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DIREITO

EMPRESARIAL
Definição de direito
“Conjunto de normas de conduta social, imposto
coercitivamente pelo Estado, para a realização da
segurança, segundo os critérios de justiça”
(Paulo Nader).
 
Introdução ao Direito
Conceito de Direito
Agrupamentos humanos
Conflitos e ordem social
Parâmetros morais
Que significa a palavra direito? Qual a sua origem?

Directum ou Rectum, que significa direito ou reto,


mas recentemente poderá ser definido como:
jurídico,jurisconsulto,judicial,judicial,judiciário,ju
risprudência,etc.
Direito é uma ciência humana, e como tal padece de
toda dificuldade inerente ao estudo dos homens, a
dificuldade de captar-lhes claramente as necessidades,
vontades e interesse, os problemas relativos ao
relacionamento entre eles, etc.
A Divisão do Direito
Público

DIREITO

Privado
A Divisão do Direito
 O direito tem por matéria as relações sociais. Seu objetivo é a ordenação da
vida social. E esta consta de duas espécies de relações:
a) relações em que a própria sociedade, representada pelo Estado, onde é parte;
b) relações dos participantes entre si.
O Direito Público regula a organização e a atividade do estado considerado:
 em si mesmo;
 em suas relações com os particulares;
 em suas relações com outros Estados.
 
O Direito Privado regula as relações dos particulares entre si.
 os indivíduos, também chamados pessoas físicas ou naturais;
 as instituições ou entidades particulares
 o próprio Estado.
FONTES DO DIREITO
Primárias LEIS
Estatais JURISPRUDÊNCIA

Secundárias COSTUMES
PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO
ANALOGIA
DOUTRINA
JURISPRUDÊNCIA

 Conjunto das decisões dos tribunais a respeito do


mesmo assunto, também chamado de “conjunto de
decisões”. Pode haver casos individuais e isolados que
são considerados “jurisprudência”.
COSTUME JURÍDICO

 É a norma jurídica obrigatória, imposta ao


setor da realidade que regula, passível de imposição
pela autoridade pública e em especial pelo Poder
Judiciário. É uma forma não-escrita, que surge da
prática reiterada da sociedade. Diferencia-se da lei, de
plano, pelo aspecto formal.
LEI COSTUME
Origem precisa Origem imprecisa
Processo legislativo Consolidação temporal
Generalista Particularidade
Escrito Nem sempre escrita
Presumidamente válida Validade tem que ser
provada
DOUTRINA

 É o resultado do estudo que pensadores -


juristas e filósofos do Direito - fazem a respeito do
Direito. Ela existe, pois, a velocidade das transformações
torna-se impossível ou pelo menos dificultoso ao juiz, o
administrador ou ao legislador resolver todas as questões
que acontecem no mundo real.
Constituição Federal
Leis Complementares
Leis Ordinárias
ESCRITA Medidas Provisórias
NORMA
JURIDICA Leis Delegadas
Resoluções
Decretos Legislativos
Outras normas: Portarias, Circulares, Ordens de
Serviços, etc.

NÃO
ESCRITA Costume Jurídico
Hierarquia das Leis
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL

Leis complementares

Leis Ordinárias. Leis


delegadas, Medidas
Provisórias,

Decretos, Portarias

Contratos
Como se faz uma lei ?

Discussão e L
Iniciativa da Sanção
Projeto Votação do E
lei
Projeto I
Veto
Divisões do Direito

Direito Público

DIREITO

Direito Privado
RELAÇÃO JURIDICA

A relação jurídica é o vínculo que une duas


ou mais pessoas, cuja relação estabelece por
um fato jurídico, cuja amplitude relacional é
regulada por normas jurídicas, originando os
efeitos jurídicos.
As pessoas que compõem uma relação
jurídica são sujeitos.
Sujeitos da Relação Jurídica

Os sujeitos da relação jurídica, ou os sujeitos de direito, são


os que estão aptos a adquirir e exercer direitos e
obrigações.
Eles surgem com a relação jurídica 
SUJEITOS

O sujeito ativo é o sujeito passivo é aquele


titular do direito que está obrigado diante
subjetivo instaurado do sujeito ativo a
na relação jurídica, o respeitar seu direito,
qual pode fazer valer praticando certo ato ou
esse seu direito contra abstendo-se de qualquer
o sujeito passivo prática.
FATO JURÍDICO – acontecimento no caso concreto.
Juiz

Ativo Passivo

Para alguns jurisconsultos o juiz faz parte da relação jurídica,


mas para outros, não.
PESSOA FISICA

Pessoa física ou natural - é o ser humano,


considerado como sujeito de direitos e obrigações. A
pessoa física tem personalidade jurídica, que não se
confunde com a personalidade natural.

OBS.; a personalidade natural é variável, portanto, de indivíduo para


indivíduo, sendo pessoal e individualizada. Temos tantas
personalidades quanto o número de indivíduos.
Pessoa jurídica
É a entidade ou instituição que, por
força das normas jurídicas criadas,
tem personalidade e capacidade
jurídicas para adquirir direitos e
contrair obrigações.
Ela nasce de um instrumento formal e
escrito que a constitui ou institui-se
diretamente pela lei. Ex.
prefeituras, Fatec, Governo, etc.
Personalidade – máscaras
qualidade inerente aos seres humanos

PERSONA – MÁSCARAS DO TEATRO


Capacidade civil
Art. 1 Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil.

Art. 2 A personalidade civil da pessoa começa do


nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.

Nascituro (aquele que ainda não nasceu)


É a maior ou menor extensão dos direitos de uma pessoa
Qualidade do ser humano desde seu nascimento até sua morte de
ser titular de direitos e obrigações na ordem civil
De gozo ou de direito: aptidão oriunda da personalidade, para
adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil
De fato ou de exercício: aptidão para exercer, por si, atos da vida civil
Capacidades
É a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil.
É o reconhecimento da inexistência daqueles requisitos que a lei acha
indispensáveis para que uma pessoa exerça seus direitos

Absoluta: Quando houver proibição total do exercício do direito pelo


incapaz, podendo acarretar a nulidade do negócio.

Relativa: pessoa pode praticar, por si, atos da vida civil, desde que
assistidos por devidos representantes, sob pena de anulabilidade
PARA A VIDA CIVIL

Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente


os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tiverem o necessário discernimento para a prática desses
atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem
exprimir sua vontade.
Menores de 16 anos:O legislador considera que o ser humano,até atingir essa
idade, não tem discernimento suficiente para dirigir sua vida e seus negócios e,
por essa razão, deve ser representado por seus pais, tutores ou curadores.

Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência


mental: Compreende todos os casos de insanidade mental, permanente e
duradoura, caracterizada por graves alterações das faculdades psíquicas.

Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência


mental: ATENÇÃO: A nossa lei não admite os chamados intervalos lúcidos.
Assim, se declarado incapaz, os atos praticados pelo privado de discernimento
serão NULOS.
Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos, ou à
maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os
que, por deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental
completo;
IV - os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos índios (silvícolas) será regulada por legislação especial
Os maiores de 16 e menores de 18 anos Os referidos menores figuram nas relações
jurídicas e participam pessoalmente, assinando documentos, se necessário. Mas
não podem fazê-lo sozinhos, mas acompanhados, ou seja, assistidos por seu
representante legal.

CC, Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de
uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido
pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Somente os alcoólatras ou dipsômanos (os que têm impulsão irresistível para beber) e
os toxicômanos, bem como os fracos da mente, estão elencados neste rol.

São relativamente incapazes não apenas os portadores da Síndrome de Down, mas


todos os excepcionais sem desenvolvimento completo, como, por exemplo, os
surdos-mudos (que não puderem se exprimir)

Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente. - É o indivíduo


que gasta imoderadamente, dissipando o ser patrimônio com o risco de reduzir-se à
miséria.
EMANCIPAÇÃO – uma das exceções do fim da menoridade civil, antes
da idade.

Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:


I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
Domícilio & Residência
Domicílio é a sede jurídica da pessoa, onde ela
se presume presente para efeitos de direito. É o
lugar pré-fixado pela lei onde a pessoa
presumivelmente se encontra.
Residência é uma situação de fato.

Domicílio da Pessoa: é o lugar onde a pessoa


estabelece a sua residência com ânimo definitivo. A
residência é, portanto, um elemento do conceito de
domicílio, o seu elemento objetivo. O elemento subjetivo é
o ânimo definitivo.
•Pessoas com várias residências onde alternativamente vivam ou com vários centros de ocupação
habitual: domicílio é qualquer um deles;
•Pessoas sem residência habitual, nem ponto central de negócios (Ex.: circenses)

Domicílio é o lugar onde for encontrado;


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Domicílios necessários e legais
a) dos incapazes: o dos seus representantes;
b) da mulher casada:o do marido;
c) do funcionário público:o lugar onde exerce suas
funções, não temporárias;
d) do militar:o do lugar onde serve;
e) dos oficiais e tripulantes da marinha mercante: o
do lugar onde o navio está matriculado
f) do preso: o do lugar onde cumpre a sentença

Domicílio Contratual ou Foro de Eleição: é o domicílio


eleito pelas partes contratantes.

NO BRASIL, PREVALECE A TEORIA DA PLURALIDADE


DE DOMICÍLIOS.
Observação
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece
a sua residência com ânimo definitivo.

Cumpre ressaltar que domicílio e residência podem ou não


coincidir.
A residência representa o lugar no qual alguém habita com intenção
de ali permanecer, mesmo que dele se ausente por algum tempo.
A chamada moradia ou habitação nada mais é do que o local onde
o indivíduo permanece acidentalmente, por determinado lapso de
tempo, sem o intuito de ficar (p. ex., quando alguém aluga uma
casa para passar as férias).
Domicílio de Pessoas Jurídicas

O domicílio da pessoa jurídica de direito privado é o lugar onde funcionarem as


respectivas diretorias e administrações, isto quando os seus estatutos não constarem
eleição de domicílio especial.

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