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CLASSIFICA ÇÃO DAS

NORM AS JU RÍDIC AS

Prof. Al exand re B ujes


Segundo MIGUEL REALE

“O que caracteriza uma norma jurídica, de


qualquer espécie, é o fato de ser uma
estrutura proposicional enunciativa de uma
forma de organização ou de conduta, que deve
ser seguida de maneira objetiva e obrigatória.”
Segundo Dourado de Gusmão

“São destinatários da norma jurídica as pessoas


ou autoridades que estiverem na situação jurídica
nela prevista”

Exemplos:

3)PLANOS DE SAÚDE – coberturas


Obrigatórias pelas seguradoras

2) LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL –


Incide sob os governantes
CLASSIFICAÇÃO

quanto ao sistema a que pertencem


quanto a sua fonte
quanto a amplitude do seu conteúdo
NORM AS quanto a natureza de suas disposições
JURÍ DI CA S quanto a sua aplicabilidade
quanto a sua qualidade
quanto a vontade das partes
quanto ao Poder Público
Em função do sistema a que
pertencem

AS NORMAS PODEM SER:

NACIONAIS

ESTRANGEIRAS – aplicação além do


território do Estado que a criou

DE DIREITO UNIFORME – quando dois


ou mais países resolvem, mediante
um tratado ou convenção
internacional, adotar internamente
uma legislação padrão.
Em função de sua fonte
AS NORMAS PODEM SER:
ESCRITAS ou LEGISLATIVAS – corporificadas
nas leis, medidas provisórias, decretos, etc.
NÃO-ESCRITA ou CONSUETUDINÁRIAS –
derivadas dos usos e costumes aceitos
socialmente como válidos, são elaboradas
espontaneamente pela sociedade.
JURISPRUDENCIAIS – são as normas criadas
pelos tribunais (decisões judiciais), que servem
de orientação aos operadores do direito.
Quanto a amplitude do seu conteúdo
DE DIREITO COMUM ou GERAL – são aplicáveis
em todo o território nacional. (Ex. Leis Federais)
DE DIREITO LOCAL – se destinam apenas a parte
do território do Estado, podem ser normas estaduais
ou municipais.
DE DIREITO ESPECIAL – são aplicáveis ou
destinadas somente a um determinado grupo e
definido campo. (Ex. Código Penal Militar)
EXCEPCIONAL – estabelecem tratamento jurídico
excepcional em determinados casos, pessoas ou
situações. (Ex. Anistia fiscal, foro privilegiado, etc.)
Quanto a natureza de suas disposições
AS NORMAS PODEM SER:

DE DIREITO MATERIAL – são as que definem e


regulam relações jurídicas ou criam direitos e
impõem deveres, regendo a matéria jurídica
propriamente dita. Ex. disposições dos Códigos
em relação ao direito material.

PROCESSUAL – são as que regulam o modo ou


o processo de efetivar as relações jurídicas, ou
de fazer valer os direitos ameaçados ou
violados. Ex. normas processuais
Em função de sua aplicabilidade

AS NORMAS PODEM SER:


AUTO-APLICÁVEIS – são aquelas que não
dependem de regulamentação por outra
norma. Ex. Igualdade de todos perante a lei.
DEPENDENTES – exigem a criação de outras
normas que as complementem ou
regulamentem.
Ex. Art. 7º, inciso XXIII, CF, adicional para as
atividades penosas, insalubres ou perigosas.
Em função de sua qualidade

POSITIVAS ou PERMISSIVAS – são as


normas que permitem a ação ou omissão.

NEGATIVAS ou PROIBITIVAS – são as


normas que proíbem a ação ou omissão.

ENUNCIATIVAS – são normas que


simplesmente enunciam algo.
FACULTATIVAS – que possibilitam de forma
facultativa a execução de determinado ato.
Quanto a vontade das partes
AS NORMAS PODEM SER:
• TAXATIVAS OU COGENTES – por resguardarem interesses
fundamentais da sociedade, obrigam ou proíbem determinado
ato, independente da vontade das partes.
Ex. Art. 1521, CC – que estabelece: “Não podem casar: I – os
ascendentes com os descendentes” (...)
• DISPOSITIVAS – dizem respeito aos interesses dos
particulares e admitem a não adoção de seus preceitos, desde
que por expressa das partes interessadas.
Ex. Art. 1640, parágrafo único, CC – “Poderão os nubentes no
processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este
código regula.” (...)
Em relação ao Poder Público

AS NORMAS PODEM SER:


• RÍGIDAS – atuam sobre a conduta do julgador,
impedindo ao operador do direito o emprego da
eqüidade ou qualquer outra forma alternativa para a
resolução do conflito. Ex. Art. 1551, CC – “Por defeito
de idade não se anulará o casamento de que resultou
gravidez.”
• ELÁSTICAS – são as normas que conferem ao
julgador a solução do litígio (poder de decisão).
Ex. normas que dizem respeito a guarda do menor de
idade.

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