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Curso de CFO Saúde - 2022

CBMAM

Instituto Integrado de

Ensino de Segurança

Pública
Fundamentos Jurídicos da
Atividade Bombeiro Militar

DIRCEU NOGUEIRA – 1°Ten QCOBM

Instituto Integrado de

Ensino de Segurança

Pública
Ementa
Disciplina– Fundamentos jurídicos da atividade bombeiro militar.
Carga Horária – 12h.

 Objetivo GERAL:
 Essa disciplina tem como objetivo a atuação do profissional em
segurança pública no Estado Democrático de Direito e implica no
conhecimento do ordenamento jurídico brasileiro e universal,
seus princípios e normas, com destaque para a legislação
pertinente às atividades de bombeiro militar, de forma associada
às demais perspectivas de compreensão da realidade, tanto no
processo formativo quanto na prática técnico-profissional. 
Ementa
 Objetivos ESPECÍFICOS:
 
 Criar condições para que o profissional bombeiro militar possa ampliar
conhecimentos para:
 Discutir sobre o direito como construção sociocultural;
 Identificar os ramos do direito.
 Desenvolver e exercitar habilidades para:
 Analisar os princípios, normas e fenômenos jurídicos que tenham
repercussão nas atividades de bombeiro militar.
 Fortalecer atitudes para:
 Reconhecer que o conhecimento jurídico é apenas uma dimensão para
balizar sua ação e uma ferramenta no exercício da profissão.
Sumário
 I – Introdução ao Estudo do Direito
 1. Concepção epistemológica do direito.
 1.1 Noção elementar do Direito.
 2. Classificação do Direito.
 2.1 Direito Público.
 2.2 Direito Privado.
 3. Direito e Moral.
 3.1 Norma Moral.
 3.2 Norma Jurídica.
 4 Fontes do Direito.
 4.1 Leis.
 4.2 Costumes.
 4.3 Jurisprudência.
 4.4 Doutrina
 5. Hierarquia das Normas.

  
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Concepção epistemológica do Direito e sua
função social.

O que é Direito? O Direito é a norma das


ações humanas na vida social,
estabelecida por uma organização
soberana e imposta coativamente à
observância de todos"
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
O que é lei? É a norma escrita emanada
do poder competente; é o
pronunciamento solene do direito. De
acordo com o artigo 5, inciso II, da
Constituição Federal, ninguém pode ser
obrigado a fazer ou a deixar de fazer
alguma coisa, senão em virtude da lei.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 Miguel Reale afirma que “O Direito é, por
conseguinte, um fato ou fenômeno social; não
existe senão na sociedade e não pode ser
concebido fora dela. Uma das características da
realidade jurídica é, como se vê, a sua
socialidade, a sua qualidade de ser social”.

A conscientização do Direito é a gênese da


Ciência do Direito.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 Multiplicidade e Unidade do Direito
O Direito é um conjunto de estudos discriminados –
visão panorâmica e unitária dos diversos campos.
“Todo comportamento humano pressupõe um
fenômeno jurídico.”
 Complementariedade do Direito
O Direito é uma ordenação que dia a dia se renova.
Há no Direito o sentido sistemático da unidade do
fenômeno jurídico.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 Classificação do Direito

 Direito Público – Há o predomínio do interesse


coletivo e a relação é de subordinação;

 Direito Privado – Há o predomínio do interesse


particular e a relação é de coordenação.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 DIREITO E MORAL

O Direito e a Moral são regras sociais que


regulam o comportamento do Homem em
sociedade, definindo um conceito de
comportamento que é certo e o que não se
enquadra neste comportamento é tido como
errado.  
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 DIREITO
E MORAL
 Teoria do mínimo ético – Nessa corrente, o
Direito e a Moral são representadas por dois
círculos concêntricos.
 “Tudo que é jurídico é moral, mas nem tudo que
é moral é jurídico.”
 Trata-se de teoria formulada por
 Jeremy Bentham (1748-1832) MORAL

DIREITO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

 DIREITO
E MORAL
 Teoria dos círculos secantes– Desenvolvida por
Claude du Pasquier, a teoria em epígrafe assevera que o
Direito e a moral possuem uma área comum e, ao mesmo
tempo, um espaço particular e independente (inerente a
cada um).
 “nem tudo que é justo é honesto”.

MORAL DIREITO
 Norma Moral: determina ao homem qual a
conduta a seguir para o seu aperfeiçoamento
como homem, entre as possíveis condutas dele
próprio, sendo dotada apenas de bilateralidade.

a Moral é incoercível e o Direito é coercível.


 a Moral autônoma, e o Direito heterônomo.

 Normas jurídicas: Buscam o “bem” social,


esperam orientar a conduta para concretizar
valores sociais, sendo o maior deles a Justiça,
dotadas de heteronomia, bilateralidade,
atributividade e coercibilidade.
FONTES DO DIREITO

 Brasil Direito Positivo

 Art. 4º - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo


com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.(Lei
de  Introdução às normas do Direito Brasileiro)

  Por "fonte do direito" designamos os processos


ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas
se positivam com legítima força obrigatória, isto
é, com vigência e eficácia no contexto de uma
estrutura normativa.
FONTES DO DIREITO

 Fontes Formais e Fontes Materiais


 1- LEIS A primeira fonte do direito é a legislação,
normas escritas que emanam da autoridade soberana de
uma dada sociedade (ao exemplo do Poder Legislativo) e
impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a
ela sob pena de sanções.

 2- COSTUMES Por costume, como fonte do direito,


entendemos pela conduta do indivíduo em sociedade, que
passa a ser praticada por todos, reiteradamente e por um
longo período, tornando-se obrigatória, sob pena de
reprovação social.
FONTES DO DIREITO

 Fontes Formais e Fontes Materiais


 3- JURISPRUDÊNCIA representa a aplicação do
entendimento dos tribunais sobre determinado assunto,
que se consolida por meio do exercício da jurisdição. Desta
forma, a jurisprudência se forma por meio de diversas
decisões no mesmo sentido.

 4- DOUTRINA é a aplicação científica dos


entendimentos formados por operadores do direito,
reconhecidos por grande conhecimento e experiência nas
áreas do direito.
FONTES DO DIREITO

 FontesFormais e Fontes Materiais


 5- ANALOGIA utilizada com a finalidade de integração
da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a
casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o
caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional,
a que se denomina anomia.

 6- PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO são


postulados que se encontram implícita ou explicitamente
no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras.
FONTES DO DIREITO
HIERARQUIA DAS LEIS

 No ordenamento jurídico brasileiro pode-se


verificar a existência de um sistema escalonado
de normas seguindo uma dada hierarquia, na
qual as normas inferiores devem estar em
conformidade com as normas superiores.

 Assim escalonadas:
HIERARQUIA DAS LEIS

 - Norma fundamental (hipotética) que oferece o


necessário fundamento às normas jurídicas situadas no
topo da pirâmide e que desempenha as funções de
conduzir todo o ordenamento de acordo com as normas
positivas supremas e validar todas as normas que
decorram da manifestação de vontade do criador das
normas supremas. No Brasil, essa norma fundamental
ordena que todos se conduzam de acordo com a CF/88 e
atribui caráter jurídico á manifestação de vontade dos
criadores dessa Constituição;
HIERARQUIA DAS LEIS

 - Constituição Federal e suas Emendas -


considerada uma das mais modernas e extensas do
mundo, elenca os direitos individuais e coletivos dos
brasileiros, com destaque à proteção da família, da cultura,
dos direitos humanos, da educação e da saúde. Por essa
razão é considerada a lei maior do ordenamento jurídico
nacional, composto por vários normativos, a hierarquia
entre as leis é essencial a esse ordenamento, em especial
para garantir o controle de constitucionalidade das normas
ou para solucionar conflito entre elas;
HIERARQUIA DAS LEIS

 - LeiComplementar – tem o propósito


justamente de regularem pontos da Constituição
que não estejam suficientemente explicitados.
Pode tratar dos diversos assuntos. São exemplos
a Lei Orgânica da Magistratura e a Lei de
Responsabilidade Fiscal;
HIERARQUIA DAS LEIS

-Lei Ordinária - são normas de competência


exclusiva do Poder Legislativo. As matérias
precisam ser discutidas e aprovadas por
deputados ou senadores e, posteriormente,
sancionadas pelo chefe do Poder Executivo, o
Presidente da República. Como exemplos de leis
ordinárias, temos os códigos em geral (Civil,
Penal) e a lei sobre o regime jurídico dos
Servidores Federais;
HIERARQUIA DAS LEIS

-Lei Delegada - têm a mesma hierarquia das


ordinárias. São elaboradas pelo chefe do Poder
Executivo a partir de delegação do Congresso
Nacional. Entre elas está a Lei Delegada n. 13,
que instituiu as gratificações de atividade para
servidores do Poder Executivo;
HIERARQUIA DAS LEIS

- Medida Provisória (MP) é expedida pelo


Presidente da República em caso de relevância
ou urgência, tem força de lei e vigência de 60
dias. Deve, obrigatoriamente, ser examinada
pelo Congresso. Deputados e senadores podem
aprovar ou rejeitar a norma, ou ainda criar nova
lei em sua substituição. Se ultrapassado o prazo
e não for aprovada, a MP perde a validade.
HIERARQUIA DAS LEIS

- Decreto Legislativo - são atos normativos de


competência do Congresso Nacional. Temos
como exemplo a ratificação de tratados
internacionais, autorizar referendos populares e
plebiscitos, e conceder autorização para o
funcionamento de emissoras de rádio e de
televisão.
HIERARQUIA DAS LEIS

- Resoluções - são atos editados pelo Congresso


Nacional, pelo Senado Federal e pela Câmara dos
Deputados para tratar de assuntos internos. Há,
contudo, outras espécies de resoluções editadas
pelos poderes executivo e judiciário no intuito de
regulamentação de leis sobre determinados
assuntos, como por exemplo, as resoluções
editadas pelo Conselho Nacional de Justiça.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 ENTES FEDERATIVOS
 Os entes federativos, também denominados
“entes federados” integram a federação com
autonomia política, legislativa, administrativa,
financeira e, principalmente, com poder
constituinte decorrente.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 De acordo com o caput do art. 18 essas unidades


político-administrativas são: a União, os Estados,
os Municípios e o Distrito Federal. In verbis:

 Art.
18 – A organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos nos termos desta
Constituição.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

  São dotados da capacidade de se auto-


organizarem (poder constituinte decorrente), o
que deve ser feito por meio de uma Constituição
própria, ainda que receba outro nome (como Lei
Orgânica), respeitada a Constituição Federal.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 
  A UNIÃO é organizada pela Constituição
Federal, que exerce dupla função: estabelecer as
bases da organização e do funcionamento da
República Federativa Brasileira e organizar o ente
federado “União”.

DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

  Cada ESTADO-MEMBRO rege-se por uma


Constituição própria, elaborada, aprovada e
promulgada pelas respectivas casas legislativas.

 Já o DISTRITO FEDERAL e os MUNICÍPIOS
regem-se por suas respectivas Leis Orgânicas,
também elaboradas, aprovadas e promulgadas
por suas respectivas casas legislativas, que, a
despeito de receberem nome diverso, são suas
respectivas Constituições.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

  ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo


2º, consagra o Princípio da Separação de Poderes
no Estado brasileiro ao dispor que são Poderes
da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

  PODER EXECUTIVO - Ao Poder Executivo, como


regra, cabe a função administrativo e a função de governo,
sendo a primeira consubstanciada na administração da
nação naquilo que não for da competência interna dos
outros poderes e, pela segunda, a função de governo, o
Poder Executivo implementa grandes ações e políticas
públicas que determinam os destinos da nação, além de
caber ao Poder executivo, através de seu Chefe de Estado,
manter relações com Estados estrangeiros representando a
nação o Presidente da República.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

  PODER LEGISLATIVO - Ao Poder legislativo


cabe a função legiferante, ou seja, a elaboração
de leis.

 PODER JUDICIÁRIO - Ao Poder Judiciário cabe


a solução de conflitos aplicando a lei aos casos
concreto, em regra.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.
 
 Segurança, segundo o dicionário eletrônico
Houaiss da língua portuguesa é um “estado,
qualidade ou condição de quem ou do que está
livre de perigos, incertezas, assegurado de danos
e riscos eventuais; situação em que nada há a
temer”.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 Segurança individual – artigo 5º da CF/88


 é a garantia ao cidadão de uma vida plena, com
o gozo dos direitos e liberdades individuais. 

 Segurança Coletiva - é mais ampla, e está


condicionada à proteção de toda a sociedade brasileira,
através de ações de prevenção e repressão tendente a
alcançar o bem comum. O Estado ao implementar a
segurança coletiva efetiva a segurança individual, isto é
segurança pública e tem como objetivo maior a
preservação da ordem pública e a paz social.
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 “Art. 144. A segurança pública, dever do Estado,


direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos.”

A segurança pública será promovida através dos


seguintes órgãos estatais: “Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal,
Polícias Civis e Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares.”
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 Política Administrativa: Cuidar de bens,


serviços e atividades.
 Política de Segurança: Realiza atividades
preventivas. (Ex.: PMs).
 Política Judiciária: Realiza investigação,
repressivamente. (Ex.: PF, PC).
DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NA


CONSTITUIÇÃO DE 1988.
 A segurança pública em âmbito estadual é
atribuída à Polícia Civil, à Polícia Militar e
ao Corpo de Bombeiros Militar. Essas
instituições são organizadas e mantidas pelos
próprios Estados, exceto no caso do Distrito
Federal, onde essa atribuição é da União,
conforme dispõe o art. 21, XIV, da Constituição.
A SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL
 No Capítulo VIII da Constituição Política do Estado do
Amazonas, tem-se toda a estrutura da Segurança Pública
no Estado, conforme se verifica nos artigos in verbis:
 ART. 114. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio público e privado, através de um Sistema de
Segurança, integrado pelos seguintes órgãos:
 I - Polícia Civil;
 II - Polícia Militar;
 III - Corpo de Bombeiro Militar;
 IV - Departamento Estadual de Trânsito.
A SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL
 ART. 116. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar
do Estado, são instituições públicas permanentes,
organizadas com base na hierarquia e disciplina militar,
competindo, entre outras, as seguintes atividades:
 II - ao Corpo de Bombeiros Militar:
 a) planejamento, coordenação e execução de atividades de
Defesa Civil;
 b) prevenção e combate a incêndio, busca e salvamento;
 c) realização de perícias de incêndio, relacionados com sua
competência;
 d) socorro de emergência.
 ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

 SUBSEÇÃO III - DOS SERVIDORES PÚBLICOS


MILITARES
 ART. 113. São servidores militares do Estado os
integrantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar.
 § 1º. As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a
elas inerentes, são asseguradas em plenitude aos oficiais
da ativa, da reserva ou reformados da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar, e conferidas pelo Governador
do Estado, sendo-lhes privativos os títulos, postos e
uniformes militares.
 ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

 § 2º. O militar em atividade que aceitar cargo público civil


permanente será transferido para a reserva, na forma da
lei.

 § 3º. O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou


função pública temporária, não eletiva, ainda que da
administração indireta, ficará agregado ao respectivo
quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa
situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o
tempo de serviço apenas para aquela promoção e
transferência para a reserva, sendo, depois de dois anos de
afastamento, contínuos ou não, transferido para a
inatividade, conforme dispuser a lei.
 ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

 § 4º. Ao militar da ativa é facultado optar pela sua


remuneração, na hipótese prevista no parágrafo anterior.

 § 5º. Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.

 § 6º. O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode
estar filiado a partidos políticos.

 § 7º. O oficial militar só perderá o posto e a patente se for


julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de tribunal competente, devendo a lei especificar
os casos da submissão a processo e o seu rito.
 ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

 § 8º. O oficial condenado na justiça, comum ou militar a


pena privativa de liberdade superior a dois anos, por
sentença transitada em julga do, será submetido ao
julgamento previsto no parágrafo anterior.

 § 9º. O praça, com estabilidade assegurada, só perderá a


graduação se for julgado indigno de pertencer à
Corporação ou com ela incompatível, através de processo
administrativo-disciplinar, a ser julgado pelo Tribunal
competente.
 ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

 § 10. Aos militares, da Polícia Militar e do Corpo de


Bombeiros, e a seus pensionistas aplica -se o disposto nos
parágrafos 7º e 8º do artigo 111 desta Constituição.

 § 11. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo o


disposto no art. 7.º, VIII, XII, XVII, XVIII e XIX, da
Constituição da República.

 § 12. Não caberá hábeas-corpus em relação a punição


disciplinar militar.
 ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS
NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

 § 13. O Estado promoverá “post mortem” o servidor militar


que vier a falecer em consequência de ferimento recebido
em luta contra malfeitores, em ações ou operações de
manutenção da ordem pública ou defesa civil, de acidentes
de serviços e moléstia ou doença decorrente desse fato.

 § 14. Aos beneficiários do militar falecido, nos termos do


parágrafo anterior, será concedida pensão especial, cujo
valor será igual à remuneração do posto ou graduação a
que for promovido “post mortem”, reajustável na mesma
época e nos mesmos índices da remuneração dos
servidores militares em atividade.
 § 15. Os direitos, deveres, garantias e vantagens dos
servidores públicos militares, bem como as normas sobre
admissão, acesso à carreira, estabilidade, limites de idade
e condições de transferência para a inatividade serão
estabelecidos em estatuto próprio, de iniciativa do
Governador do Estado.

 § 16. A lei, de iniciativa do Chefe do Poder Executivo,


disporá sobre o ingresso na Polícia Militar e no Corpo de
Bombeiros, os limites de idade, a estabilidade e outras
condições de transferência do militar para a inatividade, os
direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e
outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades.

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