta que afirma a existência do mal, Santo Agostinho a nega como entidade.
• Como só há o bem, podemos afirmar que o mal não é senão resultado da escolha que os homens fazem ao
optarem por se privar do bem.
• Deus não poderia ter nos criado determinados completamente ao bem, senão não haveria aprendizado, nem
escolhas e portanto, não haveria responsabilidade por nossos atos.
• A ausência de livre-arbítrio (liberum arbitrium), impossibilitaria a existência da Justiça Divina, uma vez que Deus não
poderia recompensar nem punir os homens por suas escolhas.
• Sem tal possibilidade, seríamos incapazes de discutir sobre a ética e seus preceitos, ou seja, não poderíamos pensar
no outro.
• Preceito ético: “O que deve prevalecer na minha relação com o outro para bem conduzir minhas ações?”
INDICAÇÃO DE FILME
https://www.youtube.com/watch?v=7iII9pPrUUA
A CABANA (2016)