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Parecer jurídico

Belo Horizonte/ MG, 28/09/2022

Consulentes: Maria Lourenço e Jorge Lourenço

Advogados: Amália Araújo Silva

Ana Clara Madalena de Miranda Cardoso

Eduardo Paulo Ramos Thomas

Heron Pina Ladeia

Laiza Fernandes Oliveira

Larissa Bahia Mappa

Letícia Caroline dos Reis Gonçalves

Maria Fernanda Ferreira Evangelista

Niandra Mariana Avelar Nunes

Rafaela Fernanda Ribeiro

Raphaela Lopes Soares

Stephanie Hanyellen Freires Rodrigues

Wagner Santos Ferreira

Objeto: Danos morais e indenização.

I. SÍNTESE DOS FATOS

No caso em análise, veja que Pedro e a mãe atravessam a rua em local proibido para tal,
porém, Pedro é atropelado por uma moto em alta velocidade. Ele é socorrido imediatamente e
encaminhado para um hospital público. Nessa tragédia ele acabou perdendo um de seus braços
e a família não tem condições para arcar com os custos financeiros.
Nesse sentido, os pais de Pedro, os consulentes, indagam sobre seus direitos e requerem
que Breno, que o atropelou, arque com os custos, visto que Pedro irá colocar uma prótese.
Assim, Breno terá que arcar com os prejuízos que ele causou.

Estes são os fatos que importam.

II. DOS FUNDAMENTOS DO PARECER

Em primeiro momento, é necessário apresentar para os consulentes que o dano moral


caracteriza-se como a ofensa ou violação dos bens de ordem moral de uma pessoa, tais sejam
o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde (mental ou física), à sua imagem.
Aplicando no caso, houve extensão da dor, do sentimento, das marcas deixadas pelo evento
danoso, e ainda as condições sociais e econômicas da vítima.

Diante dos fatos, observa-se que a conduta de Breno, condutor, é mais grave que a de
Pedro e de sua mãe, pois o condutor prevê e assume o risco, razão pela qual Breno deve ser
indiciado pelo crime de lesão corporal gravíssima em virtude de perda ou inutilização do
membro (prevista no art. 129, parágrafo 2° Inciso III, do Código Penal) e, também, com dolo
eventual, pois o condutor, em relação ao fato ocorrido, prevê a possibilidade da produção do
resultado e ainda sim prossegue em sua conduta, assumindo o risco de produzi-lo,
conformando-se, portanto, com o resultado (previsto no art.18, Inciso I, do Código Penal).

Em suma, ele acelerou sua moto em velocidade não compatível com a via urbana arterial,
cuja velocidade não pode exceder a 60 km/h. Assim sendo, Breno terá que responder civil e
criminalmente, e ainda terá que indenizar Pedro pela perda de seu membro superior. Doravante,
responderá, ainda, pela prática do crime supracitado.
Sobre a questão de Pedro estar internado em um hospital público, recomenda-se que os
consulentes busquem a transferência para um hospital particular, por meio de Breno, a fim de
que Pedro obtenha um melhor tratamento, tendo em vista a precariedade do hospital público
que ele está sendo atendido.

Ademais, é necessário que os consulentes sejam indenizados por danos morais,


considerando todos os danos psicológicos que o citado acidente trouxe para a vida de ambos.
Assim, Breno deverá ser convocado a pagar todos os custos com o tratamento de Pedro, a fim
de que se restaure a dignidade do mesmo, e que não sofra maiores danos além dos já sofridos.

III. CONCLUSÃO

Conclui-se que, de acordo com o caso supracitado, é exequível que haja o pedido de
indenização por parte dos consulentes para Breno, tendo em vista a necessidade de pagar o
hospital particular e a prótese.

Portanto, todo indivíduo deve procurar obedecer às leis de forma rigorosa, evitando,
assim, causar danos morais e psicológicos a quem quer que seja. Contribuindo, dessa forma,
para o bem e a paz de todos.

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