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Formação das leis

Após estudarmos o que é um bem imóvel, passamos ao estudo de como se formam as


leis em nosso país e quais os diplomas legais aplicáveis em cada uma das hipóteses
que se apresentar em nossa relação com a coisa imóvel.

A vida em sociedade é disciplinada por uma série de regras de condutas entre as


próprias pessoas, entre as pessoas e seus bens, entre as pessoas e os poderes
regularmente constituídos, relações essas tendo por objeto os direitos individuais ou
coletivos. E o Brasil é prodigioso em produzir essas regras. Em outras palavras,
existem várias leis que integram o nosso sistema normativo.

A principal dessas regras e considerada fundamental, gozando de superioridade em


relação a todas as demais é a Constituição Federal, também denominada Lei Maior ou
Carta Magna. Nela que se traçadas as linhas mestras dos direitos fundamentais do
cidadão e da organização do Estado, não podendo nenhuma outra norma do sistema
estar em desacordo ou mostrar-se incompatível com seu texto e termo lei, aqui, é
usado num sentido amplo, compreendendo as normas jurídicas em geral e não apenas
a lei ordinária em sentido estrito.

Logo a seguir na linha hierárquica encontramos as denominadas leis complementares,


as quais tratam de determinados assuntos que a Constituição Federal considera de
maior relevo institucional, exigindo, por isso mesmo, um processo mais dificultoso que
o das demais leis para sua aprovação.

A lei complementar é uma lei que tem como propósito complementar, explicar,
adicionar algo à constituição. Acontece, porém, que nem todas as leis
complementares destinam-se a complementar diretamente o texto constitucional,
matérias de especial importância ou matérias polêmicas, para cuja disciplina seja
desejável e recomendável a obtenção de um maior consenso entre os parlamentares,
também podem ser objeto de lei complementar.

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Num nível imediatamente subsequente encontram-se as leis ordinárias, leis
delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções, destinadas, cada
uma por meio de um processo próprio de elaboração e aprovação, a regular assuntos e
temas variados que a Constituição, direta ou indiretamente, atribui a uma ou outra.
A lei ordinária é um ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais e
abstratas. Embora as leis sejam definidas, normalmente, pela generalidade e
abstração ("lei material"), estas contêm, não raramente, normas singulares ("lei
formal" ou "ato normativo de efeitos concretos"). Os códigos de um modo em geral
(civil, penal, processo civil, processo penal) são leis ordinárias.

Já a lei delegada é um ato normativo elaborado pelo chefe do poder executivo no


âmbito federal, estadual e municipal, com a solicitação ao Congresso Nacional,
relatando o assunto que se irá legislar. O chefe do executivo solicita a autorização, e
o poder legislativo fixa o conteúdo e os termos de seu exercício. Depois de criada a lei
pelo chefe do executivo, ela é remetida ao legislativo para avaliação e aprovação.
Considerando que os limites foram respeitados e que a lei é conveniente, o legislativo
a aprova, contudo, essa norma entra no sistema jurídico na qualidade de lei ordinária.
As leis delegadas não admitem emendas.

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