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CNJ.
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I. DOS FATOS
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Ocorre que para a surpresa da parte Autora, o voo de conexão foi
modificado para Guarulhos, gerando diversos transtornos para a mesma, que
esperava chegar em casa as 17h35m, mas somente chegou ás 22h30m, mais de
05(cinco) horas depois, sentindo cansaço extremo, UM ABSURDO!
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CIDADE DE RESIDÊNCIA, ELE TERÁ DIREITO APENAS AO
TRANSPORTE ATÉ A SUA CASA E, DEPOIS, AO TRANSPORTE DE
VOLTA PARA O AEROPORTO
II) DO DIREITO
A) DA RESPONSABILIDADE CIVIL
No caso versado, não resta dúvida de que ocorreram danos a Parte
Autora, que encontra guarida na legislação pátria, em especial no instrumento jurídico
denominado responsabilidade civil, que abarca todos os acontecimentos que extravasam
o campo de atuação do risco profissional.
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Caracterizada está a culpa in vigilando e in eligendo, importando na
responsabilidade civil para o fim da reparação danos.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigada a repará-lo.
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Clayton Reis, em sua obra, assevera que:
Este diploma legal, instituído para atender o disposto pelo art. 5º, inciso
XXXII, da C.F., tem por objetivo o equilíbrio das relações de consumo e assegura os
direitos do consumidor, garantindo-lhe indenização por danos causados por defeitos
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relativos à prestação de serviços, independentemente da existência de culpa, na forma
do seu art. 14, já citado.
B) DANOS MORAIS
Na presente demanda a parte acionante têm enfrentado grande prejuízo
em razão da falha na prestação de serviço perpetrada pela parte ré.
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DIREITO DO CONSUMIDOR. CANCELAMENTO INDEVIDO DE
RESERVAS DE PASSAGENS AÉREAS. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO.
DANO MORAL E MATERIAL CONFIGURADOS. RAZOABILIDADE DO
ARBITRAMENTO DA INSTÂNCIA INFERIOR. 1. A responsabilidade dos
fornecedores de serviços por danos causados aos usuários por
cancelamento indevido de passagens reservadas previamente é objetiva,
somente podendo ser afastada quando o defeito na prestação do serviço
inexistir ou ficar caracterizada a culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiros (art. 14, do CDC). 2. O cancelamento de voo, por situação alheia
ao passageiro, traduz dever de restituição do valor adimplido. 3. Deve-se
levar em conta a necessidade de atenuar o desconforto da vítima, bem
como dissuadir o causador de praticar novos atos considerados abusivos.
4. À míngua de critérios estritamente objetivos definidos em lei para a
fixação da indenização por dano moral, o valor arbitrado pelo juiz a quo,
quando não seja vil ou exorbitante, deve ser mantido. 5. Recurso de
apelação a que se nega provimento
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PARÂMETROS ADOTADOS PELA TURMA RECURSAL EM CASOS
ANÁLOGOS. TERMO INICIAL DOS JUROS QUE DEVE OBSERVAR A
CITAÇÃO, VEZ QUE ATINENTE A RELAÇÃO CONTRATUAL.
PRECEDENTE DO STJ. RECURSO PROVIDO EM PARTE. (Recurso
Cível Nº 71006828883, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: Luis Antonio Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em
20/10/2017).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
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O arbitramento do dano moral, segundo conhecida lição de Sergio
Cavalieri Filho, deverá observar os princípios da lógica do razoável, a saber:
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de modo a desestimular a prática de outros ilícitos similares, sem que
servisse, entretanto, a condenação de contributo a enriquecimentos
injustificáveis (STJ – 3° Turma – Resp. 355.392 – RJ – Rel.a Min.a Nancy
Andrighi).
Já que, dentro da natureza das coisas, não pode o que sofreu lesão moral
recompor o "status quo ante" restaurando o bem jurídico imaterial da honra, da moral,
da autoestima agredidos, por que o deixar desprotegido, enquanto o agressor se quedaria
na imunidade, na sanção? No sistema capitalista a consecução de recursos pecuniários
sempre é motivo de satisfação pelas coisas que podem propiciar ao homem.
Não há, assim, que se perquirir acerca das repercussões do dano moral,
ou da efetividade lesiva por ele provocada, quando não é postulado ressarcimento de
cunho material, porquanto, como é elementar, independentemente da existência e prova
de prejuízos financeiros, por si só acarreta transtornos psíquicos, abalando-lhe a honra
subjetiva.
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E DELA É PRESUMIDO, SENDO BASTANTE PARA JUSTIFICAR A
INDENIZAÇÃO” (TJPR - REL. WILSON REBACK – RT 681/163).
Todavia, certo é que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma
quantia que, de acordo com seu prudente arbítrio, se aproxime de uma compensação
capaz de amenizar o constrangimento experimentado, seja compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado
pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano e as condições sociais do
ofendido, além de observar o caráter preventivo, punitivo e pedagógico da verba.
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Vejamos o entendimento da Jurisprudência a respeito dos elementos que
devem ser considerados na quantificação da indenização:
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a) A citação da Parte Ré para, querendo, contestar o feito, sob pena de
revelia;
b) Em face dos danos relatados atinentes aos fatos, que Parte Ré seja
condenada ao pagamento de indenização por dano moral na quantia de R$ 30.000,00
(trinta mil reais);
c) Inversão do ônus da prova em favor da Parte Autora, conforme
autoriza Art. 6º, Inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor;
d) Requer se necessário, provar o alegado pelos meios admitidos em lei
e pelo depoimento pessoal do representante legal, e ainda, provas documentais, periciais
e testemunhais.
e) O Autor requer a tramitação do presente feito pelo Juízo 100%
digital, conforme resolução n ° .345 de 2020 do CNJ;
f) Diante do exposto, requer a tramitação do processo no modelo juízo
100% digital, na qual permite a realização de audiência por videoconferência, baseado
no princípio da celeridade e economia processual, informando para tanto os dados
necessários: E-mail - ovc@ovcadvogados.com.br / telefone: (71) 99600-1114;
g) A habilitação EXCLUSIVA dos advogados VICTOR VALENTE
SANTOS DOS REIS, inscrito na OAB/BA sob no 39.557, JOSÉ CRISOSTEMO
SEIXAS ROSA JUNIOR, inscrito na OAB/BA sob o no 41.361 e DAVID OLIVEIRA
DA SILVA inscrito na OAB/BA sob o no 32.387 nos autos da presente ação, conforme
procuração já anexa;
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Nesses Termos,
Pede Deferimento.
RODRIGO FERNANDES
OAB/BA 38.993
LUIZY BEATRIZ SANTOS MELO
ESTAGIÁRIA DE DIREITO
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