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➢ 3ª UNIDADE:
✓ Das fontes do Direito: estatais e não estatais;
✓ Do Sistema Jurídico; – Aula 02
✓ Da aporia final: Direito e Justiça.
DO SISTEMA JURÍDICO
1. Noções preliminares.
Vejamos o exemplo dado pelo Prof. Tercio Sampaio Ferraz Jr. para entendermos o que é
um sistema:
“Note-se bem a diferença: uma sala de aula é um conjunto de elementos, as carteiras, a
mesa do professor, o quadro-negro, o giz, o apagador, a porta etc.; mas estes elementos,
todos juntos, não formam uma sala de aula, pois pode tratar-se de um depósito da escola;
é a disposição deles, uns em relação aos outros, que nos permite identificar a sala de aula;
esta disposição depende de regras de relacionamento; o conjunto destas regras e das
relações por elas estabelecidas é a estrutura. O conjunto dos elementos é apenas o
repertório. Assim, quando dizemos que a sala de aula é um conjunto de relações
(estruturas) e de elementos (repertório), nela pensamos como um sistema. O sistema é um
complexo que se compõe de uma estrutura e um repertório”.
Olhando para o ordenamento jurídico como um sistema, temos condições de perceber que
ele, enquanto um todo sistemático, é sempre normativo; é invariavelmente um conjunto de
normas que prescrevem regras de conduta.
Por isso, deve-se dizer que o sistema jurídico tem como elementos normas jurídicas
providas ou desprovidas de sanção. Ou, em outros termos, os elementos do sistema
jurídico são normativos e não normativos e todos se relacionam entre si.
Entretanto, é importante lembrar que, o fato de uma norma jurídica não seja acompanhada
imediatamente da sanção que lhe assegura o cumprimento não significa por si só que ela
especificamente seja desprovida de sanção, visto que, a sanção pode – como de fato ocorre
– estar em outra norma. Nas codificadas, por exemplo, às vezes existem capítulos próprios
que tratam das sanções, ou artigos próprios, dentro dos capítulos, que delas se ocupam.
➢ As leis escritas são a fonte primária do direito, ou seja, os julgamentos são baseados
no que está escrito na lei e a jurisprudência será utilizada em casos de lacunas na lei.
➢ A análise dos casos se dá pelo processo dedutivo de análise, no qual a norma é
interpretada para ser aplicada aos casos concretos.
➢ Em síntese, é possível afirmar que se recorre primeiro às leis e depois à jurisprudência.
➢ A segurança jurídica e a previsibilidade do direito seriam obtidas pela codificação do
direito em normas claras, coerentes e completas.
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➢ É utilizado no Reino Unido, nos Estados Unidos e em diversos outros países que foram
colônias britânicas.
➢ A fonte primária do Direito é a jurisprudência, isto é, as decisões que foram tomadas
em julgamentos anteriores. As leis escritas servem como embasamento apenas quando
a jurisprudência não é capaz de solucionar a questão.
➢ As decisões judiciais têm caráter ambivalente, pois, além de resolverem litígios, servirão
como normas para casos futuros.
➢ Este sistema utiliza o processo indutivo de análise.
➢ De maneira resumida, pode-se dizer que recorre-se primeiro à jurisprudência e depois
às leis.
➢ A segurança jurídica e a previsibilidade do direito são atribuídas à confiança conferida
aos magistrados em julgar cada caso, considerando suas particularidades.
Desde os tempos de colonização, o Brasil tem na base de seu sistema jurídico o Civil Law,
sendo os casos concretos julgados de acordo com a Constituição, as normas e as leis.
As práticas do Common Law, no entanto, têm sido cada vez mais aplicadas no Brasil. Isso
significa que o sistema judiciário tem cada vez mais recorrido às decisões anteriores para
a resolução de litígios análogos.
➢ Regras gerais e abstratas são utilizadas para resolver uma pluralidade de casos.
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a) Normas constitucionais.
b) Leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções,
medidas provisórias.
c) Decretos regulamentares.
d) Outras normas de hierarquia inferior, tais como portarias, circulares etc.
a) Constitucionais.
➢ Definem-se como normas constitucionais as que, dispostas num único corpo legislado,
são postas por um poder constituinte para controlar e validar todas as outras normas do
sistema.
➢ Elas reúnem, assim, normas de todos os ramos do Direito.
b) Codificadas.
➢ São as que constituem um todo orgânico de normas relativas a certo ramo do Direito e
são fixadas numa única lei.
➢ Citem-se como exemplos o Código Civil (CC), o Código Penal (CP), o Código de
Processo Civil (CPC), o Código Tributário Nacional (CTN), o Código Comercial (CCom)
etc.
c) Esparsas ou Extravagantes
➢ São aquelas editadas isoladamente para tratar de temas específicos.
➢ Por exemplo, a Lei do Inquilinato, a lei que criou o FGTS, a que instituiu o salário-família
etc.
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d) Consolidadas.
➢ São as que resultaram da reunião de uma série de leis esparsas que tratavam de
determinado assunto, o qual era por elas amplamente regulado.
➢ Como exemplos temos a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Consolidação
das Leis da Previdência Social (CLPS).
a) Federais.
b) Estaduais.
c) Municipais.