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apurar a RMI e eventuais inconsistências que possam levar a uma revisã o judicial ou
administrativa da aposentadoria.
É possível elaborar diversos formatos de "pareceres jurídicos", sendo preciso encontrar o
mais adequado para cada caso concreto. Essa presente forma de relató rio também pode ser
adequada ao seu cliente, dependendo da situaçã o.
No caso que analisaremos a seguir houve uma reduçã o do valor da aposentadoria do
segurado em 60%. Certamente o imenso prejuízo poderia ter sido evitado se tivesse
buscado a ajuda de um especialista antes de, por conta pró pria e na pressa, fazer o pedido
sem muito conhecimento da causa. Isso demonstra a importâ ncia de um planejamento
previdenciá rio, que traça os melhores cená rios para uma eventual concessã o de benefício,
minimizando as perdas.
Há um modelo de PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁ RIO AQUI, que pode ser adaptado de
acordo com o caso concreto de seu cliente evitar perdas extremas no valor do benefício,
como a que veremos a seguir.
Há tó picos do PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁ RIO desenvolvido e publicado por mim que
foram usados também neste modelo (acessar o planejamento AQUI).
Vamos ao modelo do parecer!
b. ATIVIDADES CONCOMITANTES
A expressã o "atividades concomitantes" significa que o segurado tem mais de uma
atividade e, consequentemente, mais de um salá rio de contribuiçã o em um mesmo mês
(dois empregos, que resultam em dois recolhimentos previdenciá rios no mesmo mês, um
em cada emprego). Exemplos comuns de pessoas nesta situaçã o sã o professores,
médicos, enfermeiras, etc., pois normalmente trabalham em mais de um estabelecimento
ao mesmo tempo.
Assim, ao contribuir simultaneamente em dois empregos o segurado pode acreditar que
está “adiantando” a aposentadoria, o que nã o é verdade, pois o INSS nã o considera em
dobro o período de atividade concomitante. A atividade considerada será a principal, sendo
que será descartada a atividade secundá ria. Por exemplo:
EXEMPLO 1: Maria trabalhou na empresa X por 10 anos e, quando ainda trabalhava na
empresa X, entrou na empresa Y e lá trabalhou por 9 anos. Maria saiu no mesmo período
das empresas X e Y. Assim, Maria tem 10 anos trabalhados na empresa X e 9 anos
trabalhados na empresa Y (observe que ela trabalhou em 2 empregos simultaneamente).
PORÉM, nesta situaçã o, Maria nã o tem 19 anos de contribuiçã o, mas sim 10 anos de
contribuiçã o, pois todo o período que trabalhou na empresa Y (atividade secundá ria) será
descartado pelo INSS. ATENÇÃO: o descarte deste período é apenas para a contagem do
TEMPO de contribuiçã o, pois todos os VALORES que foram recolhidos enquanto Maria
trabalhava na empresa Y serão considerados para o cá lculo do valor do benefício (o
salá rio da empresa X deverá ser somado com o salá rio da empresa Y), o que eventualmente
poderá aumentar o valor final do benefício que Maria irá receber (é importantíssimo
consultar um profissional especializado para analisar essa situaçã o).
Conclusão: A segurada não tem períodos concomitantes em seu CNIS que
eventualmente possam ser considerados para elevar o valor do benefício em uma
possível revisão.
VIII. CONCLUSÃO
Observa-se que a “revisã o da vida toda” aumentaria o salá rio de benefício da segurada, em
média, em R$ 81,00. No entanto, o que prejudicou de forma significativa o seu benefício nã o
foi esse critério.
O fator previdenciá rio aplicado causou uma perda no salá rio de benefício de R$ 679,18.
Depois, com a aplicaçã o da aposentadoria proporcional (70%), houve uma perda de mais
R$ 259,01. Somando todas as perdas, houve uma reduçã o na aposentadoria no valor de R$
938,19 (60,82%).
Isso se deve exclusivamente à aplicaçã o do fator previdenciá rio e da aplicaçã o da
aposentadoria proporcional, como demonstrado.
Infelizmente é bem difícil reverter a situaçã o, pois quando saca a primeira parcela do
benefício nã o se pode mais desistir dele. A consulta prévia a um advogado previdenciarista
certamente teria evitado esse prejuízo.
A revisã o da vida toda acaba se tornando algo irrisó rio, pois mesmo que fosse feita, o fator
previdenciá rio ia reduzir novamente o valor pela metade, e depois a regra da proporçã o
(70%) pegaria a outra parte, resultando no fim das contas no salá rio-mínimo.
Como o STF decidiu pela ilegalidade da “desaposentaçã o” e “reaposentaçã o”, isso acabou
sendo vedado também, o que torna inviá vel que seja feito algo nesse sentido.
Assim, nesse momento, com base na presente legislaçã o e consolidaçã o dos Tribunais, nã o
há forma jurídica de promover à revisã o/correçã o do benefício "aposentadoria por tempo
de contribuiçã o" concedido em 2015.
Considerando todas as informaçõ es disponibilizadas, era o que nos cumpria apresentar.
Relatório elaborado em (data) por (nome do advogado ou do escritório e assinatura)
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