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DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS ART.

ARTIGO 19º
Objecto das delibrações

1- Regulamentos: São normas juridicas emanadas do exercício do


poder administrativo por um órgão da administração ou por outra
entidade pública ou privada para tal, desde que esteja habilitado por
lei. Constituem um nível inferior do ordenamento jurídico
administrativo. É imprescindivel ao funcionamento dos Estados
Modernos, pois permitem libertar a Assembleia e o Parlamento de
algumas tarefas, também possibilitam uma adaptação rápida
normativa a determinadas situações que se encontram em constante
mutação.
Artigo 20º
Reuniões públicas

1- Elementos da definição: Material – é uma norma jurídica


(distinguem-se dos actos jurídicos), advêm do facto da regra de
conduta social com características de generalidade e abstração. No
caso da generalidade aplica-se a um conjunto indeterminado de
pessoas (através de categorias universais), a abstração traduz-se no
facto dos comandos de natureza regulamentar se aplicarem a um
número indeterminado de situações.
2- Não se esgota com uma única utilização, todas as vezes como
as situações típicas previstas no regulamento. Pode ser imposto
mediante ameaça de coação, caso não seja seguido é aplicado um
sanção: penal, administrativa ou disciplinar.

ARTIGO 22º
Quórum

1- Orgânica – é habitualmente emanado por um órgão, uma p.c.p.,


que pode fazer parte da administração pública, mas também pode por
um que não integre a administração pública.
DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS ART.º

ARTIGO 27º
Acta da reunião

1- Funcional – o regulamento é adoptado no exercício do poder


administrativo. Contudo pode não acontecer, por exemplo, o Governo
e as Assembleia legislativas regionais podem fazer regulamentos se
utilizarem poder administrativo.
2- Os regulamentos são uma actividade secundária que é
dependente e subordinada à actividade legislativa. O regulamento
como secundário tem o seu fundamento mateiral na lei e na
constituição. Se um regulamento contrariar a lei é ilegal, caso
contrarie a constituiçao é inconstitucional.

ARTIGO 28º
Registo na acta do voto de vencido

1- Espécies de Regulamentos: Relação com a lei: Distingue os


regulamentos: no caso dos complementares são aqueles que
desenvolvem ou aprofundam a disciplina jurídica constante de uma
lei, completam a lei e permitem a sua aplicação aos casos concretos.
Pode ser: devidas (se a lei impuser) ou espontâneas (se a lei não
impuser). Têm estar de hormania com a lei, sob pena de ilegalidade.
2- No caso das independentes ou autonomas são aqueles que as
órgãos administrativas elaboram no exercício da sua competência
para assegurar a realização das suas atribuições especifícios. Por
exemplo: regulamentos das autarquias locais. A função é estabelecer
com autonomia a disciplina jurídica que há-de pautar a realização das
atribuições especifícas cometidas pelo legislador aos entes públicos
em causa, a lei ao dar autonomia a certas p.c.p confiada na
capacidade de auto-determinação e no melhor conhecimento nas
decissões a tomar. Artigo 112º nº7 da CRP.
3- Do objecto: Distinguem-se em regulamentos:No caso dos de
organização, prossedem a distribuição de funções pelos vários
departamentos ou unidades de uma p.c.p e também de tarefas dos
agentes que aí trabalham. São ligados à máquina administrativa.No
caso dos de funcionamento, disciplinam a vida quotidiana dos
serviços públicos.
DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS ART.º

4- Dentro destes há aqueles que dizem respeito a regras de


expediente, designados de regulamentos procedimentais. Por fim, no
caso dos de polícia, são caracterizados por imporem certas restrições
à liberdade individual para evitar que se produzam danos sociais
como consequências de certas condutas das pessoas que envolvem
um certo grau de perigosidade (mas não são ilicitos). Ex: regras de
trânsito
ARTIGO 34º
Apresentação de requerimento a órgão incompente
1- Âmbito de aplicação: Distinguem-se em regulamentos: no caso
dos gerais, destinam-se a ser aplicados a todo o território nacional; no
caso dos locais, o âmbito de aplicação é limitado a uma determinada
parcela de território. Ex: regulamento regionais e das autarquias
locais; no caso dos institucionais, são emitidos pelos Institutos
Públicos ou pelas Associações Públicas apenas aplicadas às pessoas
sob a sua jurisdicção.
2- De eficácia: Distinguem-se os regulamentos em: no caso dos
internos produzem efeitos apenas no interior da esfera jurídica da
p.c.p que a adopta; no caso dos externos são aqueles que produzem
efeitos relativos a outros sujeitos de direito diferentes, isto é, a outras
p.c. ou a particulares. Esta divisão dos regulamentos levanta um
problema de no âmbito da relação espcial de poder, uma vez que, por
exemplo, os particulares se encontrarem perante a administração em
situações diferentes da generalidade dos cidadãos, onde certos
direitos podem ser comprimidos do que habitualmente. Ex: Doentes
do Hospital ou Estudantes de um Faculdade. Outrora entendiam que
era interno, actualmente entendesse que estes regulamentos se
referem a cidadãos que são sujeitos de direito diferentes da p.c.p em
que se encontram numa situação especial de poder.

ARTIGO 35º
Da delegação da poderes

1-Lei e Regulamentos: Ao nível substância e material entre lei e


regulamentos são idênticos. Diferem ao nível orgânico e formal, uma
vez que, posição hierarquico dos órgãos que
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2- emanam e por isso no diverso valor formal de uma e de outra; a


lei pode revogar o regulamento, o contrário não acontece, caso haja é
ilegal. À luz do Direito actual a lei é tudo o que provenha de um
órgão com competência legislativa e que assuma forma de lei. Os
regulamentos são todo o acto que provenha de um órgão com
competência regulamentar e que assuma forma de regulamento.
3- Existem aspectos importantes ao nível prático, tendo assim:
fundamento jurídico, no qual a lei se baseia na constituição, o
regulamento só é valido se uma lei de habilitação atribuir
competência para a sua emissão. Artigo 112 nº7; na ilegalidade, uma
lei contraria a outra revoa-a ou entao coexistem com diferente
âmbitos de aplicação, o regulamento é ilegal caso seja contrário a lei;
a impugnação contenciosa, a lei só pode ser impugnado
contenciosamente com fundamento em inconstitucionalidade, o
regulamento pode ser impugnado nos tribunais administrativos com
fundamento em ilegalidade.

ARTIGO 41º
Competência para a resolução dos conflitos
1- Regulamentos e Actos Administrativos: Quer os regulamentos
quer os actos administrativos são comandos unilaterais emitidos por
um órgão no exercício de um poder público de autoridade.
2- O regulamento é geral e abstracto (define os destinatários de
modo geral e as situações a que se aplica com elementos típicos) e o
acto administrativo é individual e concreto (conjunto dterminável de
destinatários e visa regular determinada situação).

ARTIGO 42º
Competência para a resolução dos conflitos
1- Fundamento do poder regulamentar pode ser visto: prático,
histórico ou jurídico. No caso de ser prático, tem fudamento no
distanciamento da legislação aos casos concretos da vida, por
impossibilidade ou inconveniência por parte do legislador, é
necessário num segundo momento da administração permitir uma
condição efectiva da aplicação da lei.
2- No caso do histórico o poder regulamentar funda-se na
impossibilidade de aplicação rigorosa do princípio da separação de
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poderes (determinavam exclusivamente do poder legislativo, nem tem
capacidade).
3- Por fim, ao nível jurídico varia consoante as epócas,
actualmente basei-se na Constituição e na Lei, em homenagem ao
princípio da legalidade.

ARTIGO 46º
Efeitos da arguição do impedimento

1- Limites do poder regulamentar: Princípio gerais de direito,


podendo ser definidos como um conjunto de directerizes jurídicas
pré-estaduais ligadas à ideia de direito e ao princípio de justiça
autonomos, relativamente às decisões do legislador constituinte a
razão pelo que tem uma validade que não depende do facto é de
serem acolhidas na Constituição de um determinado Estado, têm
validade pré-constitucional e pré-estatal.
2- Constituição, contem várias regras sobre a competência e a
forma dos regulamentos administrativo, tendo de ser avaliadas sob
pena de invalidade dos regulamentos. Os regulamentos limitam-se
relativamente a matérias que Consituição apenas constitiu (como lei),
sendo inválidos se atentarem directamente contra os princípios
constitucionais.
3-Princípios Gerais de Direito Administrativo, apenas derivam
mediamente da ideia de Direito, cujo o conteúdo é influênciado por
condicionantes espacio-temporais. Ex.: princípio da inderrogabilidade
do fundamentos e princípio da indesponibilidade dos bens da
administração a titulos gratuitos (podem apenas ser derrogados por
lei).

ARTIGO 51º
Sanção
1- Lei, (dimensão do princípio da legalidade). Analisa-se em
três vertentes: principio da preferência da lei (um
regulamento não pode contrariar um acto legislativo, tem a
lei prioridade absoluta); princípio da reserva da lei (poder
regulamentar não pode ser exercido naquelas máterias que a
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constituição reserva à lei); princípio do precedência de lei
(exercício de qualquer actividade administrativa
2- regulamentar tem de ser presidida de uma lei de
habilitação/lei habilitante, mesmo nos casos dos
regulamentos autonomos).
2- Princípio da hierarquia, qualquer regulamento está subordinado
a outro que tenha sido emitido por um órgão hirarquicamente
superior.
3- Decorre da circunstância dos regulamentos não puderem dispôr
retroactivamente, a não ser que a lei autorize a tal ou que o
regulamento consagre um regime mais favorável aos particulares.
4- Os regulamentos estão limitados pela competência e a forma,
pois a Constituição e Lei determinam quem tem competência e que
forma devem revestir, serão inconstitucionais ou ilegais os
regulamentos emitidos por órgãos não competentes ou que não
revistam forma constitucional ou legal.

ARTIGO 60º
Deveres gerais dos interessados

1- Vigência dos regulamentos: Princípio da


Inderrogabilidade singular (insustentabilidade de derrobar). A
administração pode modificar, suspender ou revogar um
regulamento por via geral e abstracta.
2- Os regulamentos externos não podem ser derrogados sem
mais (justificação material válida) para os demais casos
isolados, pois estes regulamentos obrigam a administração que
os emitiu. Encontra fundamento no princípio da legalidade
(disposto a todo o ornamento jurídico e às normas emitidas),
quer no princípio da igualdade.

ARTIGO 61º
Direito dos interessados à informação
1 - Tem 6 elementos: estamos perante uma colectivdade de membros;
acto de criação ou reconhecimento é através de um acto público, por
lei ou de um acto administrativo; a sua estrutura organizativa está
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assente na colectividade dos seus membros; em termos de rigorosas
práticas estamos perante um modelo de auto-governo, na medida em
que as a.p. são governados por órgãos representativos dos seus
membros; em termos de desempenho da sua actividade administrativo
as suas tarefas públicas estão confinadas aos próprios interessados da
associação; estamos perante uma auto-determinação, na medida em
que uma a.p. tem uma esfera de decisão administrativa e de
responsabilidade próprios.

ARTIGO 62º
Consulta do processo e passagem de certidões
1 - No que se refere ao regime jurídico das ap. estão sujeitos a um
regime dualista, estruturado em normas jurídicas de direito público e
direito privado, embora predomine o direito privado. Estão sujeitos a
um específico estatuto jurídico em termos de lei fundamental e que
assenta em 4 características: funcionamento e regulação é de reserva
relativa das AR, artigo 165 nº1 al. S); apenas as a.p. podem ser
constituidas para a satisfação e pressecução de necessidades públicas
específicas nos termos do artigo 267 nº4 da CRP; não podem exercer
funções próprias das associações sindicais, dado que o seu objecto e
objectivos que proseguem são distintos, de acordo com o artigo 267

nº4 da CRP; em termos de organização interna a mesma deve acentar


no respeito de direito dos seus membros e na formação democrática e
equilibrada dos seus órgãos nos termos do artigo 267 nº 4 da CRP.
No que diz respeito aos poderes administrativos que lhe são
especificamente atribuidos por lei, gozam do chamado previlégio da
unicidade, igualmente beneficam do princípio da obrigatoriedade de
inscrição administrativa, podendo mesmo impôr e estabelecer uma
quotização obrigatória. Por último, gozam de autonomia
regulamentar, administrativa, financeira e disciplinar.

ARTIGO 66º
Dever de notificar
1 - Quorum (Órgão Colegial). É a percentagem mínima do número
legal de membros do órgãos colegial, cuja presença é necessária nas
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reuniões para que possam ser votadas as delibrações. A regra é da
maioria, ou seja, superior à metade do número legal de membros. A
falta de quorum correspende à falta de legitimação do órgão para
decidir na situação concreta (factor positivo de legitimação).

ARTIGO 67º
Dispensa de notificação
1 Independente - Constituído por organismo públicos criados pelo
Estado para a realização de tarefas administrativas que lhe competem
como acontece na administração indirecta do Estado. Deste modo
pode-se dizer que os órgãos da administração são caracterizados por:
os seus membros são nomeados pela AR ou designados por entidades
privadas; no caso dos seus membros serem designados proseguem
fins próprios; não tem dependencia de outro órgão; são inomoviveis e
irresponsaveis pelas posições ou opiniões no exercício das suas
funções; não podem ser dissolvidos nem demitidos; os pareceres, as
recomendações e directivas são vinculativas. É o caso da Comissão
Nacional de Eleições ou o Provedor de Justiça.

ARTIGO 72º
Contagem dos prazos
1 – indirecta - É aquela realizada por conta do Estado, mas não é ele
directamente que o faz através dos próprios serviços, mas sim outros
entes (entes públicos inferiores). É portanto o conjunto das entidades
públicas, com personalidade jurídica própria e com autonomia
administrativa e financeira, que desenvolvem actividades a fim de
satisfazer os interesses dos Estado.
2 - Administração indirecta surge devido à complexidade da vida a
administractiva, ou seja, era complicado para o Estado dividir o seu
tempo de forma a satisfazer todas as necessidades dos cidadãos, desde
as mais simples às mais complexas. Apesar de actuarem em função
do Estado, respondem por si próprios, tendo personalidade jurídica
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própria, património próprio, pessoal próprio e praticam actos
próprios. Esta transferência de atribuições por parte do Estado,
designa-se de “Devolução de Poderes”.
3 - Em Portugal existem vários organismos que pertencem à
administração estadual indirecta destaca-se: institutos públicos,
fundações públicas, estabelecimentos publicos e as empresas
públicas.

ARTIGO 73º
Dilação
1 autonoma - A administração autónoma é caracterizada pela
prossecução de interesses próprios e a representatividade dos órgãos e
a auto-administração. O Prof Freitas do Amaral defende que esta
autonomia se refere a interesses públicos próprios das pessoas, sendo
portanto independentes face à acção do Governo.

2- O Prof Vital Moreira onde a ideia de administração autonoma


como, a administração de interesses públicos próprios de certas
colectividades ou agrupamentos infra estaduais. Esta administração é
feita a através de corporações de direito público ou de outra
organizações administractivas, sem se sujeitarem ao poder do Estado.

ARTIGO 77º
Apresentação de requerimentos
1 - Deste modo temos vários elementos constitutivos, sendo elas:
Administração Autonoma Territorial – Aquela em que o território faz
parte da definição do substrato da entidade; tem fins múltiplos; têm
forma organizatória idêntica ao Estado; regulada pela Constituição.
(ex: Autarquias Locais; R.A). Administração Autonoma não
territorial – Também designada de funcional, é aquela onde o
território não tem relevo específico para a sua definição do substrato
das pessoas colectivas que a integram; têm um fim especial; têm
variedade de formas organizatórias; os poderes dependem do
legislador. (ex: Associações Públicas).
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2 - Esta autonomia pode ter várias dimensões dentro da
Administração Auntónoma, sendo que algumas dessas dimensões
podem ser comuns tanto à A.A. territorial como à A.A.não territorial.
Estas dimensões são:

ARTIGO 78º
Apresentação dos requerimentos em representações diplomáticas
ou consulares

1 - Autonomia Jurídica: possibilidade que cada entidade


administrativa tem de atribuir responsabilidades dentro das relações
jurídicas, de atribuir direitos e deveres, detendo património pessoal e
orgãos próprios. Autonomia Administrativa: possibilidade de praticar
actos administrativos definitivos, só sujeitos a contestação directa em
via contenciosa. Possibilidade de decisão independente no âmbito das
suas funções. Autonomia Financeira: tem garantia de receitas

próprias, devido a um orçamento próprio com despesas decididas e


aprovadas autonomamente.
2 - Divide-se em uma autonomia patrimonial (património próprio) e
autonomia orçamental (orçamento próprio gerindo as respectivas
receitas e despesas). Autonomia Normativa: possibilidade de emissão
de regulamentos autónomos co eficácia externa.

ARTIGO 84º
Admissibilidade de medidas provisórias
1 - Autonomia Disciplinar: possibilita a aplicação definitiva de
sanções disciplinares ao seu pessoal. Autonomia Sancionatória:
capacidade de aplicação de sanções administrativas. Autonomia de
Orientação: capacidade de definir a sua própria orientação (auto-
determinação), sem submissão ou orientação de outrem.
2 - Autonomia Organizatória: autonomia de definição dos seus orgãos
e organização dos seus serviços. Autonomia Estaduária: capacidade
de definição do seu estatuto; não é essencial à administração
autónoma; os estatutos normalmente são fixados pela lei. Auto-
governo: governo mediante de orgãos próprios representativos,
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escolhidos mediante eleição e não nomeado por entidade exteriores –
aplica-se o princípio democrático.

ARTIGO 85º
Caducidade das medidas provisórias
1 - directa - A administraçao directa do estado inclui toda e qualquer
actividade juridica desenvolvida directamente pelos serviços
administrativos do estado sob a direcçao do governo (artigo 182 da
crp). No ambito da administração directa do estado os serviços estao
organizados em forma de piramideisto significa que a relaçao que se
estabeleceu entre as varias estruturas da administraçao do estado é
uma relaçao hierarquia.
2 - Em primeiro lugar dentro do ambito da administraçao directa do
estado, encontra-se os orgaos centrais cuja competencia abrange todo
o territorio nacional tendo como exemplos as direcçoes gerais e os
ministérios, no segundo lugar (nivel) encontram.se os chamados
orgaos administrativos locais, que são orgaos do Estado, que na
dependencia do governo exercem competencias limitadas a 1
determinada circunscrição administrativa. Para delimitação da area
que um determinado orgao local tem competencia administrativa
dividiu-se numa divisao administrativa geral que engloba conselhos e
distritos e uma divisao administrativa especial que é definida por um
criterio de materia administrativa.

ARTIGO 90º
Forma da prestação de informações
ou da apresentação de provas

1 Neste sentido as A.L são p.c.p, de base territorial (estão estruturadas


juridicamente num território), que asseguram a satisfação e
prossecução de interesses de determinada população. As A.L.
encontram-se enquadradas ao nível jurídico na CRP nos artigos 235
nº1. Nas A.L. compreendem 4 elementos essenciais: território;
agregado populacional; satisfação dos interesses comuns dessa
populção; e existência de órgãos representantivos dessa população.
Em termos administrativos compreendem: as freguesias e os
DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS ART.º
municípios. Contudo, cada uma delas encontra-se estruturada em
órgãos respectivos, a freguesia compreende a própria junta de
freguesia e a assembleia de freguesia; e nos municípios temos a
câmara municipal, a assembleia municipal e o presidente da câmara
municipal.
2 - Nas A.L não existe hierarquica jurídica, na medida em que
estamos perante esturutas administrativas territorialmente sobrepostas
mas independentes, mas não significa que não existisse uma certa
articulação formal e prática. É por exemplo: os presidentes das juntas
de freguesias integram as assembleias municipais, de acordo com o
artigo 251 da CRP e no artigo 260. Por fim, é importante destacar que
os regulamentos administrativos tem diferentes hierarquicas de
acordo com o artigo 241.

ARTIGO 121º
Condição, termo ou modo
1 - A administração pública é representada na sua relação com
particulares por pessoas colectivas públicas, ou seja, nestas relações
existe sempre um dos sujeitos que, em regra, é uma pessoa colectiva
pública. Inicialmente as pessoas colectivas eram o Estado e as demais
entidades públicas territoriais. Existia a separação entre entidades
privadas e entidadades públicas, uma vez que as entidades públicas
estavam submetidas a um regime próprio directamente ligado à lei.
2 - Antigamente as pessoas colectivas públicas eram aquelas que
actuassem à sombra do direito público, detendo assim capacidade
júridica pública, estando as pessoas colectivas privadas à sombra do
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direito privado detendo capacidade jurídica privada. Esta
caracterização teve de ser alterada uma vez que, com tempo, existiam
pessoas públicas a incidir sobre o direito privado, como pessoas
privadas a incidir sobre o direito público. Encontramos assim pessoas
colectivas públicas e privadas com capacidade jurídica pública e
privada.
3 - De qualquer maneira é importante perceber que a distinção entre
ambas é importante. Outro factor importante é o facto de este
problema na caracterização não estar ligado às entidades públicas por
natureza (Estado, Autarquias Locais, R.A), ou seja, o problema na
diferenciação está ligado com as pessoas colectivas derivadas destas
entidades públicas primárias.Percebemos que as melhores teorias de
identificação das pessoas colectivas, são as teorias mistas. Assim o

ARTIGO 121º
Menções obrigatórias
1 - Profº Freitas do Amaral utiliza um critério que combina a criação,
o fim (objectivo) e a capacidade jurídica da entidade em causa.
Portanto as pessoas colectivas públicas são aquelas criadas por
iniciativa pública, dotadas de poderes e deveres públicos com o
objectivo de assegurar a prossecução de interesses públicos.
2 - No seguimento do mesmo pensamento, o Profº Vital Morais
combina os critérios de iniciativa de criação e poderes públicos.
Portanto são pessoas colectivas públicas aquelas que tenham sido

criadas pelo Estado ou outros entes públicos primários (Autarquias


Locais, R.A), que tenham características de entidades públicas e
posse de perrogativas de Direito Privado. Baseado nestes critérios
temos como pessoas colectivas públicas o Estado, as Autarquias
locais e as R.A. (entidades públicas por natureza; entidadades
públicas por força da lei) e também pessoas colectivas, criadas pelo
Estado ou por entes públicos menores desde que estejam, qualificadas
dessa forma na lei e tenham perrogativas de direito público,
nomeadamente poderes de autoridade.

ARTIGO 127º
Regra Geral
DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS ART.º
1 - Estado (principal, todos os outros com apenas meras funções
administractivas – entes públicos menores), Institutos Públicos (univ.
Pública), Empresas Públicas (carris), Associações Públicas (ordem
dos advogados, médicos), Autarquias Locais e as R.A.
2 - Territoriais: Estado, A.L e R.A. têm carácter originário; têm
generalidade de atribuições; têm tipificação constitucional; têm
capacidade jurídica para a criação de outros entes públicos.
Funcionais: outras entidades ou entes publicos menores. não tem base
territorial; tem atribuicões específicas; carácter atípico.
Independentes: gozam de autonomia; diferentes orientações podendo
divergir do estado; gozam de indepêndencia do governo.
Dependentes: são criados por autonomos por conveniência
administrativa; não têm capacidade para prosseguir, fins diversos das
entidades criadoras; os seus dirigentes são nomeados pela “ente-mãe”
(Empresas e Instituições Públicas)

ARTIGO 128º
Eficácia retroactiva
1 - Regime Jurídico - capacidade de direito privado, podendo
prosseguir actividades de gestão privada; capacidade de direito
público, detendo poderes de autoridade e deveres públicos; autonomia
administractiva e financeira; direito de celebrar contratos
administractivos; gozam de isenções fiscais; podem ser titulares de
bens de direito público; tem um regime de função pública e não um
contrato individual de trabalho (excepto as empresas públicas).

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