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Expressão “fato”
Normas Formalmente Constitucionais -> Normas que estão postas na CF/88, mas
que não aborda matéria típica constitucional. Ex: Art. 242, §2º que fala do Colégio
Pedro Segundo.
MODELOS DE CONSTITUIÇÃO
LIBERAL -> Teve início com as revoluções liberais Francesa e Americana, onde se
buscava a garantia de liberdades individuais a partir da suplantação do autoritarismo do
Estado.
CLASSIFICAÇÃO/TIPOLOGIA
1 – Quanto a origem
2 – Quanto a forma
Escritas
Não escritas - > Embora possa haver documentos escritos, estes não estão reunidos em
um único códex. É o caso da Inglaterra, Israel.
Histórica -> Não guarda relação com o momento do Estado. São mais estáveis.
6 – Quanto a alterabilidade/estabilidade
Flexíveis -> São alteradas de forma mais simples por meio de processo legislativo
comum.
Semi Rígida -> É hibrida no que atine sua alteração, exigindo para determinadas
mudanças uma sabatina maior, cheia de requisitos específicos, e para outras a alteração
se dava de forma mais simples. É o exemplo da Constituição Imperial de 1824.
Fixa -> Só pode ser alterada por uma nova manifestação do poder constituinte
originário.
Rígida -> São aquelas que só podem ser alteradas por processo legislativo mais
solene e rigoroso que o processo para elaboração das demais leis. É a do Brasil.
Super Rígida -> Por comportar cláusulas pétreas, a CF/88 poderia ser considerada como
sendo super rígida. É o entendimento de Alexandre de Moraes.
7 – Quanto à finalidade
Nominativa -> É aquela feita para atender aos anseios da realidade, mas por
determinados motivos, ainda não conseguiu ser efetiva. Ainda não saiu do plano
ideal.
Semântica -> Não é feita com compromisso da realidade do Estado, sua finalidade é
tão-somente para reforçar o poder do governante.
OBJETO DA CONSTITUIÇÃO
Normas Constitucionais
Vigência: É igual a existência. Se dá a partir da sanção ou veto.
Durante a vacatio legis a norma tem vigência e presunção relativa de validade, mas
não tem eficácia.
Eficácia Social -> É a qualidade da norma que é efetivamente cumprida pelo meio
social.
Elementos de Constituição
Orgânicos: Estrutura
Sobre o preâmbulo:
STF entende que não possui eficácia jurídica, servindo apenas de base para
interpretação.
Contidas: Também não dependem de atuação futura do poder público para produzir
seus principais efeitos, mas podem sofrer restrições do Poder Público. Tem
incidência, direta e não é integral.
Não gera omisso inconstitucional, haja vista que o legislador infraconstitucional goza de
faculdade na atividade de condicionar o direito consagrado na CF.
Em resposta aos que entendem que as normas de eficácia limitada tem eficácia
negativa, vale dizer que todas as normas constitucionais produzem efeitos
jurídicos, no mínimo três, posto que ¹se prestam a parâmetro de controle de
constitucionalidade, ² parâmetro para recepção ou não de norma pré-
constitucional e ³de fonte para interpretação das normas.
PODER CONSTITUINTE
Poder Constituinte Derivado (art. 11 do ADCT) -> É o responsável por respaldar as
alterações do texto constitucional (poder reformador), e também legitimar a criação das
constituições estaduais (poder decorrente). Poder de 2º grau.
b) Inicial
c) Incondicional -> Não está ligado a uma forma. Pode ser até por meio de um
golpe.
d) Ilimitado ->
d.’ -> Jurídica: Está ligado à matéria, posto ser ilimitado que a nova
constituição não tem compromisso jurídico com o que existia no texto da
constituição anterior.
O PODER REFORMADOR
PR
Legitimidade concorrente.
De outro lado a revisão do art. 3º do ADCT não possui limites e tem data pré-
determinada, em sessão unicameral, único turno e por maioria absoluta.
Temporais -> Dias Tofoli entende que entra aqui aquela situação da PEC rejeitada ou
prejudicada não poder ser votada na mesma sessão legislativa. A maioria entende ser
limitação formal.
Materiais
Vide MS 32033 e informativo 711 -> O controle preventivo judicial é excepcional que
se dará por meio de MS impetrado por parlamentar.
Tal controle se dará nas PEC´s em seu caráter formal e material (caso viole cláusula
pétrea, inteligência do art. 60, §4º da CF).
Cláusulas Pétreas
“STF entende que cláusula pétrea protege todo e qualquer direito fundamental”.
ADI 939 -> Associação dos Magistrados disse também que a criação CNJ feria o princípio
da separação dos poderes, oportunidade em que o STF salientou que o CNJ não exerce
atividade típica jurisdicional, mas tão somente fiscalização administrativa e
financeira de todos os órgãos do Judiciário, EXCETO O STF.
Há ainda que se ter em mente sobre o fato de que EC tendente a abolir é vedada, mas se
for para agregar...duas correntes:
Majoritária: Permite mudanças de menor escala que não atente contra o núcleo
essencial do direito fundamental.
STF admitiu flexibilização dos direitos sociais desde que mantido o núcleo.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
Exemplos importantes
Sobre o tema, em 2018 o STF reduziu o foro por prerrogativa de função dos deputados e
senadores, somente sendo julgados pelo STF em processos criminais oriundos de
fatos imputados no decorrer do mandato e em função do cargo.
Caso contrário (fatos anteriores) devem ser julgados em primeira instância como
qualquer cidadão.
iii – Súmula Vinculante nº. 25, que alterou o sentido do art. 5º. LXVII, entendeu
não haver mais prisão civil por dívida em caso de depositário infiel.
iv – ADI 4277 que altera o sentido do art. 226, § 3º da CF/88, à luz de uma série
de princípios e das mudanças sociais, o STF entendeu ser possível a união estável entre
pessoas do mesmo sexo.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Antes disso há que se falar na interpretação constitucional que carrega pelo menos
04 caracterísiticas:
Superioridade Hierárquica
Retomando...
Ex’: art. 58, §3º da CF/88. STF tem entendimento pacífico, que à luz do princípio da
separação de poderes e na defesa dos princípios e garantias fundamentais, não
cabe a CPI decretar interceptações telefônicas, promover a constrição de bens, violação
de domicílio, expedir mandado de prisão.
A Lei em si garante poderes próprios de autoridades judiciais, mas o STF mitiga o que
está escrito.
Até a 2ª Guerra -> Positivismo, sem espaço para lucubrações com aplicações de
princípios, estruturas abertas das normas capitais, etc.
b) Concordância prática -> Havendo conflito entre princípios, vela que o intérprete
sopese os princípios, mas sem esvaziar o núcleo de nenhum direito em
conflito, fazendo opção por um direito (princípio), mas deixando clara a
importância do outro. É dinâmico.
São muito utilizados para dirimir antinomia jurídica entre princípios e no controle
de constitucionalidade.
d) Normativo Estruturante -> Defende que a cada conflito surge uma norma a partir
de uma interpretação constitucional, sendo a norma produto da interpretação.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Campo de Aplicação
Aplicação DIAGONAL -> É hipótese de aplicação horizontal onde uma das partes é
hipossuficiente, vulnerável. Ex: Relações consumeristas, Ação Trabalhista.
AÇÕES AFIRMATIVAS
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE
Direito Penal -> (ROXIN) Ninguém pode ser punido por causar mal a si mesmo.
Direito Constitucional -> Sob o enfoque das transformações sociais, está fixado na
ideia da capacidade de se colocar no lugar de outrem, em razão daquele contexto
social específico.
DEOLHONAJURIS
Gerais: São formadas pelos princípios. Ampla defesa e contraditório, devido processo
legal, vedação a criação de tribunal de exceção.
Embora não seja adotado pelo STF, é fundada no art. 5º, § 1º, 2º e 4º, II, que sustenta
uma tese monista de que o direito é um só, seja interno ou não, onde ambos se
unem para a defesa do individuo.
Assim, para esta teoria, havendo conflito entre norma de direito interno e internacional,
prevalecerá a norma mais benéfica.
O STF decidiu que a exclusão de sócio de cooperativa privada, deve vir precedida de
ampla defesa e contraditório.
1ª No fazere
Abate de aeronave no espaço aéreo nacional – fica claro que não há ofensa ao
direito à vida, se a aeronave for militar, porque é evidente que poderá atacar o país
colocando em risco outras vidas. O problema surge com as aeronaves civis.
Lei 11.105/05. ADI 3510 disse que era constitucional. Pesquisa com células-tronco é
constitucional.
DIREITO À INTEGRIDADE
Dano Existencial
DIREITO À IGUALDADE
Igualdade perante a lei. Aqui igualdade perante a lei não é aquele sinônimo de
igualdade formal ou jurídica. Igualdade perante a lei consiste na observância do princípio da
igualdade na aplicação da lei. Ou seja, essa igualdade perante a lei é dirigida aos poderes
responsáveis pela aplicação das leis (ao Executivo e ao Judiciário). A lei deve ser aplicada de
forma isonômica a todos. Esse sentido não afeta o Legislativo e vigorou até a década de 50,
enquanto prevaleceu a concepção europeia de que o Legislador não ficava vinculado aos
dispositivos dos direitos fundamentais e, consequentemente, nem à igualdade.
A Súmula 683 fala só em idade, mas vale para os outros critérios. A súmula também não
fala da exigência de previsão legal, mas a jurisprudência do STF tem exigido.
PARA SER ELIMINATÓRIO, É NECESSÁRIO QUE O TESTE ESTEJA PREVISTO NA LEI ESPECÍFICA
DA CARREIRA?
Teste Físico SIM
Teste Psicotécnico SIM
Exames médicos NÃO
DIREITO À PRIVACIDADE
SELIGANAJURIS
O STF entende que a apreensão do disco rígido do computador no qual estão armazenados os
e-mails recebidos pelo investigado não viola o sigilo das comunicações de dados. Isso porque,
nesse caso, não há quebra do sigilo das Comunicações de dados (interceptação das
comunicações), mas sim apreensão de base física na qual se encontram os dados.
É inviolável o sigilo das correspondências e das comunicações telegráficas. Nem com ordem
judicial. A exceção se dá no Estado de Defesa e de Sítio.
A regra:
*#DEOLHONAJURIS #STF: Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos bancário, telefônico
e fiscal devem ser mantidos sob reserva. Assim, a página do Senado Federal na internet não
pode divulgar os dados obtidos por meio da quebra de sigilo determinada por comissão
parlamentar de inquérito (CPI). STF. Plenário. MS 25940, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
26/4/2018 (Info 899).
SIGILO BANCÁRIO
Os órgãos poderão requerer informações bancárias diretamente das instituições
financeiras?
#OBS: Autoexecutoriedade. Fiscal da receita federal pode violar domicílio sem autorização
judicial? HC 103.325-MC. STF – a autoridade administrativa não pode se valer da
autoexecutoriedade para violar domicílio sem autorização judicial. Uma vez permitida a entrada
do fiscal, ele não pode ser restringido a algumas áreas.
DIREITOS DE LIBERDADE
Liberdade de Catédra
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
#OLHAOGANCHO: A privação da liberdade por policial fora do exercício de suas funções e com
reconhecido excesso na conduta caracteriza dano moral in re ipsa. Durante uma discussão no
condomínio, um morador, que é policial, algemou e prendeu seu vizinho, após ser por ele
ofendido verbalmente. STJ. 3ª Turma. REsp 1.675.015-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
12/9/2017 (Info 612).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
Análise de possível colisão entre as liberdades de expressão e religiosa e o repúdio ao racismo:
Determinado padre escreveu um livro, voltado ao público da Igreja Católica, no qual ele faz
críticas ao espiritismo e a religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé. No caso
concreto, o STF entendeu que não houve o crime. liberdade religiosa é o direito que o indivíduo
possui de não apenas escolher qual religião irá seguir, mas também o de fazer proselitismo
religioso. Proselitismo religioso significa empreender esforços para convencer outras pessoas a
também se converterem à sua religião.
O ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode ter natureza confessional. Informativo
879
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
DIREITO DE PROPRIEDADE
Desapropriação e requisição: art. 5ª, XXIV. Não existe desapropriação sem
indenização, mesmo quando for sanção – é diferente de confisco. Essa sanção
sempre será justa e prévia (os títulos são entregues antes da desapropriação) e, em regra,
em dinheiro.
DIREITOS SOCIAIS
"É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, a internação em
acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do próprio SUS, ou
por médico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores correspondentes."
STF. Plenário. RE 581488/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 3/12/2015 (repercussão geral)
(Info 810).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STJ
Não há perda do objeto em mandado de segurança cuja pretensão é o fornecimento de leite
especial necessário à sobrevivência de menor ao fundamento de que o produto serve para
lactentes e o impetrante perdeu essa qualidade em razão do tempo decorrido para a solução da
controvérsia. Como se trata de direito fundamental da pessoa e dever do Poder Público garantir
a saúde e a vida, não há que se falar que o pleito se tornou infrutífero pelo simples fato de a
solução da demanda ter demorado. A necessidade ou não do fornecimento de leite especial
para a criança deverá ser apurada em fase de execução. Se ficar realmente comprovada a
impossibilidade de se acolher o pedido principal, em virtude da longa discussão judicial acerca
do tema, nada impede que a parte requeira a conversão em perdas e danos. STJ. 1ª Turma. AgRg
no RMS 26.647-RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 2/2/2017 (Info 601).
RESERVA DO POSSÍVEL
Uma tese que surgiu no Tribunal Federal Constitucional Alemão em 72. Caso
chamado de “numerusclausus”. As pessoas queriam que todos que quisessem tivessem
vaga na universidade, para que pudessem, tendo acesso à universidade, escolher uma
profissão. Embora algumas demandas, no plano ideal, devessem ser atendidas pelo
Estado, em razão das limitações orçamentárias, nem sempre elas podem ser atendidas. Há
dimensões:
MÍNIMO EXISTENCIAL
Por esse princípio, direitos sociais conquistados não podem ser omitidos em nova
Carta Constitucional.
DA NACIONALIDADE
O ius sanguini é adotado pelos países da Europa, onde será nacional todo o
descendente de nacional independente de seu local de nascimento.
Art. 12, § 3º da CF
Quanto à função:
Art. 89 da CF.
Nem todo membro do Conselho da República precisa ser nato, onde a preocupação da
CF/88 diz respeito a participação direta do povo no Conselho que precisa se dar
por meio de membro brasileiro nato.
Obs.: O Presidente do CNJ, como é o Presidente do STF (mesma pessoa), também não
pode ser naturalizado.
#ATENÇÃO: O único Ministro de Estado que tem que ser nato é o da Defesa.
Brasileiro nato não pode ser extraditado, independente de qualquer crime que
tenha cometido. O naturalizado pode ser extraditado em caso de envolvimento com
¹crime de tráfico (antes ou depois da naturalização) ou ² ter cometido crime
comum antes da naturalização.
A dupla nacionalidade não afasta a regra, desde que uma das nacionalidades
seja a brasileira.
O q pode ocorrer é a entrega de um brasileiro nato ao TPI, isto é, a pedido da corte
internacional.
Entrega=> é a entrega de uma pessoa por um Estado ao Tribunal,
Extradição=>a entrega de uma pessoa por um Estado a outro Estado.
I - natos:
Sobre a alínea “a”: Embora a CF se refira a “estes”, a doutrina entendem necessário que
apenas um esteja a serviço. É o ministro de Estado, o Diplomata, Embaixador,
Cônsul, etc.
#DOUTRINA: Gilmar Ferreira Mendes destaca que o texto constitucional não cuidou das
questões atinentes à nacionalidade nos espaços hídricos, aéreos ou terrestres não submetidos
à soberania de um Estado. Assim, adota-se a posição de Pontes de Miranda que considera
brasileiros natos os nascidos a bordo de navios ou aeronave de bandeira brasileira quando
estiverem em espaço neutro.
HIPÓTESES CONSTITUCIONAIS DE AQUISIÇÃO DE NACIONALIDADE DERIVADA.
BRASILEIRO NATURALIZADOS
PERDA DA NACIONALIDADE
A decisão tem efeitos ex nunc, de modo que não alcança os familiares da ex-
brasileira.
A perda da nacionalidade por ser via judicial, não pode ser revista
administrativamente. É decisão do STF de agosto de 2013.
É uma via de mão dupla, haja vista que o brasileiro pode reaver a nacionalidade
perdida.
EXCEÇÕES – HIPÓTESES DE DUPLA NACIONALIDADE
DIREITOS POLÍTICOS
É a democracia semi-direta.
Sufrágio capacitário -> Era pautado na capacidade intelectual, onde a mulher restava
afastada da possibilidade de votar. A mulher só pode votar a partir de 1934. Os
analfabetos só puderam votar a partir de 1985.
O art. 29, XIII, no que tange ao projeto de lei popular no âmbito municipal traz apenas o
requisito da exigência de 5% do eleitorado municipal.
PLEBISCITO E REFERENDO
AÇÃO POPULAR
ELEGIBILIDADE
O domicílio eleitoral na circunscrição deve ser fixado um ano antes pelo menos do
pleito eleitoral.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
As contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais e partidos políticos são
inconstitucionais. As contribuições de pessoas físicas são válidas e regulam-se de acordo com a
lei em vigor. STF. Plenário. ADI 4650/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 16 e 17/9/2015 (Info
799).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
Qual das correntes foi acolhida pelo STF? A segunda. O STF, ao apreciar o tema, fixou a seguinte
tese em sede de repercussão geral: Para os fins do artigo 1º, inciso I, alínea g, da Lei
Complementar 64/1990, a apreciação das contas de Prefeito, tanto as de governo quanto as de
gestão, será exercida pelas Câmaras Municipais, com auxílio dos Tribunais de Contas
competentes, cujo parecer prévio somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos vereadores. STF. Plenário. RE 848826/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão
Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/8/2016 (repercussão geral) (Info 834).
Ocorre que, muitas vezes, o Tribunal de Contas emite o parecer reprovando as contas do
Prefeito e o encaminha à Câmara Municipal, mas esta não julga as contas. Nesse caso,
então, chega o período eleitoral e o Prefeito solicita o registro de sua candidatura, seja
para a reeleição, seja para outro cargo (ex: Deputado Estadual). Ele poderá concorrer
mesmo havendo um parecer do Tribunal de Contas rejeitando as suas contas? O parecer
do Tribunal de Contas produz efeitos enquanto não for rejeitado expressamente pela
Câmara Municipal?
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
Qual foi a corrente adotada pelo STF? A segunda. O STF, ao apreciar o tema, fixou a seguinte
tese em sede de repercussão geral: Parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem
natureza meramente opinativa, competindo exclusivamente à Câmara de Vereadores o
julgamento das contas anuais do chefe do Poder Executivo local, sendo incabível o julgamento
ficto das contas por decurso de prazo. STF. Plenário. RE 729744/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 10/8/2016 (repercussão geral) (Info 834).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF: STF. CONSTITUCIONAL E ELEITORAL. ART. 28, § 12, DA LEI
FEDERAL 9.504/97 (LEI DAS ELEIÇÕES). PRESTAÇÃO DE CONTAS. DOAÇÕES DE PARTIDOS PARA
CANDIDATOS. DISPENSA DA IDENTIFICAÇÃO DOS PARTICULARES RESPONSÁVEIS PELA DOAÇÃO
AO PARTIDO. MEDIDA ANTAGÔNICA À POLÍTICA PÚBLICA DE TRANSPARÊNCIA. APARENTE
AFRONTA AO BLOCO DE PRINCÍPIOS DE SUSTENTAÇÃO DO SISTEMA DEMOCRÁTICO DE
REPRESENTAÇÃO POPULAR. CAUTELAR CONCEDIDA.
1. Os dados relativos aos doadores de campanha interessa não apenas às instâncias estatais de
controle da regularidade do processo eleitoral, mas à sociedade como um todo, e sua divulgação
é indispensável para habilitar o eleitor a fazer uma prognose mais realista da
confiabilidade das promessas de campanha de candidatos e partidos.
INELÉGÍVEIS
Relativas:
Seja para a mesma função desempenhada, seja para o cargo de vice, posto que o vice é
o grande sucessor do titular.
Aqui não é o titular do cargo de chefia do executivo que se torna inelegível, mas sim
os seus familiares, e busca vedar o paternalismo eleitoral.
Por família entende-se o conjuge, companheiro (art. 226, § 3º da CF) pode ser do
mesmo sexo), pais, avós, filhos e netos (parentesco consanguíneos em linha
reta), além dos irmãos (consanguíneos colaterais).
Inelegibilidade Reflexa
3
Foi considerada correta a seguinte alternativa na prova do TRF4/2016: “O cidadão que exerce dois
mandatos consecutivos como Prefeito de determinado Município fica inelegível para o cargo de
mesma natureza em qualquer outro Município da Federação, para o período subsequente”.
mesmo Estado;
• deputado federal e senador nas vagas do
próprio Estado;
Qualquer cargo eletivo no país (municipal,
PRESIDENTE
estadual ou federal).
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
A hipótese IV, somente para José Afonso de Souza é caso de perda...para todo resto
suspensão.
V – Deve ser combinado com art. 37, § 4º, onde segundo o texto da CF, gera a
suspensão dos direitos políticos desde que a decisão transite em julgado.
O STF decidiu em 2003, por maioria de votos, que parentes podem concorrer nas
eleições, desde que o titular do cargo tenha o direito à reeleição e não concorra
na disputa. Entendimento aplicado ao RE344.882-BA.
PODER EXECUTIVO
Não é possível eleição autônoma...TEM QUE TER um vice. Tem que haver
filiação a algum partido político.
No que atine aos prefeitos, em caso de municípios com mais de 200.000 eleitores,
utilizar-se-á o sistema majoritário e em dois turnos.
Se nos dois anos iniciais, eleições diretas, 90 dias após abertura da última vaga.
PERDA DO CARGO
b) Viagem para fora do país, por período superior a 15 dias sem licença do
congresso nacional. Vale para presidente e vice. É de observância obrigatória no
plano estadual e municipal, em atenção ao princípio da separação dos poderes.
Já se o prazo for inferior/igual a 15 dias, NÃO PODE! Isso já foi cobrado em prova objetiva,
pois já foi objeto de analisa pelo STF (ADI 775/RS e ADI 2453/PR).
Função Atípica
Só há imunidade de cunho formal, que são: Regra geral, inexiste prisão criminal,
até que sobrevenha sentença transitada em julgado condenando o presidente.
Ainda que aceita a acusação contra o presidente por crime comum, o STF fará
um juízo técnico jurídico para decidir se instaura ou não o processo. É ato
discricionário do STF.
Impeachment
Em caso de impeachment, cujo julgamento será presidido pelo ministro presidente
do STF, a punição é dupla pela perda do cargo somada a inabilitação ao exercício
de qualquer cargo, emprego ou função pública por 08 anos.
No entanto, no caso Dilma, a inabilitação para o exercício do cargo por 08 anos foi
decidida não foi automática, sendo afastada.
A chamada "inabilitação para o exercício de funções públicas por oito anos" é o mesmo que
suspensão dos direitos políticos?
NÃO. A pessoa que recebeu a sanção de "inabilitação para o exercício de funções públicas" fica
com sua capacidade eleitoral passiva suspensa, ou seja, ela não poderá concorrer às eleições, já
que não poderia ocupar o cargo, se vencesse o pleito. Porém, pode continuar votando
(capacidade eleitoral ativa). Desse modo, podemos dizer que esta pessoa está apenas com seus
direitos políticos passivos suspensos, mas não seus direitos políticos ativos.
IMUNIDADE PROCESSUAL
Assim, por crime cometido antes da diplomação, não haverá remessa ao STF, ficando
o processo sobrestado no juízo competente para julga-lo enquanto cidadão,
restando suspensa a prescrição.
#ATENÇÃO
Segundo a jurisprudência do STF, a competência do Presidente da CD para o recebimento ou
não da denúncia no processo de impeachment contra o Presidente não se restringe a uma
admissão meramente burocrática, cabendo-lhe a faculdade de rejeitá-la, de plano, acaso
entenda-a patentemente inepta ou despida de justa causa, sujeitando a decisão ao controle do
Plenário, por meio de recurso.
É possível que, antes desse envio, o STF analise questões jurídicas a respeito desta denúncia,
como a validade dos elementos informativos (“provas”) que a embasaram?
NÃO. Não há possibilidade de o STF conhecer e julgar qualquer questão ou matéria defensiva
suscitada pelo Presidente antes que a matéria seja examinada pela Câmara dos Deputados . O
juízo político de admissibilidade exercido pela Câmara dos Deputados precede a análise jurídica
pelo STF para conhecer e julgar qualquer questão ou matéria defensiva suscitada pelo
denunciado. STF. Plenário. Inq 4483 QO/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 20 e
21/9/2017 (Info 878).
GOVERNADORES
Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que o STJ receba
denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador de Estado, por crime comum.
Crimes de Responsabilidade
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra
a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
OBS: Lei nº 1.079/50 – Esse processo e julgamento só podem ser estabelecidos por lei federal,
Súmula 722 STF.
#SELIGANASÚMULA: Súmula 722 STF: São da competência legislativa da união a definição dos
crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento.
PREFEITOS
#ATENÇÃO
Ofende a CF norma estadual que estabeleça, na hipótese de vacância dos cargos de Governador
e Vice, no último ano do período governamental, a convocação sucessiva do presidente da
assembleia legislativa e do presidente do TJ, para o exercício do cargo de Governador. STF –
afronta os parâmetros da CF que exigem a eleição.
COMISSÕES PARLAMENTARES
Temporárias
Permanentes
Representativas
Mistas
O órgão competente para receber a denúncia e queixa crime é o STF (caso da aliena
b).
Vale dizer que é legítimo a renuncia do congressista, desde que não seja pelos
motivos acima elencados.
IMUNIDADES MATERAIS
Súmula nº 245 do STF: “A imunidade parlamentar não se estende ao corréu sem essa
prerrogativa.”OBS. Tem prevalecido que a natureza jurídica da imunidade material é de causa de
exclusão da tipicidade, impedindo até mesmo a instauração de inquérito ou qualquer outro ato
de persecução. Portanto, se o fato é atípico, não há possibilidade de coautoria, pois não há
infração penal. Assim, a súmula 245 diz respeito à imunidade processual, não material.
#OBS: STF (AI 401) – O fato coberto pela inviolabilidade quando divulgado na imprensa também
confere proteção aos meios de comunicação.
#OBS: CPI – o parlamentar é inviolável. E a pessoa que não é e está lá? Essa pessoa pode
ofender também o parlamentar? STF (Inq 1247) –a resposta imediata a uma injúria perpetrada
por parlamentar e acobertada pela imunidade também deve ficar imune.
IMUNIDADES FORMAIS
A jurisprudência e a doutrina entendem que o parlamentar pode vir a ser preso em razão
de sentença judicial condenatória criminal transitada em julgado.
É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem
conhecimento do outro. Assim, se “A” e “B” estão conversando, “A” pode gravar essa
conversa mesmo que “B” não saiba. Para o STF, a gravação de conversa feita por um dos
interlocutores sem o conhecimento dos demais é considerada lícita, quando ausente causa
legal de sigilo ou de reserva da conversação.
Quanto ao processo
Até a EC 35/2001, o STF não tinha autorização para deflagrar processo contra
parlamentar, senão através de licença dada pela casa a que pertencesse o
parlamentar. Vale dizer que hoje não necessita o STF de tal autorização do
Congresso, DANDO APENAS CIÊNCIA A CASA DE QUE PROCESSO CRIMINAL FOI
DEFLAGRADO EM DESFAVOR DE PARLAMENTAR.
A partir deste momento, surge para qualquer partido político com representação na
Casa, até a decisão final transitar em julgado, a chance de apresentar pedido de
sustação do processo.
Ao passo que a Casa terá 45 dias para decidir pela maioria dos seus membros se
durante o mandato do parlamentar o processo será suspenso, e o STF lavra a
suspensão da prescrição.
NOTE QUE AQUI NÃO É A CASA QUE AGE EM DEFESA DO PARLAMENTAR, MAS
SIM PARTIDO QUE INTERCEDE POR AQUELE.
No entanto, se a pena for superior a 120 dias em regime fechado, a perda será
automática (STF).
Marco para o fim do foro: término da instrução Após o final da instrução processual, com a
publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência
para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. STF. Plenário.
AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900).
NO CASO DE DELAÇÕES
Imagine que um indivíduo que não tem foro por prerrogativa de função queira fazer um acordo
de colaboração premiada. Ele diz o seguinte: quero delatar o Governador, ou seja, desejo
revelar crimes que o Governador atual cometeu no exercício do cargo e que estejam com ele
relacionados. Esse acordo pode ser homologado pelo juízo de 1ª instância?
• Para o STF que reformou decisão do STJ: NÃO. Se a delação do colaborador mencionar
autoridade com prerrogativa de foro (ex: Governador), este acordo deve ser celebrado pelo
Ministério Público respectivo (PGR), com homologação pelo Tribunal competente (STJ).
#OUSABER: Lei estadual pode determinar que a remuneração dos Deputados Estaduais sejam
um percentual fixo sobre o subsídio dos Deputados Federais? Segundo o STF, NÃO!!!
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
É constitucional norma da Constituição estadual que preveja que as proibições e os
impedimentos estabelecidos para os Deputados Estaduais deverão ser aplicados também para o
Governador e o Vice-Governador do Estado. STF. Plenário. ADI 253/MT, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 28/5/2015 (Info 787).
PRESSUPOSTOS MATERIAIS
a) fato determinado -> O fato já precisa existir. O STF já entendeu, que surgindo fatos
novos relacionados ao fato principal, esta seguirá apurando-os e julgando-os também,
desde que aprovado o aditamento.
#OBS: fato conexo basta aditamento. Fato novo – requisito formal de iniciativa (1/3).
b) Prazo certo -> Admite prorrogações sucessivas dentro da legislatura em que a CPI
fora aberta. STF.
Em caso de CPMI, necessário 1/3 de assinaturas dos membros da câmara, mais 1/3 de
assinaturas do Senado.
#OBS: STF MS 16.441 – a exigência de requerimento de 1/3 dos parlamentares deve ser
examinada no momento do protocolo do pedido perante a Mesada respectiva Casa Legislativa,
independentemente de posterior ratificação. Ou seja, a partir do momento em que o protocolo
é feito esse requisito já esta consolidada. Não se admite a desistência. Não pode retirar a
assinatura.
As decisões da CPI são definitivas, de modo que sua executoriedade independe de aprovação de
outro órgão.
PODERES DA CPI
Toda decisão da CPI que restrinja direito fundamental, terá que ser aprovada por
maioria absoluta (decisão colegiada).
b) A CPI pode se utilizar de documentos sigilosos, mas não pode a estes dar
publicidade.
f) A CPI também pode prender em flagrante, mas não pode expedir mandado de
prisão.
A CPI não pode por AUTORIDADE PRÓPRIA, ou seja, sem a integração do Poder Judiciário:
SIM! STF.
*#DEOLHONAJURIS #STF: Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos bancário,
telefônico e fiscal devem ser mantidos sob reserva. Assim, a página do Senado Federal
na internet não pode divulgar os dados obtidos por meio da quebra de sigilo determinada
por comissão parlamentar de inquérito (CPI). STF. Plenário. MS 25940, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 26/4/2018 (Info 899).
PROCESSO LEGISLATIVO
ORDINÁRIO
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A prova do TRF4/2016 considerou correta a seguinte alternativa a respeito dessa temática: “ Compete
ao Supremo Tribunal Federal o controle jurisdicional dos atos de Comissão Parlamentar de Inquérito
que envolvam ilegalidade ou ofensa a direitos individuais, na medida em que a Comissão Parlamentar
de Inquérito procede como se fosse a Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou o Congresso
Nacional como um todo.”
De acordo com entendimento do STF, não há hierarquia entre leis ordinárias e
leis complementares, haja vista tirarem fundamento jurídico de validade da CF/88.
RITO SUMÁRIO
Deve ter uma duração de no máximo 100 dias. Ele só pode ser desencadeado pelo
Presidente, em projetos de sua iniciativa. CD é a casa iniciadora (por ser iniciativa do PR)
– 45 dias para discutir e votar; SF – 45 dias para discutir e votar – faz emenda aditiva
modificativa; a emenda volta para CD - 10 dias para discutir e votar. 45 +45 + 10 = 100
dias.
Se for uma emenda supressiva, o projeto não precisa voltar para a Câmara dos
Deputados, apenas as emendas aditivas e modificativas precisam retornar à casa
iniciadora.
§ 4º - Os prazos do §2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se
aplicam aos projetos de código.
ESPECIAIS
#OBS: não é necessário “lei” para criar empregos públicos na administração indireta. Basta fazer
concurso e contratar.
#ATENÇÃO #IMPORTANTE
STF já decidiu que matéria tributária não é de iniciativa exclusiva do presidente. É concorrente
com os parlamentares. A exclusividade se trata apenas dos Territórios. Já a matéria
orçamentária é exclusiva do PRESIDENTE também no âmbito da União, em razão do art. 165 CF.
FASES
1 Iniciativa
Não existe iniciativa popular para apresentação de projeto de Emenda
Constitucional – PEC. Mas não há vedação a proposição de projeto de lei
complementar.
ATENÇÃO!!! Já foi questão de prova, e considerada correta a assertiva que disse que a
Lei Ordinária e Lei Complementar é exemplo de iniciativa concorrente.
2 DELIBERAÇÃO
Comissões discutem
3 VOTAÇÃO
4 SANÇÃO OU VETO
Sanção: Pode ser tácita..., caso o presidente não se manifesta em 15 dias úteis, ou
expressa, a contar da data do recebimento.
Irretratável
Total ou parcial, lembrando que o veto parcial não pode ser de palavra ou expressão,
recaindo sobre todo texto do art., inciso, parágrafo, alínea.
Político ou Material -> Será político quando se entender que o projeto é contrário ao
interesse público.
5 – PROMULGAÇÃO DA LEI
O presidente tem 48 horas para promulgar a lei. Se este não o fizer, o direito será
transferido para o Presidente do Senado Federal que também terá as mesmas 48
horas. Se ainda este não o fizer, caberá, de forma imediata, a promulgação pelo
Vice Presidente do Senado.
6 – PUBLICAÇÃO
Pode se dar por provocação: Quando se desencadeia por iniciativa externa, cujos
legitimados são aqueles que podem ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade, ADC,
ADO e ADPF (art. 103, da CF).
Quatro mesas: Senado, Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa dos Estados e DF.
ii – Municípios
iii - Tribunais
É de iniciativa do chefe do executivo estadual lei que verse sobre regime jurídico
dos militares. É o governador!!!
Parecer da CCJ
O parecer da CCJ é terminativo, pois pode ser derrubado pelo plenário da casa, desde
que 1/10 de parlamentares se insurjam contra o parecer da CCJ.
1. Projeto de lei rejeitado só pode ser reapreciado em outra sessão legislativa, salvo se
houver manifestação dos membros de maioria absoluta de qualquer das casas na mesma
sessão legislativa (relativa).
MEDIDAS PROVISÓRIAS
A medida provisória não REVOGA a lei com ela incompatível, mas apenas SUSPENDE
a eficácia da lei. Se vier a ser votada e aprovada, aí sim, opera a revogação.
Limitações materiais
Expressas: O3P7JELNIC
(E)leitoral
Lei Complementar
Nacionalidade
Cidadania
OBS. Medida Provisória pode criar órgãos, desde que não acarrete em aumento de
despesas.
Implícitas
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Difuso e Concentrado.
PROCEDIMENTO
A casa iniciadora será a Câmara dos Deputados, que primeiro irá deliberar sobre a sua
conversão em lei ordinária.
60 dias (que é o prazo da MP) – Se não apreciada, prorroga-se por mais 60 dias.
Durante o recesso parlamentar, o prazo de vigência da MP fica suspenso.
Havendo rejeição da MP, esta gerará efeitos ex nunc. No entanto, a CF sugere que a
rejeição opere efeitos ex tunc, neste caso devendo o CN editar DECRETO
LEGISLATIVO em 60 dias a contar da rejeição para que este decreto se coloque
no lugar da MP e regule os efeitos produzidos pela MP.
TRANCAMENTO DE PAUTA
LEIS DELEGADAS
Vale dizer que a qualquer tempo o CN pode reaver a delegação e legislar sobre a
matéria delegada especificamente.
Modalidades de delegação
a) Delegação atípica ou imprópria -> PR cria o projeto, mas será analisado pelo
CN.
b) Delegação típica ou própria -> Aqui não há retorno. A delegação pelo CN autoriza
o presidente, e estabelece os limites.
Resoluções cuidam das matérias dos arts. 51 e 52, que são das casas quando atuam
separadamente.
DECRETOS AUTÔNOMOS
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
DECRETOS REGULAMENTARES
PODER JUDICIÁRIO
Ler a Constituição!
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Princípios Norteadores
i – Supremacia da Constituição -> Pode ser analisada sob o ângulo material e formal,
nos interessando aqui o aspecto formal, atributo exclusivo das Constituições rígidas.
PARÂMETRO
#OBS: E os princípios implícitos da CF podem servir como parâmetro: SIM! Canotilho se utiliza de
uma expressão: “ordem constitucional global” que abrange tanto as normas expressas quanto
os princípios implícitos. Ex: razoabilidade e proporcionalidade.
#ATENÇÃO!!!
Em regra, não é cabível ADI sob o argumento de que uma lei ou ato normativo violou um
tratado internacional. Em regra, os tratados internacionais não podem ser utilizados como
parâmetro em sede de controle concentrado de constitucionalidade.
#OBS: Controle de Convencionalidade. Mazzuoli. Em síntese, é aquele que tem como parâmetro
uma convenção internacional.
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CAIU NA DPEMT/2016: questão interessante trazida pela banca no que diz respeito aos tratados
internacionais de direitos humanos:
1) As normas dos tratados de direitos humanos recepcionados pela Constituição de 1988 são
materialmente constitucionais e servem de parâmetro hermenêutico para imprimir vigor à força
normativa da Constituição (CORRETA).
- Orgânica: é aquela que ocorre nos casos de violação de norma que estabelece o órgão
(Congresso Nacional, Assembleia ou Câmara de Vereadores) com competência legislativa
para tratar da matéria. ADI 2220/SP – não é competência do estado tratar de crime de
responsabilidade, e sim da União.
#OBS: O STF admite o controle judicial dos pressupostos constitucionais para a edição de
Medida Provisória, mas apenas em hipóteses excepcionais, quando a inconstitucionalidade for
flagrante e objetiva.
QUANTO AO MOMENTO
A) Originária:
É aquela que ocorre quando o objeto impugnado surge após a existência do parâmetro. O
objeto já nasce inconstitucional, pois o parâmetro já existia.
B) Superveniente:
É aquela que ocorre quando a norma nasce constitucional, mas em razão de uma
mudança do parâmetro ela acaba se tornando inconstitucional. Existem três situações
que devem ser diferenciadas
Não recepção
A) Direta ou antecedente:
É aquela que ocorre quando o objeto impugnado está ligado diretamente à CF. Viola
diretamente uma norma constitucional. Não há nenhum ato interposto entre o ato
impugnado e a CF. O STF só admite essa espécie.
B) Indireta:
É aquela que ocorre quando há um ato interposto entre a CF e o objeto impugnado. Ex.
dos decretos. Pode-se ter aqui uma inconstitucionalidade consequente ou
reflexa:
A) Jurisdicional:
#OBS: como no Brasil se adota o controle difuso e concentrado, muitos confundem e dizem que
temos um sistema misto. Mas o sistema brasileiro é jurisdicional.
A)Controle preventivo:
Poder Executivo: através do veto jurídico do Presidente. Art. 66, §1º § 1º Se o Presidente da
República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional (veto jurídico) ou
contrário ao interesse público (veto político), vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de
quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito
horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
Poder Legislativo:
Realiza quando o executiva extrapola os limites dado para edição das leis delegadas, por
exemplo.
Outro caso é quando o executivo edita MP que verse sobre matéria vedada pela CF. § 9º
Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e
sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário
de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
A jurisprudência do STF caminha para a superação dessa súmula, mas é algo que ainda
não aconteceu.
Poder Executivo: O chefe do Poder Executivo (PR, Gov, Pref) pode negar cumprimento
a uma lei, desde que motive e dê publicidade ao seu ato. Esta negativa pode perdurar
apenas até o momento em que o STF dê uma decisão com efeito vinculante.
A) Controle difuso:
B) Controle concentrado:
#OBS:
Regra: controle difuso concreto e controle concentrado abstrato. Há, no entanto, exceções:
A) ADI/ADC
A ADI e a ADC são ações de mesma natureza, que possuem caráter dúplice ou
ambivalente. Não há diferença de essência.
Art. 14. A petição inicial indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os
fundamentos jurídicos do pedido; II - o pedido, com suas especificações; III - a existência de
controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
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Tema cobrado na primeira fase do MPMG (2017)
palavras, para verificar se existe a controvérsia não se examina apenas o
número de decisões judiciais.
B) ADPF
É subsidiária.
Art. 4º, §1º. Não será admitida arguição de descumprimento de preceito fundamental quando
houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
Quando a lei fala em outro meio eficaz ela se restringe aos meios do controle abstrato? O
STF interpreta no sentido de que o meio não precisa ser o instrumento de controle
abstrato, mas deve ter a mesma imediaticidade, amplitude e efetividade da ADPF, ou
seja, que ele substitua aquilo que a ADPF poderia fazer. Um exemplo disso foi o da
decisão da ADPF 128/DF, que tinha como objeto uma súmula vinculante. O STF decidiu
que existia o pedido de cancelamento ou revisão de súmula vinculante. É um mecanismo
que tem a mesma imediaticidade, amplitude e efetividade, de forma a não se observar o
caráter subsidiário da ADPF.
#OBS: As ADI/ADC/ADO/ADPF são fungíveis entre si, não somente como já existia entre
a ADI e a ADO.
o ASPECTOS COMUNS
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Não tem nos livros!!!!
Figura comum nos países do commomlaw. Previsão na Lei 9869. Para alguns autores e para a
maior parte dos ministros do STF, o amicus curiae seria uma espécie de intervenção de
terceiro e, portanto, uma exceção à regra de que não caberia intervenção de terceiros nessas
ações. Fredie e Gilmar não concordam. Prevalece entre os Ministros ser uma Intervenção
Anômala de Terceiros.
O STF já decidiu que o pedido de admissão do amicus curiae deve ser assinado
por advogado constituído, sob pena de não ser conhecido (ADPF 180/SP).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF.
É possível a intervenção de amicus curiae em um processo de mandado de segurança?
Trata-se de tema polêmico.
1ª corrente: NÃO. No processo de mandado de segurança não é admitida a intervenção de
terceiros nem mesmo no caso de assistência simples. Se fosse admitida a intervenção do
amicus curiae, isso poderia comprometer a celeridade do mandado de segurança (STF. 1ª
Turma. MS 29192/DF, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/8/2014. Info 755).
2ª corrente: SIM. A doutrina defende que, com o novo CPC, é possível a intervenção de amicus
curiae em processo de mandado de segurança (Enunciado nº 249 do Fórum Permanente de
Processualistas Civis). No mesmo sentido: STF. Decisão monocrática. MS 32451, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 27/06/2017.
Vale ressaltar, no entanto, que, se a causa não representar potencial para gerar efeito
multiplicador e se envolver apenas direitos individuais, será possível negar a
intervenção do amicus curiae.
#ATENÇÃO
É POSSÍVEL A INTERVENÇÃO DE AMICUS CURIAE NO PROCESSO PENAL? NÃO, POR AUSÊNCIA
DE PREVISÃO LEGAL.
O STF indeferiu o pedido afirmando que a agremiação partidária, autoqualificando-se como
amicus curiae, pretendia, na verdade, ingressar numa posição que a relação processual penal
não admite, considerados os estritos termos do CPP. STF. 1ª Turma. AP 504/DF, rel. orig. Min.
Cármen Lúcia, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 9/8/2016 (Info 834).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
O amicus curiae não poderá intervir se o processo já foi liberado pelo Relator para que seja
incluído na pauta de julgamentos.
STF. Plenário. ADI 5104 MC/DF. Relator Min. Roberto Barroso. Julgado em 21/05/2014.
SIM.
NÃO.
Nos processos perante o STJ: NÃO. Excepcionalmente, o STJ poderá convoca-lo para
sustentação oral se assim entender necessário.
Mudança trazida pelo novo CPC: Art. 138 § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão
bloco de constitucionalidade poderá ser utilizado pelo STF como fundamento jurídico para
declarar uma lei ou ato normativo inconstitucional. STF. Plenário. ADI 3796/PR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, julgado em 8/3/2017 (Info 856).
C) Objeto.
#OBS: para haver a reunião de ações o objeto tem que ser o mesmo, independentemente do
parâmetro. Ex. de ADI questionando art. 1º da lei x em face do art. Z e ADC questionando o
mesmo artigo em face do art. Y. Pode haver a identidade de ações por terem o mesmo objeto.
É possível, em uma mesma ação, cumular pedido típico de ADI com pedido típico
de ADC? SIM. O STF entendeu que é possível a cumulação de pedidos típicos de
ADI e ADC em uma única demanda de controle concentrado.
o LEGITIMIDADE ATIVA
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Tema cobrado na primeira fase do MPMG (2017).
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
VI – o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
#OBS: o STF entende que a legitimidade do Partido Político deve ser analisada no momento da
propositura da ação. A perda superveniente de representação no Congresso Nacional não
obsta a continuidade da ação.
nacional, ainda que o ato impugnado tenha sua amplitude normativa limitada ao Estado ou
Município do qual se originou". (ADI 1.528 QO, rel. min. Ellen Gracie, j. 24/5/2000, Plenário)
#CAIUNADPE/AM 2018.
#OBS: o rol é de numerus clausus, de forma que o vice não poderia ser legitimado. O Vice só
tem legitimidade para ajuizar essas ações quando estiver no exercício da Presidência.
#OBS: Entidade de classe:
Para ser considerada de âmbito nacional, a entidade deve estar presente em pelo menos
um terço dos estados (nove estados) da federação, tendo como base a lei dos partidos
políticos. A entidade de classe tem que ser representativa de uma determinada categoria
social, profissional ou econômica. CUT e CGT não podem ser legitimados, pois não
representam interesses de apenas uma categoria. Não há homogeneidade de interesses.
ADI 271. Se abranger apenas uma parcela da classe ou categoria também não
haverá legitimidade.
#OBS: Os únicos legitimados que não têm capacidade postulatória são as entidades de classe,
os sindicatos e os partidos políticas. Precisam de advogado com procuração com poderes
específicos apontando qual dispositivo estará em questionamento da Ação Direta. Do
contrário não será reconhecida.
o PARÂMETRO
ADI/ADC: CF/88 (preâmbulo não), tratados ou convenções com status de EC (art. 5º,
§3º).
O princípio da igualdade;
O princípio federativo;
O regime de repartição de receitas tributárias (arts. 34, V e 158, III e IV; 159,
§ 3º e 4º; e 160 da CF/88;
o OBJETO
IMPORTANTE!!!
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STF: Cabe ADI contra recomendação conjunta de
Tribunal de Justiça e de Tribunal Regional do Trabalho recomendando aos juízes que
considerem como sendo da Justiça do Trabalho a competência para autorizar o trabalho de
crianças e adolescentes em eventos de natureza artística. Esta recomendação deve ser
considerada como ato de caráter primário, autônomo e cogente, inovando no ordenamento
jurídico, razão pela qual pode ser impugnada por meio de ADI. STF. Plenário. ADI 5326/DF, Rel.
Min. Marco Aurélio, julgado em 27/9/2018 (Info 917). #IMPORTANTE
Para o ato normativo o STF exige que ele tenha generalidade e abstração.
Resolução no CNMP? Sim, desde que tenha generalidade e abstração.
INF/STF – 747. Julho/2014.
É cabível ADI contra Resolução do TSE que tenha, em seu conteúdo material, “norma de
decisão” de caráter abstrato, geral e autônomo, (Info 900). Entendimento já é
consolidado na corte.
A Resolução do TSE pode ser impugnada no STF por meio de ADI se, a pretexto de
regulamentar dispositivos legais, assumir caráter autônomo e inovador. STF. Plenário. ADI
5104 MC/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 21/5/2014 (Info 747).
Não cabe ADI contra a resposta dada pelo TSE em consulta a ele formulada. Ato
de caráter administrativo. Não produz efeito normativo.
pode ser impugnado no STF por meio de ADI, desde que possua caráter normativo e
autônomo. É o caso, por exemplo, de um artigo do Regimento Interno que preveja o
pagamento de remuneração aos Deputados Estaduais em virtude de convocação para sessão
extraordinária.
STF. Plenário. ADI 4587/GO, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 22/5/2014.
Quando o ato administrativo conflita com a lei que ele regulamenta, seja porque ele foi contra
legem (contrário a lei) ou ultra legem (além do limite legal), diz-se que este ato é passível de
CONTROLE DE LEGALIDADE, não se admitindo sua impugnação por meio de ação direta de
constitucionalidade. Entretanto, caso não haja regulamentação de lei no ato e este afronte
diretamente a Constituição Federal, podemos dizer que é possível se falar em CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE. Resumidamente, para que um ato administrativo seja impugnado
mediante ADIn, dois são os requisitos: a) Ter o ato administrativo caráter autônomo, isto é,
ele deve afrontar diretamente a Constituição Federal; b) Ter o ato administrativo caráter
normativo, ou seja, ser dotado de generalidade, abstração e normatividade. 9
Não cabe ADI para combater decreto regulamentar. Para caso de Decreto Autônomo
cabe ADI.
A violação tem que ser direta. Não pode haver nenhum ato entre ele e a CF. STF não
admite como objeto de ADI/ADC, atos tipicamente regulamentares, que se restringem a
regulamentar determinada lei, pois a violação aqui seria reflexa ou oblíqua. O decreto
autônomo, no entanto, viola diretamente a CF e pode ser objeto de ADI/ADC. ADI 3664.
Regra: Haverá perda superveniente do objeto e a ADI não deverá ser conhecida
(STF ADI 1203).
Exceção 01: não haverá perda do objeto e a ADI deverá ser conhecida e julgada caso
fique demonstrado que houve "fraude processual", ou seja, que a norma foi revogada de
forma proposital a fim de evitar que o STF a declarasse inconstitucional e anulasse os
efeitos por ela produzidos (STF ADI 3306).
Exceção 02: não haverá perda do objeto se ficar demonstrado que o conteúdo do
ato impugnado foi repetido, em sua essência, em outro diploma normativo. Neste
caso, como não houve desatualização significativa no conteúdo do instituto, não há
obstáculo para o conhecimento da ação (ADI 2418/DF). STF. Plenário. ADI 2418/DF, Rel.
Min. Teori Zavascki, julgado em 4/5/2016 (Info 824).
Veto jurídico ou político. Seria ato de natureza política. A derrubada do veto tem é
de competência do congresso. ADPF 73.
9
Tema cobrado na primeira fase do MPMG (2017).
ADPF pode ser usada no controle de recepcionalidade de normas pré-
constitucionais.
CABE ADPF
ADPF 100: Mais recentemente, o STF entendeu que se uma lei municipal violar
ao mesmo tempo CF e Constituição do Estado em uma norma de
observância ao modelo federal, não cabe ADPF ou RI Estadual, sendo cabível
apenas a representação de inconstitucionalidade com base no art. 125, § 2º
da CF/88.
C) Atos normativos secundários.
QUANTO A PRESCRITIBILIDADE
o DECISÃO DE MÉRITO
Quórum
Instalação: 08 Ministros.
Votação: 06 ministros.
Efeitos
Aspecto Subjetivo
Art. 102, §2º. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal
Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos
demais órgãos do Poder Judiciário (retira o STF) e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
#OBS: O STF não fica vinculado a sua decisão, podendo mudar futuramente o seu
posicionamento. A não vinculação do STF é apenas em relação ao Plenário do Tribunal, de
forma que os Ministros e as Turmas ficam vinculados.
O Poder Legislativo, na sua função típica de legislar, não está vinculado às decisões proferidas
em sede de controle concentrado de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal. A
referida não vinculação visa evitar a petrificação do direito posto e a denominada “fossilização
da constituição”.
EFEITO BLACKLASH
#OUSESABER
O diálogo institucional também guarda relação com o efeito acima estudado, na medida
em que, embora o STF deva ter a última palavra no país quando o assunto for a
constitucionalidade de ato normativo, o legislativo pode desafiar a decisão criando norma
em sentido oposto. É um equilíbrio bem-vindo.
Aspectos objetivos
O efeito ergam omnes e vinculante é apenas o dispositivo da decisão.
O STF adota a linha do ato nulo, em controle concentrado, com efeitos ex tunc.
Requisitos:
Plenário. ADI 2949 QO/MG, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o acórdão Min. Marco
Aurélio, julgado em 8/4/2015 - Info 780.
#OUSESABER:
Segundo Pedro Lenza, o princípio da parcelaridade permite julgar parcialmente procedente o
pedido de declaração de inconstitucionalidade, podendo expurgar do texto legal apenas uma
palavra ou expressão, diferente com o que ocorre no caso do veto presidencial, conforme o
art. 66, parágrafo segundo da CF/88.
Criação doutrinária do mal caráter do Gilmar Mendes, ensina o Tribunal somente deve
proferir a inconstitucionalidade daquelas normas viciadas, não devendo estender o juízo
de censura às outras partes da lei, salvo se elas não puderem subsistir de forma
autônoma.
DIFERENÇAS
(1)DNSRT só pode ser usada no controle abstrato, ao passo que a IC pode ser
utilizada tanto no controle difuso incidental quanto no controle abstrato. A IC pode
ser utilizada como técnica de decisão judicial (equivalente a DNSRT), mas pode ser
utilizada como princípio interpretativo.
TUTELA DE URGÊNCIA
o QUÓRUM
B) Ministro Relator
EFEITOS OBJETIVOS/SUBJETIVOS
#OBS: A não concessão de liminar não produz qualquer efeito. Não tem efeito de considerar a
lei constitucional.
C) ADPF – art. 5º, §3º 9889/99. Na ADPF a liminar suspende efeitos de decisões
judiciais, salvo no caso de coisa julgada.
EFEITOS TEMPORAIS
Art. 11 § 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex
nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
C) ADPF – ex tunc.
CONTROLE DIFUSO
Qualquer órgão do poder judiciário é competente para exercer o controle difuso dentro de
sua jurisdição.
o PARÂMETRO
Qualquer norma formalmente constitucional, ainda que revogada, desde que vigente à
época da ocorrência do fato – “tempus regit actum”.
No controle difuso é possível invocar CF já revogada? SIM, desde que o fato tenha
ocorrido quando ela estava em vigor.
o EFEITOS DA DECISÃO
ASPECTO OBJETIVO
Em regra ex tunc. Ex.: não paga mais o tributo, como também recebe o que pagou
indevidamente, observada a prescrição. O STF vem admitindo a possibilidade de
modulação temporal (art. 27), observados os mesmos requisitos do controle concentrado.
RE 586.453. – ex nunc ou prospectivo (pro futuro).
SENTENÇAS INTERMEDIÁRIAS
Das quais existem as espécies das normativas e transitivas.
SENTENÇAS NORMATIVAS
b1) sentença transitiva sem efeito ablativo: Não se retira a norma do ordenamento
jurídico.
#OLHAOGANCHO #OUSESABER
O que são decisões subjetivamente complexas? Decisões subjetivamente complexas são
aquelas nas quais o julgamento das questões que integram a lide compete a mais de um
órgão. O melhor exemplo é o julgamento do incidente de inconstitucionalidade no controle
difuso. O órgão plenário ou especial julgará a constitucionalidade da lei contestada, e a câmara
aplicará a decisão ao caso concreto.
Normas pré-constitucionais são consideradas não recepcionadas e, por isso, não se observa a
reserva.
Interpretação conforme – não há a declaração de inconstitucionalidade – não se aplica RE 579.
721
#ATENÇÃO #IMPORTANTE #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
Não viola o art. 97 da CF/88 nem a SV 10 a decisão de órgão fracionário do Tribunal que
declara inconstitucional decreto legislativo que se refira a uma situação individual e concreta.
Isso porque o que se sujeita ao princípio da reserva de plenário é a lei ou o ato normativo.
Súmula Vinculante 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
NÃO SERÁ LEVADO AO PLENO
Exceções: o STF (PLENÁRIO) já disse que a lei é inconstitucional no controle difuso ou
pleno/órgão especial do próprio tribunal. CPC, ART. 949. Parágrafo único. Os órgãos
fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição
de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do
Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
Critérios ADO MI
A Constituição Estadual pode definir os legitimados para propositura da ADI (art. 125,
§2º), mas é vedado que a legitimidade seja dada a apenas um órgão ou
autoridade.
#OUSESABER: Em relação ao art. 125, §2º, da CF, surge então uma dúvida pertinente: Os
legitimados para exercer esse controle estadual têm que ser necessariamente os mesmos do
art. 103 da CF/88 pelo princípio da simetria? A resposta é: NÃO! O tema já foi pacificado no
âmbito do STF, no RE 412921, no sentido da inexistência do dever de simetria, existindo
apenas a necessidade de que a CE não coloque a legitimidade para apenas um único órgão.
Temos, então, que apenas existe parâmetro mínimo, cabendo aos Estados a delimitação da
legitimidade. Podem as Constituições Estaduais adotarem, assim:
OBJETO
SÚMULA VINCULANTE
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na
forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
NATUREZA
#OBS: alguns Ministros em seus votos costumam dizer que ela tem uma natureza
constitucional específica. Um instituto próprio, específico.
OBJETO
INCIATIVA
#OBS: a simples provocação não suspende processos. E mesmo com a criação de súmula não
cabe reclamação de decisões anteriores a sua edição.
Votação
2/3 = 8 Ministros
#OUSESABER
Quais requisitos são necessários para que haja revisão ou cancelamento de súmula
vinculante? Segundo o próprio STF, para que haja revisão ou cancelamento de súmula
vinculante é necessário: 1 – Evidente superação da jurisprudência do próprio STF na análise do
tema; ou 2 – Alteração legislativa sobre o tema; ou 3 – Modificação substancial no contexto
político, social ou econômico. Por fim, destaca-se que eventual divergência ou mero
descontentamento sobre o conteúdo de súmula vinculante não dá ensejo ao seu pedido de
revisão ou cancelamento. (Planério do STF. PSV 13/DF, em 24/09/15).
EFEITOS
Vinculante para o Judiciário, exceto para o STF. Órgãos fracionários do STF tbm se
vinculam.
#OBS: Poder Legislativo não fica vinculado, pois pode legislar de forma diferente. Ele pode por
essa via legislativa provocar o STF para rever a tese, já que terá que se pronunciar sobre a
constitucionalidade da lei, se provocado. É um legitimado indireto para revisão ou
cancelamento da súmula.
EFEITO EX NUNC!!!
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL
Não é medida administrativa, mas de natureza jurisdicional, não se enquadra nem
como um recurso, nem como uma ação e nem de um incidente processual.
Situa-se ela no âmbito do direito constitucional de petição previsto no artigo 5º,
inciso XXXIV da Constituição Federal.
Dupla função
Preservar a Competência
Súmula 734 STF – não cabe reclamação quando já transitado em julgado o ato
judicial.
Por isso, não cabe reclamação per saltum no caso de decisões que contrariem o entendimento
adotado pelo STF em sede de repercussão geral. Quem deve corrigir essa decisão é o Tribunal
de segundo grau. Se o Tribunal não analisar aí sim caberá reclamação para o STF.
Quando a decisão em controle difuso puder alcançar outros que não são parte do
processo (abstrativização do controle concreto) poderá ser manejado por terceiros
reclamação ao STF pelo pressuposto de preservação da competência do STF.
Legitimidade Ativa
MANDADO DE INJUNÇÃO
Ministro do STF: "Em casos tais, ao Poder Judiciário cumprirá reconhecer a mora legislativa e,
se necessário, supri-la provisoriamente, sem comprometer, de forma alguma, a funcionalidade
da atuação legislativa".
O STF não tem admitido o litisconsórcio passivo nessas ações, quem deveria legislar e não
legislou é quem vai assumir o polo passivo da demanda.
CORRENTES
a) não concretista – o mandado de injunção deve ter o mesmo efeito da decisão de mérito na
ADO (dar ciência ao poder competente omisso. STF não concretiza a norma regulamentadora,
então o indivíduo continua sem exercer o direito);
CONCRETISTAS SE DIVIDEM:
#OUSESABER
A DEFENSORIA PÚBLICA POSSUI LEGITIMIDADE PARA IMPETRAR MI COLETIVO? SIM, e a
justificativa é a previsão legal no recém-promulgado diploma legislativo nº 13.300/2016, que
entrou em vigor ontem, 23/06/2016. Veja-se: "Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode
ser promovido: IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente
relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos
dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5o da Constituição Federal." Ressalta-se que
a lei exige a pertinência temática do objeto da demanda com as funções institucionais da
Defensoria Pública.
MANDADO DE SEGURANÇA
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STF: O mandado de segurança não é o instrumento
processual adequado para o controle abstrato de constitucionalidade de leis e atos
normativos. STF. 2ª Turma. RMS 32.482/DF, rel. orig. Min. Teori Zavaski, red. p/ o ac. Min.
Edson Fachin, julgado em 21/8/2018 (Info 912).
NATUREZA JURÍDICA
Híbrida, pois ação civil com procedimento sumarizado, além de ser um remédio
constitucional.
STF - Súmula nº 625: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de
mandado de segurança.
Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual,
será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira
reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta
integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.
LEGITIMIDADE ATIVA
E os entes despersonalizados?
DECADÊNCIA
Vale dizer que o STJ e STF não admitem intervenção de terceiro em MS.
(...) No entanto, com o Novo CPC: a doutrina defende que, com o novo CPC, é possível a
intervenção de amicus curiae em processo de mandado de segurança (Enunciado nº 249 do
Fórum Permanente de Processualistas Civis). STF. 1ª Turma. MS 29192/DF, rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 19/8/2014 (Info 755).
ATENÇÃO! Questiona-se se a coisa julgada que se formou perante o legitimado
extraordinário produz efeitos perante o legitimado ordinário:
2ª corrente (majoritária): entende que a coisa julgada formada perante o
legitimado extraordinário atingirá o legitimado ordinário. Raciocínio contrário
tornaria inútil o instituto da legitimidade extraordinária.
LEGITIMIDADE PASSIVA
Assim, para que seja aplicada a Teoria da Encampação, a autoridade coatora deve ter
sido indicada de modo equivocado, mas esta é hierarquicamente superior à autoridade
correta e quando aquela se manifesta no MS acaba justificando o ato do seu
subordinado, desde que seja mantida a competência que, de fato, deveria ser
observada.
#ATENÇÃO¹: O simples fato da atividade ser autorizada (ex.: consórcio) não gera MS.
#ATENÇÃO²: Representantes ou órgãos de partidos políticos podem ser sujeitos passivos em
MS.
Hoje o entendimento seria então que cabe MS mesmo se a decisão aceita recurso,
desde que este não tenha efeito suspensivo. MAS É BOM TER CUIDADO COM ESSE
ENTENDIMENTO...LER A QUESTÃO PRA ENTENDER O QUE ESTÃO QUERENDO.
Nesse caso cabe rescisória e não MS, porém a doutrina começou a discutir se
seria cabível nos procedimentos em que não se admite rescisória como ocorre,
por exemplo, no JEC. Nesse caso, entende Daniel Assumpção que caberia
querela nullitatis. A doutrina majoritária entende, porém, que, por não
caber rescisória, caberia MS.
§ 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias
de serviço público.
OBJETO DE IMPETRAÇÃO
Atos normativos concretos. Atos normativos abstrato não podem ser combatidos por
meio de MS.
Ato interna corporis não pode ser atacado por via de MS, em virtude da
independência dos poderes. "Interna Corporis" são questões que devem ser
resolvidas internamente por cada poder, sendo questões próprias de
regimento interno; ex.: cassação de um deputado ou senador por falta de decoro
parlamentar.
ATO JUDICIAL
Para conhecimento da impetração, exige-se a cumulação de três requisitos:
ATO ADMINISTRATIVO
PRAZO DECANDENCIAL
#SELIGANAJURISPRUDÊNCIA:
Em outubro/2004, a parte impetrou mandado de segurança no STF. O writ foi proposto depois
que já havia se passado mais de 120 dias da publicação do ato impugnado. Dessa forma, o
Ministro Relator deveria ter extinguido o mandado de segurança sem resolução do mérito pela
decadência. Ocorre que o Ministro não se atentou para esse fato e concedeu a liminar
pleiteada. Em março/2017, a 1ª Turma do STF apreciou o mandado de segurança. O que fez o
Colegiado? Extinguiu o MS sem resolução do mérito em virtude da decadência? NÃO. A 1ª
Turma do STF reconheceu que o MS foi impetrado fora do prazo, no entanto, como foi
concedida liminar e esta perdurou por mais de 12 anos, os Ministros entenderam que deveria
ser apreciado o mérito da ação, em nome da segurança jurídica. STF. 2ª Turma. MS 25097/DF,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 28/3/2017 (Info 859).
RMS 32487/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 7/11/2017 (Info 884)
• O ato que SUPRIME ou REDUZ vantagem de servidor é ato único ou prestação de trato
sucessivo? Para o STJ, é preciso fazer a seguinte distinção:
• Supressão: ato ÚNICO (prazo para o MS é contado da data em que o prejudicado tomou
ciência do ato).
COMPETÊNCIA
Será aferida com base na qualidade da autoridade pública ou da delegação titularizada
pelo particular. Do ponto de vista territorial, será o local onde a autoridade coatora
exerce suas funções, competência esta de índole absoluta.
Caso uma das autoridades tenha maior hierarquia com privilegio de foro, este
determinara a competência.
#SELIGANASÚMULA:
Súmula 41 STJ: O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar e
julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos
Respectivos órgãos (compete ao próprio TJ ou TRF).
Súmula 376 STJ: Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança
contra ato de juizado especial.
Súmula 330 STF: O Supremo Tribunal Federal não é competente para conhecer de
mandado de segurança contra atos dos tribunais de Justiça dos Estados.
Súmula 624 STF: Não compete ao supremo tribunal federal conhecer originariamente
de mandado de segurança contra atos de outros tribunais.
ROC a ser julgado pelo STJ ROC a ser julgado pelo STF
I - Caberá ROC para o STJ se qualquer TRF ou I - Caberá ROC para o STF se
TJ denegar (ou seja, julgar contra o autor qualquer Tribunal Superior denegar (ou seja,
de): julgar contra o autor de):
·Habeas corpus ·Habeas corpus
·Mandado de segurança ·Mandado de segurança
·Mandado de injunção
·Habeas data
II - Caberá ROC para o STJ se qualquer juiz
federal julgar uma causa que envolva:
·Estado estrangeiro X Município brasileiro
·Estado estrangeiro X pessoa residente ou
domiciliada no país
·Organismo internacional X Município II - Caberá ROC para o STF em caso de
brasileiro qualquer juiz federal julgar crime político.
·Organismo internacional X pessoa residente
ou domiciliada no país
Os crimes políticos são julgados por juiz
federal (art. 109, IV, CF). Neste caso, o
Exemplos de organismo internacional: ONU, recurso contra a decisão do juiz federal é o
Unesco, Cruz Vermelha. ROC, interposto diretamente no STF (a
questão não passará pelo TRF).
Obs: as causas entre Estado estrangeiro ou
organismo internacional e Município ou
pessoa domiciliada ou residente no País são
julgadas pelo juiz federal (art. 109, II, CF).
Neste caso, o recurso contra a decisão do
juiz federal nessas causas é o ROC,
interposto diretamente no STJ (a questão
não passará pelo TRF).
#SELIGANASÚMULA: Súmula 272 STF: Não se admite como ordinário recurso extraordinário de
decisão denegatória de mandado de segurança.
#SELIGANASÚMULA:
Súmula 269 STF: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STF
É possível que o impetrante desista do MS após já ter sido prolatada sentença de mérito? Em
regra, SIM. Existem julgados do STF e STJ admitindo (STF. RE 669367/RJ, Min. Rosa Weber,
julgado em 02/05/2013; STJ. 2ª Turma. REsp 1.405.532-SP, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em
10/12/2013. Info 533). O entendimento acima parecia consolidado. Ocorre que, em um caso
concreto noticiado no Informativo 781, o STF afirmou que não é cabível a desistência de
mandado de segurança, nas hipóteses em que se discute a exigibilidade de concurso público
para delegação de serventias extrajudiciais, quando na espécie já houver sido proferida
decisão de mérito, objeto de sucessivos recursos. STF. 2ª Turma. MS 29093 ED-ED-AgR/DF,
MS 29129 ED-ED-AgR/DF, MS 29189 ED-ED-AgR/DF, MS 29128 ED-ED-AgR/DF, MS 29130 ED-
ED-AgR/DF, MS 29186 ED-ED-AgR/DF, MS 29101 ED-ED-AgR/DF, MS 29146 ED-ED-AgR/DF, Rel.
Min. Teori Zavascki, julgados em 14/4/2015 (Info 781).
A lei reduz a legitimação dos partidos políticos expressamente “na defesa de seus
interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária”. Assim, cria
limitação subjetiva, relativa aos integrantes do partido político, e objetiva, relativa à
finalidade partidária.
Súmula 630 STF: a entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
INTERVENÇÃO FEDERAL
É uma medida excepcional, de natureza política, ...afastamento temporário da
autonomia de um ente federativo quando verificadas as hipóteses taxativamente
previstas na Constituição Federal.
As hipóteses devem ser interpretadas restritivamente.
OITIVA DE ÓRGÃOS
Prévia oitiva do Conselho da República (art. 90, I), e o Conselho de Defesa Nacional.
Não há vinculação aos pareceres.
PRESSUPOSTOS MATERIAIS
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei;
PRESSUPOSTOS FORMAIS
Legitimidade ativa – Presidente da República, por meio de decreto. Esse decreto deve
prever a amplitude, o prazo de duração da intervenção, condições. Se for o caso, o
Presidente pode nomear interventor (ocorre quando a intervenção está
relacionada a algum ato do Poder Executivo).
ESPÉCIES
1) Intervenção espontânea: a sua decretação depende apenas da ocorrência
dos motivos que a autorizam (...) sem qualquer tipo de provocação, decretar
a intervenção. Nesse caso, o Presidente tem discricionariedade para
decidir se quer ou não decretar a intervenção, sendo este um ato de natureza
política.
Incisos I a IV.
2) Intervenção solicitada: a decretação depende de solicitação do
Legislativo ou do Executivo. Nesse caso, a decretação da intervenção
também será ato discricionário – o Presidente não é obrigado a decretar.
Trata-se da hipótese do art. 36, I (primeira parte) da CF.
3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso
Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
CABIMENTO
o art. 34, VI (recusa à execução de lei federal) ou art. 34, VII (princípios
constitucionais sensíveis).
É uma decisão irrecorrível, não cabe ação rescisória.
SÚMULA 637 STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de
Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município.
#DIZERODIREITO:
Por que não cabe recurso extraordinário?
O recurso extraordinário destina-se a impugnar decisões judiciais (em sentido estrito). Quando
o Tribunal de Justiça decide um pedido de intervenção estadual essa decisão, apesar de
emanar de um órgão do Poder Judiciário, reveste-se de caráter político-administrativo (e não
jurisdicional). Logo, por se tratar de uma decisão político-administrativa proferida pelo Poder
Judiciário, contra ela não cabe recurso extraordinário já que não existe uma “causa judicial”.
10
#COMOFOICOBRADO: (Juiz TJAM 2013 FGV) O procedimento destinado a viabilizar, nas hipóteses de
descumprimento de ordem ou de sentença judiciais (CF, Art. 34, VI, e Art. 35, IV), a efetivação do ato de
intervenção – trate‐se de intervenção federal nos Estados‐membros, cuide-se de intervenção estadual
nos Municípios – reveste‐se de caráter político‐administrativo, muito embora instaurado perante órgão
competente do Poder Judiciário (CF, Art. 36, II, e Art. 35, IV), circunstância que inviabiliza, ante a
ausência de causa, a utilização do recurso extraordinário. (item CORRETO).
Resumindo o que foi julgado pelo STJ:
1) A União poderá intervir no Estado ou DF para prover (garantir) a execução de ordem ou
decisão judicial que esteja sendo desrespeitada (art. 34, VI, da CF/88). Ocorrendo esse
descumprimento, o STF, o STJ ou o TSE, a depender de qual ordem/decisão judicial esteja
sendo desatendida, irá requisitar do Presidente da República a intervenção federal.
3) Para saber qual o Tribunal Superior será competente deverá ser analisada a matéria
discutida e para quem seria dirigido o eventual recurso.
JURISPRUDÊNCIAS DO STF
Dado o caráter nacional de que se reveste, em nosso regime político, o Poder Judiciário, não se
dá por meio de intervenção federal, tal como prevista no art. 34 da Constituição, a
interferência do Supremo Tribunal, para restabelecer a ordem em Tribunal de Justiça estadual,
como, no caso, pretendem os requerentes. Conversão do pedido em reclamação a exemplo do
resolvido, por esta corte, no pedido de Intervenção Federal 14. (Rcl 496-AgR, Rel. Min. Octavio
Gallotti, julgamento em 23-6-1994, Plenário, DJ de 24-8-2001.)
Por não se tratar de causa, em sentido próprio, mas de providência administrativa, da privativa
iniciativa do Tribunal de Justiça, não cabe recurso extraordinário contra a decisão daquela
corte, que indeferiu o encaminhamento do pedido de intervenção federal, por suposto
descumprimento de decisão judicial (art. 34, IV, da Constituição). (RE 149.986, Rel. Min.
Octavio Gallotti, julgamento em 9-3-1993, Primeira Turma, DJ de 7-5-1993.)
ESTADO DE DEFESA
São estados de legalidade extraordinária (“constitucionalização das circunstâncias
excepcionais” – É o termo utilizado por Canotilho). A própria CF prevê a sua
excepcionalidade.
regional.
Assim como as demais, é medida privativa do Presidente.
CABIMENTO
Grave e iminente instabilidade institucional que ameace a ordem pública ou a paz
social.
Calamidade de grandes proporções na natureza que atinja a mesma ordem pública
ou a paz social.
PROCEDIMENTO
1 - Prévia manifestação dos conselhos superiores. Não vinculam.
2 - Decreto do Presidente da República estabelecendo prazo de duração, que não
pode ser superior a 30 dias, admitida uma prorrogação. Nada impede que seja
decreto por prazo de 10 dias.
3 - Especificação das áreas abrangidas.
4 - Indicação das medidas coercitivas, dentre as arroladas no art. 136, §1º.
EFEITOS
Adoção de legalidade especial para a área delimitada no decreto, podendo incidir as restrições
aos seguintes direitos:
a) de reunião;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
d) ocupação e o uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, e
e) prisão por crime contra o Estado ou por outros motivos, por período não
superior a dez dias, salvo autorização do Judiciário.
CONTROLE DO LEGISLATIVO
1º Para determinar a legalidade do decreto de instauração e possível prorrogação,
submetido à apreciação no prazo de 24h. O CN terá 10 dias para apresentar decisão.
Se estiver em recesso, será convocado no prazo de 05 dias.
CONTROLE DO LEGISLATIVO
CABIMENTO
PROCEDIMENTO
Efeitos
1) substituição da legalidade comum por uma legalidade constitucional
extraordinária;
CONTROLE DO LEGISLATIVO
PRÉVIO: JÁ VISTO
a) Medida provisória
b) Estado de defesa
c) Estado de sítio
JURISPRUDÊNCIAS
O Delegado de Polícia está subordinado ao governador do Estado, e o respectivo concurso pode exigir
altura mínima para ingresso, desde que consta na Lei da Carreira do Estado. (STF)
O Delegado de Polícia, segundo a Constituição (CRFB) e o Supremo Tribunal Federal
(STF), ainda que figure na primeira classe da carreira, pode chefiar a Polícia Civil do
Estado, se escolhido pelo governador.
Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus
presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de
sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de
ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em
decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. (STF)
Questão 02: “Os policiais civis são remunerados por subsídio fixado em parcela
única, por meio de lei de iniciativa privativa do Governador do Estado, vedado o
acréscimo de qualquer outra espécie remuneratória.”
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
HABEAS DATA
Garantia do direito que assiste a todas as pessoas de ter acesso às informações a seu
respeito que constem de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de
caráter público, para que delas tome conhecimento e, se necessário for, para retificar os
dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação. Ex: Abrange os serviços
de proteção de crédito ou de listagens da mala direta.
Não se concede Habeas Data para o acesso às informações de caráter sigiloso ou que
possam afetar a segurança da sociedade ou do Estado.
Não se confunde com o direito de obter certidões, caso que será o MS o remédio
constitucional adequado.
Art.102, II, “a”: compete ao STF julgar em recurso ordinário o habeas data
decidido em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a
decisão;
• Art.109, VIII: aos juízes federais compete processar e julgar os habeas data
contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais
federais;
Como lidar com a previsão de ROC para o STJ em Habeas Data, constante em lei? A lei de
HABEAS DATA PREVÊ ROC PARA O STJ EM HABEAS DATA. ESSA PREVISÃO É CONSIDERADA
PELA DOUTRINA INCONSTITUCIONAL. O ROC ESTÁ PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO, NÃO
CONSTANDO ROC PARA O STJ EM HABEAS DATA. Uma lei infra não pode criar recurso p STJ
sem previsão constitucional.
HABEAS CORPUS
O habeas corpus traduz-se em uma ação autônoma de impugnação, de natureza
mandamental e com status constitucional.
Não cabe dilação probatória em sede de HC, mas a complexidade das teses jurídicas
HC pode ser deferido de ofício por juízes e tribunais. ATENÇÃO!!! o Tribunal pode
conceder habeas corpus de ofício, mas para isso acontecer é necessário que ele seja o
Tribunal competente para apreciar eventual pedido de habeas corpus relacionado com este
caso. STF. Plenário. Rcl25509 AgR/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 15/2/2017(Info
854).
#SELIGA: A pessoa, sem ter capacidade postulatória, impetra um HC e este é
negado. Essa mesma pessoa poderá ingressar com recurso contra decisão? Para
se interpor o recurso contra decisão denegatória de HC, a capacidade
postulatória também é dispensada?
Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se deve aplicar, por analogia,
o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os legitimados para propor mandado de
injunção coletivo. Assim, possuem legitimidade para impetrar habeas corpus coletivo: 1) o
Ministério Público; 2) o partido político com representação no Congresso Nacional; 3) a
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano; 4) a Defensoria Pública. STF. 2ª Turma. HC
143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018 (Info 891)
Para Luiz Flávio Gomes, ele tem cabimento quando o mandado prisional já foi
expedido, mas ainda não foi cumprido.
d) Supressão de instância: para que o writ possa ser conhecido por uma instância
superior, é necessária a provocação dos juízes inferiores acerca da matéria que se
pretende impugnar, sob pena de indevida supressão de instância, salvo em situações
teratológicas ou de manifesta ilegalidade.
Não cabe HC contra prisão militar disciplinar, exceto se o ato estiver revestido de
ilegalidade.
JUSTIÇA DO TRABALHO
V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
Essa hipótese cuida da prisão por crime afiançável, não sendo, porém, arbitrada fiança
em favor do paciente. Nesse caso, a impetração do habeas corpus não visa à sua
liberação, mas sim o arbitramento da fiança.
Finalmente, importa destacar que uma fiança de valor desproporcional, impossível de ser
cumprida pelo imputado, equipara-se a uma recusa injustificada em concedê-la.”
#ATENÇÃO: Nos termos da Súmula 695 do STF, não cabe habeas corpus quando já
extinta a pena privativa de liberdade.
apreensão de veículos;
pedido de reabilitação;
Visita a detento;
impeachment;
custas processuais;
ENTENDIMENTO (MAJORITÁRIO): Em regra, não cabe habeas corpus para o STF contra
decisão monocrática do Ministro do STJ que não conhece ou denega habeas corpus que havia
sido interposto naquele Tribunal. É necessário que primeiro o impetrante exaure (esgote), no
tribunal a quo (no caso, o STJ), as vias recursais ainda cabíveis (no caso, o agravo regimental).
Exceção: essa regra pode ser afastada em casos excepcionais, quando a decisão atacada se
mostrar teratológica, flagrantemente ilegal, abusiva ou manifestamente contrária à
jurisprudência do STF, situações nas quais o STF poderia conceder de ofício o habeas corpus.
STF. 1ª Turma. HC 139612/MG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/4/2017 (Info
862) #SELIGANAEXCEÇÃO
Súmula 319, STF: O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal,
em habeas corpus ou mandado de segurança, é de cinco dias.
Súmula 395, STF: Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja
resolver sobre o ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de
locomoção.
Súmula 606, STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de
decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo
recurso.
Jurisprudência correlata
O reexame da dosimetria da pena em sede de habeas corpus somente é possível
quando evidenciada flagrante ilegalidade e não demandar análise do conjunto
probatório.
Já respondi questões que diziam que não é cabível HC para garantir o direito de visitar
menor sob guarda.