Você está na página 1de 12

Índice

1. Introdução..................................................................................................................4

1.1. Objectivos...........................................................................................................4

1.1.1. Geral............................................................................................................4

1.1.2. Específicos...................................................................................................4

2. Metodologia...............................................................................................................4

3. Sistema Juridico e Direito Coperado..........................................................................5

3.1. Sistemas de Direito.............................................................................................5

3.1.1. O Sistema Romano-Germânico...................................................................6

3.1.2. Anglo-saxão.................................................................................................7

3.1.3. Direitos socialistas.......................................................................................8

3.1.4. Outras famílias ou sistemas.........................................................................8

3.2. Funções do Direito Comparado..........................................................................8

3.3. Evolução do Direito Comparado......................................................................10

4. Conclusão.................................................................................................................12

5. Referencia Bibliográfica..........................................................................................13
4

1. Introdução
Com o intuito de melhor compreender seu objeto de estudo, é importante que o
operador do Direito busque a perspectiva histórica do sistema jurídico no qual está
inserido, bem como dos demais sistemas jurídicos existentes, no sentido de identificar
as peculiaridades de cada um, permitindo um estudo comparado que possibilite
identificar as vantagens e desvantagens, organização, características e evolução de tais
sistemas. Primeiramente, tratar-se-á sobre o Sistema jurídico comparado, demonstrando
a relevância histórica que o direito romano teve para os países que adotam tal sistema.
Em seguida, abordar-se-á o sistema common law, oriundo da Inglaterra, fazendo sua
distinção com relação ao sistema romano-germânico. Após, versar-se-á sobre o direito
socialista, incipiente na União Soviética, sendo fruto dos ideais revolucionários
decorrentes do marxismo-leninismo. Por derradeiro, tratar-se-á acerca do direito
islâmico, sistema jurídico este adotado por países teocráticos seguidores
da religião muçulmana.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Saber sobre Sistema jurídico comparado.
1.1.2. Específicos
 Identificar funções do direito comparado;
 Característica o sistema comparado.
2. Metodologia
Para a realização do trabalho foi a partir da consulta bibliográfica, que consistiu na
leitura e análise das informações de diversas obras, e com auxilio da internet.
5

3. Sistema Juridico e Direito Coperado

Para Santos (2001), Sistema jurídico é um conjunto de normas reunidas por um


elemento unificador, que deve estar vinculado aos valores da Constituição. No âmbito
da tecnologia, é um programa de computador destinado a advogados, escritórios de
advocacia e departamentos jurídicos com o objetivo de facilitar e automatizar a rotina
jurídica.

O Direito Comparado tem uma realidade como direito ciência, u m a vez que é possível
realizar-se um a comparação de sistemas jurídicos de países diferentes, com
metodologia científica, estabelecer princípios comuns e diferenciados, inclusive até
mesmo uma teoria geral do comparativismo jurídico (à maneira de u m a gramática
universal de todas as línguas existentes). Isto posto, deve ficar esclarecido que, no
Direito Comparado, o que se tem em mira é conhecer termos e m comparação, na dupla
tarefa de: 1º conhecer cada termo, isoladamente, na sua individualidade e
especificidade; 2° neles distinguir elementos de presença comum e, a partir do
descobrimento de valores comuns, realizar a comparação.

Na verdade, o direito, concebido como um sistema originário da cultura e da civilização


de um povo, reflecte seus valores, e sendo um a cultura de um povo ou da civilização de
um a época, vale enquanto valem os valores inconfundíveis e irredutíveis daquelas
cultura e civilização. Um paralelismo com as línguas vivas, que igualmente são fruto da
cultura e da civilização de um povo, mostra que é totalmente improcedente dizer-se que
a língua inglesa é melhor ou pior que a portuguesa, que esta é mais clara do que aquela
ou que aquela é mais concisa do que esta: o que importa é que, tanto numa quanto
noutra, as ideias são expressas com igual clareza e os valores são transmitidos de pessoa
a pessoa(Almeida,1998).
3.1. Sistemas de Direito.
O Direito Comparado, como ciência de comparação dos sistemas jurídicos, agrupou os
mesmos em grandes famílias, que têm variado segundo os autores, e m função dos
critérios adoptados pela divisão dos mesmos.
U m a classificação bastante útil é a do professor René David, op. cit., que reuniu os
subsistemas de direitos nacionais, nos seguintes sistemas ou famílias:
1º o sistema romano-germânico, que os autores do sistema da "Common Law"
denominam "C/v/7 Law" no qual se encontra o Direito brasileiro;
6

2º o sistema da "Common Law" que, conforme será esclarecido mais além, não deve ser
confundido com "sistema inglês" (porque se aplica a vários países, embora nascido na
Inglaterra), nem com britânico (adjectivo relativo a Grã- Bretanha, entidade política que
inclui a Escócia, que pertence ao sistema da família romano-germânica), nem com
anglo-saxão (porque este adjectivo designa o sistema dos direitos que regiam as tribos,
antes da conquista normanda da Inglaterra, portanto, anterior à criação da "Common
Law" naquele país);
3º o sistema dos direitos socialistas, na actualidade, que compunham a denominada
Europa do Leste, capitaneados pela U R S S , até a queda do Muro de Berlim e o
esfacelamento daquela;
4º outras concepções da ordem social e do direito, tais como o direito muçulmano,
indiano, direitos do Extremo Oriente, direito judaico, direitos da África e de
Madagascar, que e m determinados países é a principal fonte das normas jurídicas
nacionais (Irã, Iraque) e e m outros, relevantes para determinados ramos do direito
privado, e m particular, e m matéria de família, sendo os demais campos, ora da família
romano-germânica (Israel e Líbano) ora da "Common Law" (índia, Paquistão).
De tal classificação, no presente estudo, interessa o contraste entre o sistema romano-
germânico e a "Common Law" dadas as peculiaridades de cada família de direitos (que
permite uma certa sistematização no Direito Comparado) e por serem as famílias mais
relevantes da maioria dos sistema jurídicos nacionais da actualidade. Relembre-se que o
Direito norte-americano, com excepção do Estado da Luisiana, é considerado como um
direito da família da "Common Law" misto, ou seja, pertence àquela família, mas
sintonizado muito perto da "Civil Law" (compare-se com o direito da Escócia,
considerado da "Civil Law" misto, ou seja parente do Direito brasileiro, mas muito perto
da "Common Law").
3.1.1. O Sistema Romano-Germânico.
De acordo com Almeida, (1998), O lema de toda filosofia socrática, que constitui a base
histórica da filosofia ocidental, era fundamentado e m outro, que se inscrevia no
frontispício dos principais templos gregos: gnoti sautón (conhece-te a ti mesmo). N a
verdade, tal atitude é conducente a descobrir e questionar os próprios valores e
realidades, antes que se pretenda iniciar uma indagação filosófica de quem ou do que
está fora do sujeito cognoscente. Além de tal postura filosófica, o conhecimento da
família dos direitos romano-germânica se faz imprescindível, igualmente, no presente
7

estudo, sendo dado que o sistema jurídico norte-americano é considerado como u m


sistema misto entre esta e a "Common Law".
Romano-germânico

Sistema jurídico mais disseminado no mundo, também conhecido como Civil Law, e
baseado na codificação do Direito. Está presente em toda a América Latina, em boa
parte da Ásia e da África e na Europa Continental, (Almeida, 1998),.

3.1.2. Anglo-saxão

Idem Mais conhecido como Common Law, esse sistema se desenvolve a partir das
decisões dos tribunais, e não pela codificação de leis. É praticado pelo Reino Unido,
pela maior parte dos Estados Unidos e do Canadá e pelas ex-colônias do Império
Britânico.

Os sentidos da expressão "Common Law"


É interessante observar como, por vezes, o objecto analisado influi na escolha da
metodologia da análise. Esta, que pretendemos fazer, deveria, após os esclarecimentos
iniciais, começar por definir "família de direitos" ou "família de sistemas jurídicos''
numa das quais, se situa a "Common Law" em comparação com o sistema brasileiro.
Assim deveria proceder um analista formado na tradição romanística, de conceber o
Direito como u m sistema racionalmente coerente e bem ordenado, a partir de conceitos
gerais, ideais e típicos (muitas vezes tão-abstractos que refogem à sua praticidade), em
direcção a particularidades. Antecipando conceitos que serão avançados mais além,
diremos que a "Common Law" constitui uma "família de direitos" à qual pertence a
maioria dos direitos dos Estados da Federação norte-americana, em contraste com a
"família dos direitos romano germânicos" à qual se filia o Direito brasileiro. Contudo,
daremos preferência a um enfoque na formação histórica da "Common Law" de raízes
profundamente pragmáticas e despregadas de qualquer compromisso com modelos
abstractos (comparativamente à tendência da família dos direitos romano-genéricos) e
influenciados pelo método indutivo, começaremos pelo particular. E m tal tarefa, para
melhor estudar os sentidos da expressão "Common Law", faremos referência a conceitos
em relação aos quais existe u m outro, cujo contraste permite uma explicitação dos
significados daquele.
8

3.1.3. Direitos socialistas

Sistema baseado no romano-germânico, mas com modificações provenientes do


Marxismo e do Leninismo. Nele, prevalece o Direito Público. Foi praticado pela União
Soviética, mas atualmente pode ser encontrado na China e na Coreia do Norte.

3.1.4. Outras famílias ou sistemas

São grupos estruturados de forma diferente das famílias tradicionais. São exemplos o
Direito Muçulmano (comunidade religiosa islâmica) e os Direitos do Extremo Oriente
(baseados na conciliação), que se encontram principalmente na África e na Ásia,
(Almeida, 1998),

3.2. Funções do Direito Comparado


O Direito Comparado era visto até certo tempo como uma preocupação despretensiosa,
de mero diletantismo intelectual. No entanto, com o amadurecimento científico da
matéria, os estudos realizados pelos especialistas, a promoção de congressos nacionais e
internacionais dedicados ao tema e o aparecimento de instituições científicas,
revelaram-se as suas finalidades, que comprovam o seu carácter prático e instrumental,
bem como as suas repercussões não só na Ciência do Direito, como, também, no plano
político, económico, etc. René David sintetizou as suas vantagens nos seguintes termos:
é útil nas investigações históricas ou filosóficas respeitantes ao direito; é útil para
melhor conhecer e aperfeiçoar o direito nacional; e, finalmente, útil para compreender
os povos estrangeiros e estabelecer u m melhor regime para as relações da vida
internacional,( Santos,2001).
O Direito Comparado preocupa-se, inicialmente, com a comparação de sistemas
jurídicos particulares de diferentes países, destacando os seus pontos comuns ou
distintivos, o que constitui a macro comparação . Por outro lado, pode limitar a sua
actividade à comparação de determinados institutos jurídicos pertencentes a ordens
jurídicas distintas, por exemplo, o contrato no Direito Brasileiro e no Direito Italiano, o
que representa a microcomputação.
A actividade comparativa foi, paulatinamente, ampliada no sentido de não se limitar à
comparação de normas jurídicas, mas, também, de ciências jurídicas, procurando captar
os diferentes tratamentos conceituais do fenómeno jurídico e as relações existentes entre
o Direito e a realidade social subjacente.
9

Para Ancel, (1980), Direito Comparado tem objectivos específicos, como o de


possibilitar um a melhor compreensão do espírito que anima as instituições jurídicas, as
técnicas vigentes na época e responder indagações existentes no tocante à génese dos
sistemas jurídicos primitivos; objectivos práticos, notadamente no tocante aos esforços
de unificação do Direito Privado no plano internacional e à solução dos conflitos de leis
no Direito Internacional Privado; objectivos políticos, pois no mundo actual é
impossível pensar em muralhas chinesas separando os sistemas jurídicos dos países,
mesmo dos ideologicamente conflitantes, contribuindo, assim, o esforço cooperativista
para um melhor entendimento no plano das relações internacionais. No dizer de
Constantinesco, a tendência dos estados não é no sentido de constituírem unidades
fechadas, que intitula de perspectiva ptolemaica, mas, sim, de ampliarem as suas
relações com os demais, ou seja, a perspectiva coperniciana.
No mundo actual, em que pesem os antagonismos ideológicos, a tendência das relações
internacionais orienta-se no sentido da aproximação entre os países, de u m a vinculação
necessária, o que, por sua vez, implica na criação e no desenvolvimento de mecanismos
jurídicos para disciplinar o relacionamento e dirimir os inevitáveis conflitos de
interesses. No plano regional, o surgimento de organização como o Mercado C o m u m
Europeu, a Associação Latino-Americana de Livre Comércio, a Benelux, a Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço, entre outras, possibilitou a criação de um direito
comunitário, de u m direito de integração. Fala-se, também, de um direito transnacional.
Para muitos comparatistas a unificação do direito constitui a função básica do Direito
Comparado. De u m lado, a unificação do direito representa u m a aspiração, u m a meta
a ser atingida no futuro. De outro, indica a série de iniciativas que objectivam a
concretização desse ideal. O movimento pela unificação do direito procurou,
inicialmente, atingir a unificação de regras, evoluindo, posteriormente, para o nível de
princípios, ou de tentativas gerais de comportamento.
Segundo Marc Ancel, essa evolução implica, sob a óptica comparativa, e m
conseqüências importantes, que serão, simplesmente, enunciadas brevemente:
 A unificação de regras deixa de ser o objectivo principal do direito comparado e
a preocupação maior do comparatista;
 A harmonização, coordenação, até mesma a uniformização são viáveis entre
sistemas e entre matérias onde a unificação das regras seria de difícil realização;
 Evolui-se, por conseguinte, da antiga unificação para a nova uniformização;
10

 uma vez mais, o caminho científico consiste em superar a regra para atingir o
sistema; e, uma vez mais também, ele consiste em considerar o sistema como
um todo, nos seus métodos e no seu espírito.
A unificação está, no entanto, mais restrita ao campo do Direito Privado e do Direito
Processual Civil. No âmbito latino-americano registaram-se esforços no sentido do
estabelecimento de um código tributário modelo, de u m código penal típico e de u m
código aeronáutico. Inclusive, deve ser mencionado o trabalho desenvolvido durante as
Jornadas Latino-Americanas de Direito Processual, realizadas e m diversos países do
continente.
3.3. Evolução do Direito Comparado
A preocupação comparatista no Direito remonta à Antiguidade Grega, com Licurgo e
Sólon, respectivamente, em Esparta e Atenas, que viajaram o mundo da época para
conhecer as instituições estrangeiras antes de legislar. Platão, e m Nomoi, comparou as
normas jurídicas das cidades gregas, bem como analisou os seus fundamentos
filosóficos e metafísicos. Teofrasto efectuou um estudo descritivo-comparativo do
direito privado da época. Já Aristóteles afirmou o princípio de que não há ciência do
particular e analisou cento e cinquenta e oito constituições das leis e cidades bárbaras,
particularmente a cartaginesa,( Ancel, 1980).
Segundo David (1950), actividade desenvolvida pela Academia Internacional do Droit
Compare de ideia tem sido notável. Nos diversos congressos realizados, inclusive com a
participação de representantes brasileiros, dentre os quais avulta a figura do Prof.
Haroldo Valladão, em Paris (1954), Bruxelas (1958), Hamburgo (1962), Upsala (1966),
Pescara (1970), Teerã (1974) e Budapeste (1978) efectua-se o intercâmbio de ideias
através das teses apresentadas, que não só atestam o amadurecimento científico da
matéria como, também, contribuem para o seu maior desenvolvimento e divulgação. No
Congresso de 1932, presidido por Bustamante y Sirvén, foi aprovado, entre outras
matérias, um voto para a criação de uma Faculdade Internacional de Direito. Só em
1958, ocorreu o início das actividades da Universidade Internacional de Ciências
Comparadas, com a inauguração do Instituto Universitário Internacional Luxemburgo,
que passou a oferecer cursos e conferências sobre o assunto aos interessados dos
diferentes países.
Idem Actualidade, o Direito Comparado constitui um dos pontos culminantes dos
estudos e pesquisas jurídicas; o seu carácter instrumental faz com que a cada dia
aumente a sua importância. Quem sabe, no futuro, será possível realizar a unificação
11

dos direitos, que na actualidade muitos colocam como uma utopia? Já existem as
normas de direito uniforme, incluídas nos ordenamentos jurídicos de diferentes países,
cuja utilização poderá ser ampliada ainda mais. Também a integração regional dos
países determina o aparecimento do direito comunitário», do «direito de integração». A
unificação dos direitos, considerada como u m dos objectivos da Academia
Internacional do Droit Compare, e reafirmada por Lévy-Ullmann, e m 1925, ao
apregoar a necessidade da construção do direito mundial do século XX, poderá ser
atingida com o passar do tempo.
12

4. Conclusão
panorama apresentado permite-nos avaliar o alcance e o significado do estudo e da
pesquisa jurídica comparativa na actualidade. A partir das manifestações iniciais,
registadas na Antiguidade, verificou-se a formação paulatina do corpo de
conhecimentos científicos, que hoje conhecemos por Direito Comparado. Da noção
limitada do objecto do Direito Comparado, restrito ao simples exame dos direitos
estrangeiros, evoluiu-se no sentido de uma preocupação mais ampla que, e m nossos
dias, atinge o factor jurisprudencial e a Ciência Jurídica, visando a internacionalização
dos seus princípios.
13

5. Referencia Bibliográfica
1. Ancel, Marc. (1980). Utilidade e métodos do Direito Comparado; elementos de
introdução geral ao estudo comparativo dos direitos. Porto Alegre.
2. Castro Mendes, João. (1982-1983). Direito Comparado. Lisboa, s.c.p..
3. David, René. (1950). Traité Élémentaire du Droit Civil Compare. Paris, Librairie
Générale de Droit et Jurisprudence.
4. Santos, José Nicolau dos. Direito comparado e geografia jurídica. Revista da
Faculdade de Direito: Universidade do Paraná
5. Almeida, Carlos Ferreira de.( 1998). Introdução ao direito comparado. 2 ed.
Coimbra: Almedina.

Você também pode gostar