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Índice

1. Introdução..................................................................................................................4

1.1. Objectivos...........................................................................................................4

1.1.1. Geral................................................................................................................4

1.1.2. Específico........................................................................................................4

2. Metodologia...............................................................................................................4

3. Lógica.........................................................................................................................5

3.1. Objecto de estudo da lógica................................................................................6

3.2. Finalidade do estudo da lógica............................................................................6

3.3. Divisão da Lógica...............................................................................................6

4. Método da filosofia....................................................................................................7

4.1. Método em Francis Bacon..................................................................................7

4.2. Método em René Descartes................................................................................9

5. Importância da Lógica..............................................................................................10

6. Conclusão.................................................................................................................11

7. Bibliografia..............................................................................................................12
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1. Introdução

O presente trabalho de filosofia aborda a cerca da lógica, métodos e a importância, de


princípio dizer que Lógica tem origem na palavra grega logos, que significa razão,
argumentação ou fala. A ideia de falar e argumentar pressupõe que o que está sendo dito
possua um sentido para aquele que ouve, dai que A Lógica, de modo bem genérico, e
parte da Filosofia, a ciência que investiga os tipos de raciocínios como validos ou
inválidos. Sabendo que O raciocínio é uma construção do ser humano, é uma actividade
que requer esforço de nossa mente. Contudo, nem todo raciocínio é exposto de modo
rigoroso, correto e claro.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral

 Saber sobre a lógica

1.1.2. Específico

 Descrever os métodos da filosofia


 Identificar a importância da lógica
 Caracterizar Finalidade do estudo da lógica

2. Metodologia
A metodologia usada para a realização do presente trabalho foi a da consulta
bibliográfica, que consistiu na leitura e análise das informações de diversas obras que se
debruçam acerca do tema acima citado e também em consultas na internet.
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3. Lógica
A palavra “lógica” vem do termo grego, “Logos”, que significa razão, pensamento,
discurso. A Lógica é, de facto, a ciência que estuda as condições do pensamento válido.

A Lógica é uma ciência. Como tal, é um conjunto de conhecimentos sistemáticos


regidos por princípios universais.

De acordo com Descartes, (1973), A lógica filosófica difere da lógica espontânea tal
como o perfeito difere do imperfeito. O Homem que procura cultivar a sua capacidade
de raciocínio passa, gradualmente das relações intuitivas (subjectivas) que estabelece
entre os fenómenos para justificá-las racionalmente com base nos princípios universais,
isto é, com base nas regras do pensamento correcto.
Como ciência das leis ideais do pensamento, a lógica é uma disciplina normativa, visto
que ela não procura definir o que é, mas sim o que deve ser, a saber, o que devem ser as
operações intelectuais por forma a satisfazer as exigências do pensamento correcto.
Quer dizer, a lógica estabelece as condições de legitimidade do pensamento.
Idem Para além de ciência, a lógica é também uma arte. Trata-se de um método que
permite bem fazer uma obra segundo certas regras. Neste caso, o raciocínio correcto é a
obra que resulta do emprego de todas as outras operações do espírito, em que se nota a
intuição, a criatividade, a imaginação e o estilo do seu autor.
A Lógica, de modo bem genérico, e parte da Filosofia, a ciência que investiga os tipos
de raciocínios como validos ou inválidos.
Para tal investigação, a Lógica considera uma série de elementos que abrangem o
entendimento do que e raciocínio. A lógica investiga, por exemplo, o que e proposição,
o que e premissa, o que e conclusão, o que e uma relação de consequência e, mesmo, o
que e raciocínio.
Observe que todas as pessoas podem raciocinar correctamente, mesmo sem conhecer a
Lógica. Mas, ao conhecer a Lógica, você acesa, conscientemente, um conjunto de
orientações que possibilitam raciocinar de modo preciso e coerente.
A origem da Lógica está ligada à palavra grega logos e, nessa acepção, refere-se à
palavra, à proposição, ao discurso, ao pensamento, à razão e à linguagem. Tal sentido
fundamental refere-se a um modo específico de pensarmos, conforme regras específicas.
Os primeiros estudos “rigorosos” sobre a Lógica ocorreram na Grécia Antiga, com
Aristóteles (384-322 a.C.). Diferentemente dos pré-socráticos, dos sofistas, de Sócrates
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e de Platão (filósofos anteriores a Aristóteles), Aristóteles estabelece um tratamento


consciente e independente da Lógica como uma disciplina, um tema que merece uma
investigação sistemática.
Por esses motivos, Aristóteles é considerado o fundador da Lógica.
Aristóteles considerava que o domínio da Lógica era essencial para o filósofo e para a
Filosofia. Como poderíamos filosofar se não fôssemos capazes de pensar racionalmente
com rigor, clareza e coerência?
3.1. Objecto de estudo da lógica
A lógica se ocupa tanto do pensamento e do raciocínio, como também das condições da
sua validade. Quer isto dizer que o objecto de estudo da lógica é a análise dos
pensamentos e raciocínios e também o estudo das leis universais que orientam a
inteligência enquanto pensamos e raciocinamos.

3.2. Finalidade do estudo da lógica


Para quê a lógica ocupar-se do pensamento e das condições da sua validade?
Certamente há um interesse final no estudo da lógica: a descoberta e a demonstração da
verdade. O pressuposto é que quanto mais desenvolvemos a aptidão de pensar com
coerência, mais nos aproximamos da verdade e nos distanciamos do erro, o seu oposto.
Porém, não bastará apenas a descoberta da verdade, pois muitas vezes é necessário
provar a segurança e legitimidade da via usada para a sua descoberta. Enfim, a
descoberta e a demonstração da verdade são o fim da inteligência (é o que a nossa
inteligência procura) e, por conseguinte, a finalidade da lógica, enquanto ela define as
condições de validade das operações do espírito (Hurcho, 20O3).
3.3. Divisão da Lógica
Segundo Mortari, (2001), a lógica estabelece as condições a que as operações
intelectuais devem satisfazer para serem corretas. Ora, estas condições podem ser
grupadas em duas grandes categorias. Por um lado, existem, as condições que
asseguram o acordo do pensamento consigo mesmo, abstracção feita de todo dado
particular, de tal modo que elas sejam universalmente válidas. Por outro lado, existem
as condições que decorrem das relações do pensamento com os objectos diversos a que
se pode aplicar. Em função disto, a lógica compreende dois grandes domínios ou
divisões: formal e material.
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Lógica formal ou menor


É a parte da Lógica que estabelece a forma correta das operações intelectuais, ou
melhor, que assegura o acordo do pensamento consigo mesmo, de tal maneira que os
princípios que descobre e as regras que formula se aplicam a todos os objetos do
pensamento, quaisquer que sejam.
A Lógica formal compreende normalmente três partes, a saber: Conceito e termo, juízo
e proposição e, por fim, raciocínio e argumento.
Lógica material ou maior
É a parte da Lógica que determina as leis particulares e as regras especiais que
resultam da essência dos objetos a conhecer. Ela define os métodos das matemáticas, da
física, da química, das ciências naturais, das ciências morais etc, (que constituem outras
tantas lógicas especiais). Ligado à lógica matéria temos o estudo das condições da
certeza, tal como o estudo das falácias das quais o falso se apresenta sob as aparências
do verdadeiro.
4. Método da filosofia
Para Hacck, (2002), filosofia tem como métodos: a reflexão (análise crítica) e a
justificação lógico-racional.
Convém notar que literalmente, a palavra reflexão, significa voltar a pensar o que já se
pensou, o que já se viu. A expressão portuguesa que melhor traduz a palavra reflectir
pode ser esta: “cair na conta de”, ou “tomar consciência de”. E só cai na conta de ou
tomar consciência de, quem já esteve em contacto com tal coisa, num momento anterior.
Toda a filosofia aspira a uma coerência que torna inteligíveis e admissíveis as ideias e
as intuições dos filósofos, quer dizer, ela é sempre acompanhada por um esforço no
sentido de estruturar racionalmente o pensamento, de um esforço que lhe garante um
estatuto racional. Por isso, a filosofia é pela racionalidade.
4.1. Método em Francis Bacon
Francis Bacon é considerado pioneiro do chamado empirismo britânico, vertente
memorada na história da filosofia pela primazia do conhecimento pela empírica e a
recusa de ideias inatas. O Lorde Bacon teve uma vida profissional intensa devido ao
cargo político que exerceu por anos e a cátedra de Direito em Cambridge, mas sem
nunca perder sua dedicação à ciência e pela pesquisa de teor experimental. O papel da
experiência para seu método é crucial, uma vez que, segundo o filósofo londrino: “em
geral, dificilmente se fará avanço importante no desvelamento da natureza se não se
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designam fundos para gastos de experimentação. Aliada à indução, o elemento


experimental se torna a principal característica do método que desenvolvera (Hacck,
2002),
As primeiras notações de seu método encontram-se no Advancement of Learning2,
publicado em 1605. Nesta obra de juventude, Bacon já expõe muitas ideias que
aparecem no Novum Organum, publicado quinze anos depois. No texto de juventude
referido, já havia apresentado a sobreposição de um método indutivo e experimental,
que fosse investigativo, colocando o contacto do observador com a natureza em
importância maior e anterior à predição e elaboração de axiomas. Contudo, no Novum
Organum, obra parte de sua Grande Instauração3, ele articula melhor os conceitos de
sua teoria do conhecimento e o esforço de superar a lógica aristotélica.
Segundo Bacon, a filosofia natural possui vital importância para o progresso das
actividades humanas. Por isso, seu método atende a preocupação de bem desnivelar a
natureza, para que todos os saberes possam ser bem aplicados uma vez que relacionadas
com a filosofia da natureza. Toda ciência ou técnica dependem, então, da filosofia
natural como matéria-prima. O problema era, na época de Bacon, a insatisfação com os
feitos da filosofia natural de autores passados, que eram preservados devido o apreço às
autoridades intelectuais que havia na época. O autor reconhecia que os pensadores do
passado haviam contribuído proveitosamente ao conhecimento, contudo, reprovava a
atitude em reproduzir plenamente seus ensinamentos mesmo quando errados. Muitas
descobertas em sua época falseavam os paradigmas dos antigos em filosofia natural,
contudo, os seus contemporâneos, tal como os medievais, prezavam pela devoção aos
textos antigos. Quanto a isso, Bacon (1979.) considerou apenas alguns momentos como
profícuos à ciência; seriam eles:
De fato, só podem ser levados em conta três períodos ou retornos na evolução do saber:
um, o dos gregos; outro, o dos romanos e, por último, o nosso, dos povos ocidentais da
Europa; a cada um dos quais se pode atribuir no máximo duas centúrias de anos. A
Idade Média, em relação à riqueza e fecundidade das ciências, foi uma época infeliz.
Não há, com efeito, motivos para se fazer menção nem dos árabes, nem dos
escolásticos.
O método em questão é o silogismo de Aristóteles, criticando em dois pontos centrais
no Novum Organum:
(i) O primeiro ponto tange ao carácter dedutivo do silogismo. Por conta dele, afirma o
filósofo inglês, haveria o estagirita corrompido sua físico ao embasar-se na lógica4.
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Bacon cunha o método silogístico como uma antecipação da natureza; isto é,


Aristóteles visa a elaboração de enunciados universais fundamentados em poucos casos
da experiência. O londrino considera a indução o expurgo para livrar a filosofia natural
das amarras silogísticas. Para isso, diferencia a indução “vulgar” da “indução
verdadeira”. A indução considerada vulgar pelo Barão de Verulâmio é aquela que, uma
vez com seus axiomas estabelecidos, procura salvá-lo quando algum caso particular da
experiência não consente com seu enunciado; enquanto o certo seria corrigir o axioma, e
não mantê-lo;
(ii) O outro ponto refere-se ineficiência do silogismo em oferecer demonstrações. Suas
clarificações discursivas a respeito dos fatos se deve em assentir o pensamento humano
com as palavras e o modo com que são articuladas, e o pensamento, por sua vez,
submete à natureza. Bacon procura extinguir essa postura da filosofia natural, e para
isso, seu método deve submeter o investigador ao trato directo com a realidade.
Para que seu método possa ser efetuado com o desejado sucesso, Bacon adverte que há
tipos de engano, aos quais a mente humana pode conduzir desapercebidamente no
estudo da natureza. Esses enganos são chamados ídolos, e Bacon define-os no aforisma
XXXVIII do primeiro livro de sua obra.
4.2. Método em René Descartes
Embora os debates da época de Bacon já estivessem maturados, René Descartes
desenvolveu, através de sua obra, ideias indispensáveis no debate moderno acerca do
método, bem como para a história da filosofia posterior à ela. Descartes também recebe
o epíteto de “pai da filosofia moderna” por conta da repercussão que suas teses tiveram
ao serem recepcionadas pelos seus contemporâneos e os filósofos posteriores.
A pretensão de elaborar um método que alcance a verdade é uma preocupação para
Descartes desde a juventude. Em 1628, publica as Regulae ad directionem ingenii9,
obra em que prescreveu vinte e uma regras que servissem de instruções ao seu método.
As regras redigidas nesta obra não foram concluídas, até porque consta-se que o
racionalista tinha em mente trinta e seis regras. Como principais características, o
método cartesiano é intuitivo e dedutivo, sendo as únicas faculdades que considera
necessárias ao raciocínio. Sua preocupação em estabelecer um método preciso se deve
igualmente com sua pretensão em fornecer verdades, com ele, tal como diz a máxima de
uma das regras, qual declara que: “O método é necessário para a busca da verdade”
(Descartes, 2007). Visava um método que fosse claro e simples de ser executado, e que
assegurasse o papel central da razão na elucidação da ciência.
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Segundo o filósofo (2007), a intuição e a dedução são as únicas faculdades necessárias


ao raciocínio operante em seu método. A confiança depositada pelo filósofo francês na
razão se deve ao ponto de, consequentemente, resultar num individualismo. Desde que
seguindo o método diligentemente, atendo-se aos princípios evidentes à própria razão,
Descartes acredita que as verdades sobre o mundo e sua ordem podem ser deduzidos por
qualquer indivíduo.
5. Importância da Lógica
Segundo Navarro e Martinez (1990), Comparando a lógica científica com a lógica
espontânea ou empírica, realçamos que nem todas as operações intelectuais apresentam
o mesmo nível de complexidade. Neste contexto, é suficiente o uso do bom senso, isto
é, da lógica espontânea para solucionar as questões menos complexas, inferindo de uma
verdade as consequências mais imediatas. Porém, dado que o bom senso não sabe
elevar-se aos princípios universais nem descer às consequências mais remotas, então,
torna-se necessário mesmo recorrer à lógica filosófica ou científica para dar sequência e
clareza às questões mais complexas. Na verdade, se “as leis da Lógica não são mais do
que as regras do bom senso colocadas em ordem e por escrito”, portanto a um grau
superior, só com recurso a elas se podem afastar as dificuldades e refutar os erros
presentes na maioria das questões complexas, conhecendo as suas causas e os processos
sofísticos.
A Lógica é então necessária para tornar o espírito mais penetrante e para ajudá-lo a
justificar suas operações recorrendo aos princípios que fundam a sua legitimidade.
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6. Conclusão
A reflexão critica é uma atitude filosófica que tem em vista a explicação da realidade
tendo em conta que o filosofar seja uma procura sem trégua, a evidência e o sentido
mais fundamental do eu, do outro e da Natureza, isto é, a atitude filosófica não espera
encontrar soluções já construídas. Pode-se afirmar que a filosofia é uma atitude radical
de olhar critica em busca da verdade sobre os factos. As características fundamentais da
atitude filosófica compreendem, entre várias outras a Historicidade dos factos. A atitude
filosófica é radical no duplo sentido: enquanto as suas questões alcançam a totalidade
do real e enquanto pretende chegar aos princípios explicativos últimos do real.
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7. Bibliografia
1. Bacon, F. (1979). Novum organum. São Paulo: Abril Cultura,(Coleção Os
Pensadores). O progresso do conhecimento. São Paulo: Unesp.
2. de Araujo Dutra. Sao Paulo: Editora da UNESP.
3. Descartes, R. (, 1973). Discurso do método. São Paulo: Abril Cultural. (Coleção
Os
4. Hacck, S. (2002). Filosofia das Lógicas. Traducao de Cesar Mortari e Luiz
Henrique
5. Hurcho, Desidério. (20O3).O Lugard aL ógican aF ilosofiaL. isboa:P látano
Edições
6. Mortari, C. (2001). Introdução á Lógica. Sao Paulo: Editora da UNESP.
7. Navarro J. M, e Martinez T.(1990). História da Filosofia; 1º Vol. Lisboa.

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