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2 Avaliação de Administração Pública II

Nome do(a) aluno (a): Cacilda Magalhães Cód. 573866

Curso: Administração Publica Semestre: __________ 17/06/23

1. Quem faz uma Constituição?

Assembleia da Republica

2. Fala das fontes das normas constitucionais.

As fontes principais do Direito administrativo são: a Lei e o Costume. Ainda dentro deste
âmbito, podemos mencionar a jurisprudência, a Doutrina e as Normas Corporativas como fontes
de direito administrativo.

A lei, em seu sentido genérico “latu sensu”, inclui, além da Constituição, as leis ordinárias,
complementares, delegadas, medidas provisórias, actos normativos com força de lei, e alguns
decretos-lei ainda vigentes no país etc. Em geral, é ela abstracta e impessoal.

O modo como as normas jurídicas se formam é a Lei e o costume. Existem vários critérios para
distinguir estas duas fontes de direito. Uma delas partes do grau de consciência que os membros
da Sociedade tenham acerca da origem da obrigatoriedade da norma. Se a norma é observada e
imposta pelo poder, apenas porque assim se faz desde há longo tempo e se reputa necessário
continuar a fazer, sem que tenha havido um acto de definição e imposição de que possa datar-se
a obrigatoriedade, temos o costume.

A lei é toda a norma de carácter geral, definida por mandado conhecido no poder competente
para a impor e como tal ser acatada. A lei é fonte principal do Direito Administrativo. Sob a
designação genérica de lei, compreendem-se não só as leis em sentido formal (leis
constitucionais e ordinárias, decretos-lei e diplomas legislativos ultramarinos), como os
regulamentos, qualquer que seja a forma que revistam decretos, portaria, despacho normativo,
deliberação de órgão colegial.

A lei compreende não só as leis no sentido formal (decreto-lei, diplomas ministeriais, leis
constitucionais, etc.), como os regulamentos, qualquer que seja a forma que revista, decretos-lei,
despachos, deliberações, etc.

A Jurisprudência, normas corporativas e a doutrina fazem parte da categoria das fontes


secundárias de direito administrativo.

A jurisprudência constitui o conjunto de decisões do poder judiciário na mesma linha,


julgamentos no mesmo sentido. Então, pode-se tomar como parâmetro para decisões futuras,
ainda que, em geral, essas decisões não obriguem a Administração quando não é parte na acção.

Diz-se em geral, pois, há previsão de vinculação do Judiciário e do Executivo à decisão


definitiva de mérito em acção declaratória de Constitucionalidade.

A Doutrina é a teoria desenvolvida pelos estudiosos do Direito, materializada em livros, artigos,


pareceres, congressos etc. e influencia no surgimento de novas leis e na solução de dúvidas no
quotidiano administrativo, além de complementar a legislação existente, que, muitas vezes, é
falha e de difícil interpretação.

As Normas Corporativas - São entendidas como regras ditadas pelos organismos representativos
das diferentes categorias morais, culturais, económicas e profissionais, no domínio das suas
atribuições, bem como os respectivos estatutos e regulamentos internos

3. Fale da revisão constitucional e o seu processo.

O processo de Revisão constitucional definido na Constituição pretendeu conciliar duas


exigências opostas:
a) Garantir uma suficiente estabilidade de lei fundamental;
b) Permitir as mudanças constitucionais que se revelem indispensáveis.

A garantia da estabilidade resulta do lapso temporal de cinco anos que ordinariamente deve
decorrer entre duas revisões conforme dispõe o artigo 301 da CRM. Por outro lado, a fim de
evitar as flutuações da constituição ao sabor das maiorias parlamentares do momento da revisão,
estabeleceu-se ainda a exigência de uma maioria particularmente qualificada para a aprovação de
alterações constitucionais, artigo 303 da CRM.

Todavia, a Constituição pode precisão de alterações que permitam ocorrer às deficiências nela
manifestadas e às transformações entretanto operadas na realidade constitucional. Daí a admissão
da funcionalidade da revisão normal quinquenal, e de revisões extraordinárias em qualquer
momento.

No entanto, para impedir a banalização destas revisões excepcionais que seriam foco da
instabilidade constitucional e de insegurança constitucional, exige-se uma prévia assunção de
poderes extraordinários de revisão pela Assembleia da República, deliberação essa que deve ter
visto favorável da maioria de três quartos dos deputados da Assembleia da República conforme o
artigo 301 da CRM.

Moçambique rege-se por uma Constituição escrita, cuja elaboração e modificação obedecem a
um processo legislativo diverso do adoptado para o comum das leis: Temos uma constituição
rígida.

Entre as regras doutrinais ou princípios jurídicos fundamentais consagrados na Constituição


encontram-se numerosas que, materialmente, são administrativas. Esses princípios do Direito
Administrativo, uma vez escritos, ficam sendo de carácter obrigatório para qualquer outro
legislador, pois, uma outra lei ordinária que vier a ser produzida não poderá contrariar a
considerada lei mãe, sob pena de inconstitucionalidade.

4. Distinga garantia da Constituição e garantias constitucionais.

A diferença existente entre garantia da constituição e garantias constitucionais é de que as


garantias constitucionais são princípios qualificados pelo seu conteúdo específico e limitam o
poder, na defesa das disposições que formam o Direito reconhecido. O conjunto de garantias
forma o sistema. Enquanto que a garantia da constituição é o conjunto de direitos que a Lei
Magna ou Lei Maior. (Constituição) de um país assegura aos seus cidadãos.

5. Dê a definição de inconstitucionalidade e diga os tipos de inconstitucionalidade.


A inconstitucionalidade por ação é aquela advinda da incompatibilidade entre uma norma e a
Constituição, enquanto que a omissão legislativa inconstitucional pressupõe a “inobservância de
um dever constitucional de legislar, que resulta tanto de comando explícitos da Lei como de
decisões fundamentais da Constituição identificadas no processo de interpretação”.

Tipo de Inconstitucionalidade

Inconstitucionalidade por acção x por omissão

Inconstitucionalidade material x formal

Inconstitucionalidade total x parcial

Inconstitucionalidade direita x indirecta

Inconstitucionalidade originaria x superveniente

6. Fale dos sistemas ou modelos de controlo da constitucionalidade das normas jurídicas.

O controle de constitucionalidade das leis tem sido exercido sob as mais variadas formas. Para
uma análise mais clara, devem ser observados vários aspectos que influenciam a classificação
dos tipos e sistemas de controle. Quanto ao momento em que ocorre o controle, há que se
distinguir entre controle preventivo e controle repressivo. O primeiro ocorre antes que se
perfeccione o ato legislativo. O controle repressivo ou sucessivo dá-se quando o ato normativo já
é um ato perfeito, pleno de eficácia jurídica.

O primeiro é um controle a priori. O segundo, um controle a posteriori. Quanto ao órgão que


exerce o controle, há que se distinguir entre controle político e controle jurisdicional. O primeiro
é exercido por órgãos que não pertencem ao Poder Judiciário.

O segundo é exercido por órgãos integrados ao Poder Judiciário e pode ser difuso ou
concentrado.

O terceiro aspecto a ser analisado e que interfere no controle é o modo com que se efectiva o
controle de constitucionalidade.

7. Quando se controla a inconstitucionalidade?


A inconstitucionalidade pode dar-se por ação quando há actos do Poder Público ou Leis em
contraposição à Constituição. A inconstitucionalidade por ação pode ser material (conteúdo do
ato normativo é contrário à Constituição) ou formal (inobservância da competência legislativa,
do processo legislativo). Dá-se, por sua vez, a inconstitucionalidade por omissão quando há
inércia legislativa na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada.

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