Você está na página 1de 9

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

Etelvina André, 1º Ano

A LÓGICA INFORMAL

Luanda
2023
Índice

Introdução................................................................................................................... 4
Lógica Informal.......................................................................................................... 5
Argumentação Retórica.............................................................................................. 5
Alguns Lógicos e Seu Posicionamento Quanto à Argumentação.............................5
Caracterização da Argumentação Informal.................................................................6
Conclusão................................................................................................................... 7
Bibliografia................................................................................................................. 8
Introdução

A lógica informal é o estudo dos argumentos cuja validade depende tanto da


sua forma logica como do conteúdo da argumentação. A argumentação é a tarefa da
lógica informal, cujo domínio são os efeitos da comunicação. A ló gica informal
consiste, desta forma, no estudo dos aspectos lógicos da argumentação que não
dependem exclusivamente da forma lógica, contrastando assim com a lógica formal,
que estuda apenas esses aspectos. Os aspectos lógicos em causa são os que contribuem
para a validade e a força da argumentação, distinguindo-se dos aspectos psicológicos,
históricos, sociológicos ou outros.

5
Lógica Informal
Lógica informal ou lógica não-formal é o estudo dos argumentos apresentados
na linguagem comum, em contraste com as apresentações de argumentos numa
linguagem artificial, formal ou técnica (ver lógica formal). Johnson e Blair definem
lógica informal como "um ramo da lógica cuja tarefa é desenvolver padrões não-
formais, critérios, procedimentos para análise, interpretação, avaliação, crítica e
construção da argumentação no discurso cotidiano."
Textos opinativos em jornais e revistas oferecem exemplos de textos
ilustrativos de lógica informal, geralmente porque tais textos são curtos e
frequentemente falaciosos. Todavia, lógica informal também é utilizada para
raciocinar sobre eventos em ciências humanas e sociais. De facto, a maior parte da
argumentação que parte de factos conhecidos para factos desconhecidos usando
linguagem natural, mesmo se combinada com raciocínios matemáticos e estatísticos,
pode ser considerada como uma aplicação de lógica informal posto que não contam
com evidências empíricas adicionais.

Argumentação Retórica

Alguns Lógicos e Seu Posicionamento Quanto à Argumentação

1. Christopher W. Tindale: Um modelo mais recente de argumentação que procura


casar o lógico com o dialético é o de [Ralph H.] Johnson (2000). Junto com seu
colega [Anthony J.] Blair, Johnson é um dos criadores do que é chamado de
'lógica informal', desenvolvendo-a tanto no nível pedagógico quanto no teórico.
A lógica informal, como aqui concebida, tenta harmonizar os princípios da
lógica com a prática do raciocínio cotidiano. A princípio, isso foi feito por meio
de uma análise das falácias tradicionais, mas, mais recentemente, os lógicos
informais têm procurado desenvolvê-la como uma teoria do argumento. O livro
de Johnson Manifest Rationalality [2000] é uma grande contribuição para esse
projeto. Nesse trabalho, 'argumento' é definido como 'ou texto – o destilado da
prática da argumentação – em que o argumentador procura persuadir o(s)
Outro(s) da verdade de uma tese produzindo as razões que a sustentam” (168).
Em seu livro The Rise of Informal Logic (1996/2014), Ralph H. Johnson
define a lógica informal como "um ramo da lógica cuja tarefa é desenvolver
padrões não formais, critérios, procedimentos para a análise, interpretação,
avaliação, crítica , e construção da argumentação no discurso cotidiano.
2. Don S. Levi: Muitos lógicos informais adotaram uma abordagem que parece
ser uma resposta à necessidade de reconhecer uma dimensão retórica à
argumentação. Essa abordagem dialógica, iniciada pelos escritos de CA
Hamblin (1970) sobre falácia , é um híbrido de lógica e retórica e tem adeptos
em ambos os campos. A abordagem reconhece que a argumentação não ocorre
em um vácuo retórico, mas deve ser entendida como uma série de respostas
dialéticas que assumem a forma de perguntas e respostas.

6
Caracterização da Argumentação Informal
Em um argumento informal , a verdade da conclusão não é garantida pela verdade das
premissas, a conclusão é apenas provavelmente verdadeira .
Os argumentos informais válidos são argumentos em que a verdade das premissas é
razão suficientemente forte para acreditarmos na verdade da conclusão. Concluímos
que um argumento é forte quando pensamos que muito provavelmente a realidade não
vai negar a conclusão

Exemplo: Nunca nevou em Sevilha .


Logo, quando este Inverno for a Sevilha, não verei neve.
Ao analisarmos a premissa concluímos que , até à data , não caiu neve em
Sevilha, nem uma única vez. A conclusão diz-nos que quando for a Sevilha não verei
neve nesta cidade. Como é muito provável que a conclusão seja verdadeira, o
argumento é indutivamente válido ou forte.
Os argumentos informais inválidos são argumentos em que a verdade das premissas
não é razão suficientemente forte para acreditarmos na verdade da conclusão, ou seja ,
um argumento fraco .

Exemplo: Alguns estudantes copiam nos testes Logo, todos os estudantes copiam nos
testes.

7
Conclusão

Ainda que a Lógica Informal seja às vezes retratada como uma alternativa
teórica para a lógica formal, a relação entre as duas é mais complexa que o sugerido.
Enquanto a tentativa de ensinar o raciocínio correto e o pensamento crítico está
ancorada, inevitavelmente, na linguagem natural, a pesquisa em lógica informal pode
empregar métodos formais. Poderia argumentar-se que a análise informal dos
argumentos nos quais esta lógica se especializa pode em princípio ser formalizada. Os
trabalhos recentes em modelos computacionais, que tentam utilizar os padrões de
raciocínio em linguagem natural da lógica informal, sugerem que a lógica derrotável
(não-monotônica), a teoria da probabilidade e outros modelos formais não-clássicos se
ajustam bastante bem a esta tarefa.

8
Bibliografia

Livro "Lógica Informal"; Douglas N. walton . (s.d.).


https://criticanarede.com/log_informal.html. (s.d.).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lógica_informal. (s.d.).
https://www.greelane.com/pt/humanidades/inglês/informal-logic-term-1691169/.
(s.d.).
https://www.researchgate.net/publication/
322104917_Logica_informal_uma_visao_ger al. (s.d.).

Você também pode gostar