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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO

DIREITO I

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EMENTA

 Introdução ao Estudo do Direito. Norma Jurídica.


Ordenamento Jurídico. Fontes do Direito.
Interpretação Jurídica e Linguagem Normativa.
Integração. Aplicação do Direito. Conceitos
Jurídicos Fundamentais.  Enciclopédia Jurídica.

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OBJETIVOS

 Propiciar uma visão crítica e atual do Direito, fenômeno


social em constante transformação;
 Discutir a cientificidade do estudo do Direito e as diversas
correntes do pensamento jurídico;
 Municiar os educandos dos elementos técnicos
indispensáveis à compreensão do ordenamento
jurídico;
 Entender o estudo da norma e das demais fontes do
Direito;
 Trabalhar conceitos em oposição (direito público/direito
privado; direito objetivo/direito subjetivo);

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O QUE É O DIREITO ?

 Quem sabe o que é o Direito sabe o que tem que resolver em cada
questão jurídica.
 
 O direito exprime a idéia de adaptação social. De Interação e pacificação
das relações do homem consigo próprio e com o meio em que vive.
 
 O homem adapta-se ao direito, que organiza e disciplina a sua vida em
sociedade, enquanto que o direito retrata as necessidades humanas dentro
da sociedade.

 CONCLUSÃO

 O direito existe para pacificar e disciplinar a vida em sociedade e, por


outro lado, tem de espelhar as necessidades dessa sociedade. É a
normatização da conduta humana.

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ACEPÇÃO DA PALAVRA DIREITO

Etimologicamente, originou-se a palavra direito do latim directum, dando idéia


daquilo que é reto, trazendo consigo a metáfora de que o direito deve ser uma linha
reta, direta, consoante as regras traçadas para a convivência.
 
Segundo Sílvio Rodrigues, como fenômeno, o direito pode ser enxergado por mais
de um ângulo. É possível fazer referência ao Direito como a lei (conjunto de normas
jurídicas), como também é possível falar em Direito para afirmar a prerrogativa
conferida a alguém para se comportar de determinado modo.
 
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO

O direito objetivo nos permite fazer algo porque temos o direito subjetivo de
fazê-lo. O direito objetivo é a norma de agir, a conduta social-padrão
regulamentada (norma agendi), o complexo de regras impostas a todos por terem
sido valoradas juridicamente como relevantes.
 
O direito subjetivo é faculdade (facultas agendi), é interesse à pessoa, podendo
exercitá-lo a qualquer tempo, dependendo só de sua vontade.
 
Em suma-síntese: o direito objetivo refere-se ao ordenamento jurídico vigente,
enquanto o direito subjetivo diz respeito ao poder que o titular tem de fazer
valerem seus direitos individuais.
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DIREITO E SOCIEDADE

 Desde o principio da história humana no Planeta Terra, verificamos que o homem


sempre foi premido pela necessidade de convivência em sociedade, correlacionando-
se constantemente com seus semelhantes.

 Tal vida em sociedade, somente foi possível ante a existência de regras postas a
todos os membros da coletividade. Regras estas nem sempre positivadas (escritas)
em leis ou códigos, mas aceitas de forma pacífica por cada um (regras morais,
religiosas, etc…)

 Com tais premissas, podemos afirmar então que juntamente com a sociedade, é que
nasce o DIREITO. Sendo impossível de se conceber a existência deste sem aquela.

 Qualquer ser humano, a partir do momento em que nasce, de certa forma é


envolvido pelo Direito, posto que desde já é afetado pelas regras impostas pela
sociedade. - A partir do momento que esta sociedade humana se organiza, de forma
a surgir de tal organização o ESTADO, o Direito se transforma e passa a ser um
conjunto normativo imposto pelo Estado, que para se organizar em primeiro plano
tem que constituir um conjunto de regras organizacionais e de convivência da
coletividade. 6
DEFINIÇÃO DE DIREITO
 Nossa primeira dificuldade se apresenta de plano, a partir do momento em
que tentamos definir o que seja “DIREITO”.

 É extremamente complexo encontrar uma única definição para o direito,


porque ele pode ser analisado por ângulos diversos.

 Se considerarmos o direito apenas como o conjunto de normas de


cumprimento obrigatório para os homens que vivem em uma determinada
sociedade, teremos sempre a impressão de que o direito é sinônimo de lei,
o que não é exatamente correto. é apenas uma forma de analisar a
questão.

 Podemos, ainda, considerar o direito como sendo um instrumento para se


obter a justiça e, nesse sentido, o direito será a busca constante de ideais
de igualdade e liberdade entre os homens.

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 Portanto, dependendo do aspecto analisado poderemos encontrar uma definição
diferente de direito, como por exemplo:

 “direito é o conjunto de normas ou regras jurídicas que regem a conduta


humana, prevendo sanções para casos de descumprimento." (victor
emanuel christofari); "direito é o que se refere a outrem, segundo uma
igualdade." (thomas de aquino);

 "direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um


pode coexistir com o arbítrio de outros, de acordo com uma lei geral de
liberdade." (emmanuel kant)

 Como se pode observar, cada definição do direito vai utilizar um ângulo diferente,
que é destacado pelo autor da definição. por isso se torna tão difícil encontrar uma
única definição que consiga, ao mesmo tempo, inserir todos os muitos ângulos
diferentes através dos quais o direito pode ser pensado.

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DEFINIÇÃO DE DIREITO
 Em princípio podemos partir da definição romana, qual seja, a de que “O DIREITO É A
CONSTANTE E PERPÉTUA VONTADE DE ATRIBUIR A CADA UM O QUE É SEU.” (Ulpinano –
Digesto) – Mesmo que tal definição seja criticada, posto que incompleta na medida que
analisa o fenômeno do Direito sob um enfoque algo privatista, ainda assim é um ponto
de partida sólido para melhor se explicar o real significado do termo DIREITO.

 Neste sentido, o Direito seria a ordem máxima existente, no sentido de se buscar a dar a
cada um dos membros da sociedade tudo aquilo e exatamente aquilo que é seu. Evitando
desta forma uma série de conflitos nos quais os homens disputassem a mesma coisa. Ex:

 JOSÉ quer um VEÍCULO que pertence a JOÃO e que também é pretendido por PEDRO

 Entretanto, a exata definição do que seja o DIREITO é bem mais complexa, posto que o
Direito não visa tão somente a ordenar a relações dos indivíduos, visando pura e
simplesmente a satisfação individual de cada um. O FENÔMENO É BEM MAIS AMPLO,
POSTO QUE ELE VISA A POSSIBILITAR A REALIZAÇÃO DE UMA CONVIVÊNCIA SOCIAL
ORDENADA, BUSCANDO O BEM COMUM DE TODA A SOCIEDADE. (É um instrumento de
paz social)

 Desta forma, podemos inferir que o Direito é o ideal constante da sociedade em dar a
cada um o que é seu, possibilitando que a sociedade se estruture e organize-se no
sentido de alcançar o bem comum de toda a coletividade. 9
ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO

 Como o termo Direito está intimamente ligado à própria sociedade e ao ser humano,
lógico concluir que tal palavra, no decorrer dos tempos passou a ser utilizada com
uma série de significados. Vejamos os mais representativos:

 DIREITO COMO CIÊNCIA = O Direito se apresenta como um ramo do


conhecimento humano, portanto como uma ciência, dotada de autonomia,
metodologia e características próprias, ocupando um lugar de destaque dentre as
chamadas ciências sociais juntamente com a sociologia, história, antropologia, etc…..

 DIREITO COMO CONJUNTO DE NORMAS – Também se atribui a denominação


“Direito” ao conjunto de normas jurídicas positivadas = escritas ou não, vigentes em
um determinado Estado em uma determinada época (Ex: Direito Brasileiro – Direito
Argentino – Direito Alemão)

 DIREITO – Como sinônimo daquilo que é correto, certo. Ex: “mentir não é direito”;

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OUTRAS ORDENS NORMATIVAS
 Na sociedade não existe tão somente o Direito como única ordem normativa. De
fato, não é somente o conjunto de normas jurídicas quem regem a sociedade.
Paralelamente ao Direito existem uma série de outras ordens normativas, que de
certa forma também impõem uma série de regras limitativas do comportamento
humano

 A RELIGIÃO
 A religião diz respeito às relações entre o homem e Deus ou deuses, mais
precisamente a relação com o “sagrado” em detrimento do “profano”. Não restam
dúvidas de que desde os primórdios da humanidade o homem sempre se voltou
para o “divino” ou seja, aquele ser ou conjunto de seres que estariam acima do
próprio homem.- A religião também traz um conjunto de normas ou preceitos de
observância obrigatória Exs: a) os dez mandamentos; b) a necessidade de todo
muçulmano ao menos uma vez na vida peregrinar à cidade de Meca; c) as regras
da Torá dos Judeus, etc….
 A MORAL
 Mesmo que uma pessoa não tenha qualquer vínculo religioso, ainda assim a própria
sociedade impõe uma série de preceitos e normas de conduta, sendo estas
direcionadas para um modo de comportamento individual no sentido da imposição
de deveres para consigo mesmo e para com a sociedade, visando a dignidade e
solidariedade humana. Como exemplos citamos: a) o dever de respeito para com
os mais velhos; b) a necessidade de se honrar todos os compromissos; c) a
necessidade de não se levar uma vida promíscua, etc…. 11
ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO

 NORMAS DE TRATO SOCIAL: Sistema de princípios de trato social, visando um


estilo de conduta. Ex: polidez, boa educação, civismo, etc….- Ressalta-se que tais
ordens normativas, na maioria das vezes não se inter relacionam diretamente com o
Direito, sendo sua observância mais ligada ao comportamento e opção individual de
cada pessoa. Levando-se em conta também que o descumprimento de qualquer um
destes preceitos na maioria das vezes não acarreta qualquer punição ou sanção direta
à pessoa faltosa, mas tão somente acarretam uma reprovação social e de consciência.

 Entretanto, em algumas ocasiões tais preceitos normativos se incorporam ao Direito,


na medida em que se revestem de valores sociais maiores. Ex: Crime de atentado ao
pudor; liberdade constitucional de culto; Crime de injúria, etc….

 Em muitos Estados soberanos, há uma verdadeira confusão entre o Direito posto e a


própria religião. Cabendo citar aqui os Estados Islâmicos dito fundamentalistas, como
exemplo o Irã, onde normas religiosas do Alcorão são positivadas e tratadas como
verdadeiras normas Jurídicas. A tempos atrás também era comum a ingerência da
Igreja Católica no próprio Direito dos Estados, os quais adotavam as regras do Direito
Canônico incorporando-as a seu próprio ordenamento jurídico. Como outros exemplos
de Estados modernos que adotam regras religiosas citamos Israel, Arábia Saudita,
Sudão, Iêmen, etc… 12
FATORES DO DIREITO
CONCEITOS PRELIMINARES

 DIREITO POSITIVO: se constitui na norma jurídica específica, na LEI ESCRITA e


posta à sociedade.

 DIREITO NATURAL: o direito decorrente da própria natureza humana, aquele


que já nasce com pessoa, as leis naturais. Ex. direito à vida, à personalidade,
etc….

 O Direito não é uma concepção abstrata de normas. Na verdade, as normas são


modelos de fatos e acontecimentos da vida social. Além das normas de Direito
Natural, o ordenamento jurídico se compõe de elementos que decorrem de
motivações sociais diversas.

 O processo de formação do ordenamento jurídico não resulta de uma simples


vontade do legislador, mas é resultante da atuação da vários FATORES que
influenciam no processo de formação das leis. Devendo o Direito sempre refletir à
realidade da sociedade para a qual é dirigido.

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FATORES NATURAIS DO DIREITO

 São aqueles fatores determinados pela própria natureza, a qual exerce ampla
influência sobre o homem, quais sejam:

 FATORES GEOGRÁFICOS:

 CLIMA

 O clima é fator de eficácia indireta que influi diretamente no crescimento e no


próprio comportamento humano, podendo assim, em várias ocasiões influir no
ordenamento jurídico. ( Ex. normas jurídicas de países de clima frio que reduzem
a jornada de trabalho)

 RECURSOS NATURAIS

 Desde os primórdios da sociedade, o homem sempre se utilizou dos recursos


naturais, oferecidos pelo meio ambiente, para extrair benefícios e matérias
primas que facilitam sua existência. Desta forma, lógico concluir que tal fator
também influencia na legislação. ( Ex. Código de Minas, que regulamenta a
exploração de recursos naturais minerais no Brasil).
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 TERRITÓRIO

 O território é a própria base física do Estado. Não há como negar que as


características de um território influenciam diretamente na vida humana, seja na
forma de viver, na economia e na organização social. Desta forma, os fatores do
território também vão influir na formação do Direito. (Ex. Normas especiais de
desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, e da Zona Franca de Manaus).

 FATOR DEMOGRÁFICO

 A concentração humana em um território também é fator importante na criação do


Direito. Várias normas disciplinam o assentamento humano em um determinado
território. Como exemplo podemos citar as leis que regulamenta a imigração e
emigração.

 FATORES ANTROPOLÓGICOS

 São fatores que decorrem do próprio homem, referentes ao grau de


desenvolvimento do ser humano, levando-se em conta sua evolução fisiológica e
cultural. Ex. Leis de proteção aos grupos indígenas.

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FATORES CULTURAIS DO DIREITO
 Diversamente dos fatores naturais, os culturais também dizem respeito diretamente a
ação humana. São os seguintes:

 FATOR ECONÔMICO: Aquele que se refere diretamente á produção de riquezas e


circulação de bens. Ex: Código Comercial, Código Tributário, Lei de Economia Popular,
etc…
 INVENÇÕES: Como ser pensante, o homem tem a capacidade criativa, ou seja, de
transformar bens e matérias primas em utensílios e bens úteis à sua vida, provocando
assim novos hábitos e costumes que invariavelmente vão influenciar na legislação. Ex.
Lei de Patentes, Lei de Telecomunicações, etc…
 MORAL – A moral, além de ordem normativa, também é um importante fator de criação
da ordem jurídica. Embora trate-se de normas distintas, em algumas ocasiões as regras
morais irão influenciar o Direito. Ex. Lei de Contravenções Penais.
 RELIGIÃO – Tal como a moral, também é outra ordem normativa, que em muitas
ocasiões também influencia o processo de formação da ordem jurídica. Ex. Liberdade de
culto religioso garantida na constituição.
 IDEOLOGIA – o termo ideologia, corresponde a uma forma de se pensar uma
determinada organização social. Como exemplo podemos citar o liberalismo, o fascismo,
o socialismo, etc. Sem dúvida, a ideologia vigente no Estado vai de certa forma
influenciar todo o ordenamento jurídico. Ex. Leis de Livre Comércio, influenciadas pelo
neo liberalismo.
 EDUCAÇÃO – O progresso de toda sociedade depende diretamente da educação do
povo. O fator educação é essencial ao desenvolvimento social, influindo diretamente na
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formação do Direito. Ex. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei do Fundef.
FORÇAS ATUANTES NA LEGISLAÇÃO

 Os fatores jurídicos já expostos, na maioria das vezes levam o legislador a


elaboração de leis de forma espontânea, entretanto forças sociais também podem
atuar no sentido de impelir a atuação legislativa, são elas:

 POLÍTICA: Cada segmento ou grupo político busca influir diretamente na


organização da sociedade, de acordo com sua linha e pensamento doutrinário,
visando implantar seu programa concretamente.

 OPINIÃO PÚBLICA: O modo de pensar da sociedade, sempre vai influir de forma


direta no processo de formação do Direito. Notadamente no Brasil, atualmente
temos visto grande manifestação popular em relação às leis.

 GRUPOS ORGANIZADOS: Os indivíduos, muitas das vezes também buscam se


juntar para defender interesses comuns. Ex, ONGS, Sindicatos, Associações de
Classes, etc. Grupos estes que influem diretamente no processo legislativo.

 MEDIDAS DE HOSTILIDADE: São medidas de força, tomadas por indivíduos ou


grupos sociais no sentido de influir no processo legislativo. Ex. Greves, passeatas,
invasões de terras, bloqueio de rodovias, etc….

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SANÇÃO E COAÇÃO

 A COAÇÃO

 O termo coação é empregado em dois diferentes significados:

 a) Primeiramente, indica uma violência física ou psíquica, dirigida a uma pessoa ou


grupo de pessoas no sentido de submetê-las a um comando ou vontade. Neste
sentido, produz efeitos no mundo jurídico. A coação violenta, influi na formação de
atos jurídicos, podendo, quando existente, causar a nulidade dos mesmos.

 b) Em um segundo sentido, o termo coação indica a possibilidade de se aplicar a


força para imposição do direito. Portanto como ato de violência praticado por
qualquer pessoa, se torna um ato ilegal, não amparado pelo Direito, enquanto
quando aplicada pelo Estado para garantir o cumprimento da norma se torna um
Instrumento do Direito.

 Analisando o conceito de coação, conseguimos com mais facilidade diferenciar o


Direito das demais ordens normativas, seja a moral ou a religião.

 Os preceitos morais e religiosos também são dotados de coação, embora esta não
seja na maioria das vezes acompanhada de força e impositividade. A coação nestes
casos se dá pelo arrependimento, remorso, reprovação social, etc., enquanto que
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no Direito, a coação se dá pelo uso organizado da força pelo Estado.
SANÇÃO E COAÇÃO

 A SANÇÃO

 Todas as regras, sejam jurídica, moral ou religiosa, são criadas para serem
efetivamente cumpridas. Desta forma, em todas elas encontramos mecanismos que
de certa forma possam garantir o seu cumprimento.

 Neste sentido, na definição de Miguel Reale, “sanção é, pois, todo e qualquer


processo de garantia daquilo que se determina em uma regra.”

 Desta forma, podemos falar em um sanção jurídica, pré-determinada e organizada


pelo Estado como forma de se garantir o cumprimento da norma jurídica.

 A sanção jurídica é atributo exclusivo do Estado, somente este por organizar e


aplicar sanções, as quais na maioria das vezes se traduzem em penas ou posições
jurídicas de desvantagem para o infrator da norma: Exemplos:

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 Código Penal – Art. 129 – Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
——– (NORMA JURÍDICA)
 Pena - Detenção, de três meses a um ano———- (SANÇAO)

 Muitos também admitem a existência de outras de ordenações jurídicas não


estatais. Ex. Direito Canônico da Igreja Católica – Regras dos Clubes, etc…. Normas
estas que são dotadas de sanção. MAS EM ÚLTIMA INSTÂNCIA SOMENTE O
ESTADO POSSUI O MONOPÓLIO DA SANÇÃO, posto que este pode anular as
sanções aplicadas nestes outros ordenamentos jurídicos.

 Analisados até aqui as características do Direito, podemos concluir que não é


possível conhecer o fenômeno jurídico separadamente da noção de Estado, até
porque, o Direito provem do Estado.

 São dois institutos em tudo vinculados, posto que o Direito positivo nasce da
manifestação do Estado e por outro lado o próprio Direito coloca limites na atuação
do Estado, Ex:
 A Constituição Federal, em seu art. 44, define o Poder Legislativo, com
competência para criar normas jurídicas (processo de criação legislativa). Por outro
lado, este órgão do Estado também é limitado em sua atuação pelo Direito, como
Ex. o art. 5º da Constituição que limita a atuação do Estado em face das garantias
constitucionais.
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