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A NORMA JURÍDICA

Autora: Paula Vaz Franco 1


Jurista e Formadora

NOÇÃO

É um imperativo de conduta, que coage os sujeitos a se comportarem da forma por ela


esperada e desejada, sob pena de penalizações tendo em vista a convivência em sociedade
de forma harmoniosa e em segurança jurídica, promovendo a igualdade entre todos os
cidadãos.

CARATERÍSTICAS DA NORMA JURÍDICA

As normas de conduta são regras de conduta caraterizadas por serem:

- gerais
- abstratas
- imperativas
- coercivas
- hipotéticas

As normas jurídicas podem ser válidas permanentemente, provisoriamente ou


temporariamente.

A SANÇÃO NA NORMA JURÍDICA

A sanção não pertence aos elementos definidores da norma jurídica, trata-se da decorrência da
necessidade do comando prescritivo do direito - isto porque a força legal é o instrumento de
realização do direito (entendido amplamente como ordenamento jurídico).
A norma jurídica é aquela norma cuja execução será garantida por uma sanção externa e
institucionalizada.

FÓRMULA DA NORMA JURÍDICA

P
/
Fs + Va ⇒ Nj → Ft = D --
\
Ñp → C → S

Fs = Fato social: Tudo que o homem faz e exterioriza. Tudo que ocorre na sociedade.
Ft = Fato temporal: São fatos sociais reproduzidos no tempo. Bem jurídico
Va = Valor agregado: É o valor que agregamos às coisas. A importância das coisas para a
sociedade, ou de pessoa para pessoa.
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Nj - Norma jurídica: São condutas estabelecidas para todos.
D = Direito: Orienta condutas. Fruto da convivência humana.
P = Prestação: A aceitação da norma. O apoio.
Np = Não prestação: A não aceitação da norma. Transgredir.
C = Coerção: É o uso da força pelo direito.
S = Sanção: É a punição. Se você não cumpre a conduta, você é sancionado.

TIPOS DE LEI E HIERARQUIA

1 - A Constituição da República Portuguesa é a lei fundamental que estabelece os grandes


princípios de ordem política, social e económica e o regime jurídico, de criação e modificação
das normas jurídicas. Entrou em vigor em 25 de Abril de 1976.

2 - Leis ordinárias – são todas as outras leis. A elaboração destas leis é de competência da
Assembleia da República e do Governo, embora existam matérias que são de estrita
competência legislativa da Assembleia da República. As leis emanadas do Governo
denominam-se decretos-leis e têm a mesma força obrigatória que as leis da Assembleia da
República.

Dentro das LEIS ORDINÁRIAS, a hierarquia relaciona-se com o orgão que elabora a lei:

1º Assembleia da República

2º Governo

3º Autarquias (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia)

FORMAÇÃO DA LEI

1 - Criação da proposta ou projeto – art.º 167º da CRP

2 - Discussão e aprovação dos projetos ou propostas de lei na Assembleia da República – art.º


168º da CRP

3 - Promulgação pelo Presidente da República – art.º 136º e 140º da CRP

4 - Publicação no Diário da República – art.º 119º da CRP

5 - Entrada em vigor

As leis podem ser MATERIAIS ou FORMAIS.

LEI MATERIAL - diz respeito à matéria (conteúdo de regra imposta pelo Estado), não
interessando o órgão que a elabora nem a forma por que a elabora. Neste sentido, a lei vai
desde a constituição aos regulamentos.
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LEI FORMAL – refere-se à forma de elaboração da lei, ou seja, à atividade legislativa exercida
por determinados órgãos (Assembleia da República, Governo, Assembleias Legislativas
Regionais)

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DEFINIÇÕES DOS VÁRIOS TIPOS DE LEI

Lei – elaboradas pela Assembleia da República e pelo Governo

Decreto – Lei – elaborados pelo Governo

Decretos regulamentares – elaborados pelo Governo no sentido de pormenorizar alguns


aspetos das leis ou decretos-lei existentes.

Portarias – da competência dos ministros responsáveis por determinadas áreas e emitidas em


nome do Governo.

Despachos – ordens dadas por um ministro aos seus subordinados.

Regulamentos – emitidos pelas Autarquias (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) e


subordinando-se ao estabelecido pelas hierarquias superiores.

Bibliografia:
Manual de Direito Constitucional, de Gomes Canotilho, Coimbra
Constituição da República Portuguesa

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