A lei, em sentido amplo, constitui uma norma
de conduta imperativa, que nasce de um
órgão estadual competente segundo a CRP.
Constitui uma fonte intencional do direito,
geral e abstrata. Esta encontra-se integrada
numa hierarquia de fontes, logo encontra-se
sujeita às que lhe são superiores. Podemos
fazer uma distinção entre lei em sentido
formal e em sentido material. E sentido
formal é aquela que foi criada seguindo o
processo legislativo formal estabelecido na
Constituição. Este processo inclui várias
etapas, como a proposta, discussão, votação,
sanção e promulgação.
A lei em sentido formal não se preocupa com
o conteúdo da lei, mas sim com o processo
pelo qual ela foi criada (ex: uma lei que foi
proposta, discutida e votada no Congresso,
sancionada pelo Presidente e promulgada é
uma lei em sentido formal). Em sentido
material, é aquela que contém uma norma
geral e abstrata, que é obrigatória e imposta
pelo Estado.
A lei em sentido material não se preocupa
com o processo pelo qual a lei foi criada, mas
sim com o conteúdo da lei (ex: uma norma
que proíbe o roubo é uma lei em sentido
material, pois é uma norma geral e abstrata
que é obrigatória e imposta pelo Estado).
A lei em sentido amplo é emanada com
competência legislativa.
Designa-se por lei em sentido amplissímo
quando o conteúdo das leis, a regra jurídica
como geral e abstracta. Por fim, a lei em
sentido restrito é aquela que é elaborada pela
Assembleia da República.
Tipos de competência legislativa
A competência legislativa absoluta,
corresponde às matérias que só podem ser
alvo de legislação parlamentar, ou seja, sem
qualquer interferência dos demais.
A competência legislativa relativa, ou seja, as
matérias que são da competência da
Assembleia, podem ser delegadas no
Governo, mas através de uma autorização
expressa.
A competência legislativa concorrencial que
corresponde a todas as matérias que não
estão reservadas nem à Assembleia da
República, nem ao Governo da República, ou
seja, esta competência pode ser exercida por
qualquer destes órgãos.
Processo legislativo
-Elaboração
-Promulgação (PR converte uma proposta
aprovado na AR, em lei)
-Publicação no Diário de República (para a lei
se tornar eficaz tem que ser publicada no
Diário de república)
-Entrada em vigor após vacatio legis (período
entre a data de publicação de uma lei e o
início da sua vigência)
Hierarquia das leis
1- Leis constitucionais (a constituição)
2- Leis ordinárias (emitidas pela AR)
3- Decretos-lei (ato legislativo com
força de lei, emitido pelo Governo)
4- Portarias regulamentares do Governo
5- Regulamentos (são atos normativos
do poder executivo, dotados de
abstração, generalidade,
impessoalidade, imperatividade e
inovação, cuja finalidade é desdobrar
ou detalhar um ato normativo
superior. Produzidos mediante
exercício do poder regulamentar, as
formais mais comuns de
regulamentos são decretos
regulamentares).
Leis orgânicas- organizam e regulam o
funcionamento de um serviço
Costume- é uma prática social reiterada com
convicção de obrigatoriedade. É a repetição
de um comportamento durante um longo
período de tempo por uma sociedade ou
grupo. O costume é composto por um
elemento objetivo (prática social reiterada), e
por um elemento subjetivo (convicção de
obrigatoriedade).
Uso- são práticas sociais reiteradas sem
convicção de obrigatoriedade. Este
transforma-se em costume quando a prática é
obrigatória entre as pessoas.
Relações entre o costume e a lei- têm o
mesmo sentido, a lei não prevê a matéria da
norma consuetudinária e o costume está em
oposição à norma legal.
Jurisprudência- é o conjunto de decisões
judiciais sobre interpretações das leis feitas
pelos tribunais de uma determinada
jurisdição. Essas decisões criam ou contém
implicitamente normas jurídicas.
Doutrina- conjunto de opiniões dos
jurisconsultos sobre questões jurídicas que
são manifestadas, por exemplo, em
manuais ou pareceres. A Doutrina é feita
pelos teóricos do Direito para ser usada pelos
práticos do Direito, por isso, tem influência
nos poderes legislativo e judicial no exercício
das suas funções. Esta não tem qualquer
sentido de obrigatoriedade, no entanto,
podem servir como linha orientadora ou
sugestiva sobre o que os juízes devem decidir.

Soft law- refere-se a instrumentos legais que

não têm nenhuma força juridicamente
vinculativa, mas ainda têm efeitos na
influência de comportamento e decisões.
Estas são frequentemente declarações que
fornecem uma estrutura para cooperação e
negociação entre países.

Hard law- obrigações legais que são

vinculativas para as partes envolvidas e
aplicáveis por lei. Estes são tipicamente
tratados ou acordos formais entre países que
têm regras e regulamentos claros e bem
definidos. A violação destas pode levar a
sanções.

Equidade- A Equidade consiste no poder

facultativo que o juiz tem em certos casos de
os resolver sem se basear na aplicação das
normas legais, decidindo-os com base em
critérios de conveniência e oportunidade e
com sentimentos de imparcialidade,
inspirando-se nos princípios dominantes na
consciência coletiva.