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Comarca de/Marília
I – DOS FATOS
Luzia da Silva teria de ir a Portugal para participar de um curso de
especialização, com duração de dois meses.
No primeiro dia do curso haveria uma prova para avaliar os conhecimentos dos
alunos.
Para viajar para Portugal, Luzia teve que comprar uma passagem, a qual
escolheu a empresa Linhas Aéreas Portuguesas Ltda. para poder viajar até seu
destino.
Luzia escolheu por ir antes, com antecedência de dois dias para o seu destino,
tendo assim um tempo melhor para que não tivesse imprevistos que
prejudicassem seu cronograma.
Contudo o voo foi cancelado por falha da companhia aérea. Após mais de seis
horas no aeroporto sem qualquer assistência, a companhia aérea encaminhou
Luzia a um hotel. Como seu embarque se deu com 48 horas de atraso, chegou
a Portugal atrasada, sem possibilidade de descanso para a realização da prova
inicial. Luiza não poderia deixar de fazer a prova pois implicaria em desistência
do curso.
II. DO DIREITO
Ante todo o exposto é notório e indiscutível a má prestação de serviço pela Ré,
seja pelo atraso do voo.
A relação em comento é indiscutivelmente consumerista, na qual se aplica as
normas do CDC. Dessa forma, sabendo que nos termos do art. 14 da Lei
8078/91, a responsabilidade da Ré (fornecedora) pela má prestação do serviço
(transporte aéreo) é objetiva, baseada na teoria do risco da atividade; e ainda,
que a Ré não prestou o serviço a contento (da forma contratada), logo resta
indiscutível o dever da Ré em indenizar o Autor pelos danos sofridos.
Além dos danos materiais sofridos e demonstrados de forma clara
anteriormente, há ainda os danos morais experimentados pelo Autor, que são
verificados, tanto no desamparado da Ré (única responsável por todo o
transtorno) com o Autor; quanto na angústia de poder perder a prova e por ter
cansaço excessivo para conseguir executar a prova com tranquilidade. Enfim, a
situação experimentada pelo Autor, configura de forma clara, latente dano
moral.
Em casos semelhantes à justiça brasileira, é unânime a responsabilização civil
das Companhias Aéreas pelos atrasos ocorridos em seus voos. Assim decide o
Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
III – DO PEDIDO
Cidade, data.
Advogado, assinatura/OAB
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