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Resumo de Direito Constitucional e Resumos de Direito


Internacional Público- 1º ano de Direito
derecho internacional publico (Universidade Portucalense Infante D. Henrique)

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Direito Constitucional
O que e?
 É o direito que vem expresso na Constituição. Disciplina que
constitucionaliza todo o direito.

Lei fundamental de cada Estado e, por


isso, regula normas igualmente
fundamentais para o mesmo. É a fonte
hierarquicamente superior do Direito.

 “o direito constitucional é a parcela da ordem jurídica que rege o


próprio estado como comunidade e poder”.
 “o direito constitucional obriga à Constitucionalização de todo o
Direito”.
 “é um conjunto de princípios e de normas que regulam a organização,
o funcionamento e os limites do poder político do Estado, assim como
estabelecem os direitos das pessoas que pertencem à respetiva
comunidade política.

Normas Constitucionais e Normas Ordinárias


São as mais importantes de um ordenamento jurídico e encontram-se no
topo da hierarquia. Constituem o suporte e fundamento das restantes
normas jurídicas, designadas como normas ordinárias que quando não
respeitam a Constituição, são inconstitucionais.

Primeiras Constituições
 Surgiram nos finais do século XVIII com as Revoluções Liberais.
 Surgem porque se pretendia, por um lado, terminar com a
concentração dos poderes no monarca e, por outro lado, queriam
garantir a proteção dos direitos dos cidadãos perante o Estado
entendeu-se que era necessário que existissem normas escritas que
definissem a organização do poder politico e que consagrassem um
elenco de direitos fundamentais do cidadão.
 O Estado passou a estar vinculado à Constituição e às leis, estava
subordinado ao Direito.
 A 1ª Constituição escrita surgiu no Estado de Virgínia em 1776.

Antecedentes do Constitucionalismo
 Magna Carta  1215  foi imposta pela nobreza inglesa ao Monarca
que embora ainda não fosse uma verdadeira declaração de direitos já
procurava resolver questões do Estado.
 Petition of Rights  1628  surgiu em Inglaterra, foi imposta pelo
próprio Parlamento ao Monarca (Carlos I) e manifestava uma tomada
de posição por parte do Parlamento relativamente a certos princípios
fundamentais das liberdades civis para proteção dos cidadãos face ao
Monarca.
 Covenants (Contratos de Colonização)  Século XVII  celebrados
entre os colonos que estavam fixados na América e o estado da sua
origem.

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 Leis Fundamentais do Reino  Século XVII  impostas pelas Cortes


ao Monarca e ele não podia modificá-las. Diziam mais respeito às
questões da sucessão ao trono e pouco definiam os direitos dos
súbditos.
 Instrumento do Governo de Cromwell  1653  foi criado pelo
próprio Cromwell para justificar o seu poder.

Portugal
 A 1ª Constituição em Portugal foi a de 1822 (criada por uma
Assembleia Constituinte eleita para esse efeito).
 Em 1826 surge uma nova Constituição criada pelo Rei D. Pedro IV e
foi dada à Nação daí ser designada como Carta Constitucional.
 1838, surge a 3ª Constituição por forçadas lutas liberais entre D.
Pedro e D. Miguel. Foi resultado de um pacto entre o Monarca (D.
Maria II) e as Cortes.
 No ano de 1910, dá-se a Revolução de 5 de Outubro que levou à
instauração da República e foi criada a Constituição de 1911 que
instituiu a República e um sistema de governo Parlamentar.
 1933, 5ª Constituição elaborada por uma Comissão designada pelo
Chefe de Estado posteriormente submetida à aprovação popular
através de um plebiscito. Esteve em vigor até à Revolução de 25 de
Abril de 1974 que pretendeu terminar com o Regime Politico Ditatorial
em vigor com base na Constituição de 1933 e instaurar um Regime
Político Democrático.
 2 de Abril de 1976, surge uma nova Constituição que está em vigor
até aos dias de hoje. Com a entrada em vigor, a Assembleia
Constituinte foi dissolvida e foram eleitos os órgãos previstos na
Constituição. Foi resultado de 7 revisões: 1982, 1989, 1992, 1997,
2001, 2004 e 2005.

Espécies de Direito Constitucional


Particular  Apenas se dedica à analise do ordenamento Constitucional de
um Estado em concreto.
Geral  Fixa uma dogmática constitucional, ou seja, vai fixar conceitos,
princípios fundamentais que vão servir de enquadramento teórico ao estudo
do Particular.
Comparado  Descreve os vários sistemas constitucionais positivos
tentando captar as suas caraterísticas e os aspetos semelhantes ou
diferentes, podendo fornecer contributos para o Direito Constitucional.

A Ciência Política tem caráter descritivo e não normativo, tem


como objetivo uma realidade factual. O Direito Constitucional e
uma realidade normativa, visa regular os fenômenos políticos. A
Ciência Política estuda “como e” e o Direito Constitucional diz

Sentidos de Constituição

 Duas perspetivas:
o Perspetiva Material: tem-se em conta o objeto ou conteúdo das
normas.

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o Perspetiva Formal: tem-se em conta a forma ou hierarquia das


normas. Processo de formação das normas e o valor das
mesmas dentro da hierarquia.

Estas duas perspetivas correspondem a sentidos de Constituição. Na


perspetiva material corresponde a Constituição em Sentido Material
enquanto que na perspetiva formal corresponde a Constituição em Sentido
Formal.

 1. Constituição em Sentido Material  abrange todas as normas


jurídicas que vão regular matéria com dignidade constitucional
(direitos fundamentais, como se controla o poder).
 2. Constituição em Sentido Formal  abrange todas as normas
jurídicas que foram criadas com a intenção de serem constitucionais
e terem uma força jurídica superior a todas as outras normas.

o Requisitos de existência de uma Constituição


Formal
 Intencionalidade na formação  as normas jurídicas têm que ser
criadas por um órgão com poder legitimo para esse fim e que as vai
criar de acordo com o processo especifico e com a intenção de
valerem como normas constitucionais.
 Consideração sistemática  as normas têm que estar sistematizadas,
ou seja, não aparecem ao acaso.
 Força jurídica própria  valor hierarquicamente superior face a todas
as outras normas do ordenamento jurídico.

3. Constituição em Sentido Instrumental


Documento onde são reunidas as normas que foram criadas com a intenção
de serem constitucionais, têm a intenção de serem superiores às outras
normas. Em sentido amplo, a Constituição em sentido instrumental será
todo e qualquer texto constitucional, seja ou não Constituição em sentido
formal. Em sentido mais estrito, é o texto chamado Constituição e aqui
depende sempre da existência de uma Constituição em sentido formal.
A Constituição instrumental depende da existência de uma Constituição
formal.

Há 4 maneiras possíveis de relacionamento entre a Constituição


instrumental e a formal

A forma mais vulgar é aquela em que há um único documento


(Constituição), onde se encontra a Constituição em sentido formal. Há
uma coincidência entre a Constituição em sentido instrumental e em sentido
formal.
Em vez de existir um só documento existem vários que foram
elaborados simultaneamente o sucessivamente e foram elaborados
por constitucionais. Temos várias constituições em sentido instrumental e
nesse conjunto encontra-se as formais.
Existe um texto e documentos publicados posteriormente resultantes
da revisão da Constituição mas formam todos uma unidade.
Existe uma Constituição, mas existem textos anteriores a ela mas
que ela própria determina que devem de se manter como Constitucionais.

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Aplicação destes conceitos:


o Temos uma constituição em sentido instrumental pois temos um
documento escrito (Constituição). Temos a constituição em sentido
formal porque foram criadas normas com a intenção de serem
constitucionais e portanto de terem um valor hierarquicamente
superior em relação às outras normas jurídicas e essas normas visam
regular matérias com dignidade constitucional.

Constituições Escritas e
Mistas

o Escritas  Aquelas em que prevalecem as normas escritas.


o Mistas  Aquelas em que as normas escritas e não escritas têm o
mesmo valor, desde que essas regulem matéria com dignidade
constitucional.

Fontes de Direito Constitucional:


o Custom  Traduz-se também numa prática social que é repetido ao
longo dos tempos, da qual vai resultar uma norma que é obrigatória
e aplicada pelos tribunais. É passível de sanção, o não cumprimento
gera sanção.
o Status  Normas escritas que são emanadas pelo Parlamento,
assemelham-se às leis Portuguesas e regulam matéria com
dignidade constitucional. Estão abrangidas as normas criadas pelo
Governo que só legisla com a autorização do Parlamento.
o Precedentes Judiciais  São as decisões dos tribunais que aplicam ou
vão aplicar o direito aos casos concretos. No sistema britânico os
precedentes fazem lei, ou seja, vinculam os tribunais quando têm
que julgar casos análogos.
o Conventions  São também práticas sociais que se repetem,
vinculam também os órgãos do poder politico mas diferentemente do
Custom estas não são passiveis de sanção. Quando articulam
matéria com dignidade Constitucional são também fontes
Constitucionais. Esta prática não está escrita em nenhum sitio.

Existem 3 tipos de Costume:


o Costume Secundum Legem  tem um conteúdo coincidente com
normas constitucionais escritas.
o Costume Praeter Legem  para além da lei. Tem um conteúdo que
abrange matérias não abrangidas pelas normas escritas.
o Costume Contre Legem  tem um conteúdo contrário a normas
constitucionais escritas.
Só o Praeter Legem poderá ser fonte de direito constitucional porque o
primeiro não tem autonomia (porque se aplica a norma escrita) e o último é
inconstitucional porque vai contra a constituição daí não ser aplicado.

Uma 2ª classificação distingue entre constituições flexíveis, rígidas ou


semirrígidas, esta tem como critério o processo de revisão da constituição.
 Constituições Flexíveis são aquelas que não têm nenhum processo
específico para a sua revisão e, como tal são revistas como qualquer
lei ordinária.

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 Constituições Rígidas são aquelas que só podem ser revistas de


acordo com um processo específico previsto na própria constituição e
que é diferente do processo de revisão das leis ordinárias. Este
processo é previsto pela própria constituição e normalmente está
sujeito a vários tipos de limites e que tem que ser respeitado.
 Constituições Semirrígidas são aquelas que em determinadas partes
ou matérias, a revisão segue um processo específico e noutras não.

A 3ª classificação distingue as constituições normativas de constituição


nominal e semântica. Esta classificação foi proposta por Karl Koewenstein
e é feita atendendo ao Critério Ontológico  vai verificar a concordância
entre as normas constitucionais e a realidade do processo político, porque
de acordo com este as constituições não funcionam por si próprias, mas são
aquilo que os detentores do poder fazem delas na prática.

 A constituição normativa é quando as normas constitucionais


dominam o processo político, ou seja, quando o processo do poder se
adapta e submete às normas constitucionais. Neste caso, as
constituições funcionam como um instrumento de controle dos
governantes e de proteção dos governados e por isso, diz-se que a
constituição é válida e eficaz, válida porque limita o poder político e
protege os direitos fundamentais dos cidadãos e é eficaz porque é
vivida (tem vida), tem uma realidade existencial, é aplicada na
prática.
 A constituição nominal é uma constituição válida mas ineficaz porque
não se adapta à dinâmica do processo politico, ou seja, não está de
acordo com as estruturas económicas/politicas/sociais da sociedade a
que se destina e por isso não consegue ser aplicada/vivida.
 As constituições semânticas são invalidas mas eficazes. Inválidas
porque são constituições que não têm em vista a limitação do poder
político e de proteger os cidadãos mas antes formalizar a situação
politica existente em beneficio dos detentores do poder politico. São
eficazes porque são impostas aos cidadãos.
 Constituição Válida  protege os direitos dos cidadãos e limita o
poder político. Constituição Eficaz  quando é aplicada, coincide com
a realidade.
Constituição Nominal  não corresponde com a realidade social
(Constituição do Gabão).

As primeiras constituições escritas eram fundamentalmente utilitárias 


continham apenas a definição de organização de poder político de acordo
com o princípio da separação de poderes e consagravam também um
elenco de direitos fundamentais do cidadão mas apenas direitos de defesa
do cidadão perante o estado.
Estas constituições fixam também um programa que o estado através dos
seus órgãos deve desenvolver e daí se designem por ideológico-
programáticas. Esta classificação aplica-se às constituições dos nossos dias
e nessa perspetiva de constituição existem as chamadas normas
constitucionais programáticas.

Existe uma classificação específica para as normas constitucionais.


2 tipos:

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 Normas exequíveis por si mesmas  são aquelas que são


diretamente aplicadas por si só, não precisam de qualquer outra
norma que as complemente.
 Normas não exequíveis por si mesmas  estão consagradas na
Constituição mas não, direta e imediatamente aplicada porque
precisam de outras normas jurídicas ou atos praticados pelo estado
que vão permitir que elas se tornem aplicáveis.
o Normas preceptivas: são aquelas que se dirigem ao legislador
ordinário e necessitam que sejam criadas normas jurídicas
para as tornar exequíveis – aplicáveis.
o Normas programáticas: contêm um programa e por isso
dirigem-se ao estado e a todos os seus órgãos e estes devem
de praticar todos os atos que forem necessários para tornar as
normas aplicáveis.

Poder Constituinte
Em sentido amplo abrange normas constitucionais escritas quer as não
escritas. Em sentido estrito abrange apenas a criação das normas
constitucionais escritas.
O poder constituinte pode desdobrar-se em 2 espécies:
 Poder Constituinte Originário  é lógica e cronologicamente anterior
à Constituição pelo que não lhe está vinculado, é o poder de criar
uma Constituição ex-novo para um Estado que nunca a teve ou já não
a tem em virtude de uma desagregação social.
 Poder Constituinte Derivado  traduz-se na possibilidade de alterar
uma constituição já existente com o intuito de corrigir imperfeições
detetadas na constituição, colmatar lacunas ou até para adapta-la à
evolução da própria sociedade. Neste constitui-se numa revisão da
constituição e, contrariamente ao anterior este poder tem que ser
exercido nos termos previstos na própria constituição.

Caraterísticas do poder originário:


Natureza  saber se este poder é ou não um poder jurídico. Esta questão
levanta-se pelo seguinte, hoje em dia todos os estados têm uma
constituição e como tal o poder não surge em períodos de normalidade
social mas só quando se verifica uma situação de desagregação social que
pode ser resultante de uma revolução ou golpe de estado.
Para a corrente positivista as revoluções são atos contrários ao direito e
entendem que nestas situações o poder constituinte vai ser exercido pelos
mais fortes e como tal será um fenómeno que ocorre fora do direito. De
acordo com a corrente contemporânea as revoluções podem ser contrárias
ao direito criado pela ordem constitucional mas pode ser considerado como
um fenómeno que é regulado pela sua própria ideia de direito e que é
aquele que inspirou a revolução e que no fundo visa apenas substituir a
ideia de direito existente por uma nova conceção e como tal entende-se que
o poder originário é um poder jurídico.

 As caraterísticas do poder constituinte foram interiorizadas já no


século XVIII após a Revolução Francesa por Sieyes que defendia que o
poder cabia ao povo e à nação, segundo o autor tem 3 caraterísticas:
inicial, autónomo e omnipotente.

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o Inicial porque antes dele não existe qualquer outro que lhe sirva
de fundamento.
o Autónomo porque é independente, ou seja, ele é que decide se,
como e quando elaborar a constituição.
o Omnipotente porque não estaria sujeito a quaisquer regras e
limites.

Constituição
 Instrumental  documento onde estão retidas as normas
constitucionais.
 Formal  intencionalidade na formação. Força jurídica própria ou
superior (força superior às normas ordinárias). Consideração
sistemática (tem que ter unidade e coerência).
 Material  matérias das constituições: matérias com dignidade
constitucional  organização do poder político (OTEC/EFF).

A lei eleitoral serve para organizar as eleições, são constituições em sentido


material.
No caso Português, a Constituição em Sentido Instrumental é a CRP (296
artigos).

Critério Formal
Constituição escrita/ constituição Consuetudinária  baseia-se nos
costumes.
Constituição mista  uma parte está escrita e outra baseia-se nos
costumes.

Critério Cronológico/Conteúdo
Constituições utilitárias (estado liberal).
Constituições ideológico-programáticas
Pergunta típica de exame: (estado social e democrático de
Direito)
 O art. Constituinte
poder 9º CRP Originário pode criar normas constitucionais e
depois serem consideradas inconstitucionais?
o Sim, porque existem valores anteriores ao poder Constituinte
originário e que tem que ser respeitado. Por exemplo, hoje em
dia, não aceitamos a escravatura, logo não pode ser criada uma
norma constitucional a favor, pois existe um valor na sociedade
anterior que o proíbe.

Titularidade do Poder Constituinte Originário


Já antes da idade média vigoravam as monarquias teocráticas, ou seja,
entendia-se que o poder vinha dos deuses e o próprio monarca era um
Deus. Como a idade média foi um período fortemente marcado pelo
cristianismo passou-se a entender que o poder era representado por Deus –
o representante na terra era o papa que delegava o poder no Rei, por isso, o
Rei era consagrado pelo papa.
Nessa altura (idade média), surgiram as teorias do direito divino.
Subdivididas em:
 Sobrenatural  Os governantes eram escolhidos diretamente por
Deus e o poder era um dom divino que era concedido a certas
pessoas por Deus, o que permitia saber qual o escolhido por Deus
era. Normalmente, o facto de as pessoas surgirem em momentos
difíceis e salvarem o povo ou, então a sua participação em milagres.

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 Providencial  Deus ao criar o mundo criou também determinadas


regras e, como tal, nessas regras teria também definido a designação
dos governantes.

Entretanto, com a crise da idade média passou a desenvolver-se a ideia de


que o poder reside no povo e surgem novas teorias que são as teorias
Contratualistas (de contrato):

 Teoria do Poder Popular Alienável - Nestas teorias o poder reside no


povo e este é que transfere o poder para o monarca e essa
transferência é definitiva e irrevogável o que faz com que o monarca
passe a exercer o poder de uma forma definitiva e numa posição
superior ao povo.

 Teoria do Poder Popular Inalienável – o povo apenas concede o


exercício do poder ao monarca e mantem consigo a raiz desse poder.
Como tal, se o monarca não observar o pretendido pelo povo o povo
pode-lhe retirar o poder. Por isso, é que se chama inaliável. Um dos
autores que contribuiu para esta teoria foi Jean-Jacques Rousseau.

No século XVIII, surgiu a chamada teoria monocrática do despotismo


iluminado, por força do iluminismo que foi um movimento cultural que
surgiu em Inglaterra e na Holanda nos fins do século XVII e depois se
estendeu no século XVIII aos restantes estados e defendia o progresso da
ciência e o predomínio da razão. Entretanto, com as revoluções liberais
ocorridas no final deste século surgiram novas ideias como a liberdade,
igualdade, solidariedade, que levaram ao aparecimento de novas teorias
segundo as quais o poder reside no povo ou na nação. Surge a chamada
teoria da soberania nacional e a teoria da soberania popular.

Poder Constituinte
Teoria Direito Divino
 Teoria Direito Divino Sobrenatural
 Teoria Direito Divino Providencial
Tese Contratualista
 Teoria do Poder Popular Alienável
 Teoria do Poder Popular Inalienável
Teoria Monocrática do Despotismo Iluminista
Teoria da Soberania Nacional

Teoria da Soberania Popular

Democrática
 Representativa
 Direta
 Semidireta ou referendaria
Ditatorial
 Monocrática
o Monárquica
o Bonapartista
 Autocrática
Mista

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 Plebiscito
 Pactuada

Teoria da Soberania Nacional  baseia-se no pensamento de Montesquieu e


de Locke, considera que o titular da soberania é a Nação. A Nação é
entendida como uma entidade abstrata e como tal é necessário que os
eleitores designem os representantes. A Nação é uma realidade específica,
diversa dos seus indivíduos que a integram.
 Consequência: só terão legitimidade ou melhor capacidade eleitoral
aqueles indivíduos que à nação considerem mais aptos para a
representarem (sufrágio restrito, censitário e capacitário).
O voto representa uma função, um poder-dever. Os eleitores não exercem o
poder de voto mas sim o poder de exprimir a vontade da Nação. Os
deputados eleitos vão representar a nação e não os seus eleitores, exerce
um mandato representativo e revogado.

Teoria da Soberania Popular  conhecida como uma teoria da soberania


fracionada. Baseia-se na obra de Rousseau. Reside no povo, cada individuo
goza de uma parcela de soberania que exerce quando necessário. A
sociedade política nasceu através de um contrato social, do qual resulta
alienação total de cada associado, com todos os seus direitos a toda a
comunidade. Acredita que cada elemento do povo tem uma parcela de
soberania.
 Consequências: princípio do sufrágio universal, do mandato
imperativo, a defesa da democracia direta e do referendo – (Mandato
imperativo porque os representantes têm que cumprir as tarefas
impostas pelo eleitorado).

A atual CRP consagra a teoria da soberania Popular mas com alguns


elementos da teoria da soberania nacional (art. 1º da CRP).
 O poder político pertence ao povo, teoria da soberania popular.
 Poder que se traduz na possibilidade de alterar a constituição
existente, poder que a própria constituição prevê e tem que ser
exercido dentro dos parâmetros constitucionais.

Hoje em dia, maior parte das constituições são rígidas o que significa que
elas próprias definem o processo que deve de ser observado para se efetuar
uma revisão à constituição. Esse processo, de um modo geral, está sujeito a
um conjunto de limites que podem ser:

 Formais  podem dizer respeito ao órgão que pode exercer a


iniciativa de revisão (pode ser o Parlamento, o que acontece
quando o Sistema de governo é parlamentar; pode ser o Governo, o
que acontece quando o Sistema de Governo é presidencial; pode ser
com competência partilhada entre Parlamento, governo e outros
órgãos o que normalmente acontece quando há sistema de governo
semipresencial) e ainda há maiorias necessárias para a
aprovação da proposta (é exercida uma iniciativa, sendo que o
órgão competente pode ser um órgão especial que é eleito
especificamente para efetuar a revisão constitucional ou pode ser, o
próprio órgão legislativo ordinário, ou seja, o Parlamento,
normalmente as constituições existem mas pedem outros requisitos
para além dessa aprovação, por exemplo, podem exigir um referendo
– Espanhola –, outras constituições exigem que os membros do

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parlamento sejam renovados através de eleições), relativamente à


maioria há 3 tipos: simples, absoluta e qualificada.

o Maiorias necessárias: Está em causa a lei fundamental do


estado e entende-se que tem que existir um consenso dos
representantes do povo que seja suficientemente alargado de
modo a que não existam dúvidas quanto à aprovação e por
essa exigem sempre ou quase sempre maioria qualificada.

 Temporários  Exigência do decurso de um determinado período de


tempo para que a revisão constitucional possa ser realizada. Algumas
constituições são mais flexíveis e permitem a antecipação desse
período desde que seja fundamentada e que respeite determinados
requisitos fixados na Constituição, outras constituições não permitem
antecipação.

 Circunstanciais  Diz respeito a determinadas circunstâncias


excecionais que impedem a revisão da constituição, em regra
traduzem-se no impedimento de realizar a revisão da constituição em
períodos de perturbação. Entende-se que nesses períodos os órgãos
que são encarregados da revisão poderão não ter a liberdade
necessária para a efetuar.

 Limites Materiais  Conjunto de matérias que pela sua natureza ou


por determinação constitucional são consideradas como núcleo
essencial da constituição e, nunca podem ser objeto de revisão
constitucional. Estes limites, levantam várias questões pois são os
mais exigentes e mais limitativos, uma delas é: tentar saber se
funcionam como limites inferiores ou superiores. Os primeiros são
quando impedem a inserção de novas matérias na constituição,
dizem que eles são um limite à constitucionalização. Superiores
quando impedem que certas matérias não possam ser objeto de
revisão. Eles podem ser limites expressos (quando a própria
constituição diz que certas matérias não podem ser objeto de revisão)
e implícitos (quando decorrem do próprio texto constitucional
embora não expressamente indicados), quanto ao seu âmbito podem
dizer respeito a princípios gerais ou a disposições concretas, não
impedem que se altere normas concretas desde que não se afetem
esses princípios, quando dizem respeito a disposições concretas aí
impedem alteração das mesmas (normas).

Relevância jurídica destes limites materiais: consiste em saber se funcionam


como limites absolutos ou relativos.
Absolutos  nunca podem ser alterados pelo poder de revisão e relativos 
condicionam o exercício do poder de revisão mas este pode modifica-lo.

Relativamente a esta existem 3 teses sobre a relevância jurídica dos limites


materiais:
 Da relevância jurídica.
 Da relevância jurídica absoluta.
 Da relevância jurídica relativa.

Constituição portuguesa (atual)

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o É uma Constituição rígida pois consagra todo o processo específico


que tem que ser respeitado quando é exercido o poder de revisão
constitucional.
 Este processo de revisão está consagrado na última
parte da constituição, nos artigos 284º a 289º.

Limites Formais
o Respeitam sempre 3 aspetos e podem ser acrescentados outros.
o Relativamente ao processo de revisão da CRP cabe, exclusivamente,
aos deputados e só a estes, de acordo com o artigo 285º nº1 que se
pode conjugar com o 156º a).
o De acordo com o artigo 285º nº2 que estabelece um limite formal, no
momento em que é apresentado o projeto qualquer outro deputado
pode apresentar um outro projeto no prazo de 30 dias. Decorrido esse
prazo, o órgão competente para aprovação é a AR de acordo com o
artigo 161º a), sendo que, essa aprovação é feita mediante uma lei
constitucional – 166º nº1.
o Essa aprovação exige, pela CRP, que seja por maioria
qualificada, de acordo com o art. 286º nº1 – é uma maioria de
2/3 dos deputados em efetividade de funções.
o Há um mínimo de 180 e um máximo de 230 deputados na AR –
art. 148º.
o Estabelece no art. 286º nº2 que as alterações da Constituição que
forem aprovadas pela maioria têm de ser reunidas, obrigatoriamente,
numa única lei de revisão constitucional. Acrescenta ainda no art.
287º que as alterações à Constituição devem ser logo inseridas no
local próprio.
o A constituição com o seu novo texto deve ser publicada
conjuntamente com a lei de revisão constitucional, no diário da
república – 287º nº2.
o 286º nº3 – qualquer lei da AR depois de aprovada é enviada ao PR
para que seja promulgada. Esta necessidade de promulgação por
parte do PR está prevista no art. 284º b). Relativamente a qualquer
lei da AR, o PR pode sempre decidir promulgar ou não. Este regime é
o aplicável a qualquer lei da AR.
o Quanto à lei de revisão constitucional e, por força do art. 286º nº3 o
PR não pode recusar-se a promulgar pois é obrigado por não haver
relação hierárquica entre a AR e o PR quando a AR está a exercer o
seu poder de revisão. Para além do mais, sempre que o PR achasse
que a revisão restringisse os seus poderes pode vetar. O veto do PR
normalmente é feito considerando a lei genericamente.

Limites Temporais
o Estão consagrados no art. 284º da Constituição e estabelece a
possibilidade de uma Revisão Ordinária e de uma Revisão
Extraordinária.
o 284º nº1 – a AR só pode efetuar a revisão constitucional de 5 em 5
anos, que devem ser contados a partir da última revisão ordinária.
o 284º nº2 – a Constituição permite antecipações a este período de 5
anos e nesse caso existirá uma revisão extraordinária que pode ser
feita em qualquer momento desde que 4/5 deputados em efetividade
de funções aprovem a resolução de antecipação da revisão.

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Revisões:
1882  Revisão Ordinária
1889  Revisão Ordinária
1992  Revisão Extraordinária
1997  Revisão Ordinária
2001  Revisão Extraordinária
2004  Revisão Ordinária
2005  Revisão Extraordinária

Limites Circunstanciais
o Estão consagrados no art. 239º e de acordo com este artigo não se
pode praticar a revisão constitucional se estiver em vigor. Durante
esse período a revisão constitucional não pode ser iniciada, nem
continuada, nem terminada, ou seja, se já tiver sido iniciada fica
suspensa.
o 134º b) – cabe a PR declarar o estado sítio ou estado de emergência,
mas tem que ouvir o governo, art. 138º nº1 e 197º f) e tem que obter
a autorização da AR – 138º nº1 e 162º b).
 O regime do estado sítio e de emergência está previsto
no art. 19 da CRP e pode ser declarado para todo o
território ou para parte deste, no caso de agressão
efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de ameaça
grave ou perturbação da ordem constitucional ou em
caso de calamidade publica – artigo 19 nº 2.
 O estado sítio é mais grave que o de emergência. Ambos
só podem ser declarados por 15 dias pelo PR, mas caso
necessário pode ser prolongado – 19º nº5. Estes
períodos limitam a revisão da CRP.
o Por si só os limites circunstanciais não imperam rigidez à
Constituição.

Limites Materiais
o Estão consagrados no art. 288º da CRP – significa que a nossa
Constituição indica um conjunto de matérias (todas as que estão
indicadas no art.) que são consideradas como núcleo essencial da
CRP e, como tal, não podem ser objeto de revisão constitucional.
o O limite material tem várias questões, sendo problemáticos.
o O art. 288º é um bloqueador de atentados à democracia portuguesa,
garantias e direitos fundamentais. A um conjunto de outros princípios
como a separação de poderes que tem como dever: prestar uma
certeza no sentido de melhorar e nunca piorar o nosso estado.
o Por exemplo, a separação de poderes entre o estado e a igreja.
Acreditar em Deus faz parte do nosso ser, mas não quer dizer
que tem de ser o poder.
o 288º
o a) – caso esta alínea seja eliminada é como retirar a pátria a
Portugal.
o b) – forma republicana do governo, forma de governo
republicado, temos de adotar princípios da república, desde
logo, ensino universal. Todos nós temos dt à educação, por
isso, mal caiu a democracia várias escolas proliferaram para
que fosse garantido o direito de igualdade a todos. Forma de
governo republicano é para manter.

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o c) – separação dos direitos de estado. Direitos de liberdade e


garantias só pressupõe valorização e nunca para ser
retrogrado. O princípio só tem evolução e nunca retroação. Os
direitos de liberdades e garantias são para todos. Idiossincrasia
– característica da própria pessoa, sendo os direitos
fundamentais ediontrópicos. Nenhum ser, hoje em dia, se vê
sem direitos, sendo um direito inerente ao ser. Portanto, ter
direitos é absolutamente fundamental.
o e) – na vertente laboral, a lei (muitas das vezes) tem o
propósito de indicar, definir.
o i) – liberdade de expressão, não é só falar, mas também ouvir.

Teses quanto à relevância jurídica dos limites matérias (só temos limites
superiores).

o São irrelevantes, ou seja, não impedem de alterar as normas que


estão protegidas. Não limitam, são referentes, obrigam-nos a ver que
existe uma situação, é uma chamada de atenção.
o Teoria da relevância absoluta – não se pode alterar.
o Teoria da relevância relativa dos limites matérias, defendido pelo
doutor Jorge Miranda – “ser absoluto não deixa de ser um entrave
para a evolução, não podemos criar muita rigidez na constituição
porque se não parte.”

o 286º nº 3 – o presidente da república não pode vetar juridicamente a


lei de revisão.

Fins e funções do estado

Os fins do estado são os objetivos a que o mesmo se propõe a atingir. Hoje


em dia, são fundamentalmente:

 Segurança - tem 2 componentes:

a) Individual – necessidade de cada cidadão saber com o que pode


contar dentro das fronteiras do estado. Esse conhecimento deve ser
proporcionado pelo mesmo através da definição em normas jurídicas
dos direitos e dos deveres de cada um. Normas essas que serão
criadas pelos órgãos do estado e esses que estarão prontos a
executá-las no caso de incumprimento. Surge como a segurança física
e moral do individuo e dos seus bens.

b) Coletiva – defesa da coletividade face ao exterior.

 Justiça – objetivo segundo o qual o estado deve proteger a coletividade


do arbítrio e da violência, atingindo, assim, a ideia de justiça. Existe a
vertente da justiça comutativa e distributiva.

a) A justiça comutativa significa que o estado deve assegurar aos


indivíduos que nas suas relações recíprocas cada um deles receba o
equivalente ou proporcional ao que prestou. Um exemplo é a

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proibição dos exemplos de negócios chamados leoninos ou os orários


(uma das partes aproveita-se da fraqueza da outra parte).

b) A justiça distributiva significa que cada cidadão deve receber por


parte da coletividade o equivalente à produtividade coletiva que
desenvolve normalmente ou então o equivalente à carência a que se
encontra. Ex: abono de família, subsídio de desemprego, reformas,
etc.

 Bem-estar económico social, o estado tem e deve promover as condições


de vida dos cidadãos garantindo o acesso a bens e serviços que são
considerados essenciais, como a saúde, a educação, a segurança social,
entre outros.

A nossa constituição é ideológica programática pois contém um programa


que está fundamentalmente plasmado no artigo 9º da CRP, nas suas
diversas alíneas.

 A alínea A) refere-se à segurança coletiva.


 B) direitos e liberdades.
 C) defender a democracia política.
 Todas estas tarefas b) e c) irão promover o fim da justiça.
 D) e E) referem-se ao bem-estar económico social.

O artigo 2º aponta, também, para o fim da justiça e do bem-estar


económico-social.

Não há propriamente uma separação absoluta entre estes fins, estão todos
relacionados. Para atingir estes fins o estado através dos seus órgãos tem
que desenvolver atividades que se designam por funções do estado.

Funcoes do Estado – atividades que os órgãos vão desenvolver para atingir


os fins previstos na constituição.

Esta atividade do estado tem duas caraterísticas essenciais:


o Caráter específico e diferenciado que resulta dos efeitos que
produzem, da tramitação (procedimentos) que exigem e dos órgãos
das quais imanam.
o Caráter duradouro, prolongam-se no tempo embora se possam
desdobrar em atos localizados.
Hoje em dia, fala-se em 4 funções do estado:

o Legislativa
o Administrativa
o Judicial
o Político –
governament

Caraterização das funções do estado tendo em conta o seu conteúdo –


Critério Material – proposto e desenvolvido pelo Prof. Afonso Queirós. Assim,
de acordo com este critério:

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ð Funçao legislativa - caracteriza-se por um ato de vontade prévio,


geral e abstrato. Traduz-se na prática dos chamados atos legislativos
que são apenas passiveis de controlo de constitucionalidade.
Resultam os chamados atos legislativos que têm de estar de acordo
com a constituição, sujeitando-se a verificação para ver se está ou
não de acordo com a constituição.
ð Funçao Administrativa - ato de vontade derivado, não depende
apenas da constituição, mas também da lei. Tem em vista a execução
de leis e a satisfação das necessidades coletivas daí ser
administrativa.
Desenvolvida por órgãos independentes, dotados de iniciativa e
parcialidade. Esta função é regulada por um princípio consagrado na
constituição, o princípio da legalidade da administração, significa que
a administração só pode atuar se a lei expressamente o permitir de
forma explicita. A função administrativa pode produzir dois tipos de
atos:
o Regulamentos são atos da função administrativa, mas tem
carácter geral e abstrato. Portanto são atos normativos, ou
seja, contêm normas jurídicas.
o Atos administrativos destinam-se a resolver situações
concretas, sendo de caráter concreto, individual ou geral. Se
abrange uma pessoa é individual, se abrange várias pessoas é
geral, mas em ambos é concreto.
ð Funçao Judicial - ato de vontade derivado, tem em vista resolver
conflitos de interesses entre 2 ou + pessoas e por isso está
subordinado ao direito em geral, vai aplicar o direito aos casos
concretos. É levado a cabo por órgãos independentes e imparciais.
ð Função Político-Governamental – depende apenas da constituição
e traduz-se na prática de atos individuais e concretos e não são
passiveis de controlo constitucional ou contenciosos. São atos que
definem as grandes opções da coletividade e podem ser atos de
relação entre órgãos como, por exemplo, a promulgação, as
autorizações, a referenda.
Podem ser também atos auxiliares de direito constitucional e são
aqueles que destinam a manter, modificar ou fazer cessar o
funcionamento de um órgão. Podem ainda ser atos relativos às
relações internacionais.

Estas funções são exercidas por órgãos em nome do estado e vão ser
exercidas para atingir os fins do estado.

A Funçao Legislativa na Constituiçao Portuguesa

Em 1º lugar, podemos distinguir entre lei em sentido formal e lei em sentido


material. Em sentido formal são todos os atos que são emanados pelos
órgãos constitucionalmente competentes e, de acordo com o processo
previsto na constituição para a criação dos atos legislativos,
independentemente do conteúdo desses atos.
Em sentido material, a lei abrange todas as disposições que
independentemente da sua forma têm um caráter de norma jurídica, ou
seja, são gerais, abstratas e inovadoras. Normalmente existe coincidência

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entre a lei em sentido formal e material, mas pode existir exceções às


regras.

A nossa constituição não tem qualquer definição de lei em sentido material,


define apenas em sentido formal – artigo 112, nº 1 da constituição (onde os
atos legislativos são as leis, os decretos de lei e decretos legislativos
regionais). Para além disso, no mesmo artigo, nº 5, consagra o chamado
Princípio da Tipicidade dos Atos Legislativos, significa que atos legislativos
são estes e só estes e não podem ser criados quaisquer outros. (tipicidade
porque estão tipificados / identificados)

Que órgãos é que podem exercer a função legislativa? De acordo com a


constituição, esta função pode ser exercida:
o assembleia da república – artigos 161º, 164º e 165º.
o Governo - 198º.
o Assembleia legislativa regionais – 227º conjugado com o 232º.

Conjugar os órgãos com as leis:


o AR  leis
o Governo  decreto de lei
o Assembleia Legislativa  decretos legislativos regionais

O governo é o principal órgão que desenvolve a função administrativa – artigo


182º – mas pode ainda ser desenvolvida pelo governo das regiões
autónomas e as autarquias locais.
A competência dos tribunais para exercer a função judicial está nos artigos
202º e ss.
Quanto à função político governamental é desenvolvida por vários órgãos,
PR – artigos 133º a 136º; AR – artigo 161º a 163º; o governo – artigo 197º;
órgãos das regiões autónomas.

Competencia Legislativa da Assembleia da


Republica
Tem uma competência legislativa genérica, o que significa que pode legislar
sobre qualquer matéria nos termos do artigo 161º c), apenas com a exceção
de que não pode legislar em matérias que estejam reservadas pela
constituição ao governo. O que acontece é que o governo só tem uma
matéria de sua competência exclusiva e está indicada no artigo 198º nº2,
que é a matéria da sua organização e funcionamento.

Dentro da competência genérica da AR a constituição distingue 2 tipos de


matéria:

o Materias de reserva absoluta – indicadas no artigo 164º o que


significa que nesta matéria só a assembleia da república pode legislar
e nenhum outro órgão.
o Materias de reserva relativa – estão no artigo 165º e são
competência s exclusivas da AR, mas a assembleia se pretender pode
autorizar o governo ou as assembleias regionais a faze-lo, mas a

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assembleia tem de os autorizar através de uma lei de autorização


legislativa, que é um dos tipos de lei que a AR faz.

Todas elas no seu conjunto são exclusivas da AR, o que significa que
nenhum órgão pode legislar essas matérias.

Ao conjunto de matérias que são de competência exclusiva da AR – 161º,


164º e 165º
Uma matéria de competência exclusiva do governo – 191º nº2
Há um conjunto de matérias que não estão acima indicadas e
chamam-se matérias de competência concorrente à AR e governo.

Exemplo
Imagine-se que é necessário legislar sobre desporto e o governo fez um
decreto lei sobre desporto amador. Pode fazê-lo?
Não está indicada no art. 164º nem 165º, também não é de competência
exclusiva do governo. Portanto, entra na matéria de competência
concorrente. Pode fazê-lo.

Artigos importantes sobre os atos da República


o 166º - a AR só pratica três tipos de atos que são:
o Leis
o Monções
o Resoluções
o A AR, no âmbito legislativo, pode criar leis constitucionais e isso está
previsto, desde logo, no art. 166º nº1 (nesta forma de lei
constitucional os atos estão previstos no 161º a))
o Da conjugação do 166º nº1 com o 161º a) resulta alterações à
Constituição, só reveste a forma de constitucional as leis de
revisão constitucional (constam da revisão).

Constituição = leis constitucionais

Leis ordinárias de valor reforçado *


o Não têm todos os mesmos valores

Leis ordinárias comuns

*todas aquelas que, por natureza ou por determinação constitucional, têm


um valor infraconstitucional (estão sempre abaixo da Constituição) mas, ao
mesmo tempo, supra legislativo  estão acima das outras leis ordinárias.
São de grau intermédio por estarem no meio.

As normas ordinárias comuns têm que respeitar as de valor forçado e a


constituição. Caso não respeitem as de valor reforçado o vicio é ilegalizado
ou inconstitucionalidade indireta.

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A norma comum tem que respeitar as normas acima mas, pode respeitar a
lei ordinária e violar a constituição.

As Normas de alcance geral impõem-se a todas as outras leis, ou seja, estão


acima de qualquer outra lei mas abaixo da constituição. As normas de
alcance limitado impõem-se a algumas, ou seja, temos que saber quais.

As Leis de alcance geral são as leis estatutárias e as leis orgânicas. As Leis


de alcance limitado são as leis de base, as leis de autorização legislativa,
leis de quadro ou de enquadramento e, a lei das grandes opções do plano.
Estas são as 4 categorias de alcance limitado.

O processo de criação ou alteração do estatuto (seja para criar


ou alterar) está previsto no artigo 226º da CRP.
Os projetos de estatuto são criados pelas próprias Assembleias Regionais,
mas enviados por estas à AR para discussão e aprovação (previsto no artigo
161º b) – cabe à AR aprovar os estatutos político-administrativos das
Regiões autónomas).
Art. 166º nº3

Por que é que é uma lei estatutária?


o Porque é uma lei organizatória, ou seja, vai definir a competência e
funcionamento dos órgãos de governo das regiões autónomas de
acordo com o artigo 231º nº7.
o O art. 6º define que o estado é unitário, mas existe autonomia
regional e essa é estabelecida através dos estatutos.
o Nos artigos 280º nº2 b) e c) e 281º nº1 c) e d) da CRP, está previsto
que existe ilegalidade de qualquer norma que viole os estatutos de
uma Região Autônoma.
o Leis orgânicas são também leis da AR – art. 166º nº2. Têm um valor
reforçado e um alcance geral, previsto expressamente no art. 112º
nº3 e, para além disso, no 280º nº2 a).

Caso Prático VIII


Em 15/02/2010, a AR autorizou, por um período de 120 dias, o Governo a
legislar sobre o estatuto das Autarquias Locais, no sentido de alargar as
respetivas atribuições e competências.
Ao abrigo do art. 198º b) da CRP de 1976, o Governo fez publicar um
decreto-lei, datado de 10/04/2010, no qual se dispunha o seguinte:
 as Câmaras Municipais deixam de ter a seu cargo a administração e
gestão das escolas no ensino básico, as quais passam a depender do
Ministério da Educação.
Em 30/04/2010, um décimo dos deputados pediu a apreciação parlamentar
do decreto-lei.
a) Que diploma emanou a AR em 15/02/2010?
o Lei ordinária de valor reforçado/ de alcance geral e é uma lei de
autorização.
b) Diga a quem pertence a iniciativa legislativa deste diploma e
quem o assina.
c) Qual o conteúdo de uma lei de autorização legislativa? Neste
caso concreto, esse conteúdo estava preenchido?

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o A lei foi restringida e não alargada, teve 120 dias de duração e


preenche o objeto.

Leis constitucionais – 166º da CRP  a) do 161º  284 a 289 (revisão


constitucional), as leis constitucionais são as leis de revisão constitucional
Tudo o que não é constitucional é ordinário e daí nascem as leis ordinárias.
Existem leis ordinárias de valor comum e leis ordinárias de valor reforçado
(não é o valor máximo, estão abaixo da constituição e acima das leis
ordinárias de valor comum. Estão, quase sempre, previstas no art. 112º)

Alcance geral  impõe-se a todos os demais atos legislativos, menos à


constituição.
o Lei Estatutárias  leis que aprovam estatutos político e
administrativos.
o Lei Orgânicas  forma de lei orgânica. 166º nº2
alcance limitado  só se impõe a um determinado ato legislativo.
o Lei de Bases
o Lei de Autorização Legislativa (165º q) / 161º d) / 165º nº2)
o Lei de Quadro
o Lei que aprovam as grandes opções do plano

A AR tem uma competência legislativa genérica (161º c) e uma


competência legislativa exclusiva (só a AR é que legisla aquelas matérias).

Competência Legislativa Exclusiva:


o Reserva Absoluta (164º) se o governo legislasse de acordo com este
art. violava a constituição.
o Reserva Relativa (165º) – a AR pode legislar, mas caso queira pode
autorizar outro órgão a legislar por ela.

A AR só pode autorizar outro órgão a legislar nas matérias do artigo 165º.


No 164º a legislação é direta, só a AR é que pode legislar.

O (Objeto) – Estado das Autoridades Locais


S (Sentido) – alargar
E (Extensão) – atribuição
D (Duração) – 120 dias
Se o decreto-lei não referir a sua respetiva definição decorre em
inconstitucionalidade.

Iniciativa (167º nº1)  deputados e grupos parlamentares (iniciativa interna


 projeto); governo (197º nº1 d), Assembleia Legislativa das Regiões
Autónomas e cidadãos (iniciativa externa  proposta)
Discussão
Votação 168º
Aprovação  116º nº3
Assinatura  Presidente da Assembleia da República
Promulgação  PR 134º d)
Referenda Ministerial  140º
Publicação  Diário da República 119º c)

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Art. 6º nº2 (leis estatutárias):


o Madeira
o Açores
Art. 226º (regras especiais para este caso)
Leis orgânicas:
Art. 112º nº3 valor reforçado
168º nº4/5 (procedimento varia)
Alcance limitado (112º nº2, 198º nº3, 227º nº4)
As leis de bases só são superiores aos decretos-leis de desenvolvimento.
Definem o regime jurídico de determinada matéria. É uma lei que só tem os
aspetos principais (as bases/ princípios gerais de determinada matéria).
O restante que explica, está expresso no decreto-lei do desenvolvimento do
governo (pormenorizar o que está na outra lei).
o Há matérias competentes/reservadas à AR e matérias de
competência concorrente. Art. 164º i) matéria em que só as bases
estão reservadas à AR, enquanto que na alínea H) a AR tem que fazer
tudo.

Lei de bases (lei reforçada) vs decreto-lei de


desenvolvimento (art. 280º nº2 a) / 192º nº3)
o Temos que ver a matéria em questão
o Se pertence ao 164º ou não
o Se não estiver, faz o que “chegar” primeiro (ou a AR ou ao Governo)

Assuntos que dizem respeito às regiões autónomas

– 192º nº3

Autorizacao vs Autoridade

Art. 165º  ir sempre ao nº2 e referir o que lá diz sobre as situações em


que a AR pode, se lhe pedirem, autorizar o governo a legislar sobre
aquelas matérias.

Através de uma lei de autorização legislativa


o Prazo
o Assunto
o Sentido
o Razão
Mesmo que o caso prático não refira, temos que ser nós a referir o que falta
(prazo, assunto, sentido ou razão).

Art. 112º nº3  leis de quadro


106º nº1  lei de enquadramento. Lei de orçamento depende de uma lei de
enquadramento que tem valor reforçado.

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Art. 112º nº2  um decreto-lei que depende de uma lei de bases chama-se
decreto-lei de desenvolvimento.

Competencia Legislativa do Governo

A apreciação parlamentar dos decretos de lei está prevista no artigo 169º


da CRP.
A AR pode apreciar todos os decretos de leis do governo menos os que
dizem respeito à sua competência exclusiva.
A apreciação tem que ser requerida por 10 deputados e tem que ser
requerida nos 30 dias após a publicação do decreto-lei.

O pedido de apreciação só pode ser feito para 2 efeitos  para fazer


cessar a vigência do decreto-lei ou para introduzir alterações previsto no art
169º nº1 e 162º c)

Se for requerida a apreciação para fazer cessar a vigência e se


for aprovada pela AR o que acontece é que o decreto-lei vai deixar de
vigorar a partir da data em que for publicada essa resolução da AR no diário
da república art. 169º nº4.

Se o pedido for no sentido de introduzir alterações ao decreto-lei


nesse caso essas alterações vão constar numa lei da assembleia.
Se estiver em causa um decreto-lei autorizado ou no uso da autorização
legislativa a assembleia, no caso de serem apresentadas propostas de
alteração, pode (AR) suspender a vigência deste decreto-lei
no todo ou em parte até ser publicada a lei que vai alterar – art. 169º
nº2.
Esta suspensão caduca se decorrerem 10 reuniões plenárias sem que a AR
tenha tomado a decisão final. O próprio processo de apreciação parlamentar
também caduca se verificar algumas das circunstâncias previstas no art 169
nº5.
Este processo, de acordo com art. 227º nº4, também pode ser aplicado aos
decretos legislativos regionais autorizados.
Para o art. 169º nº6 estes processos de apreciação parlamentar têm
prioridade na ordem de trabalho de acordo com o regimento da AR.

Competencia Legislativa das Assembleias Regionais

De acordo com o art. 6º da CRP as regiões autónomas gozam da política


administrativa e têm órgãos do governo próprio.
Em cada região autónoma existe uma Assembleia Legislativa e um Governo
Regional. A Assembleia Legislativa é que goza de competência legislativa
enquanto o Governo Regional tem competência administrativa e política o
que resulta da conjugação dos art. 232º com o art. 227º.
Os decreto-lei regionais são atos legislativos.

Tipos de Competencia Legislativa das Assembleias Regionais

A Assembleia Legislativa também tem competência legislativa.

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A competência legislativa regional está prevista no art. 232º nº1 e este,


remete para o art 227º.

Existem 3 tipos de competencia legislativa:


1º competencia legislativa propria  permite legislar mas apenas
sobre matérias que estejam previstas no respetivo estatuto e que não
estejam reservadas pela AR ou pelo governo.
A competência legislativa das assembleias regionais é uma competência
limitada material e, territorialmente só pode legislar sobre matérias de
interesse para as regiões e para a própria região. Art. 227º nº1 alínea a).

2º competencia legislativa autorizada  as assembleias podem


também legislar sobre matéria de competência relativa da AR desde que
esta autorize através de uma lei de autorização legislativa mas, só pode
legislar nos casos previstos no art. 227º nº1 alínea b).

3º competencia legislativa de desenvolvimento  prevista no


art 227º nº1 alínea c) – permite desenvolver para o âmbito regional as leis
de base da AR.

Na 2ª competência as Assembleias elaboram os Decretos Legislativos


Regionais autorizados e na 3ª competência emana-los.

Processo de criação dos Decretos legislativos Regionais

Parecido com o processo de criação de uma lei da assembleia, o decreto


legislativo regional não tem que ser promulgado pelo Presidente da
República, mas têm que ser assinados pelo Representante da República de
acordo com o padecido no art. 233º.
O Representante pode assinar ou vetar, pode usar o veto crítico ou jurídico –
art 233º.

Como a competência legislativa das assembleias é editada e maior parte da


matéria é legislada pelos órgãos de soberania, no entanto, quando as
matérias dizem respeito às Regiões Autónomas elas podem intervir nessa
legislação de duas formas:
1º exercendo a iniciativa legislativa e apresentando na AR propostas
de lei – art 227º nº1 f).
2º os órgãos de soberania quando legislam sobre matérias que digam
respeito às regiões devem ouvir sempre os órgãos regionais, de
acordo com o art. 2290 nº2 e 227º nº1 v).

Para concluir, as Assembleias Regionais têm uma competência legislativa


limitada, a AR tem uma competência legislativa genérica, mas obstante
disso ambos têm uma competência legislativa genérica.
A Assembleia da República é o órgão legislativo por excelência.

Razões para a Assembleia de república ser de excelência:

Esta primazia existe quando o governo só possui uma matéria de


competência exclusiva enquanto a AR tem um leque extenso de matérias
sobre competência exclusiva – art. 161º, 164º e 165º – e incluem a quase
totalidade das matérias mais relevantes do ordenamento jurídico.

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Outro motivo é pelo facto de a AR poder apreciar os decreto-lei do governo


e, – art 169º – poder fazer cessar a sua vigência ou alterá-los. Outra razão é
que a AR pode condicionar a competência legislativa do governo através
das leis de autorização legislativa e das leis de base.

Vícios inconstitucionalidade quando se viola a constituição e vicio de


ilegalidade quando uma lei ordinária viola outra lei ordinária, mas que é
hierarquicamente superior.
São fiscalizados pelo tribunal constitucional e têm um processo próprio de
fiscalização.

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