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Primeira prova

1. (FGV 2018 - XXVII Exame de Ordem Unificado) Roberto desligou-se de seu


emprego e decidiu investir na construção de uma hospedagem do tipo pousada
no terreno que possuía em Matinhos. Roberto contratou um arquiteto para
mobiliar a pousada, fez cursos de hotelaria e, com os ensinamentos recebidos,
contratou empregados e os treinou. Ele também contratou um desenvolvedor
de sites de Internet e um profissional de marketing para divulgar sua pousada.
Desde então, Roberto dedica-se exclusivamente à pousada, e os resultados são
promissores. A pousada está sempre cheia de hóspedes, renovando suas
estratégias de fidelização; em breve, será ampliada em sua capacidade.
Apresente o conceito de empresário e analise se Roberto se encaixa ou não
nesse conceito.

Empresário é a pessoa que exerce profissionalmente atividade econômica


organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Esse conceito é
definido pelo art. 966, Código Civil (CC). Quanto a Roberto, é considerado empresário
irregular. Apesar de não possuir o registro comercial, ele é dotado dos elementos que
determinam o empresário: atividade visando lucro, de maneira organizada,
fornecendo serviços de maneira profissionalizada.

Professor: questão da prova! Apresente o conceito de empresário. A transição do


dispositivo não serve de resposta. Deve apresentar os elementos que caracterizam o
empresário. Não precisa citar o artigo nem dar conceitos detalhados. Apenas os 4
elementos. Sujeito de direito(1) que exerce a empresa em seu próprio nome(2). Deve
conceituar empresa e analisar se a hotelaria é de fato empresa. Destacar a
profissionalidade(3) e o risco da atividade (4). Analisar se a atividade é empresa.

2. Uma sociedade constituída por dois sócios médicos, que tem como objeto
social a prestação de serviços médicos em geral, especialmente nas áreas de
patologia clínica, diagnósticos por imagem, medicina ocupacional e outros
serviços auxiliares de diagnóstico, com intuito de lucro, pode ser considerada
empresária? Justifique.

Professor: Professor: quando a atividade intelectual pode e não pode configurar


empresa. Art. 966, cc, é útil mas não suficiente. O aspecto da organozação é
importante para o aspecto da atividade intelectuais. Nesses casos são considerados
empresas. Nesse tipo de atividade e importante o elemento de organização mais do
que a intelectual. É empresaria por causa dessa organização. E a preponderância de
outros fatores como maquinas, empregados.
Em regra não é empresário, salvo na questão da organizaçãpo

Não. O caso relata uma sociedade simples, que é aquela feita por dois ou mais
sócios onde eles mesmos prestam serviços ou exercem suas profissões.
Diferentemente, a sociedade empresária é uma atividade econômica que age de
maneira organizada para a produzir ou movimentar bens ou prestar serviços.

3. A advocacia, independentemente das regras do Estatuto da OAB, pode ser


encaixada no conceito de empresa. Justifique.

Professor: apresento o conceito de mpresa mas é inverso, porque o intelectual é


preponderante. A advocacia nunca terá essa resposta, pelo estatuto, sempre caráter
intelectual

4. (FGV 2014 – XV Exame Unificado - adaptada) Alfredo Chaves exerce, em caráter


profissional, intelectual de natureza literária, com a colaboração de auxiliares.
O exercício da profissão constitui elemento de empresa. Não há registro da
atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público. Alfredo pode
ser considerado empresário? Justifique.
Alfredo é considerado empresário irregular, mesmo que não tenha registro
comercial. A sua atividade possui elemento de empresa e por isso está em
conformidade com o art. 966, parágrafo único, CC.

Professor: a profissão constitui elemento de empresa. (item de outra questão


objetiva). Estará na prova! Por isso há uma preponderância de outros fatores. A
organização é mais importante do que a atividade intelectual. É empresário
porque a atividade ocupa um lugar secundário em relação ao elemento da
empresa. Trazer os quatro requisitos do elemento de empresa. LEMBRAR DA
ATIVIDADE RURAL QUE REQUER UM 5º ELEMENTO (NECESSIDADE DE
REGISTRO).

5. (FGV 2014 – XV Exame Unificado - adaptada) Alfredo Chaves exerce, em caráter


profissional, intelectual de natureza literária, com a colaboração de auxiliares.
O exercício da profissão não constitui elemento de empresa. Não há registro da
atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público. Alfredo pode
ser considerado empresário? Justifique.
Alfredo é considerado empresário irregular, mesmo que não tenha registro
comercial. A sua atividade possui elemento de empresa e por isso está em
conformidade com o art. 966, parágrafo único, CC.

Professor: o exercício da profissão intelectual é preponderante, o que caracteriza o


não empresário. Repassar o conceito de empresário. Ser assertivo na conclusão. Se
sim, sim! Se não, não!

6. (TJMG 2018 – adaptada) O cirurgião-dentista que atende pacientes em seu


consultório, tendo contratado pessoa para prestar serviços de secretariado,
cuja atividades constitui elemento de empresa, é considerado empresário?
Justifique apresentando o conceito de empresário.
Não, porque a atividade de secretariado não se justapõe à atividade
profissional do cirurgião dentista. Pelo conceito, empresário é a pessoa que exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de
bens ou de serviços, art. 966, Código Civil (CC).

Professor: constitui elemento de empresa porque a atividade intelectual cede à


organização, que é maior.

7. JONH BONHAM, pessoa natural, apresenta medida judicial, na qual sustenta ter
sofrido penhora eletrônica irregular, por dívidas decorrentes de atividade da
empresa individual de responsabilidade limitada sob o nome: J. BONHAM
Baterias automotivas EIRELI. Alega que só poderia sofrer a constrição, pelo
princípio da autonomia patrimonial, após instaurado o incidente
de desconsideração da personalidade jurídica. Considerando que não se trata
de hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, analise o pedido de
JONH BONHAM, fundamentadamente.

Segundo o principio mencionado, a pessoa jurídica responde pelos atos praticados por
seus administradores sem a vinculação como o patrimônios dos seus sócios. Para que
seus bens pessoais sejam executados, é preciso que haja a execução do patrimônio
social primeiro, segundo art. 1024, CC, e ainda assim, é necessário que haja a
desconsideração de acordo com o art. 50, CC, caracterizada por desvio de finalidade ou
pela confusão patrimonial.

Professor: não. a autonomia patrimonial da eireli, que tem patrimônio próprio,


responde pelas dividas. O patrimônio particular so responde no caso de
desconsideração por fraude. Lembrar conceito de desconsideração. A questão busca a
ausência de responsabilidade da pf da eireli. O sócio não pode ser demandado pelas
dividas da empresa.
8. (CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área 2) João, empresário

e proprietário de uma loja de roupas, sofreu um acidente vascular cerebral,


razão por que foi decretada a sua incapacidade civil. Nessa situação, o que
ocorrerá com a atividade empresarial? Deverá ser extinta ou poderá continuar?
Justifique.
João pode continuar com a atividade empresarial porque sua incapacidade foi
posterior à atividade empresarial. De acordo com o art. 974, CC, ele deverá ser
assistido ou representado por seus pais ou pelo autor de herança.

Professor: art. 974, cc. Olhar os 4 requisitos para alguém incapaz ser empresário.
Continuação da atividade, assistido ou representado, autorização judicial, limitação
dos riscos do joao, separando seu patrimônio em duas partes. Está no caput e §§ 1 e 2,
o §3 não trata disso, apenas do sócio incapaz. É QUESTÃO OBJETIVA DA PROVA!

9. (MPE – RO 2008 – adaptada) João exercia, profissionalmente, atividade rural


organizada para a produção de bens, tendo conseguido, por meio dessa
atividade, comprar três fazendas, que destinam ao mercado, anualmente,
100.000 unidades de diferentes animais. João, divorciado e pai de Francisco, de
15 anos de idade, João se inscreveu no Registro Público de Empresas Mercantis
(RPEM) – junta comercial. Recentemente, João faleceu. Seu filho Francisco,
pode sucedê-lo no exercício da atividade? Explique os requisitos para tanto.

Sim, por força do art. 974, CC. Contudo, não poderá continuar com o mesmo
CNPJ que já possuía, caso em que deverá inscrever novo CNPJ no RPEM, além da sua
autorização judicial.

Professor: sim, se preenchido os quatro requisitos. Representação pela incapacidade,


limitação de risco e a autorização judicial necessária para o exercício da atividade.
10. Segundo o Código Civil de 2002, podem exercer atividade de empresário os que
tiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos,
assim estão excluídos da possibilidade de ser empresário os absolutamente
incapazes. Ocorre que, excepcionalmente, a legislação brasileira admite a figura
do empresário individual incapaz. Quando isso pode ocorrer? Explique.

Isso pode ocorrer quando há incapacidade superveniente do empresário, de


acordo com o art. 974, CC, caso em que deverá ser assistido ou representado por seus
pais ou pelo autor de herança. Ou no caso de sucessão hereditária, onde o ele exercerá
tal função (se autorizado judicialmente) com uma nova inscrição de CNPJ no RPEM,
além da sua autorização judicial.

Professor: excepcionalmente eu admito, mas

11. Consoante permissivo legal, José, desejando desenvolver regular atividade


econômica de prestação de serviços, constituiu empresa individual de
responsabilidade limitada, adotando por nome empresarial Consultoria Boa
Vista EIRELI. Em um processo de execução contra a Consultoria Boa Vista EIRELI
foi solicitada a penhora de bens de José. Considerando que não se trata e
hipótese de desconsideração da personalidade, analise o pedido de penhora.

Segundo o principio da autonomia patrimonial, a pessoa jurídica responde pelos atos


praticados por seus administradores sem a vinculação com o patrimônios dos seus
sócios. Eles não se comunicam para fins de execução. Para que seus bens pessoais
sejam executados, é preciso que patrimônio social seja afetado em primeiro, de
acordo art. 1024, CC, sendo necessário que haja a desconsideração da personalidade
jurídica nos moldes do art. 50, CC, caracterizada pelo desvio de finalidade ou pela
confusão patrimonial.
Professor: igual a questao 7. Se fora das hipóteses de desconsideração o cara pode ser
responsabilizado. A resposta é não.

12. Cuida-se de pedido de penhora de bens nos autos da ação de execução


proposta em face de TAYLOR SWIFT empresária individual. O Juiz indeferiu o
pedido de bloqueio de bens da pessoa física de TAYLOR SWIFT. Tal decisão é
correta? Justifique.

Sim. Segundo o principio da autonomia patrimonial, a pessoa jurídica responde


pelos atos praticados por seus administradores sem a vinculação com do patrimônios
dos seus sócios. Eles não se comunicam para fins de execução. Para que seus bens
pessoais sejam executados, é preciso que patrimônio social seja afetado em primeiro,
de acordo art. 1024, CC, sendo necessário que haja a desconsideração da
personalidade jurídica nos moldes do art. 50, CC, caracterizada pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial.

Professor: empresaria individual, e se ela tem patrimônio separado. Não. o empresário


individual tem apenas um único patrimônio que responde com bens penhorados por
ausência de separação de patrimônio com empresário individual que responde por
todas as dividas.

Questão 13 a dezoito não cai na prova!!!

Uma questão subjetiva sobre empresário e uma sobre trespasse.


Quando há um trespasse, a regra geral esta no artigo 1146, CC. Transcrever a lei não
responde, mas ajuda muito. O vendedor é solidariamente responsável por um ano, das
dívidas vencidas e vincendas.

Pergunta do trespasse: se atentar pro que regra geral. A dívida tributaria passa para o
comprador, respondendo subsidiariamente às vezes. As trabalhistas sempre passam
para o comprador, contabilizada ou não.
13. Suponha que a pessoa jurídica Alfa Alimentos Ltda. adquira o estabelecimento
empresarial da Beta Indústria Alimentícia Ltda. Nessa situação, a adquirente
responderá pelo pagamento de todos os débitos anteriores à transferência: a)
dívida trabalhista não contabilizada; b) dívida trabalhista contabilizada; c)
dívida com consumidores não contabilizada e d) dívida com fornecedores não
contabilizada. Responda cada item separadamente.
Professor: c) Dividas contabilizadas ficam para o vendedor. Se atentar por
quem responde pela dividas. As dividas trabalhistas são semrpe contabilizadas,
mas são solidarias apenas por fraude. Em regra passam apenas para o
comprador.

14. Cuida-se de ação de cobrança de notas fiscais emitidas contra o Supermercado


Monte Alto Ltda, decorrentes da venda de produtos de gênero alimentício. No
processo, houve a prova de que Comercial de Alimentos Patrocínio Ltda
adquiriu o estabelecimento do Supermercado Monte Alto Ltda, conforme faz
prova o contrato de fls. 11/12. Considerando tal situação, a Comercial de
Alimentos Patrocínio Ltda responde pelas dívidas em cobrança? Justifique.

Professor: mesma discussão. Houve o trespasse, a divida é contabilizada. Passa para


comprador a divida, mas o devedor fica solidariamente responsável por um ano. O
comprador responde se a divida esta contabilizada.

15. (FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto – adaptada) Joaquim, tradicional
padeiro, regularmente inscrito em junta comercial como empresário individual,
vende seu estabelecimento para Manoel, que passa a exercer a atividade, no
mesmo lugar para a mesma clientela. A conduta de Joaquim é legal? Justifique.

Professor: questão anulada. Não salvo clausula em contrario, quem vende deve evitar
a concorrência por 5 anos.
Sim, chama-se trespasse. Seria a transmissão de um estabelecimento comercial
na sua totalidade, inclusive o direito de propriedade. Está fundamentado nos arts.
1142 a 1149, CC.

16. (CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal - adaptada) Marta adquiriu de

Ana um salão de beleza com determinado nome de fantasia. Quatro meses


após alienação desse estabelecimento empresarial, Ana inaugurou, na mesma
rua, a 200 metros do estabelecimento alienado, um novo salão de beleza com
nome de fantasia semelhante ao anterior. Questionada por Marta, Ana alegou
não haver, no documento da transação, cláusula contratual proibindo o
estabelecimento de novo salão de beleza no local. Considerando essa situação
hipotética, a conduta de ANA é legítima? Justifique.

Não, dado que ainda que não haja cláusula proibitória de tal conduta no contrato de
transação, o alienante não pode concorrer com negócio do alienado.

Professor: a clausula de não restabelecimento é implícita. Salvo em sentido contrario,


fica 5 anos sem concorrência.

17. (FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XII - Primeira Fase –

adaptada )No contrato de alienação do estabelecimento da sociedade


empresária Chaves & Cia Ltda., com sede em Theobroma, ficou pactuado que
não haveria sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados pelo
alienante, em vigor na data da transferência, relativos ao fornecimento de
matéria-prima para o exercício da empresa. Um dos sócios da sociedade
empresária consulta sua advogada para saber se a estipulação é válida.
Consoante as disposições legais sobre o estabelecimento, analise a questão da
validade da cláusula, indicando o que ocorreria se não houvesse cláusula
tratando do tema.
A estipulação nesse caso é válida porque o contrato de alienação de estabelecimento
pode afastar a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados anteriormente
para sua exploração, art. 1148, CC. Via de regra, nos contratos estipulados por
empresas também ocorre a sub-rogação com a possibilidade do adquirente de rescisão
em noventa dias ou outra disposição em contrário que queira celebrar.

Professor: trespasse, transferência de contratos. Não. em regra os contratos não


personalíssimos não são transferidos mas o art. 1148, CC, excepcionalmente admite
disposição em contrario.

Professor: assim, legitima. A clausula existe para proteger o comprador. Para os


contratos existe marem para disciplina no objeto do trespasse.

PROFESSOR: SDF SDF

18. (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - X - PRIMEIRA FASE –


ADAPTADA) Lavanderias Roupa Limpa Ltda. (Roupa Limpa) alienou um de seus
estabelecimentos comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na
cidade de Maceió, para Caio da Silva, empresário individual. O contrato de
trespasse foi omisso quanto à possibilidade de restabelecimento da Roupa
Limpa, bem como nada dispôs a respeito da responsabilidade de Caio da Silva
por débitos anteriores à transferência do estabelecimento. Quais são as regras
aplicáveis aos débitos do alienante? E quanto à possibilidade de
restabelecimento do adquirente?

Segundo o art. 1.146, CC, O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento


dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados,
continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a
partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do
vencimento. Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos
subseqüentes à transferência.dfg f
Professor Débitos regularmente passam para o comprador.
Professor: DE

1. 19(INPI – 2012 - adaptada) O nome empresarial identifica o sujeito de direito; a


marca identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços. Quais são os três
requisitos para registro da marca pelo INPI? (0,5 para cada) A marca “salgado”
pode ser registrada para identificar o produto biscoito? Justifique.

Novidade relativa: a marca deve cumprir a sua finalidade de identificar seu produto ou
serviço, sendo diferente de seus concorrentes. Não coincidência com marca notória:
não deve imitar outra já existente. E o desimpedimento: a marca deve ser lícita, sem
nenhum impedimento legal. O sinal não poderá ser contrário à moral, aos bons
costumes, à ordem pública, ou proibido por lei.
A marca salgado não pode ser registrada por possuir caráter genérico, comum, de
acordo com o art.124, VI, Lei n 9.279.

Professor: a marca não se confunde


Falta de virtude diferenciadora. São se registra como marca a qualidade de um
produto, pois não tem tal virtude.

20. CHAMPAGNE MOET E CHANDON ajuizou ação de abstenção de uso da marca


CHANDON contra a CHANDON DANCETERIA E BAR LTDA. A marca "MÕET &
CHANDON", como o patronímico "CHANDON" não foram registradas como marca
de "alto renome", tendo sido declaradas apenas como notoriamente conhecidas,
no seguimento de bebidas, bebidas/vinhos/vinhos espumantes. Defina as marcas
notoriamente conhecidas (0,5), definindo que tipo de proteção elas possuem (0,5)
e analise o caso concreto (1,0).
A marca notoriamente conhecida é aquela possui um reconhecimento expressivo
pelos consumidores e que já foi registrada em outro país, sendo a sua proteção
estendida apenas ao seu ramo de atuação, independente do seu registro no Brasil. Ou
seja, é uma exceção ao princípio da territorialidade. A proteção conferida pelo art.
126, LPI, é contra a concorrência desleal e o aproveitamento da fama desta marca no
mesmo ramo de atividade ou ramo semelhante.
No caso, as marcas não são capazes de gerar confusão entre os consumidores porque
estão em ramos distintos. Não há como confundir o proprietário de uma danceteria
com um fabricante de champanhe. As marcas podem coexistir.

Professor: QUESTAO DE PROVA. Marcas notoriamente conhecidas. Duas partes da


pergunta. Definir o que é a marca, registrada ou não já e conhecida no seu ramo de
atuação. Não necessariamente por todos, mas no seu ramo é bem conhecida. Mesmo
não registrada no pais tem a proteção no seu ramo. a danceteria já era registrada no
pais no seu ramo de atuação. Falar das proteções antes do registro no seu ramo de
atuação. As duas podem conviver por estarem em ramos distintos. Complementoda
´prova: e se fosse de alto renome? Esta é protegida em todos os ramos de atuação,
mas precisa dser registrada e declarada pelo INPI como de alto renome, sendo
protegida daqui para frente.

21. Visa International Service Association e outros, titulares da marca de alto renome
VISA, reconhecido o alto renome pelo INPI em 2015, requereu a abstenção do uso
da marca VISA para laticínios pela Indústria de laticínios Pauliminas LTDA. Em sede
de contestação, a requerida afirmou que sua marca, que só começou a ser usada
em 2016, não tem registro no INPI e se refere a segmento mercadológico distinto
da marca VISA, podendo ser usada regularmente. Analise o pedido formulado.
Justifique

A marca de alto renome é uma exceção ao princípio da especificidade, que


protege a marca usada em seu ramo de atuação, mas permite marcas semelhantes em
segmentos distintos. Por serem registradas e são conhecidas pelo público em geral, seu
dono possui o direito de impedir o uso indevido da marca, a contrafação, subdividida
em reprodução e imitação.
Professor: marca de alto renome. Esta impede que qualquer outra marca seja usada
em todos os ramos de atuação dali para frente. Impede o registro posterior ou a
nulidade de marca já registrada semelhante a ti.

22. A rede de lanchonetes McDonald's ajuizou ação com pedido de cancelamento do


registro da marca Mac D'Oro, por entender que não há possibilidade de confusão
entre os consumidores, violando a sua proteção como marca de alto renome. Os
registros de marca de alto renome – obtida pelo McDonald's – ocorreram dez anos
após o início do processo de registro da Mac D'Oro. À luz da situação narrada, diga
qual é a proteção que a marca de alto renome tem e se no caso concreto tal
proteção pode gerar ou não o acolhimento do pedido da McDonald’s. Justifique.

Segundo o art 125, PLI, a marca de alto renome registrada no Brasil goza de proteção
em todos os ramos de atuação. Porém, no caso em tela, o entendimento do judiciário
é o de que as marcas podem conviver poque a marca norte-americana ganhou
proteção especial de alto renome somente dez anos depois do registro da marca Mac
D’oro, o que não caracterizaria uma concorrência parasitária.

Professor: a mac doro é anterior ao reconhecimento do alto renome do mac mac. Por
isso não será desfeita porque o efeito do mac mac é ex nunc. Para trás não há
impedimento. Os efeitos não retroagem. O marco temporal é importante.

23. Outback Steakhouse Of Florida LLC e outros ajuizaram a presente ação em face de
Festiva Distribuidora de Alimentos Ltda e outros pretendendo a abstenção de uso e
a indenização pelo uso indevido da marca Outback no Brasil no segmento de
restaurantes. A marca outback não estava registrada no Brasil, no momento desse
processo, mas já era de amplo conhecimento no segmento de restaurantes.
Analise o pedido formulado, identificando o tipo de marca presente no caso.
Justifique.

A marca Outback é considerada como notoriamente conhecida e possui um


reconhecimento expressivo pelos consumidores e já foi registrada em outro país,
sendo a sua proteção estendida apenas ao seu ramo de atuação, independente do seu
registro no Brasil. Ou seja, é uma exceção ao princípio da territorialidade. A proteção
conferida pelo art. 126, LPI, é contra a concorrência desleal e o aproveitamento da
fama desta marca no mesmo ramo de atividade ou ramo semelhante.
No caso, a semelhança entre as marcas pode causar confusão ao consumidor, caso em
que a empresa ré deve indenizar a empresa autora pelo uso indevido da marca.

Professor: tem a mesma questão da prova, a 20. Só muda a conclusão. Marca


notoriamente reconhecida, mesmo não registrada, tem o direito de barrar o uso de
marcas semelhantes no mesmo segmento de atuação. É uma exceção ao princípio da
territorialidade.

24. Os elementos dos autos dão conta de que o GRUPO HOSPITALAR DO RIO DE
JANEIRO LTDA. (doravante denominado simplesmente GRUPO HOSPITALAR),
ajuizou ação indenizatória por perdas e danos em face da ASSOLAN INDUSTRIAL
LTDA. (doravante denominada simplesmente ASSOLAN), objetivando, em síntese, a
abstenção do uso da marca comercial "ASSIM", alegando, outrossim, a ocorrência
de prática de concorrência desleal. No caso dos autos, é fato incontroverso que a
marca "ASSIM" foi registrada pelo GRUPO HOSPITALAR para assinalar serviços de
planos de saúde, bem como pela ASSOLAN para fazer referência a produtos de
higiene doméstica, tais como sabão em pó, detergentes, amaciantes de roupas,
dentre outros. O registro deferido ao GRUPO HOSPITALAR é mais antigo. Analise o
pedido formulado, à luz dos princípios que regem as marcas.

Professor: não presuma a questão como notória ou auto renome se não estiver
explícito na questão. Não sendo a a marca de alto renome, marcas iguais em ramos
diferentes podem conviver. Analisar o princípio da especificidade. Em ramos diferentes
não há problema. O grupo hospitalar é mais antigo, mas não faz diferença o registro da
assolan.

25. Cuida-se de Ação de indenização por lucros cessantes, ajuizada por ROBERT PLANT,
em face de SHOPPING CENTER SÃO BERNARDO DO CAMPO S⁄C LTDA. Na fase de
cumprimento de sentença, foi formulado pedido incidental de desconsideração
da personalidade jurídica da recorrente, para incluir seus sócios no polo passivo do
cumprimento de sentença. O único fundamento invocado para tal pedido é não
realização de encerramento regular, com processo de liquidação. Considerando
que tais fatos são verdadeiros e que a pessoa jurídica não pagou a obrigação, é
cabível o pedido de desconsideração, com base no artigo 50 do CC? Justifique.

Questão da prova parecida com essa, mas tirada da OAB. Explicar o meio processual
para pedir a desconsideração: requerimento originário ou desconsideração.. Segundo:
se cabe a desconsideração da personalidade explicando os fundamentos, se CC com
desvio de finalidade, ou se for eireli, a fraude e analisar se isso está presente. A
questão da OAB.
Indicar o meio processual, o fundamento aplicado à luz do CC. Detalhe: figura da
desconsideração inversa da personalidade. Ter cuidado com isso analisando em
sentido inverso com os mesmo requisitos do art. 50, §3º, CC.

Professor: o simples encerramento irregular de atividade não é suficiente porque não é


abuso ou desvio. Não é considerado motivo suficiente para a desconsideração da
personalidade jurídica. ERESP 1306553. O encerramento irregular não é hipótese de
desconsideração.

26. Cuida-se de Ação de indenização por lucros cessantes, ajuizada por ROBERT PLANT,
em face de SHOPPING CENTER SÃO BERNARDO DO CAMPO S⁄C LTDA. Na fase de
cumprimento de sentença, foi formulado pedido incidental de desconsideração
da personalidade jurídica da recorrente, para incluir seus sócios no polo passivo do
cumprimento de sentença. Considerando que o único fato comprovado foi que a
pessoa jurídica não pagou a obrigação, é cabível o pedido de desconsideração, com
base no CDC? Justifique.

Professor: CDC. Aqui a figura é outra, a aplicação da teoria menor. RESP279273.


Aplicando o CDC, o STJ entendeu que o simples não pagamento da pessoa jurídica é
suficiente para desconsiderar. Questão objetiva: basta o não pagamento para
desconsiderar!

27. Cuida-se de Ação de indenização por lucros cessantes, ajuizada por ROBERT PLANT,
em face de SHOPPING CENTER SÃO BERNARDO DO CAMPO S⁄C LTDA. Na fase de
cumprimento de sentença, foi formulado pedido incidental de desconsideração
da personalidade jurídica da recorrente, para incluir seus sócios no polo passivo do
cumprimento de sentença. Considerando que o único fato comprovado foi que a
pessoa jurídica não pagou a obrigação, é cabível o pedido de desconsideração, com
base no CC? Justifique.

Professor: o não pagamento não é suficiente no código civil. Explicar desvio de


finalidade e confusão patrimonial.

28. Na origem, trata-se de pedido de desconsideração da personalidade da sociedade


Comércio de Carnes Vale Verde LTDA. A massa falida de Frigorífico Rost S/A, autora
do pedido, sustenta que o fato de a requerida Carnes Vale Verde LTDA, ter parado
de funcionar, sem obedecer o procedimento, autoriza a desconsideração da
pessoa. Considerando apenas os fatos narrados, analise o cabimento da
desconsideração da personalidade no caso em tela, à luz do artigo 50 do CC.
Professor: repete a questão 25. Mas a dissolução irregular não é suficiente para
desconsiderar.

29. (CESPE 04/12/2011 - TJ - ES - Juiz Substituto- adaptada) Proprietário de


determinado terreno ajuizou ação de rescisão contratual cumulada com
indenização por danos materiais e morais contra a construtora Morar Bem Ltda.,
alegando que a tendo sido contratada para edificar a sua casa, no prazo certo e
improrrogável de doze meses, deixou de cumprir o prazo e abandonou a obra se
tornou inadimplente. Determinada a citação da pessoa jurídica, a carta enviada
pelo juízo foi devolvida pelos Correios, sob a justificativa de que, por três vezes,
não havia quem a recebesse no endereço especificado. Expedido mandado de
citação, o oficial de justiça certificou, nos autos, o seguinte: "o local indicado
encontra-se fechado, não havendo qualquer placa com o nome da empresa e
nenhuma pessoa para receber a citação, constando apenas, na porta, a informação
de que a empresa foi fechada". O autor, então, juntou aos autos certidão da junta
comercial atestando que o endereço da sede da empresa coincidia com o do local
constante no mandado citatório e que a empresa permanecia formalmente em
atividade. O autor requereu, ainda, a desconsideração da personalidade jurídica da
sociedade, para que os sócios fossem incluídos no polo passivo da ação. Com base
nessa situação hipotética, decida se é cabível ou não a desconsideração da
personalidade jurídica, à luz do Código Civil.

Professor: mesma resposta da questão 25, pois não se encaixa nos conceitos. Dizer
quais os fundamentos aplicados a fraude. Se EIRELI ou não. indicar o meio processual,
os conceitos aplicáveis pelo CC, e se os fatos se encaixam nesse conceito. PROVÁVEL
QUESTAO DE PROVA. O conceito é a teoria envolvida.

30. (CESPE 04/12/2011 - TJ - ES - Juiz Substituto- adaptada) Proprietário de


determinado terreno ajuizou ação de rescisão contratual cumulada com
indenização por danos materiais e morais contra a construtora Morar Bem Ltda.,
alegando que a tendo sido contratada para edificar a sua casa, no prazo certo e
improrrogável de doze meses, deixou de cumprir o prazo e abandonou a obra se
tornou inadimplente. Determinada a citação da pessoa jurídica, a carta enviada
pelo juízo foi devolvida pelos Correios, sob a justificativa de que, por três vezes,
não havia quem a recebesse no endereço especificado. Expedido mandado de
citação, o oficial de justiça certificou, nos autos, o seguinte: "o local indicado
encontra-se fechado, não havendo qualquer placa com o nome da empresa e
nenhuma pessoa para receber a citação, constando apenas, na porta, a informação
de que a empresa foi fechada". O autor, então, juntou aos autos certidão da junta
comercial atestando que o endereço da sede da empresa coincidia com o do local
constante no mandado citatório e que a empresa permanecia formalmente em
atividade. O autor requereu, ainda, a desconsideração da personalidade jurídica da
sociedade, para que os sócios fossem incluídos no polo passivo da ação. Com base
nessa situação hipotética, decida se é cabível ou não a desconsideração da
personalidade jurídica, à luz do direito do consumidor.

Professor: é CDC. O fato de não pagar é suficiente para não pagar. Se eu estou
cobrando, ela não pagou, se não apareceu, continua sem pagar. No CDC é suficiente.

10 q objetivas de assuntos variados.


5 q subjetivas:
q1ª é o conceito de empresário.
Q2 – trspasse e responsabilidade de débitos; dizer de quem é a responsabilidade
objetivamente. “responsabilidade de A ou B”.
3q: desconsideração inversa: meio processual requerimento originário ou incidenta.

4q: sobre a chandon


5q: pegadinha. Criação ode EIRELI. Quais são as requisitos para criar uma EURELI. O
único requisito especifica é o capital mínimo analisando caso concreto. Criar uma
EIRELI em que as duas pessoas atuem. Não da pra ser as duas titulares. Art. 980-A.
(não é sociedade simples, que é outra cousa).
Uma como titular e outra com administradora. Indicar o requisito para criar (capital
mínimo) e uma pessoa como titular. O máximo é que uma pode ser titular e outra
administradora.

Dizer o fundamente aplicado, e se os fatos justificam a desconsideração.


Sobre desconsideração: se atentar sobre quem pode ser atingido, sob o benefício
direito e indireto, art. 50, CC.

SEGUNDA PROVA

1. (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público - adaptada) Três amigos —

Domingos, Gustavo e Pedro — formaram uma sociedade para exercer


atividade empresarial de floricultura. Redigiram um contrato social, mas não
providenciaram a inscrição no registro próprio. A atividade não foi bem e
vários clientes, sentindo-se prejudicados, procuraram a Defensoria Pública,
pretendendo ser ressarcidos de valores que pagaram antecipadamente por
contratos inadimplidos. Conforme relato dos clientes, os contratos eram
firmados pelo sócio Domingos, em nome da floricultura. A defensoria ajuizou
as ações cabíveis contra Domingos. Que tipo de responsabilidade Domingos
tem?

2. (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público - adaptada) Três amigos —


Domingos, Gustavo e Pedro — formaram uma sociedade para exercer
atividade empresarial de floricultura. Redigiram um contrato social, mas não
providenciaram a inscrição no registro próprio. A atividade não foi bem e
vários clientes, sentindo-se prejudicados, procuraram a Defensoria Pública,
pretendendo ser ressarcidos de valores que pagaram antecipadamente por
contratos inadimplidos. Conforme relato dos clientes, os contratos eram
firmados pelo sócio Domingos, em nome da floricultura. Que tipo de
responsabilidade Pedro tem pelas dívidas?
3. (SEFAZ – RS 2019 - adaptada) O contrato social de determinada sociedade
simples é silente quanto aos atos de gestão que seus administradores poderão
praticar. Nesse contexto, no desempenho de suas funções de administradores
dessa empresa, o administrador Carlos, com o auxílio do administrador André,
agiu com excesso, sem o conhecimento de um terceiro, Orlando, que foi
prejudicado pela prática. Orlando poderá responsabilizar os administradores
no caso? Ele também poderá responsabilizar a própria sociedade simples?
Justifique.

4. José, sócio de uma sociedade simples pura, exerceu o recesso, notificando os


demais sócios com 60 dias de antecedência. Ao final dos 60 dias da notificação,
José terá direito de receber alguma coisa? Ele manterá alguma
responsabilidade na sociedade?

5. Em uma sociedade do tipo simples, constituída por prazo indeterminado,


formada pelos sócios Rita, Antônio e José, o segundo sócio veio a falecer em
decorrência de um acidente. Sabendo-se que o contrato é omisso quanto à
sucessão por morte do sócio. Os herdeiros de José podem ingressar na
sociedade? Quando (1,0)? Não havendo ingresso dos herdeiros na sociedade,
qual será o direito dos herdeiros (1,0)?

6. Em uma sociedade do tipo simples pura, constituída por prazo indeterminado,


formada pelos sócios Rita, Antônio e José, o segundo sócio veio a falecer em
decorrência de um acidente. O contrato sócio prevê a continuidade da
sociedade com os herdeiros de qualquer sócio falecido. Os herdeiros do sócio
Antônio podem decidir por não ingressar na sociedade (0,7 pontos)? Neste
caso de não ingresso dos herdeiros, o que ocorrerá (0,7 pontos)? Decidindo
pelo ingresso na sociedade, os sócios remanescentes – Rita e José – podem se
opor a entrada dos herdeiros de Antônio (0,6 pontos)?
7. (IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento
– ADAPTADA) Jorge celebra contrato de sociedade simples com seus três
irmãos, Jaime, Jerônimo e Jandira, todos médicos, por prazo indeterminado.
Para tanto, alugam um consultório e contratam uma secretária, passando a
exercer a atividade na área da clínica médica. Cada um subscreve R$ 25.000,00
que corresponde a 25% do capital social. Jorge propõe ceder suas quotas para
João, mas Jandira se opõe. Diante desses fatos, a cessão poderá ocorrer?
Justifique.

8. (IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento


– ADAPTADA) Jorge celebra contrato de sociedade com seus três irmãos,
Jaime, Jerônimo e Jandira, todos médicos, por prazo indeterminado. Para
tanto, alugam um consultório e contratam uma secretária, passando a exercer
a atividade na área da clínica médica. Cada um subscreve R$ 25.000,00 que
corresponde a 25% do capital social. Jorge e Jandira realizam o pagamento do
capital subscrito no prazo previsto no contrato social. Jaime realiza o
pagamento de R$ 15.000,00 enquanto Jerônimo propõe aos irmãos pagar a
sua quota parte mais tarde, ficando acordado que ele pagaria o valor das suas
quotas daqui a um ano em dinheiro. Considerando que se trata de uma
sociedade limitada, responda: Jerônimo já está em mora ou não (0,2)? (diga o
que é necessário para a configuração da mora no caso {0,7}). Estando em
mora, quais opções surgem (0,7)? Quem decide o que deve ser feito (0,4)?
Justifique.

9. (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular
de Serviços de Notas e de Registros – Remoção - adaptada) Na sociedade
simples, os atos praticados por administradores com excesso de poderes
vinculam a sociedade? Responda explicando a teoria adotada pela
jurisprudência dominante.
10. (IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção -
adaptada) Alvorada Negócios Imobiliários Ltda tem seu quadro societário
composto por 2 sócios: (i) Alvaro que é titular de quotas correspondentes a
70% do capital social; (ii) Lucas que titulariza quotas correspondentes a 30%.
Lucas, que é administrador da sociedade, realizou vendas de alguns imóveis no
exercício regular de gestão dos negócios. Todavia, ficou provado que as vendas
foram concretizadas por valor bem inferior ao de mercado e que tal conduta
favorecia flagrantemente o adquirente, pessoa jurídica que tem como um dos
seus sócios o cunhado de Lucas. Com fundamento em tal conduta, Alvaro
decide excluí-lo da sociedade, deliberando extrajudicialmente sua exclusão,
chegando a impedir seu acesso à sede da sociedade. Considerando a situação
exposta, a exclusão deliberada é legítima? (0,5) Justifique apresentando todos
os requisitos para a exclusão extrajudicial de um sócio na sociedade limitada
por justa causa (1,5).

11. (CESPE - 2018 - PC-MA - Delegado de Polícia Civil – adaptada) Considere que
determinada sociedade limitada constituída por três sócios, sendo um deles o
sócio administrador, ainda não esteja com seu capital social totalmente
integralizado, estando com a seguinte configuração do capital social.
SÓCIO A - B C
administrador
CAPITAL R$ 20.000,00 R$ 20.000,00 R$ 20.000,00
SUBSCRITO
CAPITAL R$ 20.000,00 R$ 15.000,00 R$ 10.000,00
INTEGRALIZAD
O

Considerando a ausência de patrimônio social e a existência de uma dívida de


R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), não havendo hipótese de desconsideração da
personalidade jurídica, qual a responsabilidade do sócio A pelas dívidas da
sociedade?
12. Numa sociedade limitada, constituída em 2019, existem quatro sócios JOÃO,
JOSÉ (menor impúbere), MARIA e FÁTIMA. JOÃO e MARIA são casados pela
comunhão universal de bens e são pais de JOSÉ. Cada sócio subscreveu quotas
de R$ 100.000,00 (cem mil reais), sendo que JOSÉ e MARIA já integralizam
totalmente as suas quotas e os demais sócios integralizaram apenas R$
20.000,00. Ao pleitearem o registro na sociedade nesses termos, a junta
comercial apontou a existência de duas irregularidades na constituição dessa
sociedade. Quais são elas?

13. Pedro, Bruno, Claudia e Muriel constituíram uma sociedade em 30/01/18,


escolhendo como tipo societário a Limitada (LTDA) com capital de R$
400.000,00 (quatrocentos mil reais), tendo os sócios subscritos quotas iguais
de 25% cada. Pedro integralizou o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais),
Bruno integralizou o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), Claudia
integralizou o valor de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) e Muriel o valor de R$
30.000,00 (trinta mil reais). Diante da ausência de patrimônio da sociedade,
qual a responsabilidade de Pedro por uma dívida de R$ 500.000,00
(quinhentos mil reais)? Responda explicando o tipo de responsabilidade que os
sócios possuem nesse tipo societário e, em caso de haver responsabilidade,
escreva o valor exato que pode ser cobrado do sócio Bruno.

14. (TJMG – Titular de serviços de notas e registros (remoção) 2017 - adaptada)


Carlomíndio quer ser sócio de uma sociedade limitada, que é composta,
atualmente, por outros 2 sócios, com 50% do capital social cada um, sendo
estes Mervivaldo e Adinalberto. O primeiro, Mervivaldo, deseja vender suas
quotas para Carlomíndio e o segundo não quer Carlomíndio como seu novo
sócio. Considerando que não há qualquer cláusula no contrato social que fale
da alienação de quotas da sociedade, o quer ocorrerá?

15. (IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção -

adaptada) Alvorada Negócios Imobiliários Ltda tem seu quadro societário


composto por 4 sócios: (i) Alvaro que é titular de quotas correspondentes a
70% do capital social; (ii) João, Manoel e Lucas que titularizam quotas
correspondentes a 10%, cada um. Lucas, que é administrador da sociedade,
realizou vendas de alguns imóveis no exercício regular de gestão dos negócios.
Todavia, entenderam os demais sócios que as vendas foram concretizadas por
valor bem inferior ao de mercado e que tal conduta favorecia flagrantemente
o adquirente, pessoa jurídica que tem como um dos seus sócios o cunhado de
Lucas. Com fundamento em tal conduta, Alvaro, João e Manoel decidem
excluí-lo da sociedade, deliberando extrajudicialmente sua exclusão, chegando
a impedir seu acesso à sede da sociedade. Considerando a situação exposta, a
exclusão deliberada é legítima? Justifique apresentando todos os requisitos
para a exclusão extrajudicial de um sócio na sociedade limitada por justa
causa.
16. Considere-se que Tiago, Luana e Caio constituam uma sociedade limitada e
que Luana não disponha do montante necessário à integralização das suas
quotas subscritas para a formação do capital social. Nesse caso, com a
anuência dos demais sócios, a contribuição de Luana foi realizada na forma de
prestação de serviços à sociedade. A junta comercial indeferiu o registro da
sociedade, sob o argumento de descumprimento de determinações do Código
Civil. Identifique, o vício encontrado pela junta comercial.

17. (Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2018 -
TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção - adaptada) A
sociedade limitada é obrigada a adotar denominação integrada com a palavra
final “limitada” ou “LTDA”, contudo a omissão desta expressão em
determinado contrato acarretará o que (1,5)? Responda explicando a
finalidade da inclusão da expressão LTDA (0,5).

18. (Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CESGRANRIO - 2018
- Transpetro - Advogado Júnior – adaptada) Os administradores das sociedades
limitadas QQ Ltda. e RR Ltda. celebraram contrato em janeiro de 2017. No
respectivo instrumento, o administrador da QQ omitiu a palavra “limitada” e a
sua abreviatura. Qual é a consequência dessa omissão? Responda explicando a
finalidade da palavra “limitada” ou sua abreviatura no nome da sociedade.

19. (TJDFT 2012 - ADAPTADA – adaptada) Pedro subscreveu boletim de subscrição


para aquisição de ações da ABC S/A. No boletim estava previsto que o prazo
para a integralização era de 30 dias, a contar de sua assinatura. Pedro não
integralizou as ações no prazo previsto. A sociedade precisa notificar Pedro
para constituí-lo em mora? (0,5) Independentemente da resposta do item
anterior, o que deve ser feito pela sociedade diante de Pedro? (0,8) O acionista
Pedro pode chegar a ser excluído? (0,7)

20. Um funcionário em nível de gerência de uma das empresas adquirentes do


Grupo Ipiranga, adquiriu ações ordinárias de emissão do Grupo Ipiranga antes
do anúncio da venda das companhias que o integram, e as alienou após a
divulgação da operação. Ficou comprovado nos autos que esse funcionário
sabia da aquisição antes da sua divulgação ao mercado. Por envolver
companhias abertas, a CVM puniu o referido funcionário, aplicando-lhe multa
pecuniária de R$1.375.746,00, equivalente a três vezes o montante da
vantagem econômica obtida e determinou o envio de comunicação ao
Ministério Público Federal. O condenado recorreu da decisão, alegando que
por ser apenas funcionário da companhia não integrando sua administração,
não fez nada de errado. Analise o recurso apresentado, respondendo: que
dever está em discussão (0,5 – explique o conteúdo do dever), quem tem esse
dever (0,5) e qual a finalidade do dever (0,5), concluindo pelo acolhimento ou
não do recurso (0,5).

21. EIKE FUHRKEN BATISTA, na condição de presidente do Conselho de


Administração da OGX S.A. , teve ciência de que que muitos poços que a
companhia explorava não ervam viáveis comercialmente. Antes da divulgação
de tais informações ao mercado, ele negociou suas ações na OGX, entre 24 de
maio e 10 de junho de 2013. Após a divulgação das informações relevantes, o
preço das ações caiu consideravelmente. EIKE FUHRKEN BATISTA descumpriu
algum dever na condição de Presidente do Conselho de Administração da OGX
S.A? Em caso afirmativo, explique o dever (0,6), qual a sua finalidade (0,6) e
quais as possíveis penalidades para ele (0,8).

22. Quando é possível a dissolução parcial em uma sociedade anônima?

23. Trata-se, na origem, de ação de responsabilidade civil cumulada com pedido


de reparação de danos ajuizada por IMPORTADORA E EXPORTADORA DE
CEREAIS S.A. contra JOE STRUMMER, pessoa física que, tendo exercido
diversos cargos de direção no período de 2003 a 2012, com poderes de
administração, teria contratado serviços de vigilância para a sua própria
residência e alocado as respectivas despesas nas contas da empresa autora,
causando danos à sociedade, violando a lei e o estatuto. Ao tomar
conhecimento de tais, o novo diretor da companhia ajuizou imediatamente a
ação, em nome da companhia, contra o ex-diretor Joe Strummer, sem bucar
autorização de qualquer outro órgão da companhia, uma vez que suas contas
não estavam aprovadas ainda. Indique quais são os requisitos para o
ajuizamento da ação de responsabilidade e analisa sua presença ou não no
caso concreto.
24. Robert Plant como diretor da Companhia Müller de Bebidas firmou contratos
com Luminosidade Marketing & Produções Ltda para que a marca da
companhia - Caninha 51 - figurasse como "patrocinadora master" das edições
Inverno 2005, Verão 2005⁄2006, Inverno 2006 e Verão 2006⁄2007 do evento São Paulo
Fashion Week (SPFW). Ocorre que o valor total dos contratos ultrapassou o
teto estabelecido no estatuto a partir do qual o diretor não detinha poderes
para representar a sociedade individualmente, mas apenas mediante consenso
dos demais acionistas. Tudo evidencia que o patrocínio da "Cachaça 51" à
SPFW é inapropriado e, por isso, a Companhia Müller de Bebidas não quer
pagar o valor pactuado de R$ 4.800.000,00. Procurados pela Companhia
Müller de Bebidas, informe justificadamente se à companhia é obrigada ou
não a arcar com contrato firmado pelo Diretor, com excesso de poder.
25. Aponte duas diferenças entre os grupos societários e os consórcios.

26. Diferencie um consórcio e uma Sociedade Propósito Específico – SPE.

27. Cuida-se de ação de conhecimento, submetida ao rito comum, ajuizada por


BRUNO MARS (consumidor), em razão de danos sofridos por conduta
decorrente de funcionários da INCORPORAÇÃO GARDEN LTDA (fornecedora)
em execução de obra. O autor incluiu no polo passivo da ação a
INCORPORAÇÃO GARDEN LTDA e INCORPORAÇÃO MARK RONSON LTDA,
integrante consórcio responsável pela obra. Em contestação, a segunda
requerida alegou sua ilegitimidade passiva. Analise especificamente a alegação
de ilegitimidade passiva na ação de conhecendo, respondendo se a
INCORPORAÇÃO MARK RONSON LTDA teria alguma responsabilidade pelos
danos causados, ainda que em outro momento posterior.

28. Cuida-se de ação de conhecimento, submetida ao rito comum, ajuizada por


BRUNO MARS (consumidor), em razão de danos sofridos por conduta
decorrente da INCORPORAÇÃO GARDEN LTDA (fornecedora). O autor incluiu
no polo passivo da ação a INCORPORAÇÃO GARDEN LTDA e INCORPORAÇÃO
MARK RONSON LTDA, integrante do mesmo grupo societário. Em contestação,
a segunda requerida alegou sua ilegitimidade passiva. Analise especificamente
a alegação de ilegitimidade passiva na ação de conhecendo, respondendo se a
INCORPORAÇÃO MARK RONSON LTDA teria alguma responsabilidade pelos
danos causados, ainda que em outro momento posterior.

29. Cuida-se de cumprimento de sentença referente a indenização de danos


causados a consumidor por Celebrete Empreendimentos S.A. O Juízo de
Primeiro Grau deferiu a penhora eletrônica em contas de titularidade das
executadas, entretanto, a referida diligência não restou frutífera. Não tendo
sido localizado nenhum bem da executada, os advogados requereram que a
penhora fosse dirigida para os bens das sociedades Rossi Residencial S.A,
América Properties Ltda e Santa Susana Empreendimentos Imobiliários S.A,
integrantes do mesmo grupo societário da executada. As referidas sociedades
se opuseram ao pedido, afirmando não haver hipótese de desconsideração da
personalidade jurídica na espécie. Considerando que, realmente, não há
hipótese de desconsideração na espécie, analise o pedido justificadamente.

30. Cuida-se de ação para reparação de danos causados a consumidor por


Celebrete Empreendimentos S.A, em obra realizada por consórcio. O autor
incluir Rossi Residencial S.A, América Properties Ltda e Santa Susana
Empreendimentos Imobiliários S.A, integrantes do mesmo consórcio no polo
passivo da ação. As referidas sociedades se opuseram ao pedido, afirmando
não terem participado do ato danoso. Considerando que não há hipótese de
desconsideração na espécie, analise o pedido justificadamente.

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