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Fontes do Direito
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Estas fontes são os factos normativos que dão a conhecer pela primeira vez
Direito pré existente, ou seja, que desvendam a existência ou conteúdo de
normas jurídicas já em vigor, mas cujo conteúdo ou existência são ignorados
pelo público
Ex: Explicitação doutrinária de um princípio geral de Direito ou colectânea
jurisprudencial significativa: art.126º, CC, por exemplo.
Jurisprudência: é o conjunto das orientações que, em matéria de
determinação e aplicação da lei, decorrem da actividade prática de
aplicação do direito pelos órgãos da sociedade com competência para
o efeito.
Doutrina: É a actividade de estudo teórico ou dogmático do direito
reveladora de normas jurídicas.
A lei (art.1º,CC)
Aspecto estático
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29-11-11
Segundo Cabral de Moncada, Lei é “a forma que reveste a norma jurídica quando
estabelecida e decretada, duma maneira oficial e solene, pela autoridade de um órgão
expressamente competente para esse efeito, por ser o órgão legislativo
Lei material: é aquela que possui um conteúdo normativo (que contenha uma ou mais
normas gerais e abstractas)
Seja qual for a sua forma externa (podendo ir desde a CRP até aos
regulamentos, passando por formas intermédias)
Seja qual for o seu órgão criador (Que pode ser além da A.R, do Governo ou
das Assembleias legislativas regionais, as assembleias municipais, os membros
do Governo isoladamente e os Governos regionais; Desde que o conteúdo seja o
mesmo, ou seja conteúdo normativo).
Lei formal: é a que se reveste das formas destinadas por excelência ao exercício da
função legislativa do Estado, ou seja, a actividade exercida pelos órgãos aos quais a
Constituição atribui o poder legislativo, que são três:
1. Assembleia da República................................ Leis
2. Governo .......................................................... decretos-lei
3. Assembleia Legislativas Regionais ................ Decretos Legislativos Regionais
Conclusão:
A lei pode ser meramente formal: reveste a forma estabelecida, mas carece de
substância normativa, isto é, de norma jurídica
Pode ser puramente material: conter uma norma jurídica, sem revestir a forma
adequada.
Pode ser simultaneamente formal e material quando ditada por autoridade com
competência legislativa e com substância normativa (existência de uma ou mais
normas jurídicas).
Exemplos:
Lei material e formal: Lei da A.R. que dispõe sobre a atribuição de uma
indemnização às vitimas de crimes violentos.
Lei formal: lei que autoriza o Governo a legislar, ou que aprova um tratado
Lei material: Despacho normativo que fixa as taxas das rendas condicionadas.
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O relevo prático desta distinção prende-se com o facto de nos termos do art.277º e ss da
CRP, o Tribunal Constitucional ter apenas competência, para fiscalizar normas
jurídicas.
Assim este órgão pode controlar a Constitucionalidade das leis em sentido formal e
material, bem como das leis em sentido material, mas não poderá controlar as leis
formais que não sejam leis em sentido material.
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05-12-11
Hierarquia:
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A A.R. emite:
Leis:
Constitucionais (art.166º/1;161º/a)
Orgânicas (art.166º,nº2;art.164º,al.a) a f), h), j) e 1ª parte
da al. l), q), t) e art.255º
Simples (art.166º,nº3; 1rt.161º,al b) a h)
Moções: art.166,nº4; art.163,al d) e e)
Resoluções: art.166,nº5 e 179,nº3 al. e) e f)
Reserva absoluta de competência legislativa (art.164º; art.161º)
Reserva relativa de competência legislativa (art.165º; art.161º)
Governo legisla por meio de Decretos-Leis :(art. 198º,nº1; art.200º,al d)
Matérias de competência exclusiva – art.198º,nº2
Decretos de lei de desenvolvimento – art.198, nº1,al. c)
Existem dois processos de formação de decretos-lei:
Assinaturas sucessivas
Aprovação em conselho de ministros
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o Portarias Ministeriais
o Despachos normativos
Regionais: Se emanarem dos órgãos das regiões autónomas –
art.227,nº1,al. a)
o Decretos regulamentares regionais
Locais: Quando emanam dos órgãos das autarquias locais – art.241º, para
vigorarem apenas no território municipal.
Institucionais:
o Órgãos competentes de Instituições públicas
o Associações Públicas (regimes deontológicos das ordens
profissionais)
6-12-11
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Lei: aspeto dinâmico
2. Aprovação: (art.168º,CRP):
a. Apreciação preliminar
b. Debate na generalidade (debater da lei a nível geral) – art.168º,nº1 e 2
Votação na generalidade
c. Debate na especialidade (debater conteúdo artigo por artigo)
Votação na especialidade
d. Votação final global
Após a promulgação ou veto tem lugar a publicação das leis no jornal oficial “
Diário da República”. Este é o meio de levar a lei ao conhecimento geral dos
indivíduos e apenas após este acto é possível a sua aplicação.
Acrescente-se ainda que nos termos do art.6º CC, a ignorância não justifica a
falta do seu cumprimento
A não publicação implica a sua ineficácia jurídica – art.119º,nº2,CRP
Vacatio Legis
Entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor, medeia um período de tempo,
designado pela expressão latina Vacatio Legis. Este período de tempo serve para
os destinatários da lei e os seus aplicadores a conhecerem, por forma a que
coadunem as suas condutas ao conteúdo dessa lei e a apliquem corretamente.
Este período de tempo, poderá ser curto quando existe a urgência de entrada em
vigor da lei, ou poderá ser longo nos casos de diplomas mais extensos ou
complexos cuja compreensão exija mais tempo.
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O diploma pode entrar em vigor: art.2º Lei nº74/98
Imediatamente: o diploma entrará em vigor às 00h do dia seguinte ao da
publicação (nº1)
No dia nele fixado, mas nunca no próprio dia da publicação (nº1)
Na falta de fixação, aplica-se o prazo supletivo de cinco dias (nº2)
Retificação:
Se um diploma legal contiver lapsos ou erros materiais poderá ser retificado, nos
termos do art.5º da lei nº74/98, de 11 de Novembro.
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o Revogação parcial ou derrogação: surge quando a lei nova,
suprime apenas uma parte do conteúdo da lei anterior.
Nota: para aferirmos qual será a lei mais antiga, devemos atender á data de publicação,
ou seja, a ordem de prioridade não se define pela entrada em vigor, mas sim pela
publicação. De duas leis é mais antiga a que foi primeiro publicada, embora destinada
a entrar em vigor depois da outra lei.
12-12-11
Art.3º:
A lei especial posterior não vai revogar totalmente a lei geral anterior. Com
efeito a lei especial vem apenas substituir à lei precedente aquela categoria de
casos particulares para o qual é regulada, no demais, a lei geral subsiste;
assim verifica-se apenas uma revogação parcial ou derrogação da lei geral
anterior.
Nos termos do nº3 do art.7º do CC, a lei geral nova não revoga a lei especial
anterior excepto se o legislador:
o O declarar expressamente na lei geral nova
o Revele a sua intenção nesse sentido por ter estabelecido novos
princípios incompatíveis com os da lei especial anterior, ou por
lei geral não admitir excepções.
Art.4º:
Se a lei 2 revoga a lei 1 e a lei 2 é posteriormente revogada pela lei 3 tal não
significa que com a revogação da lei 2, a lei 1 seja de novo reposta em vigor.
Nos termos do art.7º,nº4, CC e a menos que o legislador disponha o contrário a
revogação de uma lei que revogou outra anterior não importa o renascimento
desta última.
Chama-se lei repristinatória á lei que repõe em vigor uma lei anteriormente
revogada. Tal só sucede nos casos de declaração de inconstitucionalidade em
que se determina a repristinação das fontes revogadas em conformidade com o
disposto no art.282,nº1 da CRP.
Nota: não confundir cessação de vigência duma lei, com a sua suspensão.
Neste caso a lei mantém-se em vigor e só os seus efeitos se suspendem.
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Identificação das leis e codificação
Costume
Requisitos do costume:
Elemento material ou uso (corpus)
Este elemento traduz-se numa prática social reiterada, isto é, na circunstância de
ser generalizado o hábito de se actuar de determinado modo. Trata-se de Corpus
associado à duração.
Acresce que este elemento deve ainda caracterizar-se pela generalidade, ou seja,
deve reportar-se a um número ilimitado de pessoas.
Deve ainda caracterizar-se pela racionalidade, isto é, deve tratar-se de uma
prática não reprovável ou censurada ou em conformidade com o art.3º do C.C.
Deve ser conforme com o “Principio da boa fé”. Quanto à duração da prática
reiterada deve existir desde tempos imemoriais.
Elemento psicológico ou convicção de obrigatoriedade (Animus)
Este elemento corresponde à consciência, à convicção da obrigatoriedade dessa
prática social por parte da comunidade em que a mesma exista e não apenas por
mera cortesia ou rotina.
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Esta ideia que se generaliza na consciência dos Homens converte o uso em
costume dando-lhe o cunho de fonte de Direito.
Classificações do costume:
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Os usos podem contribuir para a correta aplicação dos critérios legais de
interpretação e integração dos negócios jurídicos, mesmo que a lei não lhe faça
referência.
Cf art. 218º, 763º e 885º,nº2, CC
Segundo Diogo Freitas do Amaral
“ Usos sociais são as práticas habitualmente seguidas pelo Homem na vida em
sociedade, por tradição, por cortesia ou simples conveniência, mas que não tem em
regra obrigatoriedade jurídica”
Os usos são atendíveis nos termos do art.3º,CC,e revelam extrema importância
para determinar o alcance e as consequências de um acto jurídico, isto é, podem ser um
auxiliar precioso na interpretação e integração dos negócios jurídicos.
3-1-12
Jurisprudência
Diogo Freitas do Amaral entende que nas decisões que uniformizem apenas a
interpretação de uma norma vigente existe apenas revelação do conteúdo de direito já
existente e por isso constitui apenas uma fonte iuris cognoscendi.
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o Acórdãos proferidos pelo Supremo Tribunal Administrativo:
Doutrina
Diogo Freitas do Amaral considera que a doutrina em certas situações funciona como
uma fonte iuris essendi:
Elaboração de princípios gerais de Direito: quando o princípio não está
formulado na lei mas é formulado exclusivamente da doutrina; temos como
exemplo o princípio da igualdade de ministros.
Aqui a doutrina cria verdadeiras normas jurídicas
A decisão legislativa ou judicial que integra lacunas por remissão expressa para
uma posição doutrinal, cria também direito vigente.
A doutrina cria normas jurídicas quando permite o preenchimento de conceitos
utilizados pela lei mas não defendida por ela. Será assim uma fonte iuris essendi
quando define os designados “conceitos jurídicos puros”
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9-1-12
Relação jurídica
É toda a relação da vida social disciplinada pelo direito e que consiste na atribuição a
um sujeito de um direito subjectivo e na adstrição a outro sujeito a uma vinculação
jurídica.
Toda e qualquer relação jurídica é travada entre dois ou mais sujeitos, incide sobre um
objecto, promana de um facto jurídico e é dotada de uma garantia
Sujeito:
Pessoa singular
Pessoa colectiva: são organizações constituídas por colectividades de pessoas
(associações e sociedades) ou por massas de bens (fundações), às quais a ordem
jurídica atribui personalidade jurídica (art.157º e ss.)
Estes sujeitos podem ser passivos ou activos (relação jurídica)
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O indivíduo pode ter a capacidade de gozo de direitos e não ter a capacidade do
seu exercício.
Excepções:
Menoridade: art.122º e ss *
Interdição: art.138º e ss *
Inabilitação: art.152º e ss **
10-1-12
Objeto:
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Facto jurídico
É o acontecimento, o evento a que o Direito confere um efeito, uma consequência
jurídica: constituir uma relação jurídica, ou modificá-la, ou extingui-la
Garantia
Traduz-se na susceptibilidade que é conferida ao sujeito activo de recorrer à força, se
necessário, por intermédio dos órgãos do Estado para tal competentes para exercer o
Direito que lhe é conferido, o que se consegue impondo ao sujeito passivo a conduta
que corporiza o respectivo dever, ou sujeitá-lo às consequências do eventual
incumprimento.
Ramos do Direito
Direito Objectivo
Direito Internacional - é o direito que regula as relações inter-estaduais, isto é,
entre Estados e/ou outras entidades equiparadas a Estados
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o A sucessão pode ser: legal; testamentária ou
contratual
Especial:
Direito Comercial
o Acto objectivo e subjectivamente comerciais
Direito do Trabalho
o Rege as relações de trabalho subordinado
o Noção de trabalho: art.1152º CC
Critério adoptado
Critério ou teoria dos sujeitos ou da qualidade dos sujeitos da relação jurídica
o O Direito Público é constituído pelas normas que estruturam o Estado ou
outros entes públicos dotadas de prerrogativas de autoridade ou
disciplinam as relações desses entes munidos de ius imperii entre si ou
com os particulares.
o Direito Privado é o que regula as relações estabelecidas entre particulares
ou entre particulares e o Estado ou outros entes públicos, mas intervindo
o Estado ou outros entes públicos em veste de particular, isto é,
desprovidos de ius imperii, de poder soberano ou poder de autoridade.
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16-1-12
Interpretação da Lei
Classificações da Interpretação
Quid Iuris?
Nos casos em que os próprios diplomas legais contem normas que
determinam que as dúvidas serão resolvidas por despacho? E qual o
valor destes despachos?
A resposta é-nos dada pelo art.112º,nº5, CRP, que estatui que nenhuma
lei pode conferir a actos de outra natureza, o poder de interpretar
qualquer dos seus preceitos e portanto a interpretação realizada pelos
referidos despachos será oficial.
Interpretação judicial, prática ou jurisprudencial
Realizada por entidade com funções judiciais, que aplica a lei aos casos
concretos para tal efeito submetidos à sua apreciação
Força vinculativa circunscreve-se ao caso concreto a que a lei se aplicou
Tem no entanto força persuasiva para casos posteriores
Interpretação doutrinal, teórica ou particular
Aquela cujo agente não é legislador nem actua no decurso de função judicial
Tem mero valor persuasivo, que será tanto maior, quanto for o prestígio e a
lógica argumentativa do seu autor.
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17-1-12
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Classificação quanto aos resultados:
Interpretação declarativa
Conduz á constatação de coincidência entre a letra e o espírito da lei
É a regra geral, “quis dizer o que realmente disse”
Interpretação extensiva
Conduz á conclusão de que a letra se situa aquém do espírito da lei
O legislador disse menos do que queria, pelo que esta interpretação irá estender
a letra da lei até que ela se dimensione ajustada mente ao âmbito do espírito da
lei
Interpretação restritiva
Conclui que a letra da lei foi além do espírito da lei
O legislador disse mais do que aquilo que queria, pelo que esta interpretação
restringirá o âmbito da letra da lei acomodando-a ao espírito da lei
Interpretação revogatória ou abrogante
Conclui que a lei mais recente revogou a lei interpretanda
Interpretação enunciativa
O intérprete extrai, certas ilações, que não se encontram expressas na lei mas
que, ao abrigo de princípios lógicos fundamentais, hão-de nela estar implícitas
Outras classificações:
Interpretação subjectivista
Visa perceber o sentido e alcance da lei que se interpreta pela reconstituição do
pensamento concreto do legislador; busca descortinar a mens legislatoris
Art.9º CC – Reconstituição do espírito legislativo
Interpretação objectivista
Visa fixar o sentido e alcance da lei desligando-a do seu agente criador, ou seja,
procura a mens legis.
Fixa-se no objectivo da lei, abstraindo o pensamento do legislador
Interpretação histórica
Procura reconstituir o sentido e o alcance que a lei coerentemente teria no
momento histórico da sua elaboração e entrada em vigor, face aos
circunstancialismos então existentes.
Interpretação atualista
Pretende captar o sentido e alcance que a lei tem no momento da sua aplicação a
cada caso concreto
Analogia:
Traduz-se na comparação entre o designado caso omisso, ou seja, o caso que
não se subsume na previsão de nenhuma norma jurídica, e por outro lado o
caso contemplado, ou seja, o caso da vida real contido na previsão de uma
norma jurídica que será aplicável ao caso omisso
Há analogia sempre que a razão de decidir no caso omisso e no caso previsto
seja a mesma
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Lacunas rebeldes à analogia: a norma que regule caso contemplado,
semelhante ao omisso, não poderá ser tipificada como norma de direito
excepcional, ou norma de direito penal incriminadora
Art.11º CC; art.29º, CRP; art 1º, nº3 CP
Analogia da lei e a analogia do direito
Extensão analógica e interpretação extensiva (art.11, CC)
Por vezes sucede que duas ou mais leis concorram na sua aplicabilidade a um caso
concreto:
Uma lei encontrava-se em vigor no momento em que o facto foi praticado, tendo
sido entretanto revogada ou simplesmente caducou
Outra lei está em vigor no instante em que o julgador decide
A questão reside em saber qual das leis deverá ser aplicada, para tal deve-se então
verificar (sucessivamente) a existência dos seguintes pressupostos:
Disposições transitórias: por vezes o legislador prescreve expressamente as
regras que vão regular a aplicação temporal da nova lei.
Em certos ramos do Direito (direito processual e direito penal), aplicam-se
regras gerais que constituem critérios próprios desses ramos
No caso do Direito processual civil, vigora a regra de que a lei nova é de
aplicação imediata; No caso do Direito Penal viola o princípio da aplicação da
lei mais favorável ao arguido (art. 29º,nº4 CRP e art.2º,nº4 CP)
Observância do art.12º,nº1,CC – a nova lei só dispõe para o futuro; ainda que lhe
seja atribuída eficácia retroactiva, presume-se que ficam ressalvados os efeitos já
produzidos pelos factos que a lei se destine a regular – Principio da não
retroactividade da lei.
Observância do art.12º, nº2,CC, observância das duas partes deste número e ver
o seu enquadramento:
o A lei que se destina a regular as condições de validade substancial ou
formal de quaisquer factos ou sobre os seus efeitos só se aplica aos novos
factos, ou seja, aos factos que venham a ocorrer após a sua entrada em
vigor
o A lei que se refere directamente ao conteúdo de certas relações jurídicas,
isto é, reguladora de direitos e deveres de que são titulares os respectivos
sujeitos aplica-se não só às relações jurídicas que depois se constituam,
mas também às relações já constituídas.
Observância do art.13 CC
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