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DIREITO DO CONSUMIDOR
AULA 1
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que as pessoas possam empreender e inovar, não basta que a Constituição
Federal traga algumas regras e garantias fundamentais à ordem econômica. É
preciso colocá-las em prática.
Assim, para apresentar todos esses temas, a presente aula se propõe a
tratar dos seguintes conteúdos:
• Direito Constitucional;
• Direitos Fundamentais;
• A Administração Pública na Constituição;
• Os Direitos Econômicos;
• Liberdade Econômica e Empreendedorismo.
Vamos lá?
CONTEXTUALIZANDO
Por quantas vezes, no decorrer das últimas horas ou dos últimos dias,
você ouviu ou leu nos noticiários qualquer referência ao Poder Legislativo?
Deputados – federais, estaduais ou distritais – podem ter aprovado uma lei
polêmica em benefício próprio. Um senador ou ministro pode ter dado uma
declaração controversa. Caso você não tenha ouvido ou lido nada a respeito do
Poder Legislativo, talvez tenha ouvido algo sobre o Poder Judiciário. Algum
notório condenado pela justiça pode ter se beneficiado de uma saída temporária
de um presídio, ou algum longo julgamento pode ter sido anulado.
Todos esses fatos, alguns mais revoltantes outros menos, possuem uma
coisa em comum: relacionam-se ao Direito. Muitos criticam frequentemente o
Direito sem ao menos conhecê-lo. A questão é que o mundo e as sociedades já
viveram sim sem Direito ou regras de conduta. Vivia-se no chamado estado de
natureza, onde o que valia mesmo era a vontade do mais forte. O grande
problema disso é que nem sempre a vontade do mais forte equivale ao que é
bom para a maioria.
Sabendo disso, muitas sociedades estruturaram-se em sistemas jurídicos
distintos. Nós, brasileiros – assim como os italianos, franceses e alemães –
vivemos no sistema chamado de Civil Law. Como ensinam Cavusgil, Knight e
Riesenberger (2010, p. 129),
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Sua origem remonta ao direito romano e ao código napoleônico.
Baseado em um sistema abrangente de leis que foram “codificadas” —
claramente escritas e acessíveis, divide o sistema legal em três
códigos distintos: comercial, civil e criminal. O código civil é
considerado completo em decorrência de cláusulas genéricas
encontradas na maioria dos sistemas codificados. As regras e os
princípios formam o ponto de partida da argumentação jurídica e da
aplicação da justiça. Os códigos escritos, ou codificados, surgem como
leis e códigos de conduta específicos produzidos por um corpo
legislativo ou alguma outra autoridade suprema.
Nem todos os países, no entanto, têm seu Direito organizado dessa forma.
Os estadunidenses e ingleses, por exemplo, seguem o chamado Common Law,
ou Direito Comum. Novamente, são Cavusgil, Knight e Riesenberger (2010, p.
129) que ensinam que
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Nesse caso, além de compreender a lei, é necessário ter um basilar
entendimento dos princípios religiosos que a embasam. Tudo isso nos mostra
que o Direito é:
• fruto da história das sociedades que o criam – uma vez que os sistemas
jurídicos evoluíram a partir dos hábitos antigos dos povos
• o direito é fruto de seu tempo – uma vez que no passar das eras as leis
antigas vão sendo revogadas e novas leis vão sendo criadas. A
compreensão desses aspectos, e ainda de outros, é o que iniciaremos na
sequência.
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é uma Constituição? Nos dizeres de Masson (2020, p. 29), “se pode considerar
a Constituição enquanto o conjunto de normas fundamentais e supremas, que
podem ser escritas ou não, responsáveis pela criação, estruturação e
organização político-jurídica de um Estado”.
A atual Constituição brasileira foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988.
Antes da atual Magna Carta — como muitas vezes são chamadas as
Constituições — houve outras. A primeira Constituição brasileira foi a Imperial,
de 1824. Ali, eram previstos não 3, mas 4 poderes: Executivo, Legislativo,
Judiciário e Moderador — que ficava a cargo do Imperador. Com a Proclamação
da República, em 1889, a Constituição Imperial já não servia mais, e uma nova
Carta foi redigida e aprovada em 1891.
Depois, conforme mudavam as políticas nacionais, outras Constituições
vieram em 1934, 1937, 1946 e 1967. Como você pode perceber, o Brasil sempre
teve constituições desde logo após a independência. Trata-se de um documento
fundamental para a organização do Direito nacional. Mais do que um conjunto
de normas fundamentais e supremas, uma Constituição, como ensina Masson
(2020, p. 29), é
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indissolúvel de União, Estado, Distrito Federal e Municípios” (art. 1º); que o
Executivo, o Legislativo e o Judiciário são poderes harmônicos e independentes
(art. 2º); que todos são iguais perante a lei, independentemente de crenças, cor
de pele, gênero ou algo do tipo, e todos tem direito “à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade” (art. 5º).
A Constituição vai além e dá as diretrizes para o trabalho ao afirmar que
a relação de emprego é protegida contra despedida arbitrária (art. 7º, I), que
temos direito a seguro-desemprego e fundo de garantia por tempo de serviço
(art. 7º, II e III), que há um salário mínimo nacional fixado em lei (art. 7º, IV), que
o salário – de forma geral – é irredutível (art. 7º, VI) e que o trabalho noturno terá
remuneração maior do que o trabalho diurno (art. 7º, IX), além de várias outras
disposições que regem as relações de trabalho e emprego.
Da mesma forma, a Constituição aborda o tema da nacionalidade e
naturalização (art. 12), dos Direitos Políticos (art. 14), da Organização do Estado
com as atribuições de cada um de seus entes constitutivos – União, Estados,
Distrito Federal e Municípios (art. 18 e seguintes). A Magna Carta dispõe sobre
a Administração Pública (art. 37º) e afirma que seus princípios basilares são a
legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
Os poderes do Estado, sua organização, as atribuições de cada um e a
forma de acesso a esses cargos – seja por concurso, seja por eleição – também
estão dispostos na Constituição. Como você pode perceber, são temas bastante
amplos e abrangentes, e cada um deles poderia ser tratado num livro em
específico. Como esse não é nosso objetivo aqui, é importante notar que, como
ensina Silva (2013, p. 45)
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Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
[…]
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
[…]
Esses termos mencionados no art. 170 – assim como os demais que, por
razões de economicidade, não foram elencados – são os chamados princípios
gerais da atividade econômica. Esses princípios devem nortear não apenas a
atuação dos demais ramos do Direito (Direito Empresarial, Direito Civil, Direito
do Consumidor), mas também a própria atuação do Estado e das organizações.
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adquiriu um ímpeto não previsto por aqueles que fizeram a Revolução e
inconcebível para a elite governante até então no poder”.
Nesse momento, você pode estar se perguntando: mas o que a Revolução
Francesa tem a ver com Direitos Fundamentais? Simplesmente tudo. Foi a partir
dela que certos direitos foram estendidos a todas as pessoas, e especial para
aquelas que não faziam parte da elite governante. Como ensina Perry (2005, p.
348)
Até então, aquele que falasse contra o governante poderia perder sua
liberdade sem sequer um julgamento justo. Nesse ponto, juristas percebem que
existe um certo rol de direitos que podem ser considerados fundamentais por
sua própria essência. Esses direitos são tão importantes, tão relevantes que,
pela sua notoriedade, devem estar nas Constituições. Novamente, é Masson
(2020, p. 241) quem nos ensina que a evolução alcançada pelo Direito
Constitucional “é fruto, em grande medida, da aceitação dos direitos
fundamentais como cerne da proteção da dignidade da pessoa e da certeza de
que inexiste outro documento mais adequado para consagrar os dispositivos
assecuratórios dessas pretensões do que a Constituição”.
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E quais são esses direitos, você pode estar se perguntando. Seriam os
Direitos Fundamentais equivalentes aos Direitos Humanos? Embora alguns
autores abordem esses temas como sinônimos, pode-se afirmar que os Direitos
Humanos consagram internacionalmente algumas liberdades e garantias aos
indivíduos. Um dos documentos mais importantes nesse sentido é a Declaração
Universal de Direitos Humanos, promulgada pela Assembleia Geral das Nações
Unidas em 10 de dezembro de 1948.
Os Direitos Fundamentais, como se pode asseverar pelo seu próprio
nome, são universais (todos os seres humanos devem ter tais direitos
respeitados), indivisíveis (devemos ter todos eles, e não apenas uma parte),
imprescritíveis (duram para sempre, não só na infância ou adolescência),
inalienáveis (não se pode vender ou abrir mão desses direitos) e invioláveis (não
se pode, sob nenhuma condição, desrespeitar esses direitos seja via atos das
pessoas, do Estado ou das próprias leis).
E quais são, afinal, esses direitos? Em nosso caso, eles encontram-se no
art. 5º da Constituição:
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IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;
Além desses dez incisos, existem dezenas de outros até o 78º. Todos eles
destinados a assegurar nossos Direitos Fundamentais, promovendo a igualdade
e o bem-estar. Durante muito tempo, no entanto, acreditava-se que esses
direitos se aplicavam apenas às pessoas físicas. Pessoas jurídicas, no entanto,
também têm assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, ao dano
moral, a proteção de sua honra e imagem, como se afirma no inciso V e X.
Por fim, deve-se ressaltar que esses Direitos possuem aplicabilidade
imediata, e não se pode atentar contra eles de nenhuma maneira. Tais direitos
são o que se chama de cláusula pétrea da Constituição Federal. Assim como a
forma federativa e republicana, a democracia e os três poderes, os Direitos
Fundamentais não podem, sequer, ser objeto de alteração que os exclua ou
reduza. São, portanto, imutáveis.
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administrativa exercida pelo Estado por seus órgãos e agentes,
caracterizando, enfim, a função administrativa, com os lineamentos
que procuramos registrar anteriormente.
Seja qual for o sentido adotado – objetivo ou subjetivo – fato é que o Poder
Público possui muitas atribuições em suas mãos, num país de proporções
continentais como é o nosso. Para que o país funcione da devida maneira, é
essencial que seja administrado a contento. Sendo um tema tão importante, a
administração conta com um capítulo específico na Constituição Federal.
Inicialmente, esse tema pode ser encontrado a partir do art. 37:
Tal qual ocorreu com o art. 5º, o art. 37 vai além ao nomear as funções da
administração pública, estendendo-se até o inciso XXII e mais 15 parágrafos –
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para demonstrar como o Estado só pode organizar-se e realizar suas atribuições
através de uma administração que seja legal, impessoal, moral, pública e
eficiente. Esses são os chamados princípios da administração pública, de basilar
importância para a organização do Estado.
Dos princípios e funções da Administração Pública, o princípio da
legalidade remete a obrigatoriedade do administrador e da própria administração
estarem adstritos à letra da lei. Apenas podem proceder de acordo com os
mandamentos da lei. Ao praticar ato não amparado por norma legal, está a
administração e o administrador agindo de maneira ilícita. Enquanto os
particulares podem fazer qualquer coisa que a lei não proíba, gestores públicos
só podem fazer o que a lei manda. Mais do que agir conforme os mandamentos
da lei e apenas eles, deve a Administração e seus administradores serem
impessoais. Esse princípio “objetiva a igualdade de tratamento que a
Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica
situação jurídica” (Carvalho Filho, 2017, p. 48).
Assim, em nenhuma hipótese, a Administração ou seus administradores
podem agir em benefício deste ou daquele, desta ou daquela; ainda que
tristemente alguns casos assim insistam em surgir nos noticiários. É aqui que se
deve falar sobre a moralidade, que faz referência à ética, retidão e correição nas
atitudes da Administração Pública. É o que motiva Carvalho Filho (2017, p. 48)
a ensinar que
Por mais que atos morais e imorais possam ser vistos como produto de
seu tempo, pode-se afirmar que no caso da gestão pública, a imoralidade pode
tanto tomar a forma de prejuízo aos cofres públicos, quanto de corrupção ou de
atos de improbidade. A seguir, a Constituição menciona a publicidade como
princípio da Administração. Isso significa que todos os atos públicos devem ser
amplamente divulgados, para que todo aquele ou aquela que tenha interesse
nas decisões do Poder Público possa ter fácil acesso a elas. Por essa razão, por
exemplo, as licitações devem ser publicadas em edital. Toda organização
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interessada em participar terá, ali, as informações necessárias a respeito do
certame.
Por fim, a Constituição menciona o princípio da eficiência.
Tradicionalmente, ser eficiente significa fazer mais com menos; entregar uma
maior quantidade de serviços com o mínimo dispêndio de recursos. Sabendo da
insatisfação da sociedade em relação a esse ponto – mesma insatisfação que
se reflete ao discutirmos as questões de moralidade –, Carvalho Filho (2017, p.
53) leciona que o “núcleo do princípio é a procura de produtividade e
economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os
desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos
com presteza, perfeição e rendimento funcional”.
Os supersalários, a morosidade da justiça e tantas outras situações
acabam nos parecendo como uma violação constitucional, e não poderíamos
estar mais corretos. A questão é que esses princípios são estudados tanto no
Direito Constitucional como são tema de Direito Administrativo. Sendo a
Constituição Federal a espinha dorsal do aparato normativo, é natural que outros
ramos – tal qual o Direito Administrativo – derivem de si.
Imagine que você precisa comprar um bem – um carro, uma casa ou uma
coisa mais simples como uma roupa –, mas só há um fornecedor. O que
acontecerá com o preço desse item? Independentemente da demanda, esse
fornecedor poderá cobrar o preço que quiser, pois só ele tem esse item à venda.
É para evitar situações assim que existe o Direito Econômico. A Constituição
Federal trata a respeito a partir do art. 170:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
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VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e
de seus processos de elaboração e prestação;
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nossa moeda. O BC também monitora a inflação, a taxa de juros e outros índices
econômicos que afetam a vida de pessoas e empresas.
A Bolsa de Valores, por sua vez, é onde empresas vendem ações e outras
empresas ou pessoas físicas compram tais ações. A oferta de ações é um
mecanismo pelo qual algumas empresas podem captar recursos no sistema
financeiro. Além do CMN, do Bacen e da Bovespa, o sistema financeiro nacional
é formado pelos bancos que operam no Brasil. A concorrência no sistema
financeiro brasileiro ainda é baixa, uma vez que existem poucos grandes bancos
operando aqui. Os poucos grandes bancos que existem podem cobrar tarifas e
taxas mais altas, uma vez que a concorrência é baixa.
A concorrência é uma parte central para o desenvolvimento da economia.
Como explicam os Cavusgil, Knight e Riesenberger (2010, p. 33),
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consumidores não têm outra opção. No Brasil, a Constituição Federal garante
apenas dois monopólios ao Estado, ou seja, ao governo: a extração, refino e
distribuição de petróleo – monopolizada pela Petrobrás – e a entrega de cartas
e encomendas até um determinado volume – monopolizado pelos Correios. Os
demais monopólios podem ser denunciados às autoridades competentes, em
especial ao CADE.
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governamentais, solidificação da moeda, respeito à propriedade privada e
incentivos ao empreendedorismo e ao setor industrial, Cingapura hoje tem uma
renda per capita maior do que a dos Estados Unidos e União Europeia. Esse
país possui poucas regulamentações que dificultem o empreendedorismo,
impostos baixos e zero tributos sobre as operações internacionais de suas
empresas.
Tanto o livre mercado quanto a liberdade econômica permitem que os
empresários busquem, sem as desnecessárias interferências do governo, as
melhores condições de comércio. O livre mercado, como ensinam Magnoli e
Serapião Jr. (2012, p. 44) estimula “empresários a buscar sempre novas formas
de exportar ou de competir com os importados, gerando mais incentivo ao
aprendizado e à inovação do que em um sistema de comércio ‘administrado’”.
Embora hoje não exista um mercado que seja 100% livre, sem qualquer
restrição do governo, existem aqueles países mais economicamente livres, cujos
índices de liberdade econômica são os mais elevados. Estão entre eles a Suécia,
a Suíça, o Canadá, a Dinamarca, a Austrália e a Nova Zelândia. Ou seja: as
nações mais economicamente livres são, sem exceção, as nações mais ricas e
prósperas do planeta. Por outro lado, existem também aqueles locais mais
economicamente repressores como Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte.
Nesses países, o Estado tem um papel preponderante e os indivíduos
pouquíssima liberdade. As nações economicamente repressoras são, sem
exceção, nações menos desenvolvidas.
Qual deve ser o papel do Direito nesse cenário? De um lado, garantir que
os empresários possam atuar livremente sem regulamentações desnecessárias,
respeitando padrões trabalhistas e pagando seus tributos. De outro, garantir que
o Estado não crie empecilhos ao desenvolvimento e não onere o setor produtivo.
O caso de sucesso de Cingapura é um exemplo de como esse equilíbrio pode
funcionar bem.
TROCANDO IDEIAS
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Fundamentais, o ser humano deixa de ser súdito e torna-se cidadão. Como
consequência, gozamos hoje de liberdades inéditas no decorrer da história
humana. Diante do que você aprendeu aqui, comente um pouco sobre suas
experiências com questões legais, seja com Direitos Fundamentais, seja com a
Administração Pública, seja com o empreendedorismo ou com a dificuldade de
se empreender. Seguidamente, procure imaginar quais os desafios que o atual
cenário jurídico brasileiro impõe às empresas, cogitando como seria o Brasil caso
fôssemos um país mais economicamente livre.
NA PRÁTICA
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nacional. A baixa concorrência não estimulava as empresas a inovar e buscar
oferecer produtos melhores a preços mais baixos.
E hoje em dia? Hoje, dificilmente teremos um país 100% protecionista
(com exceção de Coreia do Norte, que é um país fechado) ou 100% aberto e
livre. O que há é um mix das duas coisas, às vezes mais fechado, às vezes mais
aberto. A isso soma-se a infraestrutura brasileira. De acordo com Salum (2014,
p. 4)
FINALIZANDO
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defesa do consumidor – sob a qual nos debruçaremos em conteúdo posterior –
constam ali como garantias para todos nós. Assim, a formação de monopólios,
oligopólios e cartéis é não apenas proibida, mas consiste em crime contra a
ordem econômica.
Também tem grande relevância para o desenvolvimento do país o
empreendedorismo. Atualmente, o Brasil é um país economicamente repressor.
Isso é fruto de décadas de protecionismo e da crença equivocada de que para a
indústria nacional prosperar seria necessário fechar o país aos negócios
internacionais e à concorrência estrangeira. Embora a abertura comercial tenha
ocorrido em 1992, seguimos sofrendo com tributos altos, procedimentos
burocráticos e desnecessários e outras tantas dificuldades que assombram
aqueles que querem inovar, gerar empregos e criar oportunidades.
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REFERÊNCIAS
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