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República de Angola

Ministério da Educação
Magistério Nº 1.104 Instituto de Ciências Religiosas de Angola
I.C.R.A-Matala

TRABALHO EM
GRUPO DE FILOSOFIA
TEMA: Problemas filosóficos fundamentais (Lógica, Gnosiologia,
Epistemologia, Filosofia da linguagem, Cosmologia, Antropologia e a
Metafísica)

Grupo: 1
Classe: 11ª
Turma: B
Turma: 5
Período: Tarde
Curso: E.M.C
Docente
___________________
Jeremias Das Mangas
Matala/2021/22
SUMÁRIO

Conteúdo
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1
LÓGICA ................................................................................................................................................ 2
GNOSIOLOGIA ..................................................................................................................................... 5
FILOSOFIA DA LINGUAGEM ................................................................................................................. 9
COSMOLOGIA .................................................................................................................................... 10
ANTROPOLOGIA ................................................................................................................................ 13
METAFÍSICA ....................................................................................................................................... 15
CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 20
INTRODUÇÃO

No presente labor, havemos de abordar sobre a temática bastante pertinente e


actuante na sociedade hodierna que é ´´Problemas filosóficos fundamentais
(Lógica, Gnosiologia, Epistemologia, Filosofia da linguagem, Cosmologia,
Antropologia e Metafísica).´´ Começamos antes por definir lógica, que é uma área
da filosofia que visa estudar a estrutura formal dos enunciados (proposições) e suas
regras. Em suma, a lógica serve para se pensar corretamente, sendo assim, uma
ferramenta do correto pensar.

E mais além, abordamos com mais detalhes sobre a lógica e outros subtemas…

1
LÓGICA

Lógica tem origem na palavra grega logos, que significa razão, argumentação ou
fala. A ideia de falar e argumentar pressupõe que o que está sendo dito possua um
sentido para aquele que ouve. Esse sentido fundamenta-se na estrutura lógica,
quando algo "tem lógica" quer dizer que faz sentido, é uma argumentação racional.

A Lógica na Filosofia

Foi o filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) que criou o estudo da lógica, ele
a chamava de analítica. Para ele, qualquer conhecimento que pretenda ser um
conhecimento verdadeiro e universal deveria respeitar alguns princípios, os
princípios lógicos. A lógica (ou analítica) passou a ser compreendida como um
instrumento do correto pensar e a definição de elementos lógicos que fundamentam
o conhecimento verdadeiro.

Os Princípios Lógicos

Aristóteles desenvolveu três princípios básicos que orientam a lógica clássica.

1. Princípio de identidade

Um ser é sempre idêntico a si mesmo: A é A. Se substituirmos A por Maria, por


exemplo, fica: Maria é Maria.

2. Princípio da não-contradição

É impossível ser e não ser ao mesmo tempo, ou um mesmo ente ser também o
seu oposto. É impossível que A seja A e não-A, ao mesmo tempo. Ou, seguindo o
exemplo anterior: é impossível que Maria seja Maria e não seja Maria.

3. Princípio do terceiro excluído, ou terceiro excluso

Nas proposições (sujeito e predicado), só existem duas opções, ou é afirmativa ou


negativa: A é x ou A é não-x. Maria é professora ou Maria não é professora. Não
existe uma terceira possibilidade.

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A Proposição

Em uma argumentação, aquilo que é dito e possui a forma de sujeito, verbo e


predicado é chamado de proposição. As proposições são enunciados, afirmações
ou negações, e possuem sua validade, ou falsidade, analisada logicamente.
A partir da análise de proposições, o estudo da lógica torna-se uma ferramenta
para o correto pensar. O pensar corretamente necessita de princípios (lógicos)
que garantam sua validade e verdade.

Tudo o que é dito em uma argumentação é a conclusão de um processo mental


(pensamento) que avalia e julga algumas relações possíveis existentes.

O Silogismo

A partir desses princípios temos um raciocínio lógico dedutivo, ou seja, a partir de


duas certezas prévias (premissas) chega-se a uma conclusão nova, que não está
diretamente referida nas premissas. Isso é chamado de silogismo. Exemplo:

Todo homem é mortal. (premissa 1)

Sócrates é homem. (premissa 2)

Logo, Sócrates é mortal. (conclusão)

Essa é a estrutura básica do silogismo e o fundamento da lógica. Os três termos do


silogismo podem ser classificados quanto à sua quantidade (universal, particular ou
singular) e sua qualidade (afirmativa ou negativa) As proposições podem variar
quanto à sua qualidade em:

Afirmativas: S é P. Todo ser humano é mortal, Maria é trabalhadora.

Negativas: S não é P. Sócrates não é egípcio.

Também podem variar quanto à sua quantidade em:

Universais: Todo S é P. Todos os homens são mortais.

Particulares: Algum S é P. Alguns homens são gregos.

Singulares: Este S é P. Sócrates é grego.

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Esta é a base da lógica aristotélica e de suas derivações trabalhadas de diversas
formas e servir de base para a validação formal de um enunciado. Os operadores
lógicos estabelecem as relações entre proposições e tornam possível o
encadeamento lógico de suas estruturas.

Alguns exemplos:

Negação

É o contrário de um termo ou proposição, representada pelo símbolo ~ ou ¬


(negação de p é ~ p ou ¬ p). Na tabela, para p verdadeiro, temos ~ p falso. (faz sol
= p, não faz sol = ~ p ou ¬ p).

Conjunção

É a união entre proposições, o símbolo ∧ representa a palavra "e" (hoje, faz sol e
vou à praia, p ∧ q). Para que a conjunção seja verdadeira, é necessário que
ambas sejam verdadeiras.

Disjunção

É a separação entre proposições, o símbolo v representa "ou" (vou à praia ou fico


em casa, p v q). Para a validade, pelo menos uma (ou outra) deve ser verdadeira.

Condicional

É o estabelecimento de uma relação de causalidade ou condicionalidade, o


símbolo ⇒ representa "se... então..." (se chover, então ficarei em casa, p ⇒ q).

Bi-condicional

É o estabelecimento de uma relação de condicionalidade nos dois sentidos, há


uma dupla implicação, o símbolo ⇔ representa "se, e somente se,". (vou para a
aula se, e somente se, não estiver de férias, p ⇔ q).

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GNOSIOLOGIA

Gnosiologia (ou gnoseologia) é a parte da Filosofia que estuda o conhecimento


humano. É formada a partir do termo grego “gnosis” que significa “conhecimento”
e “logos” que significa “doutrina, teoria”. Pode ser entendida como a teoria geral
do conhecimento, na qual se reflete sobre a concordância do pensamento entre
sujeito e objeto. Nesse contexto, objeto é qualquer coisa exterior ao espírito, uma
ideia, um fenômeno, um conceito, etc., mas visto de forma consciente pelo sujeito.

O objetivo da gnosiologia é refletir sobre a origem, essência e limites do


conhecimento, do ato cognitivo (ação de conhecer). E o tratado filosófico sobre o
conhecimento humano acto de conhecer alguma coisa misteriosa em que se dá a
união logica entre a pessoa que conhece e Coisa que é conhecida a política e a
religião.

As formas do conhecimento humano.

No homem é dotado de algumas formas de conhecimento sensitivo: vista,


audição, gosto, olfacto e tacto. O homem possui também outra capacidade de
conhecer, a memória, intermédio da qual se põe em contacto com factos que
pertencem ao passado.

Há ainda no homem uma outra capacidade, a fantasia. Esta permite-nos


representar as coisas em modo original, diferente. daquele que se recebeu da
experiência. Exemplo: Pode-se imaginar um homem com cabeça de boi, com
chifres, embora na realidade não exista e nunca o tenhamos visto.

A história da filosofia diz-nos que ao longo dos tempos houve muitos e diferentes
pontos de vista acerca deste assunto. No entanto, duma maneira geral, durante
período clássico, quase todos os filósofos reconhecem a existência de, ao menos,
duas ordens de conhecimento, o dos sentidos e o do intelecto, embora nem todos
dêem o mesmo valor a cada um desses dois tipos de conhecimento.

Assim, enquanto Platão e seus seguidores não dão nenhuma importância ao


conhecimento sensitivo, Aristóteles e seus discípulos veem no conhecimento
sensitivo um instrumento indispensável para a elaboração do conhecimento
intelectivo.

A história da filosofia diz-nos que ao longo-dos-tempos houve muitos e


diferentes pontos de vista acerca deste assunto. No entanto, duma
maneira geral, durante período clássico, quase todos-os-filósofos
reconhecem a-existència de, menos duas ordens de conhecimento; o
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dos sentidos e o do intelecto, embora nem todos dêem o mesmo valor a
cada um desses dois tipos de conhecimento, assim, enquanto Platão e
seus seguidores não dão nenhuma importância ao conhecimento
sensitivo, Aristóteles e seus discípulos veem no conhecimento sensitivo
um instrumento indispensável para a elaboração do conhecimento
intelectivo. No período modernos filósofos também se dividem em dois
grupos: alguns admitem e valorizam tanto ó conhecimento sensitivo
como o intelectivo. É o caso dos racionalistas (Descartes, Espinosa,
Malebranche Leibniz) e dos idealistas (Fichte, Kant, Hegel). Outros
reconhecem os dois tipos de conhecimento, mas só do valor ao
conhecimento sensitivo. São os empiristas (Berkeley, Hume),
positivistas (Comte, Spencer, Mill) e os neopositivistas (Russell, Ayer).

Em nossos dias o problema do conhecimento continua em aberto. Há


aqueles que, baseando-se naquilo que é mediatamente experimentável,
afirmam que o único conhecimento de que somos dotados e que se
deve-valorizar é o sensitivo. Há outros que, tendo em consideração
algumas expressões do nosso conhecimento e que não são redutíveis à
ordem sensitiva (como o conhecimento religioso, ético, estético, etc)
admitem que temos também uma forma de conhecimento intelectivo.

Origem do conhecimento

Donde vem as ideias que possuímos? Uns dizem que a ideia é a


reprodução. do objecto em nós; outros dizem que é uma oração da
nossa mente, outros ainda sustentam que a ideia é fruto da acção
combinada do sujeito com o objecto. Vejamos historicamente quais as
grandes linhas de desenvolvimento do problema da origem do
conhecimento Platão, o primeiro filósofo que enfrentou esta questão de
maneira explicito e sistemático, diz que todo o conhecimento humano)
tanto o sensitivo, como o intelectivo, tem a sua origem no objecto O
conhecimento sensitivo.

EPISTEMOLOGIA

Epistemologia, também conhecida como a Teoria do Conhecimento, é o ramo da


filosofia que estuda como o ser humano ou a própria ciência adquire e justifica seus
conhecimentos.
Ou seja, é o estudo que procura encontrar quais as condições necessárias e
suficientes para o resultado de uma afirmação específica.

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A palavra epistemologia vem dos termos gregos episteme, que significa
conhecimento, e logia, que significa estudo e é também conhecida como a filosofia
da ciência.

A epistemologia está preocupada em responder questões como:

Como sabemos a verdade?

Como separamos as ideias verdadeiras das ideias falsas?

Como adquirimos este conhecimento ou esta afirmação?

Para o filósofo grego Platão, a epistemologia se opõe à crença, isso porque ela é
um estudo justificado e a crença apenas um ponto de vista subjetivo.

Na filosofia moderna, a epistemologia é levada em discussão pelos racionalistas


empiristas, provocando duas posições diferentes: o ponto de vista empirista, que
afirma que o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou seja, no que for
apreendido durante a vida, e a posição racionalista, que afirma que a fonte do
conhecimento se encontra na razão, e não na experiência.

Epistemologia genética segundo Jean Piaget

A epistemologia genética consiste em uma teoria elaborada pelo biólogo e filósofo


Jean Piaget, onde ele afirma que a genética é a junção de duas teorias existentes:
o apriorismo, o conhecimento que não depende de experiência prática e o
empirismo, onde o conhecimento é adquirido através das experiências práticas.

A teoria genética criada por Piaget segue uma linearidade genética, que acompanha
o desenvolvimento do ser humano em 4 estágios. Porém, o biólogo também afirma
que cada criança tem seu ritmo e formas diferenciadas de aprendizagem, podendo
não seguir os estágios

Os 4 estágios são:

Sensório-motor: de 0 a 2 anos de idade, estágio no qual a criança está na fase das


operações sensoriais, adquirindo conhecimento através dos sentidos e
desenvolvendo habilidades a partir dessas experiências sensoriais;

Pré-operatório: de 2 a 7 anos de idade, onde a criança ainda adquire conhecimento

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através da prática, mas com significados (linguagem ativa) e intuição pelo que ainda
aprendem na prática;

Operatório concreto: de 7 a 12 anos, quando a criança já começa a utilizar a lógica,


mas somente através de objetos e solução de problemas matemáticos;
Operatório formal ou abstrato: a partir dos 12 anos de idade, quando a criança passa
a elaborar hipóteses e trabalhar com conhecimentos abstratos, a partir das suas
próprias conclusões;

Segundo Piaget, o conhecimento é produzido graças a uma interação do indivíduo


com o seu meio, de acordo com estruturas que fazem parte do próprio indivíduo.

Epistemologia jurídica

A epistemologia jurídica examina os fatores que condicionam a origem do Direito e


tem como um dos seus objetivos tentar definir o seu objeto de conhecimento e
afirmações. É uma área que está ligada à reflexão, que leva a um entendimento
das várias formas de compreender o conceito de Direito.

A epistemologia jurídica aborda também o ser humano como um ser único, onde
cada um apresenta formas distintas de pensar e agir, e por esse motivo o Direito
pode ter várias interpretações.

Epistemologia convergente

A epistemologia convergente é uma construção teórica da autoria do


psicopedagogo argentino Jorge Visca. Esta área da epistemologia tem este nome
porque lida com influências de três campos: a Psicogenética, a Psicanálise e a
Psicologia Social. Este campo está intimamente ligado com a psicopedagogia,
abordando sobre as vertentes do fenômeno da aprendizagem.

Diferença entre ontologia e epistemologia

Enquanto a epistemologia se preocupa com a natureza do conhecimento, de onde


ele surgiu, como foi formado e quais suas bases, a ontologia, ramo da metafísica,
está preocupada em identificar as coisas que realmente existem.

Por exemplo, a ontologia cuida de responder questionamentos como “qual a


natureza da existência?”, “existe um deus?”, “o que acontece após a morte?”,
enquanto a epistemologia se preocupa com as verdadeiras bases de um
conhecimento, exemplo: “como podemos afirmar que isso é verdade?”, “por que o
senso comum chegou a essa conclusão?”.

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FILOSOFIA DA LINGUAGEM

Origem da linguagem
Donde vem a linguagem? Dos vários pontos de vista e opiniões
referentes à origem da linguagem, duas soluções prevaleceram:

1. A linguagem foi recebida (da natureza ou de Deus);


2. A linguagem foi inventada pelo homem.

Cada uma dessas duas soluções teve sempre muitos seguidores. Em


nossos dias a primeira solução não tem muitos adeptos.

Humboldt um dos grandes nomes na filosofia da linguagem, diz que a


linguagem não foi inventada pelo próprio homem porque o homem só é
homem mediante a linguagem. Ora para inventar a linguagem ele deveria
ser já homem.

A tese com mais seguidores hoje é a que diz que a linguagem teve uma
origem por evolução. E esta tese também tem muitas interpretações.
Alguns dizem 2 que a evolução foi determinada por sons onomatopaicos;
outros dizem que a parte essencial da linguagem na sua evolução deve-
se ao acaso e à convenção.

A teoria segundo a qual a linguagem nasce a partir de sons


onomatopaicos, Lé, imitando sons já existentes na natureza, é proposta
cientificamente pela primeira vez por Herder. Bruni e Merlo concordam
com ele. Afirmam que a tese da origem natural da linguagem, mediante a
onomatopeia, é a única cientificamente sustentável.

Segundo vários estudiosos, as linguagens têm uma origem convencional.


Para explicar o que lhe ia no íntimo, o homo sapiens viu-se na
necessidade de descobrir certos sons O maior defensor desta teoria é
Wittgenstein. Afirma que cada coisa recebeu arbitrariamente um nome,
tal como é arbitrário arranjar regras para fazer um determinado jogo.
Wittgenstein considera a linguagem como um jogo.

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Como apreciação, pode-se dizer que estas duas teorias sobre a origem
da linguagem não são necessariamente contraditórias; pelo contrário,
podem integrar se mutuamente. Concordamos que a linguagem é uma
invenção do homem; mas no início teria havido alguma imitação de sons
emitidos pelos animais e coisas. Ainda hoje quando uma criança aprende
a falar, imita os sons que ouve da própria mãe.

COSMOLOGIA

A cosmologia é a tentativa de explicar o mundo (Universo) como um todo. A


cosmologia trata de conceitos como a "quantidade", o "número", o "lugar" e o
"espaço", o "movimento", o "tempo", as "qualidades", a "natureza dos corpos", as
"propriedades da vida e a sua origem", etc. É, por vezes, também designada por
Metafísica ou numa perspetiva mais restrita, Filosofia da Natureza.
Enquanto disciplina filosófica, procura compreender o mundo num elevado grau de
abstração (o ser mundo).

A cosmologia filosófica pode ser dividida em três períodos fundamentais:


No período clássico, medieval e renascentista (de Platão a Descartes) está centrada
no problema da origem e no princípio primordial da natureza ou cosmos. No período
moderno (de Descartes a Einstein) está centrada na problemática da astronomia e
na crítica às deduções a priori. No período contemporâneo (de Einstein aos nossos
dias) centra-se na discussão das grandes questões colocadas pela física moderna
e na análise lógica das asserções e conceitos científicos com implicações sobre a
cosmologia. A especulação filosófica cedeu terreno à epistemologia científica.

Como um dos mais antigos empreendimentos do conhecimento humano, tenta


responder a questões como: O que é o Universo? Terá tido um início? Terá um
final? Como e quando começou? Porque começou? Em suma: Qual o significado
da vida?

O primeiro modelo cosmológico com aceitação "generalizada" sustenta que a Terra


está imóvel no centro do Universo, e em torno dela existem "esferas cristalinas"
contendo os planetas e as "estrelas fixas", que estão em perfeito e eterno
movimento. O modelo de Aristóteles e Ptolomeu manteve-se quase inalterado
durante cerca de 2000 anos.

No século XX a cosmologia constituiu-se também como uma ciência. Trata-se de


um ramo da física que estuda a geométrica do espaço e as suas leis gerais. É
interessante constatar que muitos cosmólogos se entregam a especulações que se

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aproximam mais da metafísica do que da ciência. Sob esse ponto de vista, de facto
aprendemos mais sobre o Universo nos últimos 30 anos do que em todo o resto da
história da Humanidade. A cosmologia moderna, numa definição simples, é a
ciência que estuda a origem e evolução do Universo, e em particular da sua
estrutura em larga escala, com base em leis físicas.

Como ciência, a cosmologia é, no entanto, única por diferentes razões. A mais


importante é o facto de que em cosmologia só é possível fazerem-se observações
e não experiências. Além disso, é a única ciência na qual o investigador "é parte
integrante" do objeto de estudo.

A cosmologia serve-se de modelos para representar a estrutura e a evolução do


Universo, mas para cada questão resolvida surge uma série de novas questões que
alimentam o espírito dos cosmólogos e tornam infindável a procura pela
compreensão total do Universo.

A cosmologia é o estudo da origem e da composição do Universo. Os filósofos pré-


socráticos são considerados cosmólogos por buscarem a origem racional do
Universo.

Atualmente, a cosmologia é uma vertente de estudos da Astronomia que lida


diretamente com a origem do Universo por meio do uso de aparelhos tecnológicos
e de cálculos físicos avançados. No passado, a cosmologia foi utilizada pelos pré-
socráticos para descobrir a possível origem do Cosmos por meio de observações e
especulações.

Não havia instrumentos tecnológicos, portanto, o que eles poderiam fazer era
observar a olho nu o que estava ao seu alcance, inclusive elementos encontrados
no próprio planeta, e formular raciocínios com base em suas observações.

Significado :

A palavra cosmologia tem sua raiz no idioma grego antigo, derivada dos termos
Cosmos (Universo) e logos (razão, organização racional). A cosmologia é o estudo
do Universo, de sua origem e de sua organização. A tarefa do cosmólogo é
determinar qual é a origem do Universo, de maneira científica e racional. Portanto,
podemos dizer, grosso modo, que cosmologia é o estudo da origem do Universo,
de como este se formou, de como se organiza e dos elementos que o compõem.

Cosmologia e Filosofia

A Filosofia grega pré-socrática está intimamente ligada à cosmologia. Em


contraposição às narrativas mitológicas, os primeiros filósofos intentaram encontrar

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a verdadeira origem do Universo que, de uma maneira lógica e racional, fizesse
sentido. Assim sendo, os primeiros filósofos também eram cosmólogos.

Cosmologia e cosmogonias

A palavra cosmogonia possui os radicais Cosmos (Universo) e gonia (vocábulo que


originou a palavra gênese, ou seja, criação). Antes do surgimento da Filosofia, quem
apresentava a origem do Universo eram as mitologias, por meio de narrativas
cosmogônicas. As narrativas mitológicas gregas apresentam a origem de tudo a
partir dos titãs — Chaos, Chronos e Gaia — como pilares do surgimento do Cosmos.
Os primeiros deuses, Zeus, Hades e Poseidon, foram os que libertaram o Universo
da crueldade de Chronos.

Cosmologia grega

Tales foi o primeiro cosmólogo da tradição grega. Ao observar o Universo e pensar


que aquelas cosmogonias não faziam sentido, o filósofo passou por um processo
de observação e especulação que originou a sua teoria: a ideia de que a água dá
origem a tudo.

Sua especulação pode parecer-nos absurda hoje, mas também pode ser
considerada o primeiro pilar da cosmologia grega, porque Tales não buscou um
elemento sobrenatural para explicar o Universo e sim postulou que a origem estava
dentro da natureza.

Na mesma esteira, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras, Heráclito, Parmênides,


Demócrito, Anaxágoras e outros filósofos propuseram teorias cosmológicas com
base na observação do Universo e na especulação racional.

O que houve na Grécia Antiga, a partir do surgimento da Filosofia ocidental, foi um


embate de ideias de pensadores que buscavam na natureza a origem de todo o
Universo contra as teorias cosmogônicas propostas pela mitologia grega, que
equivalia à religião daquele povo.

Do equilíbrio entre as cosmogonias e a cosmologia, surgiu o pensamento


contemporâneo, inclinado a uma busca da racionalidade, que, por sua vez, originou
as ciências. A Filosofia é, portanto, a mãe de todas as ciências, e seus suportes
racionais deram origem à atividade científica extremamente empírica.

Ernst Cassirer, filósofo contemporâneo, assim descreve o embate entre as


cosmogonias e a cosmologia no mundo grego, ao apresentar a visão dramática
proposta pela mitologia e a visão científica que trata a natureza como um objeto a
ser desbravado:

A natureza, em seu sentido empírico ou científico, pode ser definida como a


existência de coisas enquanto for determinada por leis gerais. Uma 'natureza' assim

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não existe para os mitos. O mundo do mito é um mundo dramático — um mundo de
ações, de forças, de poderes conflitantes. Em todo fenômeno da natureza ele vê a
colisão desses poderes.

A percepção mítica está sempre impregnada dessas qualidades emocionais. Tudo


o que é visto, o sentido está rodeado por uma atmosfera especial — uma atmosfera
de alegria, de pesar, de angústia, de excitação, de exultação ou depressão. Não
podemos falar aqui de 'coisas' como matéria morta ou indiferente. Todos os objetos
são benignos ou malignos, amistosos ou hostis, familiares ou estranhos, atraentes
e fascinantes ou repelentes e ameaçadores. Podemos reconstruir facilmente essa
forma elementar da experiência humana, pois, nem mesmo na vida do homem
civilizado, ela perdeu seu poder original.

Quando estamos sobre a atenção de uma emoção violenta, temos ainda essa
concepção dramática de todas as coisas. Elas não têm mais o rosto de sempre;
mudam abruptamente de fisionomia, ficam tingidas da cor específica de nossas
paixões, de amor ou ódio, de medo ou esperança.

Cosmologia moderna

Nos dias atuais, a cosmologia faz parte dos estudos de Astronomia e Astrofísica.
Diferente da cosmologia antiga, a cosmologia atual conta com os avançados
cálculos matemáticos e fórmulas físicas, além de instrumentos tecnológicos de alta
precisão, como computadores e telescópios.

ANTROPOLOGIA

Antropologia é uma ciência que se dedica ao estudo do ser humano em sua


totalidade. O ser humano é compreendido pela antropologia em sua dimensão
biológica, cultural e social, simultaneamente.

O termo de origem grega, formado por “anthropos” (homem, ser humano) e “logos”
(conhecimento). A reflexão os seres humanos em seu comportamento social é
conhecida desde a Antiguidade Clássica pelo pensamento de diferentes filósofos,
como Sócrates, Platão e Aristóteles.

Há ainda um grande destaque para o grego Heródoto, considerado o pai da História


e da Antropologia.

No entanto, a concepção moderna da Antropologia e seu estabelecimento como


ciência social tem sua origem com Movimento Iluminista no século XVIII.
O Iluminismo procurou fundamentar os conhecimentos na razão e construir um

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conhecimento seguro, identificado como ciência. Buscou-se a compreensão das
diferentes "raças de seres humanos", através do aprimoramento de métodos e
classificações.

O positivismo também possui uma forte relação com o estabelecimento da


antropologia como ciência. A partir da perspectiva positivista, buscou-se encontrar
métodos para a construção de uma ciência social a semelhança das já
estabelecidas ciências exatas e da natureza.

Assim, a antropologia nasce dos relatos sobre o modo de vida dos povos originários
das colônias, nativos das novas terras descobertas. Dos debates sobre a condição
humana e dos distintos modos de vida em relação às metrópoles.
Os estudos antropológicos tinham como base a comparação entre os povos
"primitivos" e os "civilizados".

Essa perspectiva foi sendo abandonada, reconhecida como etnocêntrica, baseada


na ideia de que havia um modo de vida humano evoluído que poderia operar como
padrão para a leitura de outras sociedades.

A Antropologia se modifica a partir de uma ideia de relativização, que compreende


não haver um processo evolutivo linear das sociedades e de seus indivíduos.

Os estudos sobre o ser humano e sua diversidade cultural, tornam-se


multidisciplinar e procuram refletir sobre todas as dimensões da vida humana.
Historicamente, estas dimensões ocorrem na divisão da antropologia em duas
grandes áreas:

1.Antropologia Física ou Biológica

Estuda os aspectos genéticos e biológicos do homem. Também é chamada de


bioantropologia, dedicada a entender os mecanismos de adaptação e evolução do
homem.

Essa divisão da antropologia recebe uma grande influência da obra de Charles


Darwin, sobretudo, A Origem das Espécies (1859).

Entre seus objetos de estudos estão as características genéticas que diferenciam


povos e possibilitam que eles sobrevivam em determinados ambientes. Como por
exemplo, ao estudar as fisiológicas de diferentes grupos humanos, entre outras
questões genéticas.

Além da genética a paleoantropologia (estudo da evolução humana) se dedica mais


estritamente a esta área. A antropologia forense também utiliza de conhecimentos

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da antropologia biológica para elaborar seus laudos de identificação de cadáveres
e estudos sobre crimes, usados pelo direito penal.

2. Antropologia Social e Cultural

Analisa o comportamento do ser humano em sociedade (grupos sociais), a


organização social e política, as relações sociais e suas instituições.

A antropologia social difere da sociologia no objeto da investigação. A sociologia se


dedica a entender os movimentos e estruturas sociais de uma forma macro, já a
antropologia social é voltada à relação que o ser humano estabelece com estes
fenômenos em uma busca mais centrada no ser.

A divisão norte-americana da antropologia não usa o conceito de antropologia


social, e sim a chamada Antropologia Cultural.

A Antropologia Cultural investiga as questões culturais que envolvem os seres


humanos, como: costumes, mitos, valores, crenças, rituais, religião,
língua, outros aspectos fundamentais na formação da cultura. São conceitos
trabalhados pela antropologia social as noções de cultura e de alteridade.

Dentro do escopo da antropologia cultural ainda há os estudos da linguística e a


etnografia como campos de especialização.

A linguística busca analisar a formação de uma cultura refletida ou construída pelo


uso da língua. Ou seja, parte da compreensão de que o modo como um grupo social
se organiza tem uma estreita relação com sua linguagem.

A etnografia é o método de pesquisa próprio da antropologia e tem sido apropriada


pelas demais áreas das ciências sociais. O antropólogo, que nesta função também
pode ser chamado de etnógrafo, acompanha de perto o grupo que está estudando,
vivendo como eles, dentro da comunidade.

A partir da observação do grupo social, o antropólogo produz um diário de campo,


onde coleta o máximo de informação possível, analisada posteriormente. A
etnografia pretende observar a organização de um grupo social com o mínimo de
intervenção do investigador.

METAFÍSICA

A metafísica é a base da Filosofia e também o ramo responsável pelo estudo da


existência do ser.

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Por meio da metafísica se procura uma interpretação do mundo, sobre a natureza,
a constituição e estruturas básicas da realidade.

A palavra metafísica vem do grego e o prefixo “meta” significa “além de”. O


primeiro filósofo a tratar sobre o assunto, de maneira sistemática, foi Aristóteles.
Aliás, ele mesmo chamou esta ideia de “filosofia primeira”, por entender que ela
seria o alicerce da reflexão filosófica. Desta forma, o termo metafísica não foi
cunhado por ele e sim por um dos seus discípulos que organizou a sua obra.
Além da “filosofia primeira”, Aristóteles investigava a “ciência do ser enquanto ser”.
Por isso, ele estava interessado em questionar o que faz a matéria ser diferente e
ao mesmo tempo particular.

Aristóteles

Ao contrário de Platão, Aristóteles pensava que os princípios da realidade não


estão no mundo inteligível e sim no nosso mundo, o sensível. A realidade está
submetida ao tempo e ao espaço.

Aristóteles afirmava que quatro causas condicionam a existência dos seres:


Causa material: o corpo está composto de matéria. como sangue, pele, músculos,
ossos, etc.

Forma: se por um lado temos matéria, também temos uma forma. Uma cabeça,
dois braços, duas pernas etc. Assim, esta forma nos transforma em seres
singulares que se diferenciam dos demais.
Eficiente: por que existimos? A primeira resposta é porque alguém nos fez. Isto
seria uma resposta do campo da “causa eficiente”: existimos porque fomos
criados.

Final: existimos para algo. Esta resposta transcende a anterior porque estamos
diante de uma finalidade, de uma meta. Todos os seres foram criados para um
fim. O campo da filosofia que o estuda se chama “teleologia”.

Kant

É comum ouvirmos que Kant (1724-1804) teria matado a metafísica. No entanto, o


que Kant quis dizer é que o ser humano não é capaz de responder a certas questões
metafísicas como a existência de Deus e da alma, por exemplo. Kant vai buscar
valorizar a razão. Se não posso encontrar provas racionais, não devo me ocupar
dessas questões ou ao menos não pertencem ao campo da razão.

Assim, Kant vai mudar as perguntas. Ao invés de se perguntar o que é verdade, ele
se questionará como é possível que exista a verdade.

16
Kant expôs seu pensamento na obra "A Fundamentação da Metafísica dos
Costumes", escrita em 1785.

Resumo

A história da metafísica é dividida em três períodos:

Primeiro período: começa com Platão e Aristóteles (entre os séculos IV e III a.C.)
e termina em David Hume (séc. XVIII). Nesta fase, se entendia a metafísica como
uma reflexão do ser na sua acepção mais geral. Um dos grandes estudiosos desta
época será Tomás de Aquino que vai recuperar a filosofia aristotélica e aplicá-la em
seus estudos teológicos.

Segundo período: se inicia com Immanuel Kant, no decorrer do século XVIII, e


termina no século XX com Edmund Husserl e seus estudos sobre a fenomenologia.
Kant vai prosseguir os estudos de Hume apontando o primado da razão sobre as
questões transcendentais que levantava a metafísica.

Terceiro período: é o período que começa na segunda década do século XX até


os dias atuais. Corresponde aos estudos da metafísica contemporânea. Surgem as
críticas mais negacionistas da metafísica com a recuperação do materialismo e
criação do positivismo. Por outro lado, no final do século XX temos a ressurgimento
da metafísica através das correntes esotéricas.

Ontologia: A área da filosofia que trata da natureza do ser, que é a realidade e a


existência das coisas, e das questões metafísicas em geral é denominada
ontologia. No sentido filosófico tem várias definições e alguns autores a
consideram como o estudo da metafísica contemporânea.

O vocábulo resulta da união das palavras gregas ontos (ser) e logos (palavra).

Ética: é um conjunto de sistemas morais que afetam a forma com as pessoas


tomam decisões. Pode ser definida como uma filosofia moral.

O termo Ética é originário da palavra grega ethos, que significa hábitos, costumes
ou caráter. A ética é abordada em diferentes segmentos da sociedade, como
religião, política, filosofia e cultura. Enquanto a metafísica estuda o ser enquanto
ser, a ética se ocupa da causa e efeito. Para Aristóteles, a ética é fundamentada
pela metafísica.

Epistemologia: é o estudo da origem e da aquisição do conhecimento por isso

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existe uma área específica para conferir a validade do conhecimento da
metafísica.

Atualmente, a epistemologia moderna é baseada em dois pontos fundamentais: o


empirismo e o racionalismo.
Positivismo: é a principal corrente em oposição à metafísica. O pensamento
positivista sustenta que o objetivo da ciência é a lógica. Não são consideradas as
emoções e pensamentos.

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CONCLUSÃO

Depois de uma busca incansável, concluímos, que Friedrich Engels fez notar que
há um problema da resolução do qual dependem todas as outras respostas
filosóficas:

O grande problema fundamental de toda a filosofia, em especial da filosofia


moderna, é o da relação entre o pensamento e a existência, a relação do espírito
com a natureza, o problema: qual existe primeiro, o espírito ou a natureza?
Consoante era dada uma ou outra resposta a este problema, os filósofos dividiram-
se em dois grandes campos. Os que afirmavam que o espírito era primordial face á
natureza, e, portanto, aceitavam, em última instância, esta ou aquela criação do
mundo constituíram o campo do idealismo. Os outros, que consideravam a natureza
primordial, pertencem às várias escolas do materialismo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fonte:
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Por: Pedro Menezes


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Por: Juliana Bezerra


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Por Willyans Maciel


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da-linguagem/&grqid=JSIVgTME&hl=pt-PT

Por: Yara Laiz Souza

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logia/&grqid=3ZSEaQLD&hl=pt-PT

Por: Daniela Diana

https://googleweblight.com/sp?u=https://www.todamateria.com.br/o-que-e-a-
antropologia/&grqid=QxepntRY&hl=pt-PT

Por: Juliana Bezerra

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rqid=cYVheh57&hl=pt-PT

Material de Apoio.

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LISTA DOS INTEGRANTES

Nº Nome completo Nota do Trabalho Nota da defesa Média


2 Alfredo Cacongo
3 Amândio Wapota
4 Angélica Lussati
5 Augusto José
6 Aurélio Faustino
7 Carla Savala
8 Catarina António
9 César Chicussi
10 Daniel Tchicussi
11 Daniel Massolali
12 David Amândio
13 Dionísia Muatepeta
14 Domingas Tulumba
15 Domingas Sacupinga
16 Fernandes Capenda
18 Francisco Camati
19 Francisco João
20 Gabriel Correia
21 Germana Javela
22 Guilherme Gonzaga

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