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UD I – Constituição Federal
Notas
Objetivos
Ao finalizar esta unidade, o participante deverá ser capaz
de:
1. Apresentação
2. Constituição Federal
Conceito
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De acordo com o STF os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
celebrados pelo Brasil têm status supralegal, situando-se abaixo da Constituição, mas
acima da legislação interna.
Quanto à forma
- Constituição escrita (ou instrumental) - elaborada em um único texto.
O exemplo de constituição escrita clássico é a nossa CF de 1988.
- Constituição não escrita - é uma constituição costumeira, ou seja, suas
regras não são escritas, mas seguem os princípios e costumes da
sociedade. A constituição do Reino Unido é um exemplo.
Quanto à alterabilidade
- Constituições imutáveis - são aquelas que não são alteradas de jeito
nenhum.
- Constituições rígidas - são aquelas cujo processo para serem alteradas
é extremamente difícil de acontecer. É o caso da nossa atual
Constituição, a CF/1988, art. 60, § 2º. O autor Alexandre de Moraes
classifica nossa constituição como super-rígida porque em alguns pontos
ela seria imutável. Este constitucionalista afirma isso porque existem as
cláusulas pétreas, no art. 60, § 4º.
- Constituição flexível pode ser alterada da mesma forma que se altera
uma lei.
- Constituições semi-rígidas ou semiflexíveis - são aquelas
constituições cujas regras podem ser alteradas, em algumas partes, por
um processo mais simples, iguais aos das leis ordinárias, e, em outras
partes, por um processo mais difícil, como é o caso da constituição
rígida.
Quanto ao conteúdo
- Constituição material – consiste no conjunto de regras materialmente
constitucionais.
- Constituição formal – o conteúdo não é necessariamente
constitucional.
Quanto à extensão
- Constituição sintéticas - tratam apenas das regras básicas deorganização
do Estado (princípios).
- Constituição analíticas - tratam de tudo o que o poder constituinte
achar relevante, sendo ou não regra básica.
Quanto à finalidade
- Constituição-garantia – tipo clássico cujo objetivo é garantir a
liberdade.
- Constituição-balanço – descreve e registra a organização político
estabelecida.
- Constituição dirigente – estabelece um plano no sentido de uma
evolução política.
4. Poder Constituinte
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NOTAS DE AULA
5. Teorias do Estado
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Conceito de Estado : Estado é uma sociedade política, dotada de
algumas características próprias, ou dos elementos essenciais.
Elementos do Estado
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Estado não se confunde com país. Estado é uma sociedade política. País é o componente
espacial de um Estado. País é o habitat do povo de um Estado. O nome do país é Brasil.
Estado é diferente de nação. Estado é uma sociedade política. Nação é um conjunto de
pessoas ligadas pela mesma origem, culturas, língua, história, crença. Nação tem um
conceito sociológico, para nós. Agora, para quem adota a cultura jurídica anglo-saxônica
(EUA, Inglaterra, Austrália) nação é igual a Estado.
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UD II – Princípios Fundamentais
Notas
Objetivos
Ao finalizar esta unidade, o participante deverá ser capaz
de:
1. Princípios Fundamentais
2
Trata-se de uma clausula pétrea art. 60° §4, I
Direito Constitucional - CBFPM MP 15–2
NOTAS DE AULA
NOTAS DE AULA
Cabe salientar que o autor José Afonso da Silva (2018, p. 185) ainda
elenca outras duas:
a) imprescritibilidade: não desaparecem pelo decurso do tempo.
b) inalienabilidade: não há possibilidade de transferência dos direitos
fundamentais a outrem.
c) Impenhorabilidade: por não possuirem um valor comercial não há
como penhorar direitos fundamentais
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Os remédios constitucionais são eles: o Habeas Corpus, Habeas Data, o Mandado de
Segurança, o Mandado de Injunção a Ação Popular.
§3°),
5 Disque denúncia (denúncia anônima) serve como prova processual, uma vez que a CR
veda o anonimato? A investigação pela autoridade competente é autônoma em relação à
denúncia. Não se admite a denúncia anônima, pura e simples, como prova processual;
contudo, se o disque denúncia servir apenas para que a autoridade investigue (inquérito) e
colha as provas válidas para a instauração do processo, não haverá inconstitucionalidade.
II .As provas colhidas a partir da denúncia anônima não seriam ilícitas por derivação (teoria
dos frutos da árvore envenenada)? O STF entende que a investigação é autônoma em
relação à denúncia anônima, logo não fica contaminada por ter sido desencadeada por esta.
III. Bilhetes ou cartas apócrifos (sem assinatura) servem como prova? Em regra não.
Exceções Admitidas pelo STF: Quando constituírem o próprio corpo de delito do crime: O
STF admite quando o bilhete constitui o próprio corpo de delito do crime (ex: carta
injuriosa é o corpo de delito do crime contra a honra, logo é válida como prova). Quando
forem produzidos pelo próprio acusado: O STF admite quando o bilhete sem assinatura é
produzido pelo próprio acusado (ex: bilhete que o sequestrador pede o resgate). Claro que a
utilização do elemento como prova dependerá de perícia etc.
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O que é Estado Laico? Estado Laico é aquele que não tem religião oficial. Há uma separação
entre Estado e Igreja. Não são liberdades absolutas, pois pelo princípio da relatividade ou da
convivência das liberdades públicas, todos os direitos fundamentais podem ser limitados. Diante
disso, não pode o cidadão fazer qualquer coisa sob a alegação de estar exercitando sua liberdade
de consciência ou de crença. II A liberdade de consciência é mais ampla que a liberdade de
crença ou de culto, pois a primeira contém o direito a liberdade filosófica, política e até a própria
liberdade de crença. III A liberdade de culto é a própria manifestação ao direito de liberdade de
crença. Em que pese a CF proteger templos com medidas como imunidade tributária, não limita
os cultos aos templos. O direito de crença e culto pode ser exercido em qualquer lugar, desde que
respeite os limites da CF para as manifestações em geral. IVEm que pese o povo brasileiro seja
bastante religioso, o Estado brasileiro não possui religião oficial. Assim, o Brasil é um Estado
Laico, Leigo ou Não Confessional. V O Brasil passou a ser um Estado Laico a partir da
proclamação da República, em 1890. Essa posição adotada pelo Estado Brasileiro implica uma
neutralidade em relação às religiões.
A presunção de inocência (CF, art. 5º, LVII), estabelece que ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória, consagrando a presunção de inocência, um dos princípios
basilares do Estado de Direito como garantia processual penal. Dessa forma
vemos a preocupação do Estado em garantir a liberdade pessoal.
INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO
O art. 5º, XI, refere-se à casa como asilo inviolável. Para nela penetrar é
necessário consentimento do morador ou ordem judicial, desde que expedida
Direito Constitucional - CBFPM MP 15–13
para efetivá-la durante o dia, exceto nas hipóteses de flagrante delito, para
prestar socorro ou no caso de desastre.
Direito adquirido: Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada. É cláusula pétrea, pois trata de direito individual.
11 Existem duas interpretações quanto à relação: 1ª: José Afonso da Silva: O Direito de
propriedade só é garantido se a propriedade atender à sua função social. Crítica: Por essa
interpretação, se o MST invade uma propriedade improdutiva (sem função social), tal
atitude seria legítima. Não há como compactuar com algo assim. Mesmo não cumprindo a
função a propriedade tem uma proteção. 2ª: Daniel Sarmento: Se a propriedade cumpre a
sua função social ela terá uma proteção maior do que aquela que não cumpre, ou seja, não é
pelo fato de não cumprir a função social que o direito à propriedade deixa de ser protegida.
A diferença reside no grau de proteção, que será maior em relação à propriedade que
cumpre a função social a ela incumbida.
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UD III – Divisão Orgânica dos Poderes
Notas
Objetivos
Ao finalizar esta unidade, o participante deverá ser capaz
de:
2. Poder Legislativo
Exige-se, por sua vez, maioria de dois terços da Câmara dos Deputados para
autorizar instauração de processo por crime de responsabilidade, três quintos
para aprovar emenda constitucional.
3. Espécies Legislativas
Leis ordinárias: como o próprio nome diz, são aquelas que tratam de todas
as matérias possíveis, sem qualquer rito especial para sua aprovação
(requerem somente maioria simples, que significa mais da metade dos
presentes). Existem basicamente duas limitações às leis ordinárias, quais
sejam: não podem dispor sobre matérias reservadas à lei complementar nem
tratar sobre assuntos de competência privativa das casas legislativas.
4. Poder Executivo
13 Sistemas eleitorais: são regras que definem quais são os eleitos e como eles são eleitos:
Sistema eleitoral majoritário: valoriza-se o candidato registrado por partido político.
Adotado nas eleições para presidente, governador, prefeito e senador. Majoritário
absoluto (ou com segundo turno de votação): eleição para presidente, governador e prefeito
com mais de 200.000 eleitores. A CF neste caso exige que quem ganhar alcance no mínimo
a maioria absoluta dos votos válidos (são aqueles ofertados subtraindo-se os em branco e os
nulos – art. 77 § 2°) > o Sistema Majoritário absoluto existe para que não seja eleito um
chefe do executivo com somente 20% de legitimidade do eleitorado nacional. Majoritário
simples: eleição para senador e prefeito com menos de 200.000 eleitores. Sistema eleitoral
proporcional: valoriza-se o Partido Político pelo qual o candidato está disputando a
eleição. Este sistema é adotado nas seguintes eleições: deputados federais, deputados
estaduais e vereadores. Neste sistema nem sempre o candidato mais votado será eleito.
Existe o Voto de Legenda. Regas são definidas no Código Eleitoral. Exemplo: 1 Milhão de
votos válidos p/ deputado federal em um estado que tenha 10 deputados (se divide 1 milhão
por 10 que dá 100.000 – quociente eleitoral).
5. Poder Judiciário
NOTAS DE AULA
Quando o crime militar for praticado contra civil, será julgado por um
juiz singular. Quando a vítima também for militar, daí se julgará por um
colegiado.
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RGS, SP e Minas Gerais que existe TJM.
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UD IV – Da Defesa do Estado e das
Instituições Democráticas
Notas
Objetivos
Ao finalizar esta unidade, o participante deverá ser capaz
de:
Estado de sítio (Art. 137 da CF): pode ser acionado em três hipóteses, com
aplicações diferentes:
Por sua vez, no caso do inciso II, em que haja estado de guerra ou
resposta a agressão armada estrangeira, o estado de sítio poderá durar
enquanto perdurar a guerra ou agressão. Dessa forma, considerando que não
seria possível antecipar a duração do conflito, o decreto presidencial não
precisaria dizer seu prazo. Por outro lado, o estado de sítio continua sendo
temporário e tendo seu prazo determinado, ainda que impreciso.
Intervenção Federal
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UD V – Segurança Pública
Notas
Objetivos
Ao finalizar esta unidade, o participante deverá ser capaz
de:
2. A Constituição Federal e os
Militares
Dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (Art. 42)
- os membros das polícias militares e corpos de bombeiros militares,
instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Art. 14 [...]
Art. 40 [...]
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo,
emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da
administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI,
alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto
permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe
o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a
reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não,
transferido para a reserva, nos termos da lei;
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII,
XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na
forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI,
alínea "c";
REFERÊNCIAS