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Filosofia
11ª classe
Turma: B1
Tema:
Os novos domínios da lógica e suas implicações sobre o homem
e a sociedade
Discentes:
Augusta Da Juliana, No 3
Cilma Mario, No 6
Náuria Da Rosita, No 25
Rosalda Da Célia, No 28
Tatiana Alessandra, No 30
Vanessa Queiroz, No 31
Zúbia Mohammad, No 32
Professor:
Antônio Andicene
2. A Lógica ...................................................................................................................................4
4. Cibernética ............................................................................................................................... 7
5. Informática ...............................................................................................................................9
Conclusão ...................................................................................................................................... 13
Bibliografia ....................................................................................................................................14
Introdução
Pela necessidade de articular a Filosofia e a Lógica clássica, vale afirmar que a lógica não é uma
disciplina meramente teórica ou formal. Ela conhece hoje um campo prático de aplicação que
inclui novas ciências e tecnologias como a Cibernética, a Informática e a Inteligência Artificial.
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1. Os novos domínios da lógica e suas implicações sobre o homem e a sociedade
2. A Lógica
Etimologicamente, lógica significa «ciência do logos». Mas se considerarmos que logos significa
«razão, palavra, proposição, oração, pensamento, discurso ou linguagem», a noção pode tornar-
se equívoca.
Enquanto ciência do logos, a Lógica pode ainda ser definida etimologicamente como ciência da
razão ou do pensamento» ou «como ciência do discurso racional» ou ainda como a «ciência que
estuda a dimensão racional do discurso».
Pode-se então dizer que a tarefa da Lógica é o estudo das condições de pensamento válido, isto
do pensamento que procura alcançar a verdade. A tarefa deve regular o perfeito discurso da razão
e oferecer o caminho para o correcto exercício da linguagem e do pensamento na procura da
verdade.
Sendo a Lógica uma ciência autónoma, tem por isso o seu campo específico de estudo. Enquanto
as outras ciências, como a Física, a Biologia, a Química, a História, etc., se preocupam com a
validade material dos seus enunciados, a Lógica considera mais a validade formal.
Sintaticamente é correcto, não há qualquer contradição, não há qualquer incorreção gramatical,
não há falta de coerência. Do ponto de vista lógico é formalmente válido, correcto e legitimo.
Tem validade formal quando os elementos que o constituem (conceitos no juízo e juízos no
raciocínio) formam um todo coerente, sem contradição interna e quando os seus elementos não
são incompatíveis.
Exemplo: A é A, A não é B.
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Uma vez que a verdade implica simultaneamente a validade formal e material, as ciências não
podem deixar de se servir da Lógica. Só usando a Lógica podem proceder de acordo com as
regras formais do pensamento. É por isso que a Lógica deve ser encarada como uma ciência em
si mesma e como um instrumento ao serviço das outras ciências.
A Lógica formal faz a abstracção, do conteúdo ou matéria dos raciocínios e das proposições,
para considerar apenas a forma: ela estuda as condições formais do pensamento válido. Diz-se
que regula o acordo do pensamento com ele mesmo, quer dizer, a coerência do pensamento.
Estas condições formais são necessárias, mas não suficientes. Para atingir a verdade, têm de ser
preenchidas, mas o seu preenchimento não leva necessariamente verdade. Tal é o caso em que se
raciocina formalmente de forma correcta a partir de falso testemunho (erro material).
A Lógica ou metodologia aplicada tem em conta a matéria dos raciocínios e das proposições,
examina as condições de concordância do pensamento com a realidade (verdade material). Tal
como as ciências procuram precisamente realizar, cada uma no seu domínio, esta concordância
do pensamento com o real, também a Lógica aplicada estuda os diferentes métodos utilizados
nas ciências (Matemática, Ciências Naturais, Psicologia, Sociologia, História, etc.), tanto como
métodos de investigação ou como métodos de verificação; daí o nome de metodologia.
A lógica clássica assenta na estruturação do pensamento de maneira a que este possa ser dividido
em símbolos. Símbolos esses que são as palavras e que respeitam uma determinada estrutura
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dada pela “forma predicativa”, que se distingue em sujeito, cópula e predicado. Um exemplo
desta estrutura é “ Todo o A é B”, no entanto esta estrutura não pode definir todos os casos,
pois ,além de reduzir excessivamente todas as proposições a esta forma, também a cópula traduz
variadíssimas realidades. Ou seja, apesar de esta estrutura ser correcta em determinados casos,
para outros está incorrecta, significando que a Lógica Clássica está incompleta.
A Lógica simbólica assenta num código de sinais definidos e manipulados por regras, e na qual
os símbolos têm somente um significado. Assim, através de um conjunto de regras, estes
símbolos poderiam ser manipulados de forma tão rigorosa como um cálculo matemático. Assim
assistiu-se à substituição das linguagens naturais por símbolos, permitindo assim a formalização
completa da lógica e a sua transformação num cálculo de mais fácil operatividade.
Importa estudar a lógica em relação aos novos domínios pois apenas a sua completa
formalização permitirá a elaboração de um programa no qual se reproduza a lógica humana.
Apenas a racionalização da lógica à sua forma mais simples irá permitir isso.
A lógica é comparada à Geometria que assenta em verdades axiomáticas, cujos teoremas são
construídos com base em teoria geral do simbolismo que constitui o fundamento daquilo que é
reconhecido como análise.
Pois sabe-se que o despertar da Lógica e sua renovação como actividade de matemáticos e não
exactamente de filósofos, isto é, a Lógica restaurada com base em interesse dos matemáticos e da
descontinuidade da tradição filosófica da ordem metafisica.
A ideia era de que não se devia continuar a ligar a Lógica à Metafísica, mas sim, às matemáticas.
A matematização da Lógica levou a que esta fosse concebida por analogia com a Álgebra, e a
Lógica contemporânea foi vista como Cálculo, tal como acontece com Álgebra. Neste caso, a
Lógica e a Álgebra funcionam na base de leis do pensamento humano.
George Boole (1815-1864) abre uma nova perspectiva da Lógica ao elaborar a teoria da dedução
logística para as investigações lógicas, que se traduziram num campo de novos domínios da
aplicação da lógica.
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4. Cibernética
Pode-se afirmar que a Cibernética nasceu em 1942 num congresso em Nova Iorque, onde surgiu
a ideia de uma troca de conhecimentos entre fisiólogos e engenheiros mecânicos. Dentro do
campo da cibernética podemos inserir a Biónica e a Robótica. A Biónica é o campo da
cibernética que estuda as ligações possíveis entre máquinas e seres humanos, por exemplo, a
biónica tenta criar músculos humanos mecânicos, mas que no entanto funcionem da mesma
forma que os músculos naturais. A biónica fundamenta-se então na biologia e na mecânica, como
tal é natural que estude principalmente as características naturais do Homem ao mais profundo
detalhe. A Robótica é o campo da cibernética que trata de estudar os aparelhos mecânicos, assim
como o seu desenho e uso. Normalmente a robótica tenta criar aparelhos que são, ou mais
exactos e meticulosos que um ser humanos, ou que efectuam tarefas normalmente perigosas para
esses mesmo seres humanos. Aliás, com o crescimento da Inteligência Artificial assistiu-se a um
desenvolvimento de aparelhos mecânicos que efectuam tarefas de autoprogramação e que
requerem a tomada de decisões, aparelhos esses aos quais foram integrados sensores de visão e
tacto artificiais. Uma grande aproximação então de um dos principais objectivos da cibernética, a
realização de operações lógicas.
Antes de conseguir criar máquinas capazes de simular qualquer actividade natural de um ser vivo
há que compreender essa mesma actividade e para ela criar um conjunto de regras reconhecíveis
por um sistema informático e que por ele possam ser interpretadas e depois reproduzidas por um
aparelho com características físicas semelhantes ao do ser vivo. No entanto isto não é tão simples
como parece, um simples movimento muscular, como o de levantar uma perna, é regulado por
uma série de complexos neuromusculares que, por sua vez, são regulados no cérebro. Para
conseguir traduzir os movimentos musculares têm que se traduzir primeiro os sinais eléctricos
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que são enviados pelo cérebro, sinais estes que têm um ritmo e cadência própria e que em
conjunto simbolizam um determinado movimento. Este é o cerne da questão da cibernética, o
fácil é a reprodução dos músculos, o difícil é conseguir criar um conjunto de sinais que
introduzidos de forma correcta consigam criar uma harmonia e pôr cada músculo da perna a
funcionar correctamente no momento certo.
A Biónica e a Robótica são então as áreas da Cibernética que se encarregam dos aparelhos
mecânicos nos quais se vão depois tentar introduzir os dados ou sinais anteriormente referidos.
Neste caso vê-se uma perfeita simbiose entre os conhecimentos da mecânica, medicina e biologia,
que funcionando em conjunto já permitiram que tenham sido criados músculos biónicos e nervos
biónicos, assim como os sentidos humanos, o paladar biónico, a visão biónica, o olfacto biónico
e a audição biónica.
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II. Implicações e amplicações da Cibernética sobre o homem e a sociedade
A cibernética funciona com um conjunto de operações que simulam uma decisão: para antigirem
determinados propósitos previamente definidos, os mecanismos são dotados de um sistema que
permite tratar a informação recebida, compara-lá com situações distinta escolher a resposta
optimizado de acordo com com tal comparação. Foi por serem capazes de realizar operações
lógica-dedutivas que essas máquinas foram designadas máquinas pensamentes.
5. Informática
O termo «informática» foi criado em 1962 por Philippe Dreyfus. Contudo, foi introduzido
oficialmente na Academia Francesa de Ciências em 1966. A informática foi então definida como
«ciência do tratamento racional, nomeadamente por máquinas automáticas, da informação
considerada como suporte dos conhecimentos e das comunicações nos domínios técnico,
económico e social.»
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Apesar de o termo ter surgido nesta altura, os estudiosos destas temáticas dizem-nos que a
informática começou a ser um domínio autónomo por volta dos anos 50. São, entre outros,
marcos importantes da constituição dessa autonomia os seguintes:
O desenvolvimento dos computadores acabou conduzindo a criação de uma nova ciência que
dedica-se ao estado do tratamento automático da informação, que é fornecida a uma máquina a
partir do meio exterior.
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Reduzir os erros, o armazenamento e ordenação de grandes quantidade de dados e o da
realização de cálculos em grande número;
Modelização das funções cerebrais explorando dados da anatomia fisiologia ou até da
biologia molecular;
As linhas de investigação são essencialmente três simulação das funções superior da
inteligência;
Facilidade no acesso das informações;
As suas aplicações também podem encontrar-se em áreas tão distintas cimo a economia, a
medicina, as telecomunicações, a engenharia, o ensino, a física, etc.
6. Inteligência artificial
Pode-se dizer que a inteligência artificial se inspira na inteligência natural própria dos seres
humanos. Para uma melhor compreensão da relação entre inteligência natural e inteligência
artificial é preciso delimitar o conceito de inteligência.
Assim, quando se diz que os seres humanos são inteligentes, pensar-se-à nas suas habilidades
para adquirirem, compreenderem e aplicarem certos conhecimentos, bem como nas capacidades
para exercitarem o seu pensamento e raciocínio. Sabe-se ainda que a inteligência é mais do que
isso. A inteligência engloba todo o conhecimento, consciente ou inconsciente, que o ser humano
vai adquirindo ao longo da sua Vida, fruto do estudo, ou em resultado das multifacetadas
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experiências que realizam, das muitas situações mais ou menos problemáticas que vão ou vamos
enfrentando.
i. Amplicações ou vantagens
Automatização de tarefas
Tomada de decisão mais precisa
Personalização e customização
Eficiência operacional
Inovação
Melhoria da qualidade de vida
Maior segurança
Análise de sentimentos e opiniões
Economia de recursos
Acesso a informações.
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Conclusão
A origem da cibernética remonta dos anos trinta do século XX, quando a comunidade científica e
filosofia debatia a questão das novas máquinas. São de grande importância para o surgimento da
cibernética as contribuições de A.
Entre 1945 e meados dos anos 60 surge a primeira informática. Dá-se o aparecimento dos
primeiros computadores propriamente ditos. O ENIAC é o primeiro exemplar. É o período da
definição dos princípios básicos, da definição do corpo teórico e técnico. Nos anos 60 até os
finais dos anos 70, surge a segunda informática, desenvolvem-se os computadores baseados na
técnica dos transístores e os computadores pessoais. Nos anos 80, surge a terceira informática,
com o aperfeiçoamento dos computadores pessoais das redes e da microinformática. É o que
pode se chamar banalização dos computadores pessoais e transformação da sociedade da
informática numa cultura de comunicação, frutos que colhemos actualmente.
A cibernética por outro lado, tem a sua origem no grego kibernétes. Platão usou o termo e com
ele pretendia designar «a arte de pilotar navios». É nesta raiz grega que se filia também a palavra
latina gubernare, que origina o termo «governo». Tal como o piloto dirige o navio, assim o
governo é o timoneiro que dirige o Estado.
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Bibliografia
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª Edição.
Texto Editores, Maputo, 2017.
ALVES, Fátima; AREDES, José; CARVALHO, José ( 1999). A Chave do Saber 11º Ano .
Lisboa: Texto Editora
http://www.monografias.com/trabajos/cibernetica/cibernetica.shtml