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Decretos regulamentares;
Resolução de concelho de ministros;
Portarias genéricas dos ministros em nome do governo.
Atos jurídicos dos governos regionais que são considerados regulamentos
administrativos:
Gerais:
a) Regulamentos complementares: Podem ser de desenvolvimento das
bases gerais estabelecidas na lei, têm que respeitar a reserva de lei e
podem ser integrativos que são situações especificas que não se
encontram previstas na lei e só são admissíveis quando
expressamente autorizados também pela lei.
Imperatividade e a vinculatividade.
Apesar de ser cada vez mais frequente a participação dos administrados nos processos
de decisão e de adoção dos atos administrativos designadamente quando aplicam o
princípio da participação.
Daqui se retira que estão excluídos da noção de atos administrativos, os atos com
natureza política, e os atos de natureza puramente legislativa, em relação aos políticos,
nem sempre é fácil saber distinguir Ex: Em relação à construção de um hospital, a
decisão é política, a adjudicação da obra às empresas de construção são atos
administrativos.
Estão perfeitamente excluídos todos os atos internos que apenas têm repercussões a
nível interno na administração, não significa que não se reconheça.
No caso dos particulares a decisão tem de ser proferida no prazo de 90 dias nos
termos do artigo 128º/1, sedo que nos termos do 129º a ausência de decisão é
considerada incumprimento do dever de decisão podendo o administrado utilizar os
meios administrativos impugnativos e os meios de impugnação contenciosa, neste
caso estamos a falar de omissão de decisão, logo o meio adequado será o 37º/1/d do
CPTA. Excecionalmente nos termos do artigo 130º o silencio da administração pode ser
considerado um deferimento tácito.
Naqueles processos em que administração não tem de recorrer qualquer elemento diz
se que se verifica uma situação de monopólio por parte do particular, o artigo 86º
estabelece o prazo de 10 dias, quer por parte dos particulares que por parte da
administração. Isto porque nos termos do artigo 59º existe o dever de celeridade.
Por seu turno, os pareceres obrigatórios podem ainda vinculativos ou não vinculativos.
Se são vinculativos, o órgão decisor tem de decidir no sentido do parecer, o que não
acontece nos pareceres não vinculativo, a regra encontra-se prevista no artigo 91º/1
que nos diz que os pareceres normalmente são obrigatórios e não vinculativos. Se o
parecer não for solicitado temo um vicio de estatuição que conduz nos termos do
artigo 163º à anulabilidade do ato, é aquilo que ele chama um vicio procedimental,
tem haver com o procedimento da adoção do ato, se o parecer for obrigatório e não
for vinculativo, temos também um vício de estatuição, desta vez de conteúdo que
conduz igualmente à anulabilidade do ato.
Os pareceres têm que ser contados no prazo de 30 dias a contar da sua solicitação, se
não for emitido pode prosseguir o procedimento nos termos do 92º/5 e 6.
Os atos administrativos completos têm que conter a justificação, ou seja têm que
explicar a sua conformidade com a lei (152º) e isto é suficiente nos atos vinculados
mas nos atos discricionários, para além da fundamentação também tem que contar a
motivação, a motivação é própria dos atos discricionários, diz-nos porque é que foi
decidido num determinado sentido dentro das possibilidades possíveis.
Por regra, usados correspondem a decisões finais expressas, 127º CPA, que podem ser
orais mas em princípio são escritas nos termos do artigo 150º/1 e 151º
Naqueles casos em que a iniciativa é privada, se não houver resposta até aos 90 dias
dás o incumprimento do dever de decisão nos termos do artigo 129º. No entanto há
situações excecionais, e essas situações são situações em que a administração não se
pronuncia e temos 3 tipos de atos em que a administrar não se pronuncia:
- Atos implícitos, a administração não pratica ou adota um ato, mas passa de imediato
a sua execução verificam-se diminuídas as garantias dos administrados e só são
utilizados em situações excecionais.
- Atos tácitos, o que acontece é que há uma presunção que o particular retira para si, a
partir de um ato administrativo que foi dirigido a outro destinatário, soa situações
anómalas.
- Atos silentes (130º), o artigo 130 faz referencia à possibilidade de haver lugar a
deferimentos tácitos, o que não é a regra, o silêncio da administração só corresponde
a deferimento quando a lei o regulamento a determine, a regra é o indeferimento
tácito, mas para que se considere que há deferimento têm que estar preenchidas uma
serie de condições, tem que estar previsto na lei, depois tem de haver uma pretensão
formulada por um particular através de um requerimento nos termos do 102º, o órgão
a quem foi dirigido o requerimento tem de ser o competente para efeitos de contagem
de prazo, porque se não for o competente existe a remessa oficiosa nos termos do 41º
e o prazo só começa a contar mais tarde, tem que haver a obrigação de decidir por
parte da administração nos termos do 300º/1. A seguir tem que ter decorrido um
prazo de 90 dias úteis, e por fim o prazo tem de ter corrido sem que haja lugar.
Qualquer notificação. Verificados estes pressupostos, estamos perante aquilo que se
chama um ato silente, designadamente o deferimento tácito, que já vimos que não é a
regra, em todos os outros casos em que a lei não atribui ao silencio o significado de
deferimento, estamos perante indeferimentos tácitos (129º) e que podem ser
impugnados quer administrativamente (184o) quer judicialmente nos termos do
37º/1/b CPTA, e artigo 66º e ss CPTA)
1ª - No caso dos atos recetícios que são aqueles que apenas assumem relevância
jurídica quando conhecidos dos seus destinatários, o ato apenas começa a produzir
efeitos depois de notificado. São situações de atos administrativos que impõem
deveres ou obrigações aos particulares. A notificação funciona como condição de
eficácia.
2ª - Os atos sujeitos a publicação só produzem os seus efeitos a partir do momento em
que são publicados, enquanto que a notificação é sempre obrigatória, a publicação só
o é quando expressamente exigida por lei.
3º - Atos com eficácia diferida (155º), nestas circunstâncias o ato administrativo apesar
de se encontrar praticado só vai começar a produzir os seus efeitos num momento
posterior ficando os mesmos sujeitos à superveniência de um facto ou de outro ato
que desencadeia a sua produção. Posto isto, há que fazer as seguintes classificações:
Através de:
- Também pode ocorrer a suspensão nos termos da lei e nisso é exemplo nos termos
do 50º/2 CPTA
- Pode operar através de uma clausula acessória que seja uma condição resolutiva, o
ato administrativo é praticado, começa a produzir os seus efeitos mas verificando-se.
- Ou termo final, significa isto, que o ato administrativo pode prever o período
temporal durante o qual se encontrará a produzir efeitos, findo esse período os
mesmos param de se produzir.
Para esse efeito o ato tem que ser exequível e eficaz, e a lei tem de permitir a
possibilidade do mesmo ser executado, daqui se conclui que os atos não exequíveis
são atos não executivos e não executórios. Os atos exequíveis são atos ou executivos
ou executórios.
O CPA tem uma noção de ato administrativo considerada como uma noção de
conteúdo substantivo - 148°CPA + 51° CPTA.
Função tituladora
Os atos administrativos valem como título executivo podendo basear ou ser base de
uma ação executiva, consubstanciam em si um título com eficácia positiva ou eficácia
autotitulante Ex: liquidação de impostos.
Função definitória
Significa que os atos administrativos definem autoritária e unilateralmente relações
jurídicas Ex: Inscrição de um estudante numa escola pública ou a admissão de um
doente num hospital público.
Função procedimental
Todo o procedimento administrativo visa a tomada de decisão de um ato
administrativo, assim sendo, o ato administrativo corresponde ao momento principal
do procedimento que visa a sua adoção e é também a sua fase mais visível.
Função estabilizadora
Isto significa que a decisão mesmo sendo ilegal, excluindo as situações de nulidade, a
que se refere o artigo 161º CPA, consolidam-se em prazos relativamente curtos, 3
meses para os particular nos termos do artigo 58º CPTA, assegurando assim a
autovinculação da administração e a limitação de poderes de derrogação 167º CPA, ou
seja, em relação a esta função existe o ónus de impugnação, se o particular não
impugnar, o ato consolida-se na ordem jurídica.
Função processual
No sentido de que todos os atos administrativos que se enquadram na definição
anterior são passíveis de impugnação contenciosa nos termos do artigo 37º número 1
CPTA.
Atos que influem sobre status (conjunto de direitos e deveres que resultam do facto
jurídico):
1. Atos que criam status Ex: concessão de cidadania.
2. Atos que modificam status Ex: Transferência de um funcionário público.
3. Atos que extinguem status Ex: Demissão do funcionário público.
2. Autorizações
Relações entre a administração pública e particulares. * Dispensa, é o caso da
licença de uso de porte de arma.
Autorização constitutiva, ou também chamada autorização licença Ex: licença
de construção, só se pode construir se houver uma licença do município.
Autorização propriamente dita, ou autorização permissiva Ex: licença para o
exército de uma atividade comercial ou industrial.
Caso Prático 1:
O diretor geral dos produtos agrícolas invocando uma delegação do ministro da
agricultura decidi instaurar um processo disciplinar e demitir um funcionário da
direção geral do comércio por este ter retido indevidamente em armazém produtos
perecíveis que acabaram por se deteriorar causando um Grand prejuízo à economia
nacional.
Esse funcionário pretende reagir contra a decisão do diretor geral alegando que:
1. O diretor geral dos produtos agrícolas não lhe pode aplicar a sanção de
despedimento já que a direção geral do comércio a que pertence faz parte do
ministério da economia.
2. Não foram averiguados todos os factos relevantes para a tomada de decisão
3. Não lhe foi dada a oportunidade de se manifestar durante o procedimento
disciplinar.
4. A decisão foi lhe comunicada sem que lhe indicassem quaisquer razões para além
das ditas no enunciado.
Quid iuris ?
A falta de fundamentação constitui um vicio que leva à anulação (151º/d + 152º/1/ a.).
Este ato padece de uma série de vícios.
Em que prazo ?
A preterição da audiência dos interessados é uma causa de nulidade e não de
anulabilidade (58º CPTA 3 meses) - sendo nulo a nulidade é invocável a todo o tempo –
41º CPTA.
Também pode ocorrer a suspensão nos termos da lei e nisso é exemplo nos termos do
50º/2 CPTA
Quanto á cessação de efeitos, pode operar através de uma clausula acessória que seja
condição resolutiva ou termo final. Pode resultar da anulação, e a anulação implica a
ilegalidade do ato, ou seja, a sua desconformidade com a lei e pode ser declarada ou
pelo próprio órgão, ou pelo órgão hierarquicamente superior, ou pelo tribunal,
segundo o artigo 165º/2
1. Sujeito :
Quem adota o ato são as entidades publicas ou pessoas coletivas de direito privado no
exercício de funções publicas. Essas pessoas têm atribuições, que tem por finalidade a
execução de interesses públicos, sendo estes definidos pela lei. Às pessoas coletivas de
direito público (ou privado) a lei confere atribuições, correspondem ao interesse
público específico que têm que prosseguir, ou seja, são condição de validade dos atos
administrativos por si praticados.
E as pessoas coletivas de direito público fazem-se representar por órgãos que para
esse efeito exercem competências (órgãos administrativos).
Os órgãos (20º e ss CPA) são compostos por pessoas físicas e singulares, a que são
atribuídas competências para a prossecução das atribuições da pessoa coletiva pública
em que se integram.
• 2. Coação absoluta - Coação moral ou física dos titulares dos órgãos administrativos
e nos termos da alínea f, do número 2 do artigo 161º determinam a nulidade do ato
administrativo.
2. Objeto:
É a realidade sobre a qual vão recair os efeitos do ato administrativo e pode ser
constituída por coisas, pessoas, seres dotados de sensibilidade jurídica e outros atos
administrativos. Ex: Coisas - uma ordem de demolição/ Pessoas - nomeação de um
funcionário público/ Seres dotados de sensibilidade jurídica - uma ordem de abate de
um animal/ Outros atos administrativos - anulação administrativa
O objeto tem que ser possível quer fisicamente, quer legalmente sendo que, a
possibilidade física significa que o objeto existe e está acessível, sendo que, a
possibilidade legal traduz-se na suscetibilidade abstrata de uma determinada realidade
sofrer os efeitos de um ato administrativo (seja ele qual for).
3. Estatuição:
Vícios do sujeito:
1. A falta de atribuições a que corresponde nulidade nos termos do art.161º/2/b.
2. A incompetência em razão da matéria e da hierarquia, consequência a
anulação do ato nos termos do artigo art.163º. (em relação aos órgãos).
2º - Vícios relativos ao fim, relação entre o conteúdo do ato e o fim que visa
prosseguir.
Teste:
O governo é uma entidade publica,…..
Aqui não foram feitas as diligencias necessárias, por simplesmente se fixou um valor
que não corresponde á realidade, o vicio mais importantes são: o erro quanto ao valo,
e a falta da audição do antonino – violação do princípio da participação art. 12º CPA,
art.267º/2 CRP
Nest caso a audiência de interessados tem a ver com um vicio procedimental que tem
como consequência a anulabilidade. A questão do parecer – são obrigatórios e não
vinculativos – neste caso tínhamos um parecer vinculativo, o parecer foi solicitado.
Temos outro vicio procedimental,
Neste caso ainda seria possível optar por uma providencia cautelar do 112º/2/e